quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Dupla Crítica - The Flash (2023) e Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan (2023)


Eu corri pra postar aqui no blog todos os grandes lançamentos de Julho o quanto antes. E agora que tudo foi publicado, deu pra respirar e com calma escrever sobre alguns filmes que saíram nos cinemas brasileiros há alguns meses atrás. Antes tarde do que nunca! Vamos a eles?



The Flash (2023)
Diretor: Andy Muschietti
Atores principais: Ezra Miller, Ben Affleck, Michael Keaton, Sasha Calle, Kiersey Clemons, Ron Livingston, Maribel Verdú

A DC deveria ter acabado há muito tempo com absolutamente tudo que tivesse qualquer relação com o universo compartilhado DC idealizado por Zack Snyder. Como isso não aconteceu, veio este The Flash. A história, baseada na importante saga Flashpoint dos quadrinhos, mostra Flash (Ezra Miller) viajando no tempo com seus poderes e alterando o passado, salvando sua mãe da morte prematura, encontrando com seu eu mais jovem, mas também (e é claro), alterando com graves consequências toda a linha temporal.

Vejam: não é fácil tolerar uma pessoa que é irritante e sem carisma tanto na vida real quanto nas telas. Portanto, não é uma idéia "jenial" torná-la protagonista de um filme e ainda "duplicá-la" em quase todas as cenas? Para piorar, o preguiçoso roteiro de The Flash tem absolutamente todos os clichês possíveis e imagináveis sobre viagens no tempo. Por outro lado, apesar de ser extraordinariamente um "mais do mesmo", a trama do filme não é ruim; diria que em geral ela diverte, em um nível comparável a um filme bom da "Sessão da Tarde".

O ponto alto de The Flash é a volta do Batman versão filme de 1989, interpretado por Michael Keaton. Suas cenas iniciais são muito boas, porém com o passar do tempo o encanto vai passando, infelizmente. Se não tem uma história boa, pelo menos este The Flash é repleto de fan services, e ele acaba sendo uma enorme (e grata) homenagem a todo universo cinematográfico da DC.

Em resumo, The Flash teve um enorme investimento, mas é um filme apenas mediano. Menos mal que a experiência de assisti-lo não é ruim (pelo contrário, é até agradável), e tem tantas homenagens a DC, que deve agradar (apenas) os fãs mais extremos da editora. Nota: 5,0.

PS: o filme conta com uma cena pós-créditos, não perca.



Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan 
(2023)
Diretor: Martin Bourboulon
Atores principais: François Civil, Vincent Cassel, Romain Duris, Pio Marmaï, Eva Green, Lyna Khoudri, Louis Garrel, Vicky Krieps, Jacob Fortune-Lloyd, Éric Ruf

Produção francesa do clássico literário de Alexandre Dumas, Os Três Mosqueteiros (1844), o filme foi bem recebido pelo público e crítica e conseguiu chegar até aos cinemas brasileiros. Um ponto curioso é que ele é a parte um de dois; sua parte final, Les Trois Mousquetaires: Milady, também será lançado este ano (em Dezembro na Europa), mas não sabemos ainda quando chegará por aqui.

Já tivemos vários filmes dos Três Mosqueteiros, e talvez o maior diferencial deste Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan é ser o mais fiel à obra original dos que eu assisti até agora. Talvez isto se deva por não ter sido feito em Hollywood rs... aliás, apesar disto, a produção conta com alguns atores / atrizes que já passaram por várias produções estadunidenses. Portanto talvez você reconheça Vincent Cassel, Eva Green, Vicky Krieps, Jacob Fortune-Lloyd ou Louis Garrel de outros lugares.

Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan é um filme com ritmo bem acelerado, bem humorado, e com bastante ação. Nenhuma cena de ação chega a impressionar, é verdade... mas são cenas críveis e bem feitas. Aliás, tudo no filme é tecnicamente muito bem feito. A fotografia é muito boa, assim como o Design de Produção. Ah, fica um alerta: conhecer um pouco do contexto histórico do filme ajuda um pouco a entender o que está acontecendo. Este Os Três Mosqueteiros até começa com um texto inicial explicando o contexto, mas é só isso... ele já parte pra ação e não está nem aí para explicações.

Os Três Mosqueteiros: D'Artagnan está longe de ser memorável, mas assisti-lo foi bem agradável, e tem sido - até agora - uma boa maneira de conhecer o livro de Dumas. Espero que sua bilheteria no Brasil tenha sido suficiente para que Les Trois Mousquetaires: Milady chegue aqui também. Nota: 6,5.

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