Diretor: Alexander Payne
Atores principais: Bruce Dern, Will Forte, June Squibb, Stacy Keach
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=_I8l5_29iwk
Nota: 8,0
Nota: 8,0
Mais um belo road movie de Alexander Payne
O diretor estadunidense Alexander Payne não tem vergonha em
repetir o gênero no qual é muito bom: um road movie contando uma jornada
incomum de um homem idoso (ou de meia idade) em busca de mudança. Foi assim em As
Confissões de Schmidt (2002), em Sideways
- Entre Umas e Outras (2004), e agora com Nebraska. Uma pequena diferença é que
desta vez, ao contrário de seus filmes anteriores, ele não é também o
roteirista.
Na história, Woody Grant (Bruce Dern), bem idoso, recebe uma
carta-propaganda de assinatura de revistas que oferece um prêmio de US$ 1
milhão. E acreditando no anúncio, ele resolve ir a Nebraska (que fica a mais de
1000km de distância) buscar o prêmio. Incapaz de dirigir um carro, e como sua
esposa Kate (June Squibb) não quer levá-lo,
Woody decide ir a pé. O que claro, não dá certo.
Comovido com a história do pai, é então que o filho mais
novo David (Will Forte) resolve levar Woody a Nebraska, mesmo duvidando um
pouco de sua lucidez. Pai e filho se envolvem em uma longa viagem, com parada obrigatória
em Hawthorne, cidade onde Woody passou a juventude e reencontrará familiares e
amigos.
Apesar de se passar nos dias atuais, Nebraska foi rodado em
preto e branco, o que reforça não somente o tom melancólico do filme, como
também nos relembra constantemente do passado. Não a toa a grande maioria dos personagens
do filme são idosos, tudo remota o que já foi.
O casal Woody Grant e Kate possui personalidades bem
distintas, e ambos certamente podem ser identificáveis com os velhinhos que
você conhece na vida real. Woody é extremamente teimoso, de raciocínio lento e
poucas palavras. Já Kate é mandona, faladeira, sempre julgando mal os
conhecidos. E claro, ambos possuem aquele raciocínio diferenciado que só os
idosos tem.
Este “jeitão” dos velhinhos proporciona ótimas piadas ao
longo do filme. Mas o tom do filme não é de humor. Os personagens são
complexos, com virtudes e defeitos, e a difícil relação entre todos eles torna
a história bastante interessante e com vários conflitos.
Nebraska foi indicado a 6 Oscars: Melhor Filme, Melhor
Diretor (Alexander Payne), Melhor Ator (Bruce Dern), Melhor Atriz Coadjuvante
(June Squibb), Melhor Roteiro Original e Melhor Fotografia. Em minha opinião,
todas as indicações são aceitáveis, mas ao mesmo tempo não acho que o filme
mereça ser o vencedor em qualquer uma das categorias.
Lento, com boa trilha sonora (embora repetitiva), bom roteiro,
e com uma história bonita e humana, Nebraska é outro filme muito bom destacado
este ano pela Academia. Nota: 8,0
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