Diretor: Martin Scorsese
Atores principais: Leonardo DiCaprio, Jonah Hill, Margot Robbie, Matthew McConaughey, Kyle Chandler
Scorcese muda o tom e faz um filme repleto de humor
É pela 5ª vez que temos a parceria Martin Scorsese e
Leonardo DiCaprio nas telas. Desta vez, com uma história baseada no livro de
memórias de Jordan Belfort, um corretor de bolsa de valores que ficou milionário
rapidamente através de fraudes e outros crimes relacionados.
Em sua primeira semana na Bolsa de Nova York, o novato
Belfort (Leonardo DiCaprio) aprende de seu primeiro chefe Mark (Matthew
McConaughey) as duas regras para o sucesso: 1) manter os clientes comprando cada
vez mais ações a qualquer preço. 2) drogas. Para aguentar a pressão.
Estas duas regras são seguidas a risca por Belfort e dão o
tom do filme. Sem se preocupar com ética o corretor sobe muito rapidamente na
vida, ganhando muito dinheiro e, principalmente, curtindo sua fortuna. O que
mais vemos no filme são festas, drogas, bebidas e mulheres (com nudez), e estas
cenas representa mais da metade do longo filme de 3 horas de duração.
Jordan Belfort passa a vida se divertindo, quase impunemente,
e compartilhamos desta sua diversão o tempo todo. Por ser uma história contada
pelo ponto de vista distorcido do corrupto personagem principal, ela é leve,
repleta de cenas engraçadas; diversão garantida que te fará rir muito mais do
que a maioria das comédias produzidas atualmente fazem. Acompanhando tudo isto, temos uma trilha sonora bem inspirada e adequada.
E se a diversão e bom humor são o ponto alto do filme, ao
mesmo tempo são seu ponto baixo. Sem se levar a sério, as cenas dramáticas
perdem bastante a intensidade, enfraquecendo a trama e deixando-a menos
marcante. Melhor dizendo, o tom de humor é muito uniforme, deixando o filme sem situações de conflito e sem clímax. Há apenas uma cena dramática relevante - aliás excelente - que é o primeiro diálogo de Belfort, em seu iate, com o agente Patrick, do FBI (Kyle Chandler).
O Lobo de Wall Street foi indicado a cinco Oscar - Melhor
Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Diretor (Martin Scorsese), Melhor Ator
(Leonardo DiCaprio) e melhor Melhor Ator Coadjuvante (Jonah Hill).
Aceito as indicações para Melhor Filme e Roteiro
porque o filme é bom. Concordo com a indicação para DiCaprio pois, embora sua
atuação não seja brilhante, é muito boa e variada (e ele é muito bom ator).
Mas não concordo com a indicação para Melhor Diretor (por
exemplo o filme apresenta alguns pequenos erros de continuidade) e
principalmente, reprovo em muito a indicação de Jonah Hill para Melhor Ator Coadjuvante. Hill está muito bem, e é
bastante engraçado. Mas seu papel de “palhaço porra louca” não apresenta
nenhuma dificuldade de interpretação. Injustiça com Matthew McConaughey, que embora tenha uma atuação muito curta, esta sim foi excelente.
Um filme que certamente causará polêmica, porque afinal de contas não deixa de ser uma homenagem a uma pessoa sem nenhum escrúpulo, O Lobo de Wall Street expõe o pior lado da especulação da bolsa e diverte muito acima da média. Nota: 8,0
Atualizado 31/01: passada a sensação inicial de assistir o filme, resolvi, dias depois, aumentar a nota do mesmo para 8,0. E acrescentar mais dois parágrafos.
Um filme que certamente causará polêmica, porque afinal de contas não deixa de ser uma homenagem a uma pessoa sem nenhum escrúpulo, O Lobo de Wall Street expõe o pior lado da especulação da bolsa e diverte muito acima da média. Nota: 8,0
Atualizado 31/01: passada a sensação inicial de assistir o filme, resolvi, dias depois, aumentar a nota do mesmo para 8,0. E acrescentar mais dois parágrafos.
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