terça-feira, 23 de abril de 2024

Crítica - Ghostbusters: Apocalipse de Gelo (2024)

TítuloGhostbusters: Apocalipse de Gelo ("Ghostbusters: Frozen Empire", Canadá / EUA, 2024)
Diretor: Gil Kenan
Atores principaisMckenna Grace, Paul Rudd, Carrie Coon, Finn Wolfhard, Kumail Nanjiani, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, Bill Murray, William Atherton, Emily Alyn Lind, James Acaster, Logan Kim, Celeste O'Connor, Patton Oswalt, Annie Potts
Nota: 6,0

Caça-Fantasmas continua a divertir, mas precisa parar de querer ser 10 filmes em um

Três anos depois do ótimo Ghostbusters: Mais Além (2021), temos uma sequência para o semi-reboot da franquia Ghostbusters, misturando a "clássica" e a "nova" geração, e trazendo muitas homenagens e saudosismos.

Sendo continuação direta do filme anterior, desta vez as formações novas e antigas dos Caça-Fantasmas precisam se unir para impedir que uma antiga e poderosa entidade de nome Garraka, cujos poderes vêm do frio, liberte e lidere um exército de fantasmas para destruir a humanidade.

Vamos primeiro às boas notícias: mais uma vez temos aventura, humor e fantasmas de maneira divertida como todo Caça-Fantasmas. E pensando no futuro da franquia, temos novidades, como o agora rico Winston (Ernie Hudson) ter secretamente criado uma equipe de pesquisadores para estudar e aperfeiçoar novos equipamentos para a luta contra os espíritos. Além disso, pela primeira vez vemos um fantasma aparentemente "humano e bonzinho", Melody (Emily Alyn Lind), o que leva o filme a um importante questionamento: o que acontece com os fantasmas enquanto eles estão aprisionados? É ruim? Eles sofrem?

E, como no filme anterior, o melhor dele é a neta de Egon, Phoebe Spengler (Mckenna Grace), não só pelo carisma e delicadeza da jovem atriz, mas principalmente, porque seu personagem parece ser o único que realmente entende o legado de ser uma Caça-Fantasmas e o levar a sério.

Mas apesar da diversão de sempre, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo é ao mesmo tempo o filme mais sério, menos engraçado e menos assustador de toda a franquia. Um dos motivos disso é seu excesso de diálogos e personagens. A foto do início deste artigo dá uma pequena amostra da quantidade de atores que precisam dividir a tela...

Porém mais que isso, o verdadeiro problema é que Ghostbusters: Apocalipse de Gelo quer contar muitas histórias ao mesmo tempo. Ao invés de focar apenas na história de aventura de "salvar o mundo do fantasma da vez", o roteiro ao mesmo tempo também quer comentar sobre adolescentes ficando adultos, o personagem de Paul Rudd querer ser aceito como pai, a "nova" geração com dificuldades em assumir o cargo enquanto a "velha" geração não quer aceitar a aposentadoria, fora as muitas homenagens aos filmes dos anos 80 (além do monte de personagens que voltaram em Ghostbusters: Mais Além, desta vez também voltou o prefeito Walter Peck (William Atherton)).

É muito assunto para um filme só... e o resultado é um roteiro um bocado cansativo que acaba não discutindo nenhum dos temas com nenhuma profundidade.

Ainda assim, apesar de seus excessos, Ghostbusters: Apocalipse de Gelo deve agradar os fãs da franquia e, se tiver boa bilheteria mundial, deverá receber mais uma continuação, a qual eu espero REALMENTE, tenha menos personagens, e abracem de vez o tempo presente. Nota: 6,0

O filme tem tantos personagens que a principal e melhor deles, Phoebe Spengler pela Mckenna Grace, não estava na cena da foto-título deste artigo. E como é bacana ver que ela é fã da franquia desde criança. Deve ser muito bom fazer parte do seu sonho.


2 comentários:

Anônimo disse...

Ainda não vi o de 2021. Preciso urgentemente ;-)

Ivan disse...

Veja. É muito bom, e também já teve crítica dele aqui no Cinema Vírgula ;)

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