Diretor: Adam McKay
Atores principais: Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling, Brad Pitt, John Magaro, Finn Wittrock
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=4UKz8fyPIEE
Nota: 6,0
Nota: 6,0
Muito economês em um filme que se esforça para entreter
A Grande Aposta é um filme dirigido e co-roteirizado por Adam McKay sobre a Grande Crise Financeira de 2008, que ocorreu devido ao estouro da bolha imobiliária dos EUA. Além de explicar o acontecido, o filme conta sobre pessoas que anteciparam a crise e lucraram bastante com esta quebra do mercado. E aí que entram os personagens de Christian Bale, Steve Carell, Ryan Gosling e Brad Pitt, dentre outros. Ao contrário do que o trailer sugere, os 4 atores citados não trabalham juntos. Cada um, separadamente, trava uma luta diferente para lucrar com a crise.
A Grande Aposta tenta ser engraçado, usando um estilo de narrativa "despojado" parecido com o de O Lobo de Wall Street e abusando de piadas. Porém não é tão bem sucedido quanto sua inspiração e praticamente não faz rir; o que é curioso, já que o diretor McKay teve toda sua carreira até então dedicada a comédias como por exemplo Os Outros Caras (2010) e Tudo Por um Furo (2013).
Os motivos para que o filme não seja tão divertido são vários: se em O Lobo de Wall Street o narrador é arrogante para ser engraçado, em A Grande Aposta o narrador (Jared Vennett, o personagem de Gosling) é arrogante para se gabar (isto sem falar da diferença de carisma entre Leonardo diCaprio e Ryan...). Ainda comparando, se no primeiro todas as trapaças aparentam não ter consequência a ninguém, aqui didaticamente o roteiro martela várias vezes que estamos diante de uma fraude que deixará milhões desempregados e sem casa. Não dá parar rir disto. Para piorar, o filme também conta com um número grande de personagens e muito "economês", tornando-o difícil de ser entendido e apreciado. Pesa também contra A Grande Aposta a rapidez do seu desfecho: confesso ter entendido em 100% apenas o que aconteceu com os personagens de Bale e Gosling; os demais, só captei alguns detalhes.
Não que A Grande Aposta não tente explicar os jargões econômicos para o espectador - ele tenta fazer da maneira mais divertida possível e o faz com explanações bastante coloquiais feitas por convidados como Selena Gomez e Margot Robbie (vivendo elas mesmas) - mas é muita operação financeira acontecendo ao mesmo tempo, e também, algo muito mais próximo do mundo estadunidense do que o nosso. Neste aspecto, o filme não é tão universal, um ponto negativo.
O filme conta com boas atuações - especialmente de Bale, de quem falarei depois - um bom ritmo, e, apesar de não fazer rir, o grande número de explicações financeiras poderia tornar o filme muito mais chato do que é; neste sentido, o roteiro de A Grande Aposta faz sem dúvida um bom trabalho de "aliviar" o enfadonho.
Christian Bale pode não ser um ator carismático - aliás, acho que nunca o vi rir na vida - mas está cada vez mais se especializando em personagens exóticos. Desta vez, ao representar um personagem maníaco por rock, anti-social e com olho de vidro, o britânico mais uma vez rouba a cena.
Por ser baseado em fatos históricos, e por ser bem sucedido ao transmitir a tensão dos personagens para o público, A Grande Aposta não deixa de ser um filme interessante. Para quem não é um investidor estadunidense entretanto, o filme perde em atratividade pela falta de familiaridade. Nota: 6,0
A Grande Aposta tenta ser engraçado, usando um estilo de narrativa "despojado" parecido com o de O Lobo de Wall Street e abusando de piadas. Porém não é tão bem sucedido quanto sua inspiração e praticamente não faz rir; o que é curioso, já que o diretor McKay teve toda sua carreira até então dedicada a comédias como por exemplo Os Outros Caras (2010) e Tudo Por um Furo (2013).
Os motivos para que o filme não seja tão divertido são vários: se em O Lobo de Wall Street o narrador é arrogante para ser engraçado, em A Grande Aposta o narrador (Jared Vennett, o personagem de Gosling) é arrogante para se gabar (isto sem falar da diferença de carisma entre Leonardo diCaprio e Ryan...). Ainda comparando, se no primeiro todas as trapaças aparentam não ter consequência a ninguém, aqui didaticamente o roteiro martela várias vezes que estamos diante de uma fraude que deixará milhões desempregados e sem casa. Não dá parar rir disto. Para piorar, o filme também conta com um número grande de personagens e muito "economês", tornando-o difícil de ser entendido e apreciado. Pesa também contra A Grande Aposta a rapidez do seu desfecho: confesso ter entendido em 100% apenas o que aconteceu com os personagens de Bale e Gosling; os demais, só captei alguns detalhes.
Não que A Grande Aposta não tente explicar os jargões econômicos para o espectador - ele tenta fazer da maneira mais divertida possível e o faz com explanações bastante coloquiais feitas por convidados como Selena Gomez e Margot Robbie (vivendo elas mesmas) - mas é muita operação financeira acontecendo ao mesmo tempo, e também, algo muito mais próximo do mundo estadunidense do que o nosso. Neste aspecto, o filme não é tão universal, um ponto negativo.
O filme conta com boas atuações - especialmente de Bale, de quem falarei depois - um bom ritmo, e, apesar de não fazer rir, o grande número de explicações financeiras poderia tornar o filme muito mais chato do que é; neste sentido, o roteiro de A Grande Aposta faz sem dúvida um bom trabalho de "aliviar" o enfadonho.
Christian Bale pode não ser um ator carismático - aliás, acho que nunca o vi rir na vida - mas está cada vez mais se especializando em personagens exóticos. Desta vez, ao representar um personagem maníaco por rock, anti-social e com olho de vidro, o britânico mais uma vez rouba a cena.
Por ser baseado em fatos históricos, e por ser bem sucedido ao transmitir a tensão dos personagens para o público, A Grande Aposta não deixa de ser um filme interessante. Para quem não é um investidor estadunidense entretanto, o filme perde em atratividade pela falta de familiaridade. Nota: 6,0
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