Duas séries que bebem da mesma fonte: O Jornada nas Estrelas de Kirk e Spock. Ambas estrearam este ano e acabam de passar pela metade de sua primeira temporada. Após eu ter assistido os seis primeiros episódios de cada uma delas, eis minhas impressões até agora:
Seth MacFarlane, o criador de American Dad, Family Guy e Ted nunca escondeu ser fã de Star Trek e de assuntos relacionados a exploração espacial. Não a toa ele também foi o produtor e desenhista do excelente e obrigatório Cosmos (2014).
Graças a sua fama, MacFarlane conseguiu estrear seu primeiro seriado live-action, The Orville, que nasceu para ser uma comédia parodiando fortemente Jornada nas Estrelas.
Na série, o próprio Seth é o ator protagonista, sendo o Capitão Ed Mercer da nave Orville. Adrianne Palicki como a primeira oficial Kelly, e o fraco ator Scott Grimes como o piloto Malloy completam o trio principal do seriado.
Em seus dois primeiros episódios The Orville foi o que se esperava de uma produção de Seth MacFarlane: uma comédia nonsense de humor duvidoso. Eu já estava desistindo do seriado... porém a partir do 3o episódio a série acertou a mão. Deixou de focar na comédia e passou a focar em questões filosóficas, científicas, morais... tudo como todo bom episódio de Jornada nas Estrelas deveria ser. As piadas continuam, claro... mas são esporádicas.
The Orville, portanto tem sido para mim algo acima do esperado. Do terceiro episódio em diante as histórias tem sido realmente interessantes. A série, entretanto, ainda tem seus defeitos: por ser uma produção de baixo orçamento os efeitos especiais são apenas razoáveis e o elenco, em geral, bem fraco. E até o roteiro - seu ponto forte - ainda tem o que melhorar, ao trazer as vezes um excesso de "ingenuidade" e alguns Deus ex machina.
The Orville é exibido pela FOX estadunidense e ainda não estreou oficialmente no Brasil.
Graças a sua fama, MacFarlane conseguiu estrear seu primeiro seriado live-action, The Orville, que nasceu para ser uma comédia parodiando fortemente Jornada nas Estrelas.
Na série, o próprio Seth é o ator protagonista, sendo o Capitão Ed Mercer da nave Orville. Adrianne Palicki como a primeira oficial Kelly, e o fraco ator Scott Grimes como o piloto Malloy completam o trio principal do seriado.
Em seus dois primeiros episódios The Orville foi o que se esperava de uma produção de Seth MacFarlane: uma comédia nonsense de humor duvidoso. Eu já estava desistindo do seriado... porém a partir do 3o episódio a série acertou a mão. Deixou de focar na comédia e passou a focar em questões filosóficas, científicas, morais... tudo como todo bom episódio de Jornada nas Estrelas deveria ser. As piadas continuam, claro... mas são esporádicas.
The Orville, portanto tem sido para mim algo acima do esperado. Do terceiro episódio em diante as histórias tem sido realmente interessantes. A série, entretanto, ainda tem seus defeitos: por ser uma produção de baixo orçamento os efeitos especiais são apenas razoáveis e o elenco, em geral, bem fraco. E até o roteiro - seu ponto forte - ainda tem o que melhorar, ao trazer as vezes um excesso de "ingenuidade" e alguns Deus ex machina.
The Orville é exibido pela FOX estadunidense e ainda não estreou oficialmente no Brasil.
A mais nova encarnação da franquia Star Trek se passa cronologicamente 10 anos antes das aventuras da USS Enterprise de Kirk e Spock. Em sua história, o Império Klingon e a Federação dos Planetas disputam territórios mas ainda não se enfrentam, em uma espécie de guerra fria.
Até que um dia a nave USS Shenzhou acaba por acidente despertando um antigo artefato Klingon. As ações decorrentes deste encontro acabam escalando para um grande confronto entre Federação e Klingons. A partir daí a primeira guerra entre estes dois grupos rivais começa de verdade.
Star Trek: Discovery começou apresentando uma característica diferente das demais séries da franquia, que em geral focam em um grupo de personagens. Aqui temos pela primeira vez algo próximo de um único protagonista, a oficial Michael Burnham (Sonequa Martin-Green).
Falando como um "espectador comum", Star Trek: Discovery é um bom seriado. Sua produção é excelente (os melhores efeitos especiais e design de produção que uma série Star Trek já teve, disparadamente), seus atores principais são muito bons (a protagonista Sonequa é excelente atriz, além de ser muito bonita), e suas histórias são sólidas e interessantes.
Entretanto, como Trekker, Star Trek: Discovery me traz várias ressalvas. A principal delas é que a série até agora focou-se única e exclusivamente no assunto "guerra". Não há exploração, não há muita ficção científica... guerra (e os dilemas morais e éticos decorrente da mesma) são os únicos pontos abordados.
Outros problemas decorrem da falta de continuidade em relação aos demais seriados. Estamos 10 anos antes das aventuras da Série Original, e ainda assim a nave Discovery apresenta inovações tecnológicas que nem a Enterprise da Nova Geração - cronologicamente séculos no futuro - possuía; o visual dos Klingons é muito mais "bruto e animalesco" do que em qualquer outra encarnação da franquia; e finalmente, a protagonista Michael é apresentada como filha adotiva de Sarek, o que a torna irmã de Spock. Oras: sendo ela irmã (e humana) do orelhudo, não é estranho que o fato não tenha sido comentado em quase uma centena de episódios e filmes que Spock participou? É muito forçado.
Star Trek: Discovery é exibido todas as segundas-feiras na Netflix brasileira.
Conclusão: tanto The Orville quanto Star Trek: Discovery possuem seus problemas de estréia, mas são bons seriados. Enquanto o primeiro possui o "verdadeiro espírito" da franquia, o segundo possui uma qualidade de produção muito maior. O sonho de qualquer Trekker é que no futuro ambos acertem suas arestas e unam o espírito de The Orville com a qualidade técnica de Discovery.
Até que um dia a nave USS Shenzhou acaba por acidente despertando um antigo artefato Klingon. As ações decorrentes deste encontro acabam escalando para um grande confronto entre Federação e Klingons. A partir daí a primeira guerra entre estes dois grupos rivais começa de verdade.
Star Trek: Discovery começou apresentando uma característica diferente das demais séries da franquia, que em geral focam em um grupo de personagens. Aqui temos pela primeira vez algo próximo de um único protagonista, a oficial Michael Burnham (Sonequa Martin-Green).
Falando como um "espectador comum", Star Trek: Discovery é um bom seriado. Sua produção é excelente (os melhores efeitos especiais e design de produção que uma série Star Trek já teve, disparadamente), seus atores principais são muito bons (a protagonista Sonequa é excelente atriz, além de ser muito bonita), e suas histórias são sólidas e interessantes.
Entretanto, como Trekker, Star Trek: Discovery me traz várias ressalvas. A principal delas é que a série até agora focou-se única e exclusivamente no assunto "guerra". Não há exploração, não há muita ficção científica... guerra (e os dilemas morais e éticos decorrente da mesma) são os únicos pontos abordados.
Outros problemas decorrem da falta de continuidade em relação aos demais seriados. Estamos 10 anos antes das aventuras da Série Original, e ainda assim a nave Discovery apresenta inovações tecnológicas que nem a Enterprise da Nova Geração - cronologicamente séculos no futuro - possuía; o visual dos Klingons é muito mais "bruto e animalesco" do que em qualquer outra encarnação da franquia; e finalmente, a protagonista Michael é apresentada como filha adotiva de Sarek, o que a torna irmã de Spock. Oras: sendo ela irmã (e humana) do orelhudo, não é estranho que o fato não tenha sido comentado em quase uma centena de episódios e filmes que Spock participou? É muito forçado.
Star Trek: Discovery é exibido todas as segundas-feiras na Netflix brasileira.
Conclusão: tanto The Orville quanto Star Trek: Discovery possuem seus problemas de estréia, mas são bons seriados. Enquanto o primeiro possui o "verdadeiro espírito" da franquia, o segundo possui uma qualidade de produção muito maior. O sonho de qualquer Trekker é que no futuro ambos acertem suas arestas e unam o espírito de The Orville com a qualidade técnica de Discovery.
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