sexta-feira, 29 de abril de 2016

Crítica - Capitão América: Guerra Civil (2016)

TítuloCapitão América: Guerra Civil ("Captain America: Civil War", EUA, 2016)
Diretor: Anthony Russo, Joe Russo
Atores principais: Chris Evans, Robert Downey Jr, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Chadwick Boseman, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Tom Holland, Daniel Brühl
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=3p1d_6_ocEE
Nota: 8,0
Marvel muda o estilo, mas continua fazendo ótimos filmes

Capitão América: Guerra Civil é o décimo-terceiro filme do Universo Cinematográfico Marvel, iniciado em 2008 com o filme Homem de Ferro. Mais ainda, é o filme que reúne o maior número de super-heróis em toda a história: considerando todos os personagens apresentados pelo estúdio nesta fase de agora, só ficaram faltando aparecer Thor, Hulk e os Guardiões da Galáxia. Em contrapartida o filme introduz dois novos heróis bastante relevantes: o Pantera Negra (Chadwick Boseman) e o tão aguardado pelos fãs Homem-Aranha (Tom Holland).

Na história, os Vingadores tentam prender alguns bandidos e então um acidente acontece, matando civis. Após o incidente, os governos mundiais querem controlar o poderoso grupo via ONU. Enquanto os heróis discutem se aceitam ou não a intervenção, outro acontecimento acirra os ânimos: aparentemente o Soldado Invernal (Sebastian Stan) comete um ato terrorista. Então os heróis se dividem em dois grupos: o time liderado pelo Capitão América (Chris Evans), que não aceita a intervenção da ONU e considera o Soldado Invernal inocente; e o time liderado pelo Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), que aceita o controle dos governos e que quer o Soldado preso ou morto. Não demora muito para que os dois times se enfrentem fisicamente.

Em primeiro lugar, ao contrário do que foi vendido, este não é um filme do Capitão América. É muito mais um filme dos Vingadores do que qualquer outra coisa, já que o futuro do grupo é discutido repetidas vezes e um número bem alto de personagens ganham destaque. É verdade que Capitão, Homem de Ferro e Soldado Invernal são os principais protagonistas, mas o Pantera Negra, a Viúva Negra (Scarlett Johansson), o Falcão (Anthony Mackie), a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen) e o vilão Barão Zemo aparecem (Daniel Brühl) bastante.

Depois de usar uma mesma fórmula em quase todos seus filmes - histórias leves, cheia de humor, e heróis lutando contra o monstro da vez - o estilo da produção mudou: estamos diante do filme mais sério da Marvel até agora. As piadinhas existem, mas são poucas, e de maneira bastante coerente são feitas apenas pelos personagens metidos a comediantes: Homem de Ferro, Homem Aranha e Homem Formiga (Paul Rudd).

Mas a grande mudança trazida neste filme pelos diretores, os Irmãos Russo, são as batalhas. Ao contrário de lutas épicas, o que temos aqui é um grande destaque para lutas "mano a mano" filmadas em close. Esta abordagem transforma Capitão América 3 em algo muito mais realista e muito mais intimista do que qualquer outro filme de super-herói.

Capitão América: Guerra Civil também é o filme da Marvel com maior tempo em cenas de ação, a maioria muito boas. As batalhas foram bem planejadas e utilizam muito bem a diversidade de poderes dos heróis. As tais lutas "mano a mano" que já citei anteriormente são repletas de golpes marciais e em velocidade alucinante. Entretanto, elas não são perfeitas: com o de abuso dos closes e cortes rápidos, as vezes perdemos toda a progressão de um golpe ou a visão global do que está acontecendo. Portanto, os Irmãos Russo são ótimos para filme da ação, mas ainda têm pontos a melhorar na sua técnica.

E lembram que em Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016) eu disse que para que os heróis brigassem entre eles o filme os distorceu, transformando-os em pessoas sombrias? Felizmente, em Capitão América: Guerra Civil isto não acontece, o que prova a força do roteiro. As motivações para a briga soam orgânicas e críveis. Ninguém precisou virar "mau" para o conflito acontecer... o mais anti-herói é o Homem de Ferro, mas como ele sempre foi um arrogante metido a valentão, tudo se mantém coerentemente dentro do universo já estabelecido.

Capitão América: Guerra Civil tem boas chances de ser o melhor filme da Marvel até agora. Entretanto não concederei a ele este título por alguns motivos. Primeiro, pelos leves problemas nas lutas que citei acima. Segundo, porque analisado do começo ao fim o plano do Barão Zemo não me pareceu fazer muito sentido... O vilão é fraco, não representa ameaça. O ato final de Capitão América: Guerra Civil não consegue estabelecer um bom clímax, que ficou ainda pior com o uso de uma certa gravação que não faz sentido nenhum existir.

Finalmente, outro probleminha é que este filme é de longe o menos independente dentre todos do Universo Cinematográfico Marvel. Para entendê-lo, no mínimo é obrigatório ter assistido antes o Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014) e o Vingadores: Era de Ultron (2015). Sem conhecê-los previamente, não assista Capitão América 3.

Depois de muito se repetir, a Marvel traz em seu novo filme algumas boas novidades, se renovando. A minha esperança em que o Universo Cinematográfico Marvel continue empolgante por vários anos aumentou. Que venham os próximos filmes! Nota: 8,0


PS: Capitão América 3 possui DUAS cenas pós-créditos. A segunda é uma rápida propaganda do futuro filme do Homem-Aranha, portanto, nem vale a pena esperar para ver. Porém a primeira cena é importantíssima! Ela nem deveria estar após o filme, e sim dentro dele. Não a percam!

PS 2: uma errata. Pensando melhor agora, Capitão América 2: O Soldado Invernal também é um filme bem sério, talvez até mais sério que este. Entretanto, Guerra Civil aborda assuntos mais complexos e não segue a estrutura padrão de "filme de origem contra o vilão da vez".

terça-feira, 26 de abril de 2016

Gosta de filmes de ficção científica "pra valer"? Você precisa conhecer Primer

Primer (2004) é um filme de baixíssimo orçamento (US$ 7 mil), produzido, escrito e dirigido por Shane Carruth, formado em matemática e ex-engenheiro de Software. Apesar de não ter feito sucesso comercial, o filme ganhou o Grande Prêmio do Júri no Festival Sundance de Cinema de 2004.

Carruth (o moreno da foto acima) nem sabe atuar muito bem... mas como sabe contar uma história! Em Primer temos dois engenheiros que acidentalmente criam uma máquina do tempo. Diferentemente da maioria dos filmes do gênero, os protagonistas não são estúpidos, irresponsáveis, nem querem dominar o mundo. Então, assim que eles percebem o que têm em mãos (a máquina do tempo), eles tentam ganhar dinheiro com isto tomando todo cuidado possível para não alterar a história nem prejudicar ninguém.

Será que eles conseguiram? Bem, vocês tem que assistir o filme para ver. Nele temos cenas em diversas linhas temporais (muitas vezes se repetindo) e a história é difícil para entender. Ou melhor, para quem está acostumado com filmes do gênero, prestando bastante atenção no que está acontecendo até dá para assistir o filme e entender uns 70% do que aconteceu ao seu final.

Os 30% restantes? Bem, se você os entendeu pela primeira vez você é um gênio rs. Um dos motivos do filme ser tão complexo é que cenas importantes para seu entendimento foram propositalmente retiradas da história. Mas existe na internet uma diversidade de textos e vídeos explicando tudo passo a passo. Este vídeo em inglês (clique aqui) é um exemplo deles.

Depois de tudo explicado, você perceberá que a história é brilhantemente sem erros, e tudo se encaixa. Primer é portanto um dos mais complexos - porém um dos melhores - filmes de viagem no tempo já feito. Gosta do assunto e quer dar um prazeroso nó na cabeça? Este é seu filme. :)

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Crítica - Mogli - O Menino Lobo (2016)

TítuloMogli - O Menino Lobo ("The Jungle Book", EUA, 2016)
Diretor: Jon Favreau
Atores principais (vozes): Neel Sethi, Bill Murray, Ben Kingsley, Idris Elba, Lupita Nyong'o, Scarlett Johansson, Giancarlo Esposito, Christopher Walken
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=sxeRCEthd9o
Nota: 8,0
Com um espetáculo visual, Mogli concorre como um dos melhores filmes do ano

Mogli é um personagem que aparece em alguns contos do livro The Jungle Book (1894) de Rudyard Kipling. Talvez não muito conhecido pelas gerações mais novas, ele fez parte da infância das pessoas entre 30 a 50 anos graças à animação da Disney Mogli - O Menino Lobo, de 1967.

A Disney já fez algumas adaptações live-action desta mesma história. Uma em 1994 e outra em 1998. Mas desta vez ela resolveu jogar pesado. Gastando 175 milhões de dólares, temos um filme onde apenas um personagem - o menino Mogli (Neel Sethi) - é de carne e osso: todos os outros personagens (animais falantes) e a grande maioria das paisagens são feitas por animação de computador. Ah: e com um realismo de assustar qualquer um!

Na famosa história, Mogli é um menino que foi abandonado na selva e criado por lobos. Ele viva em paz e harmonia por lá até que um dia o malvado tigre Shere Khan (Idris Elba) descobre a existência da criança. Por medo e raiva dos humanos, Khan quer matar Mogli de qualquer jeito, o que leva nosso herói a uma jornada para voltar a civilização, evitando desta maneira o confronto.

Há várias cenas neste Mogli - O Menino Lobo que são quase idênticas ao do desenho de 1967. Entretanto, há várias cenas novas também, em geral, estas servem para deixar o filme mais assustador. Aliás, Mogli é um filme para "quase" toda a família. Passa pelo roteiro completo de emoções: do humor ao drama. Não é um filme sombrio, muito longe disto. Entretanto, há várias passagens tensas (aquelas em que Mogli é atacado) e portanto não recomendo o filme para menores de 8 anos. Mais do que qualquer coisa, Mogli é um filme de ação.

Como eu disse no passado, para Mogli - O Menino Lobo o diretor Jon Favreau havia prometido que seu filme seria um deslumbre visual. Ele não mentiu. Mogli é talvez o filme sobre natureza de imagens mais belas desde Avatar (2009). Antes que eu seja acusado de exagerado, explico melhor: vejam, Avatar continua sendo muito melhor visualmente e tecnicamente. Entretanto, Mogli possivelmente fica com um distante "segundo lugar", e assim como o filme de James Cameron, merece ser visto no cinema e em 3D.

Continuando com minhas recomendações, é óbvio que qualquer filme é muito melhor em seu idioma original. Mas especialmente para este Mogli - O Menino Lobo, procure pelas versões legendadas. Principalmente as vozes de Bill Murray, Idris Elba e Christopher Walken fazem muita diferença!

Mogli - O Menino Lobo possui bom roteiro, embora peque pelo raso desenvolvimento dos personagens, principalmente Mogli. Só há um detalhe no filme que realmente me incomodou: toda a sequência do macaco Rei Louie. Nesta parte temos o único momento em que os animais computadorizados não convencem, devido ao exagero. Nenhuma proporção está correta. Nem a de Louie, nem a de seus asseclas. Uma pena. Esta sequência transforma as cenas em uma dispensável cópia de King Kong.

Interessante do começo ao fim Mogli - O Menino Lobo já nasce como um dos melhores filmes do ano e felizmente sua qualidade tem sido refletida nas bilheterias. A Disney tem transformado suas animações em live-action com certa freqüência nos últimos anos. E Mogli é a melhor destas adaptações até agora. Nota: 8,0


PS: neste ótimo vídeo (em inglês) vemos como o filme foi feito. É muito bacana ver o menino sendo filmado nas telas azuis e você ver que o pessoal da produção já consegue visualizar o resultado com os efeitos especiais em tempo real. Confira!

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Crítica - Ave, César! (2016)

TítuloAve, César! ("Hail, Caesar!", EUA  / Japão / Reino Unido, 2016)
Diretores: Ethan Coen, Joel Coen
Atores principais: Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Frances McDormand, Channing Tatum, Jonah Hill
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=2sf7T3heCxg
Nota: 7,0
Mesmo longe de ser brilhante, é a melhor comédia dos irmãos Coen desde 2000

Durante toda sua carreira cinematográfica os irmãos Ethan e Joel Coen sempre alternaram filmes de drama e de comédia. Alguns de seus dramas estão entre os melhores filmes deste século (por exemplo, Onde os Fracos Não Têm Vez (2007)). Já as comédias... bem, no início os Coen entregaram filmes divertidíssimos como Arizona Nunca Mais (1987) e E Aí, Meu Irmão, Cadê Você? (2000). Mas suas comédias posteriores perderam qualidade.

O que aconteceu? As comédias pós-2000 de Ethan e Joel continuaram explorando personagens estranhos, o nonsense, e um humor repleto de ironias. O que mudou foi o tom: O Amor Custa Caro (2003), Matadores de Velhinhas (2004), Queime Depois de Ler (2008) e Um Homem Sério (2009), todas estas comédias apenas razoáveis possuem um humor muito mais sutil do que os Coen usavam no passado. Sutil até demais; as vezes nem percebemos que estamos diante de uma piada.

A boa notícia é que com Ave, César! os irmãos enfim trouxeram uma comédia bem interessante mesmo mantendo a antiga sutileza das piadas. Talvez a prática leve ao melhoramento; ou então, talvez agora eles tenham um terreno bem mais fértil para humor do que das vezes anteriores: o mundo do cinema nos anos 50.

A história é conduzida acompanhando a vida de Eddie Mannix (Josh Brolin), um diretor do estúdio Capitol Pictures cuja principal atribuição é corrigir/evitar escândalos de suas grandes estrelas. Eis então que seu maior ator - Baird Whitlock (George Clooney) - é sequestrado em plena filmagem. Vemos então os curiosos desdobramentos deste episódio.

O filme traz boas piadas relacionada a bastidores do cinema. Principalmente, explora a abrupta diferença de comportamento de todas as pessoas em estúdio antes de serem filmadas; após o grito de "ação!"; e após o grito de "corta!". O roteiro também brinca com o superficial mundo das celebridades e fofocas e ironiza diversos filmes de gênero.

O humor de Ave, César! entretanto, não é tão evidente. Como dito anteriormente, é bem sutil e bem diferente do que o público brasileiro está acostumado. Ele está "disfarçado" em pequenos detalhes visuais, em rápidas situações irônicas, ou ainda, em trocadilhos. Infelizmente, alguns destes trocadilhos não funcionam bem no Português (alguns na música dos marinheiros, por exemplo), o que dificulta ainda mais para o nosso público apreciar o filme.

A história de Ave, César! é bem interessante. Entretanto, tem problemas de ritmo, se tornando bem monótono em alguns momentos. Isto ocorre principalmente por dois motivos: um desnecessário e aborrecido narrador "em off" e o excesso de personagens. São tantos atores famosos que aparecem no filme (veja a lista bem acima) que cenas talvez dispensáveis foram criadas para comportá-los. De qualquer forma, a surpresa que tive ao ver Christopher Lambert fazer uma ponta já compensou boa parte deste deslize.

Ah, e como sempre nos filmes da dupla de irmãos, a fotografia em Ave, César! é excelente. O filme fictício em que a estrela Baird Whitlock filma sobre Jesus e a Roma Antiga (daí o nome desta produção) tem visual melhor do que muito filme verdadeiro feito por aí.

Ainda não foi desta vez que os irmãos Coen voltaram a fazer uma grande comédia. Mas chegaram bem perto. Com um humor refinado e diferente, desta vez temos uma história agradável e divertida. Nota: 7,0


PS: os personagens do filme parodiam estrelas reais de Hollywood. Por exemplo, o Burt Gurney interpretado por Channing Tatum imita Gene Kelly. Porém, para o caso de Eddie Mannix seu nome real foi preservado. Ele de fato existiu, era realmente este "conserta-escândalos" e foi alto executivo da MGM. Curiosidade: ele foi um dos suspeitos pela estranha morte de George Reeves (o primeiro ator da história a interpretar o Superman, no caso em uma série de TV); morte esta oficialmente declarada como suicídio e cuja história pode ser vista no filme Hollywoodland - Bastidores da Fama (2006).

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Crítica - Rua Cloverfield, 10 (2016)

TítuloRua Cloverfield, 10 ("10 Cloverfield Lane", EUA, 2016)
Diretor: Dan Trachtenberg
Atores principais: John Goodman, Mary Elizabeth Winstead, John Gallagher Jr.
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=M5-feV2zeIE
Nota: 7,0
Um duplo mistério muito bom

Rua Cloverfield, 10 é um duplo mistério. Primeiro, porque se trata de um filme de suspense e mistério bem bacana. E segundo, porque toda sua produção foi praticamente secreta. Filmado em pouco mais de 30 dias, o filme foi rodado com o pseudônimo de The Cellar ("O Porão"), os atores só recebiam os roteiros durante as filmagens para evitar vazamentos, e quando o filme foi enfim anunciado, pegou todo o público de surpresa.

Em uma época em que todos os filmes são contados em detalhes meses antes do lançamento, a estratégia feita para Rua Cloverfield, 10 é uma agradável surpresa. Mesmo assim, não foi uma surpresa perfeita. Todo este clima de enorme mistério envolvendo o filme é em boa parte quebrado com o segundo trailer lançado, que revela partes cruciais da história. NÃO O ASSISTAM de jeito nenhum!! (como sou legal, o trailer cujo link coloco acima é o primeiro, livre de spoilers, podem assistir sem medo).

Na história, Michelle (Mary Elizabeth Winstead) sofre um grave acidente de carro e quando desperta, ela se encontra presa em um abrigo subterrâneo em companhia de Howard (John Goodman) e Emmett (John Gallagher Jr.). Howard explica a situação: "houve um ataque, mas não sabemos direito o que é"... "se sairmos daqui, todos morreremos". Em se tratando de um filme chamado Rua Cloverfield, 10, a primeira associação que fazemos é que o tal "ataque" se trata do monstro gigantesco que devastou Nova York em Cloverfield: Monstro (2008). Porém, conforme a história se passa, fatos vão colocando esta associação em dúvida. E então... não contarei mais nada da trama para não estragá-la! :)

Rua Cloverfield, 10 conta com atuações muito boas, principalmente de John Goodman e Mary Elizabeth Winstead. É a primeira vez que vejo Mary como protagonista (a tinha visto antes como coadjuvante em Scott Pilgrim Contra o Mundo (2010)) e gostei do que vi. Além de muito bonita, é uma atriz muito competente e versátil.

O filme conta com um clima de suspense muito bem executado. Ponto positivo para o diretor Dan Trachtenberg, em sua estréia em longa-metragens. Rua Cloverfield, 10 é inteligentemente adepto a montar seu suspense com base no desconhecido. Somos apresentados ao que está acontecendo de maneira bem lenta.

Além disto, Rua Cloverfield, 10 é um filme bem enxuto, sem nenhuma cena desnecessária e praticamente sem furo no roteiro. É verdade que ele é bem sucedido por utilizar técnicas já bem conhecidas do cinema de suspense... mesmo assim, sua conclusão apresenta boas novidades.

Filmado o tempo todo dentro do pequeno abrigo onde o trio se encontra, para quem não se incomoda com filmes assim e gosta de um bom suspense, Rua Cloverfield, 10 é uma ótima pedida. Que J.J. Abrams e sua produtora Bad Robot continuem a fazer filmes diferentes e de baixo orçamento como este. Nota: 7,0

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...