A Netflix - o mais conhecido dos canais de streaming - começa a investir cada vez mais em filmes próprios. Vamos a análise de dois de seus títulos mais famosos de 2015.
Diretor: Cary Joji Fukunaga
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-LdeYA7Ku14
Atores principais: Abraham Attah, Emmanuel Nii Adom Quaye, Idris Elba
Nota: 8,0
"Para entender melhor o horror das guerras civis da África. E um ótimo filme"
Antes de falar do filme propriamente dito, é importante dizer o que ele representa. É a primeira tentativa da Netflix para obter uma indicação ao Oscar. Cada vez mais dedicada a fazer produções próprias - seja via seriados ou filmes - se suas séries já são exemplo de qualidade (principalmente devido a House of Cards), agora eles tentam reconhecimento equivalente para seus filmes, tentando um respaldo da Academia. Não vai ser fácil. Ao colocar a estréia de Beasts of No Nation simultaneamente no seu canal e nos cinemas (pois pelas regras de hoje para ter indicações ao Oscar é obrigatório o filme ter estado nos cinemas), o filme foi boicotado nos EUA por grandes empresas das telonas. O motivo: medo da futura concorrência. Em poucas salas, a arrecadação de Beasts of No Nation foi baixíssima (menos de 100 mil dólares). Vamos ver se eles receberão indicações do Oscar. Eu duvido. Entendo que a Academia também não vê com bons olhos filmes fora dos cinemas.
Sobre o filme... baseado em um livro de 2005 de mesmo nome do autor Uzodinma Iweala, a história se passa nos dias de hoje em algum país africano em guerra civil (o nome do país nunca é identificado). No meio da sangrenta batalha entre os exércitos do governo e os rebeldes estão a ONU e... os pobres civis. Acompanhamos a história do garoto Agu (Abraham Attah), que bem criança tem sua pequena aldeia devastada pelo exército nacional. Sozinho, ele foge para a selva e é encontrado pelo exército rebelde, onde seu Comandante (Idris Elba) resolve acolher e converter Agu como um de seus soldados.
Beast of No Nation prometeu duas coisas: mostrar os horrores das guerras na África e mostrar como um garoto inocente se torna um soldado sanguinário. A primeira promessa é cumprida com louvor. Bastante violento, mas sem apelar para cenas repletas de sangue, é impossível não se comover com o horror que os civis africanos vivem há décadas. Uma coisa é saber como eles (sobre)vivem; outra é assistir. Já a segunda promessa é cumprida em partes. Sim, é verdade que o grande foco do filme é justamente a história de Agu virando um soldado, e a grosso modo, é perfeitamente compreensível e crível a transformação do garoto. Porém, nos detalhes, esta "conversão" é irregular. Narrada em alguns momentos pelos pensamentos do próprio Agu, em várias ocasiões a voz dos seus pensamentos não refletem suas atitudes na tela, deixando a transformação do garoto um pouco inconsistente.
Para um filme de baixo orçamento - apenas US$ 6 milhões - a fotografia é bonita e competente, sendo o maior destaque técnico do filme. Seus fortes mesmo são o roteiro e a atuação de Idris Elba - até certo ponto comedida - mas muito crível e versátil. Para quem quiser entender um pouco mais sobre o triste mundo que vivemos, eis um filme de qualidade para isto. Nota: 8,0
Sobre o filme... baseado em um livro de 2005 de mesmo nome do autor Uzodinma Iweala, a história se passa nos dias de hoje em algum país africano em guerra civil (o nome do país nunca é identificado). No meio da sangrenta batalha entre os exércitos do governo e os rebeldes estão a ONU e... os pobres civis. Acompanhamos a história do garoto Agu (Abraham Attah), que bem criança tem sua pequena aldeia devastada pelo exército nacional. Sozinho, ele foge para a selva e é encontrado pelo exército rebelde, onde seu Comandante (Idris Elba) resolve acolher e converter Agu como um de seus soldados.
Beast of No Nation prometeu duas coisas: mostrar os horrores das guerras na África e mostrar como um garoto inocente se torna um soldado sanguinário. A primeira promessa é cumprida com louvor. Bastante violento, mas sem apelar para cenas repletas de sangue, é impossível não se comover com o horror que os civis africanos vivem há décadas. Uma coisa é saber como eles (sobre)vivem; outra é assistir. Já a segunda promessa é cumprida em partes. Sim, é verdade que o grande foco do filme é justamente a história de Agu virando um soldado, e a grosso modo, é perfeitamente compreensível e crível a transformação do garoto. Porém, nos detalhes, esta "conversão" é irregular. Narrada em alguns momentos pelos pensamentos do próprio Agu, em várias ocasiões a voz dos seus pensamentos não refletem suas atitudes na tela, deixando a transformação do garoto um pouco inconsistente.
Para um filme de baixo orçamento - apenas US$ 6 milhões - a fotografia é bonita e competente, sendo o maior destaque técnico do filme. Seus fortes mesmo são o roteiro e a atuação de Idris Elba - até certo ponto comedida - mas muito crível e versátil. Para quem quiser entender um pouco mais sobre o triste mundo que vivemos, eis um filme de qualidade para isto. Nota: 8,0
Diretor: Frank Coraci
Atores principais: Adam Sandler, Rob Schneider, Taylor Lautner, Jorge Garcia, Terry Crews, Luke Wilson, Nick Nolte
Nota: 5,0
"Elenco numeroso é o melhor desta comédia pastelão mediana de Adam Sandler"
The Ridiculous 6 já de cara não prometia muito. Produtor e roteirista do filme, Adam Sandler tentou vendê-lo para vários estúdios... e não conseguiu. Após assinar um contrato de 4 novos filmes com a Netflix em outubro de 2014, The Ridiculous 6 enfim achou um lugar para ser exibido. Sua estréia mundial aconteceu 3 dias atrás, em 11 de dezembro, numa das grandes atrações de Natal da empresa de streaming.
Nesta comédia de faroeste, Tommy Stockburn (Adam Sandler) precisa arrecadar US$ 50 mil para resgatar seu pai Frank (Nick Nolte) de uma quadrilha de bandidos. E em sua jornada, ele acaba encontrando mais cinco meio-irmãos, que se unem a ele na empreitada. São eles: Ramon (Rob Schneider), Lil' Pete (Taylor Lautner), Herm (Jorge Garcia), Chico (Terry Crews) e Danny Stockburn (Luke Wilson).
The Ridiculous 6 é uma comédia besteirol típica de Adam Sandler. É seu humor padrão repleto de piadas escatológicas, machistas, homofóbicas, sexuais e non-sense. O filme não é o pior dentre todos do ator, e certamente não é o melhor, fica no meio termo.
Com uma história simplória e previsível, The Ridiculous 6 apresenta duas qualidades: quando deixa de lado as piadas ofensivas e parte para as trapalhadas e o non-sense, algumas das piadas são bem engraçadas. Mas principalmente, o que mais chama a atenção é o número gigantesco de atores famosos na produção. Além dos 7 principais já citados anteriormente, ainda temos, dentre outros: Will Forte, Steve Zahn, Harvey Keitel, Jon Lovitz, David Spade, Danny Trejo, Steve Buscemi e John Turturro. Em geral personagens malucos, bizarros e caricatos, eles acabam sendo mais engraçados e interessantes do que as próprias piadas do filme.
The Ridiculous 6 é uma comédia mediana que deverá agradar apenas os fãs de Adam Sandler. Vale mais como curiosidade para ver o elenco estrelado do que assistir o filme em si. Vamos ver se os 3 filmes restantes do ator na Netflix serão bons... por enquanto, embora garanta algumas risadas, sua estréia não empolgou. Nota: 5,0
Nesta comédia de faroeste, Tommy Stockburn (Adam Sandler) precisa arrecadar US$ 50 mil para resgatar seu pai Frank (Nick Nolte) de uma quadrilha de bandidos. E em sua jornada, ele acaba encontrando mais cinco meio-irmãos, que se unem a ele na empreitada. São eles: Ramon (Rob Schneider), Lil' Pete (Taylor Lautner), Herm (Jorge Garcia), Chico (Terry Crews) e Danny Stockburn (Luke Wilson).
The Ridiculous 6 é uma comédia besteirol típica de Adam Sandler. É seu humor padrão repleto de piadas escatológicas, machistas, homofóbicas, sexuais e non-sense. O filme não é o pior dentre todos do ator, e certamente não é o melhor, fica no meio termo.
Com uma história simplória e previsível, The Ridiculous 6 apresenta duas qualidades: quando deixa de lado as piadas ofensivas e parte para as trapalhadas e o non-sense, algumas das piadas são bem engraçadas. Mas principalmente, o que mais chama a atenção é o número gigantesco de atores famosos na produção. Além dos 7 principais já citados anteriormente, ainda temos, dentre outros: Will Forte, Steve Zahn, Harvey Keitel, Jon Lovitz, David Spade, Danny Trejo, Steve Buscemi e John Turturro. Em geral personagens malucos, bizarros e caricatos, eles acabam sendo mais engraçados e interessantes do que as próprias piadas do filme.
The Ridiculous 6 é uma comédia mediana que deverá agradar apenas os fãs de Adam Sandler. Vale mais como curiosidade para ver o elenco estrelado do que assistir o filme em si. Vamos ver se os 3 filmes restantes do ator na Netflix serão bons... por enquanto, embora garanta algumas risadas, sua estréia não empolgou. Nota: 5,0
Um comentário:
Achei muito interessante a maneira em que terminou o filme. Desde que vi o elenco deste filme imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do ator Idris Elba, a propósito, eu o recomendo na A Torre Negra, vi que a transmitiria aqui: https://br.hbomax.tv/movie/TTL608754/A-Torre-Negra, é uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção.
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