quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Crítica - Os Mercenários 3 (2014)

Título: Os Mercenários 3 ("The Expendables 3", EUA / França, 2014)
Diretor: Patrick Hughes
Atores principais: Sylvester Stallone, Jason Statham, Harrison Ford, Arnold Schwarzenegger, Mel Gibson, Wesley Snipes, Dolph Lundgren, Randy Couture, Terry Crews, Kelsey Grammer, Glen Powell, Antonio Banderas, Victor Ortiz, Ronda Rousey, Kellan Lutz, Jet Li

Trazendo mais do mesmo, franquia se mostra esgotada

Imagino que você já conheça a franquia Os Mercenários. Se não conhece, leia sobre ela aqui, em minha crítica do segundo filme.

Após dois anos, Stallone retorna com sua trupe aos cinemas. Sabendo muito bem que não seria o roteiro que convenceria o público para mais um filme, Sylvester e o produtor Avi Lerner tentaram trazer mais nomes de ação de "peso". Procuraram por Steven Seagal, Nicolas Cage, Chuck Norris, Jackie Chan, Milla Jovovich, Clint Eastwood, Harrison Ford e Wesley Snipes. Porém, só os dois últimos vieram. A solução foi trazer Mel Gibson, Antonio Banderas, e vários nomes jovens desconhecidos. Embora não dito oficialmente, entendo ser bem provável que todos estes novatos foram o "plano B" para o elenco. Por exemplo, a lutadora de UFC Ronda Rousey - que aqui como atriz é péssima - muito provavelmente herdou o papel que seria da Jovovich.

Para piorar, dois nomes importantes não voltaram: Chuck Norris e Bruce Willis. Quanto a este último, que não renovou por não chegar em acordo financeiro pela participação, recebeu duras críticas de Stallone, que o chamou de "ganancioso".

Não contando com os atores "ideais" portanto, Os Mercenários 3 aposta na quantidade. De novo. E trazendo mais personagens do que nunca. No topo desta matéria vejam que são 16 os nomes que dividem a atenção do expectador.

Assim como no filme anterior, Os Mercenários 3 começa com a adrenalina no alto, com uma longa e muito boa cena de ação. E por falar em Os Mercenários 2, desta vez uma de suas maiores falhas foi corrigida: quase todos os personagens são igualmente desenvolvidos, tendo cada um "seus momentos em cena". A lamentar, foi a maneira que isto foi atingido: não foi melhorando o roteiro (pelo contrário, conseguiram piorar), mas simplesmente, aumentando o tamanho do filme! São 2h06min de projeção contra 1h43min dos dois episódios anteriores.

A história (se é que podemos considerar que há alguma) se divide em três atos. O primeiro, onde os Mercenários "velhos" tentam matar o vilão Mel Gibson mas falham; o segundo, onde Stallone troca seus antigos parceiros por um um grupo "sangue novo", causando conflito entre os dois times; e o terceiro, onde todos se juntam para "a batalha final" contra o ex-William Wallace.

Dos três atos, apenas o primeiro entretém. Os outros dois também possuem alguns bons momentos, tanto de ação quanto de humor, mas em geral, são bastante repetitivos e portanto, cansativos. O ato final se encerra com um tiroteio que dura mais de 20 minutos, sem parar. Praticamente impossível não se cansar assistindo.

Usando à exaustão a mesma fórmula dos dois filmes anteriores, o pensamento que me veio assim que a projeção termina foi: "Ok, legalzinho. Mas agora chega". Infelizmente, por mais esgotada que a franquia esteja, Sylvester Stallone ainda cogita um 4º filme. Se ele vier, que tenha uma completa renovação em sua receita. Mas duvido que esta renovação aconteça. Nota: 5,0

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Crítica - Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023)

Título : Indiana Jones e a Relíquia do Destino ("Indiana Jones and the Dial of Destiny", EUA, 2023) Diretor : James Mangold Atores...