domingo, 14 de outubro de 2012

Crítica: Hotel Transilvânia (2012)

“Animação com história genérica se salva com visual incomum e piadas imprevisíveis”


Recentemente comentei sobre “Ted”, estréia nos cinemas de Seth MacFarlane (criador de American Dad e Family Guy) como diretor. Embora divertido em alguns momentos, um filme apenas razoável. Seguindo esta mesma linha, “Hotel Transilvânia” é a animação onde estréia como diretor Genndy Tartakovsky, criador dos bem interessantes “O Laboratório de Dexter” e “Samurai Jack”, dentre outros. E da mesma forma, seu filme faz rir com algumas boas piadas, mas possui uma história comum e desinteressante.

Se em “Ted” seu principal defeito é ser parecido demais com as outras criações de MacFarlane, aqui o principal problema é que pouco vemos o dedo de Tartakovsky no resultado final do próprio filme. O ponto alto da animação são as piadas espalhadas ao longo da história – bem engraçadas e totalmente imprevisíveis (porém,  pouco relacionadas à trama). Ao contrário dos roteiros dinâmicos de “Dexter” e “Samurai Jack”, aqui Genndy Tartakovsky sequer é roteirista e o resultado é uma história monótona, que não ganha o interesse do expectador.

Olhem só: em “Hotel Transilvânia”, vemos o Conde Drácula (Adam Sandler) como dono do hotel-título do filme, que nada mais é do que um refúgio que os monstros têm dos “temíveis” humanos. Super-protetor, Drácula mantém sua filha Mavis (Selena Gomez) dentro do Hotel, que sempre sonhou conhecer o mundo exterior. Quando o hotel é invadido por um garoto humano (Andy Samberg), a vida dos três se transforma. Parece sessão da tarde, não?

Por outro lado, além as boas piadas citadas anteriormente, o visual do filme também é um atrativo. Ainda que os monstros não deixem totalmente de serem “bonitinhos”, um visual mais dark e realista (que lembra “A Noiva Cadáver” de Tim Burton, por exemplo) torna a animação um pouco diferente do que vemos atualmente nos cinemas.

Também me chamou a atenção os monstros escolhidos para aparecer no fime. Temos vampiros, múmias, Frankenstein... mas também personagens que não deveriam fazer parte deste “panteão”, como por exemplo, a Hidra, versões zumbis de Einstein e Beethoven, ou mesmo Quasímodo, com suas características totalmente deturpadas como “chef” de cozinha. Esta “salada” não é prejudicial ao filme, felizmente, e é parte do material utilizado pelas piadas.

Por fazer boa bilheteria nos EUA, talvez ainda tenhamos a chance futura de ver Genndy Tartakovsky fazer algo mais autoral. Em Hotel Transilvânia vemos apenas um pouco de seu rápido humor e só. É pouco. Nota: 5,5.

PS: para os papais, classificaria esta animação para faixa etária de crianças de uns 8, 9 anos pra cima... o visual mais “dark” (boa parte do filme é dentro do escuro hotel) e personagens bem mais insanos que “fofinhos” contribuem para isto.

Um comentário:

As melhores Dicas para você! disse...

Conheço muitos filmes bons de Animação, Fantasia e Comédia, e Hotel Transilvânia é um deles, Nota 9, que dá para Assistir acessando: https://tvcanais.com/hotel-transilvania-dublado/

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