Diretor: Luc Besson
Atores principais: Scarlett Johansson, Morgan Freeman, Min-sik Choi
Apesar dos altos e baixos, Lucy pelo menos entretém
Dá para esperar grande coisa de um filme cuja premissa principal é estupidamente incorreta? Toda a história se baseia na máxima que "o ser humano utiliza 10% da capacidade do seu cérebro"... o que é uma enorme bobagem, uma teoria absurda que surgiu há quase 2 séculos. Seria o equivalente a fazer um filme que afirma de maneira séria que a Terra é quadrada.
Mas, respondendo minha própria pergunta, sim, eu tinha certa expectativa para assistir Lucy. Não pelo roteiro, mas pelo diretor: esperava estar diante de um novo O Quinto Elemento (1997), um ótimo filme de ação dirigido pelo mesmo Luc Besson. O resultado é que Lucy é bem inferior ao O Quinto Elemento, e curiosamente, apesar de ser mesmo um filme de ação, ele praticamente não possui quase nenhuma cena de ação decente (explico isto depois), porém mesmo assim ele diverte e entretém.
Na história, Lucy (Scarlett Johansson), é uma garota normal, mas que acidentalmente é capturada por um grande traficante de drogas internacional, Mr. Jang (Min-sik Choi). Ela é então chantageada para aceitar virar uma "mula", traficando uma nova droga experimental dentro do intestino. Mas a droga vaza dentro de seu corpo e então Lucy passa a progressivamente aumentar a porcentagem de uso do cérebro, desenvolvendo super-poderes. E ao mesmo tempo que ela parte em vingança, ela entra em contato com o renomado cientista Professor Norman (Morgan Freeman) em busca de auxílio e orientação.
O problema de Lucy são seus muitos altos e baixos. Ou melhor, ele começa "no alto" e termina "em baixa". Uma de suas principais qualidades é seu clima constante de tensão, que envolve o expectador. Vale ressaltar que os poderes desenvolvidos por Lucy são tão absurdos, tão grandiosos, que fica evidente que nada de mal vai acontecer com a protagonista. Seus adversários são assassinos profissionais mas mesmo assim se tornam, portanto, inofensivos. As lutas e perseguições são fracas, repetitivas e desnecessárias. Porém o filme obtém sua "emoção" de outro lugar. Na verdade, aprendemos que Lucy tem apenas 24hs de vida. Portanto, o ótimo clima de "tensão" que comentei acima vem não do que os inimigos poderão fazer com ela, mas sim, se Lucy conseguirá fazer tudo o que precisa antes de morrer.
Ainda sobre os poderes adquiridos por Lucy, ultra-exagerados, requerem um alto número de efeitos especiais. E os efeitos de computador não são lá grande coisa, embora não cheguem a incomodar. Há alguns poderes que simplesmente ofendem a inteligência de quem assiste o filme. Mas ao mesmo tempo, há qualidades nestes poderes: alguns são tão surpreendentes que deixam o espectador com a agradável sensação do nunca saber "o que vai acontecer em seguida". Neste aspecto, Lucy é doido e imprevisível no bom sentido.
Como eu disse anteriormente, Lucy começa bem e termina mal. A cena inicial é ótima em termos de suspense. A primeira conversa de Lucy com sua mãe, e a primeira conversa de Norman com Lucy são bem escritas, até emocionante. Pena que nenhum destes trechos de "roteiro inteligente" foi reservado a conclusão do filme, que não me agradou. Aliás, conforme os poderes de Lucy aumentam, o filme fica cada vez pior para se assistir, e seu final então é bastante insatisfatório.
Irregular, Lucy não só é pior, como é completamente diferente de O Quinto Elemento. Mesmo assim, desconsiderando sua parte final, é interessante o suficiente para divertir o expectador. São 89 minutos de pura adrenalina. E de doidices de Luc Besson. Argumentos interessantes para assistir o filme. Nota: 5,0
Atualizado em 15/02/15: após refletir, abaixei a nota do filme de 6,0 para 5,0. Acho que a presença da Scarlett Johansson fez eu dar uma nota maior que Lucy merecia.
Mas, respondendo minha própria pergunta, sim, eu tinha certa expectativa para assistir Lucy. Não pelo roteiro, mas pelo diretor: esperava estar diante de um novo O Quinto Elemento (1997), um ótimo filme de ação dirigido pelo mesmo Luc Besson. O resultado é que Lucy é bem inferior ao O Quinto Elemento, e curiosamente, apesar de ser mesmo um filme de ação, ele praticamente não possui quase nenhuma cena de ação decente (explico isto depois), porém mesmo assim ele diverte e entretém.
Na história, Lucy (Scarlett Johansson), é uma garota normal, mas que acidentalmente é capturada por um grande traficante de drogas internacional, Mr. Jang (Min-sik Choi). Ela é então chantageada para aceitar virar uma "mula", traficando uma nova droga experimental dentro do intestino. Mas a droga vaza dentro de seu corpo e então Lucy passa a progressivamente aumentar a porcentagem de uso do cérebro, desenvolvendo super-poderes. E ao mesmo tempo que ela parte em vingança, ela entra em contato com o renomado cientista Professor Norman (Morgan Freeman) em busca de auxílio e orientação.
O problema de Lucy são seus muitos altos e baixos. Ou melhor, ele começa "no alto" e termina "em baixa". Uma de suas principais qualidades é seu clima constante de tensão, que envolve o expectador. Vale ressaltar que os poderes desenvolvidos por Lucy são tão absurdos, tão grandiosos, que fica evidente que nada de mal vai acontecer com a protagonista. Seus adversários são assassinos profissionais mas mesmo assim se tornam, portanto, inofensivos. As lutas e perseguições são fracas, repetitivas e desnecessárias. Porém o filme obtém sua "emoção" de outro lugar. Na verdade, aprendemos que Lucy tem apenas 24hs de vida. Portanto, o ótimo clima de "tensão" que comentei acima vem não do que os inimigos poderão fazer com ela, mas sim, se Lucy conseguirá fazer tudo o que precisa antes de morrer.
Ainda sobre os poderes adquiridos por Lucy, ultra-exagerados, requerem um alto número de efeitos especiais. E os efeitos de computador não são lá grande coisa, embora não cheguem a incomodar. Há alguns poderes que simplesmente ofendem a inteligência de quem assiste o filme. Mas ao mesmo tempo, há qualidades nestes poderes: alguns são tão surpreendentes que deixam o espectador com a agradável sensação do nunca saber "o que vai acontecer em seguida". Neste aspecto, Lucy é doido e imprevisível no bom sentido.
Como eu disse anteriormente, Lucy começa bem e termina mal. A cena inicial é ótima em termos de suspense. A primeira conversa de Lucy com sua mãe, e a primeira conversa de Norman com Lucy são bem escritas, até emocionante. Pena que nenhum destes trechos de "roteiro inteligente" foi reservado a conclusão do filme, que não me agradou. Aliás, conforme os poderes de Lucy aumentam, o filme fica cada vez pior para se assistir, e seu final então é bastante insatisfatório.
Irregular, Lucy não só é pior, como é completamente diferente de O Quinto Elemento. Mesmo assim, desconsiderando sua parte final, é interessante o suficiente para divertir o expectador. São 89 minutos de pura adrenalina. E de doidices de Luc Besson. Argumentos interessantes para assistir o filme. Nota: 5,0
Atualizado em 15/02/15: após refletir, abaixei a nota do filme de 6,0 para 5,0. Acho que a presença da Scarlett Johansson fez eu dar uma nota maior que Lucy merecia.
2 comentários:
Kra assisti esse filme hoje, criei até certa expectativa durante o filme, mas aquele final acabou destruindo o pouco que conseguiram construir durante o filme. Pífio.
Me parafraseando: "Pena que nenhum destes trechos de "roteiro inteligente" foi reservado a conclusão do filme, que não me agradou." :)
Fico feliz com seu primeiro comentário em meu blog. Que seja o primeiro de muitos. :)
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