domingo, 24 de março de 2013

Crítica - Expedição Kon-Tiki (2012)

Título: Expedição Kon-Tiki ("Kon-Tiki", Noruega, 2012)
Diretores: Joachim Rønning, Espen Sandberg
Atores principais: Pål Sverre Hagen, Anders Baasmo Christiansen, Agnes Kittelsen
Nota: 7,0

“Interessante, principalmente por ser uma história real”

Seis europeus (cinco noruegueses e um sueco) resolvem provar que a Polinésia foi originalmente povoada pelos índios sul-americanos e não pelos asiáticos, conforme diz a ciência. Para isto, resolvem navegar 8000 km, do Peru à Polinésia, atravessando o Oceano Pacífico em cima de uma simples jangada.

A história acima, que mistura tantos continentes, soa improvável, diria até bizarra. Porém, é verídica e ocorreu em 1947. Esta aventura, denominada “Kon-Tiki” pelo seu idealizador, o explorador Thor Heyerdahl, é o tema deste filme norueguês de mesmo nome, Expedição Kon-Tiki, que foi inclusive um dos cinco filmes indicados a Melhor Filme Estrangeiro para o Oscar 2013.

Sóbrio e competente tecnicamente, a principal qualidade de Expedição Kon-Tiki é sua história, ou melhor, saber que é uma história real. Não se trata exatamente de uma história de naufrágio, mas é uma história de seis pessoas a deriva no mar. E embora os personagens não enfrentem nenhuma grande provação hollywoodiana, mesmo assim a história se mantém interessante justamente por contar algo que aconteceu de verdade. As adversidades encontradas são muito mais psicológicas e de relacionamento do que, por exemplo, “grandes tempestades e monstros do mar”.

O filme dá destaque demasiado para seu personagem principal, Thor Heyerdahl (Pål Sverre Hagen), e com isto não desenvolve suficientemente os demais coadjuvantes. Mesmo assim, o que nos é apresentado sobre os demais personagens é o mínimo suficiente para distinguirmos cada um individualmente, e entender seus conflitos.

Em outras palavras, em Kon-Tiki tudo é feito de maneira simplificada, mas sempre competente, sem atrapalhar no resultado final. Sem grandes emoções, mas muito longe de ser tedioso, não deixa de ser uma experiência curiosa assistir um filme norueguês que alterna áudio de quatro idiomas (Norueguês, Francês, Inglês e Sueco) e descobrir o que aconteceu, afinal de contas, com estes seis “malucos” que resolveram arriscar a vida em nome da ciência e da fama. Nota: 7,0.

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