Diretor: Dan Gilroy
Atores principais: Jake Gyllenhaal, Rene Russo, Bill Paxton, Riz Ahmed
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Wf8-E7S99ag
Nota: 8,0
Nota: 8,0
Jake Gyllenhaal brilha como um dos psicopatas mais impressionantes dos últimos anos
O Abutre marca a estréia do estadunidense Dan Gilroy como diretor. Outrora apenas roteirista (de Gigantes de Aço (2011) e O Legado Bourne (2012) por exemplo), aqui ele também assina o roteiro, e faz um trabalho muito bom tanto no seu script quanto na direção.
Mas não é só Gilroy que agrada em O Abutre. Rene Russo está muito bem, e não perde em nada pra qualquer uma das indicadas ao Oscar de Atriz Coadjuvante deste ano. Mas o grande destaque fica mesmo para Jake Gyllenhaal, em mais uma grande atuação. É mesmo um absurdo o Oscar ter indicado seu queridinho Bradley Cooper e te-lo deixado de fora.
Na história, conhecemos o desempregado Louis Bloom (Gyllenhaal), que vive de pequenos furtos nas noites de Los Angeles. Ao testemunhar um cinegrafista amador filmando um acidente - e cujas imagens serão vendidas para alguma TV - Bloom se depara com uma nova maneira de ganhar dinheiro, e investe tudo nisto. Em sua nova carreira, ele conhece a diretora de um jornal matinal televisivo, Nina Romina (Rene Russo), que passa a ser sua cliente exclusiva. Ávidos por notícias cada vez mais chocantes e violentas, a dupla se arrisca cada vez mais para obter as reportagens.
Graças a ótima atuação de Gyllenhaal, em poucos minutos de filme já percebemos que estamos diante de um psicopata. Alguém indiferente ao "certo e errado", completamente insensível aos sentimentos das outras pessoas. É perturbador ver seu enorme sorriso de simpatia quando ele tenta obter um favor, e depois, ver o contraste de sua expressão ameaçadora e impiedosa quando ele está chantageando alguém para atingir seus propósitos.
Ao mesmo tempo que nos impressiona com a frieza de Louis, em paralelo o bom roteiro também critica o jornalismo sensacionalista de hoje, que infesta os telejornais mostrando a violência de maneira cada vez mais chocante, muitas vezes desprezando limites éticos; vale tudo em busca da audiência. Louis é inteligente, calculista, e a maneira com que ele manipula seu empregado Rick (Riz Ahmed) também é uma bela e sutil cutucada ao capitalismo.
Há ainda mais coisas a se elogiar em O Abutre. Seu ritmo é muito bom: direção, roteiro e montagem são bem sucedidos ao transmitir uma sensação de tensão crescente... O Abutre é um daqueles filmes que "grudam" o espectador na poltrona. A trilha sonora é bem pertinente com o que está sendo exibido na tela e, principalmente, temos uma fotografia magnífica... o que aliás não é surpresa, já que Gilroy chamou o ótimo diretor de fotografia Robert Elswit (de Sangue Negro (2007) e Boa Noite e Boa Sorte (2005) entre outros) para este trabalho.
Dos filmes lançados em 2014, O Abutre é um dos melhores que assisti, e só não levará uma nota ainda maior porque, digamos assim, o final poderia ser mais elaborado e detalhado, para desta maneira se tornar mais crível (reforço que o desfecho é satisfatoriamente verossímil, mas poderia ser melhor neste aspecto).
Lamento ter demorado tanto para ter assistido O Abutre. E agora que o vi, posso dizer que ele foi mais um dos vários injustiçados pelo Oscar 2015. Recebeu apenas uma indicação (de Roteiro Original - que merecia ter vencido mas não levou), e poderia ter recebido várias mais. Nota: 8,0
Mas não é só Gilroy que agrada em O Abutre. Rene Russo está muito bem, e não perde em nada pra qualquer uma das indicadas ao Oscar de Atriz Coadjuvante deste ano. Mas o grande destaque fica mesmo para Jake Gyllenhaal, em mais uma grande atuação. É mesmo um absurdo o Oscar ter indicado seu queridinho Bradley Cooper e te-lo deixado de fora.
Na história, conhecemos o desempregado Louis Bloom (Gyllenhaal), que vive de pequenos furtos nas noites de Los Angeles. Ao testemunhar um cinegrafista amador filmando um acidente - e cujas imagens serão vendidas para alguma TV - Bloom se depara com uma nova maneira de ganhar dinheiro, e investe tudo nisto. Em sua nova carreira, ele conhece a diretora de um jornal matinal televisivo, Nina Romina (Rene Russo), que passa a ser sua cliente exclusiva. Ávidos por notícias cada vez mais chocantes e violentas, a dupla se arrisca cada vez mais para obter as reportagens.
Graças a ótima atuação de Gyllenhaal, em poucos minutos de filme já percebemos que estamos diante de um psicopata. Alguém indiferente ao "certo e errado", completamente insensível aos sentimentos das outras pessoas. É perturbador ver seu enorme sorriso de simpatia quando ele tenta obter um favor, e depois, ver o contraste de sua expressão ameaçadora e impiedosa quando ele está chantageando alguém para atingir seus propósitos.
Ao mesmo tempo que nos impressiona com a frieza de Louis, em paralelo o bom roteiro também critica o jornalismo sensacionalista de hoje, que infesta os telejornais mostrando a violência de maneira cada vez mais chocante, muitas vezes desprezando limites éticos; vale tudo em busca da audiência. Louis é inteligente, calculista, e a maneira com que ele manipula seu empregado Rick (Riz Ahmed) também é uma bela e sutil cutucada ao capitalismo.
Há ainda mais coisas a se elogiar em O Abutre. Seu ritmo é muito bom: direção, roteiro e montagem são bem sucedidos ao transmitir uma sensação de tensão crescente... O Abutre é um daqueles filmes que "grudam" o espectador na poltrona. A trilha sonora é bem pertinente com o que está sendo exibido na tela e, principalmente, temos uma fotografia magnífica... o que aliás não é surpresa, já que Gilroy chamou o ótimo diretor de fotografia Robert Elswit (de Sangue Negro (2007) e Boa Noite e Boa Sorte (2005) entre outros) para este trabalho.
Dos filmes lançados em 2014, O Abutre é um dos melhores que assisti, e só não levará uma nota ainda maior porque, digamos assim, o final poderia ser mais elaborado e detalhado, para desta maneira se tornar mais crível (reforço que o desfecho é satisfatoriamente verossímil, mas poderia ser melhor neste aspecto).
Lamento ter demorado tanto para ter assistido O Abutre. E agora que o vi, posso dizer que ele foi mais um dos vários injustiçados pelo Oscar 2015. Recebeu apenas uma indicação (de Roteiro Original - que merecia ter vencido mas não levou), e poderia ter recebido várias mais. Nota: 8,0
2 comentários:
O unico defeito do Jake é que não sei pronunciar o sobrenome dele!!!rs
Concordo com você, apesar de Bradley ser um bom ator. Ele merecia a indicação.
Boa nota!
Obrigado pelo post. :) E entendo que o jeito certo de pronunciar o sobrenome dele é "Djilenrol" ;)
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