sábado, 29 de julho de 2017

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

TítuloEm Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017)
Diretor: Edgar Wright
Atores principais: Ansel Elgort, Kevin Spacey, Jon Hamm, Eiza González, Lily James, Jamie Foxx, CJ Jones, Jon Bernthal
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=TJrKYWPBTrc
Nota: 8,0
 Tudo o que Velozes e Furiosos e La La Land queriam ser e não conseguiram...
em um único filme

Um dos aspectos que mais valorizo em um filme é o quanto ele é diferente, inovador. E este é o caso do surpreendente Em Ritmo de Fuga. Na história, Baby (Ansel Elgort) é o motorista de fuga de uma gangue de assaltantes, em um filme repleto de ação. Portanto... nada novo até aí. O que torna Em Ritmo de Fuga diferente é o uso da música: Baby ouve músicas altas com seu fone de ouvido o tempo todo, sem parar, e nós espectadores ouvimos tudo junto com ele. Parafraseando seu diretor, Edgar Wright, o filme é "dirigido pela música". Em vários momentos Baby dança junto com sua trilha sonora em situações das mais inusitadas; ou ainda, em outras cenas, a ação acompanha o ritmo da música tocada... como por exemplo, os disparos em um tiroteio acompanhando as batidas da trilha musical.

Por mais estranho ou cansativo que a descrição acima pode parecer, o resultado é ótimo. Ver Baby em seu "mundo sonoro particular" dançando e ouvindo música o tempo todo enquanto tudo ao seu redor explode de ação em um ritmo frenético é uma experiência bastante agradável.

Comentando as comparações entre filmes que fiz no subtítulo acima, Em Ritmo de Fuga também possui manobras e perseguições de carro malucas, personagens "machões / fodões", mas diferentemente da franquia Velozes e Furiosos, aqui as cenas de ação são mais críveis, menos exageradas, muito melhor filmadas (sem aquele excesso absurdo de cortes de cenas), e com atores que sabem atuar de verdade. Já em relação a La La Land... ok, Em Ritmo de Fuga não é um musical. Entretanto, ambos possuem como destaques principais muita música e um casal de jovens inocentes, sonhadores e apaixonados. La La Land - que até é um bom filme - tentou modernizar os musicais do passado. E que para mim, fracassou neste quesito. O primeiro tem um apelo para o público mais velho; já o segundo, para o público mais jovem. É Em Ritmo de Fuga que consegue, afinal, trazer uma maneira nova e atualizada para desfrutar músicas no Cinema.

E que músicas! A trilha sonora é excelente, e mesmo sendo em sua maioria músicas mais agitadas, há também algumas canções mais lentas. No geral, entretanto, são todos ritmos bem dançantes. Ah sim: se em La La Land muitas músicas são de Jazz, aqui temos uma variação muito maior, cobrindo lançamentos do último meio século, e alternando entre diversos estilos de Rock, R&B, Soul e Pop.

Em Ritmo de Fuga não é só som. A fotografia tem alguns bons momentos, principalmente em algumas cenas de plano sequência. As cenas de ação também são muito boas e o roteiro com várias surpresas... é como se fosse um roteiro de Tarantino sem o destaque para os diálogos.

Em Ritmo de Fuga é minha maior surpresa positiva nos Cinemas deste ano até agora. E que com este filme o jovem diretor/roteirista Edgar Wright ganhe um maior e merecido reconhecimento. Você acha que não conhece seu trabalho? Pois Wright por exemplo também dirigiu Todo Mundo Quase Morto e Scott Pilgrim Contra o Mundo, e foi o roteirista de Homem-Formiga e As Aventuras de Tintim dentre outros. Mais um nome para acompanharmos mais de perto. Nota: 8,0

Um comentário:

Ivan disse...

Claro que amo filmes, não a toa tenho um blog sobre eles. :) E acho que o "Em Ritmo de Fuga" é excelente pra qualquer momento, não precisa ser em uma "tarde livre" rs. Abraços!

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