Até agora já tivemos quatro filmes: John Wick: De Volta ao Jogo (2014), John Wick: Um Novo Dia para Matar (2017), John Wick 3: Parabellum (2019) e John Wick 4: Baba Yaga (2023). Mas também já tivemos uma minissérie para TV de nome O Continental: Do Mundo de John Wick e para este ano de 2025 teremos nos cinemas seu primeiro filme derivado: Bailarina, com a atriz Ana de Armas no papel principal. Somados, os 4 primeiros filmes gastaram US$ 235 milhões para serem produzidos... porém lucraram US$ 1 bilhão apenas nas bilheterias. Nada mal!
O que poucos sabem é que esta história de sucesso poderia nem ter começado, se não fosse uma pessoa improvável... a atriz Eva Longoria, que embora até tenha feito um ou outro filme de ação, está longe de ser associada a qualquer produção do gênero.
O primeiro filme de John Wick era uma produção independente que teve dificuldades para começar. Quando o roteiro caiu no colo de Keanu Reeves, ele ligou para Chad Stahelski e David Leitch, que foram coordenadores de dublês na Trilogia Matrix (e Chad também foi o dublê de Keanu no primeiro filme), para que a dupla coreografasse e dirigisse as cenas de ação. Porém os dois responderam que só topariam ser "os" diretores da produção toda, o que ganhou apoio do ator. Posteriormente foi o que acabou se concretizando, até porque John Wick estava até com dificuldades de encontrar alguém para a direção, já que não haviam muitos interessados em assumir "mais um filme de pancadaria de Keanu Reeves".
John Wick tinha orçamento previsto de US$ 20 milhões, e segundo Chad Stahelski, eles estavam a 5 dias de iniciar as filmagens quando perderam US$ 6 milhões em financiamento. O cancelamento do filme foi colocado em pauta e um dos motivos disto não ter acontecido foi o medo de receber processos. Foi então que Eva Longoria entrou para salvar o dia. A atriz estava buscando novos modos de investimento - nunca havia sido produtora de filmes antes - e foi procurada por um agente da CAA (a agência de talentos que a representava) que a recomendou investir os 6 milhões que filme precisava. O pior, segundo Eva, é que o agente que fez a recomendação nem era o agente dela, e sim um desconhecido. Ainda assim, apesar de tantas incertezas, ela fez a aposta em John Wick e fechou o negócio.
Ao ser questionada sobre o quanto ela já recebeu de volta destes US$ 6 milhões investidos, ela apenas respondeu sorrindo que "mais que o dobro", e disse que um dos seus maiores arrependimentos foi ter saído da franquia e produzido apenas o primeiro dos filmes.
E que bom que John Wick foi salvo por Eva Longoria e feito por Chad Stahelski e David Leitch. Pois se o filme Matrix (1999) - de onde Stahelski, Leitch e Reaves vieram - causou uma revolução nos filmes de ação e na cultura Pop, dá sim para dizer que John Wick também causou sua (pequena) revolução.
Se Matrix apostou na câmera lenta, John Wick subverteu tudo isso e apostou na velocidade, e mais ainda, deu ainda mais destaque para as coreografias. Ao contrário dos tão comuns cortes rápidos dos filmes modernos de ação, muitas das cenas de combate são filmadas em planos longos e sem cortes. E as brigas, além de bastante coreografadas, utilizam-se também de vários objetos, remetendo a filmes orientais, como se fossem uma violenta apresentação de dança. Tudo isso iria influenciar várias obras de ação subsequentes.
Terminando este artigo de curiosidades, segue o trailer do futuro filme Bailarina, que não terá pela primeira vez na franquia a direção Chad Stahelski. Será que vai manter o padrão dos demais John Wick?
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