terça-feira, 22 de outubro de 2013

Crítica - Os Suspeitos (2013)

Título: Os Suspeitos ("Prisoners", EUA, 2013)
Diretor: Denis Villeneuve
Atores principais: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Paul Dano, Terrence Howard
Trailer:  http://www.youtube.com/watch?v=1GwPisQUuL4
Nota: 7,0


Filme de serial killer com nova roupagem

Bem avaliado pela crítica, Os Suspeitos é uma nova visão do desconhecido diretor canadense Denis Villeneuve para os filmes de serial killer. Na trama, as filhas de Keller (Hugh Jackman) e Franklin (Terrence Howard) saem para brincar na rua e desaparecem. Segundo o relato do filho de Keller, elas brincavam perto de um Trailer que estava estranhamente estacionado na região.

Ao comunicar o desaparecimento para a polícia, o Trailer é rapidamente encontrado; e seu condutor, o jovem Alex (Paul Dano) é preso. Sem nenhuma evidência do rapto, 48h depois Alex é liberado (também por ser deficiente mental). É quando o filme se divide então em duas frentes: a do policial Loki (Jake Gyllenhaal) em busca de novos suspeitos, e a de Keller, que convencido da culpa de Alex, o sequestra e o tortura até que o mesmo confesse.

Eis aí a grande novidade de Os Suspeitos: um filme sob ponto de vista do pai da vítima. O fato do religioso Keller torturar o potencial assassino sem ter certeza de sua culpa levanta interessantes questões morais e algumas religiosas. Hugh Jackman está muito bem em cena, e sofremos junto com ele sua raiva e suas angústias.

Enquanto isto, o policial Loki encontra mais dois suspeitos. Quem dos três é o verdadeiro culpado? A trama é boa o suficiente para entreter o expectador em busca desta resposta por todo o filme. Aliás, o tão elogiado roteiro é de fato bem amarrado, porém, não deixa de trazer algumas coincidências inverossímeis, principalmente em seu desfecho.

Existem várias maneiras de trazer drama e tensão para uma cena. Uma delas é "mostrar pouco, deixar tudo oculto". Não é esta a fórmula usada em Os Suspeitos; aliás, temos duas pessoas (o pai e o policial) coletando novas evidências em paralelo, deixando o espectador por dentro de tudo. O recurso dramático utilizado aqui é a lentidão. O filme tem um ritmo lento, com diálogos que poderiam descartados, e várias investigações com câmera em primeira pessoa que vamos acompanhando literalmente passo a passo o que está sendo explorado. Esta lentidão entretanto, não se mostra um recurso adequado. Com 2 horas e meia de filme, Os Suspeitos cansa em alguns momentos, e ironicamente acelera bastante no final, como se tivesse faltado dinheiro para terminar o filme com o mesmo ritmo inicial.

O roteiro redondo e o drama do pai-sequestrador Keller são os pontos fortes deste filme, que não merece grandes elogios principalmente devido ao seu ritmo, mas que não deixa de ser um bom filme sob nova roupagem. Nota: 7,0.


Extra: sobre aqueles que traduzem o nome dos filmes para o Brasil

Mais uma vez reclamo - e muito - da tradução dada ao nome do filme Prisioners (no original). Admito que Os Suspeitos não é ruim. Porém, Prisioneiros seria mais adequado justamente por dar destaque na novidade do filme: a vítima prender o potencial serial killer.

Mas o grande problema é que já existe um filme, razoavelmente recente (1995), traduzido também para Os Suspeitos (The Usual Suspects, no original). Um filme excelente aliás, com o Kevin Spacey. Está feita a lamentável confusão.

Curiosamente, o site Omelete fez recentemente uma matéria sobre como os nomes são traduzidos no Brasil. Assistam no link ao lado: http://www.youtube.com/watch?v=Qvx2WlWZRCo

Embora o Omelete seja bem complacente com o mostrado, eu não sou. Afinal, fica bem claro que o principal objetivo dos distribuidores não é traduzir de maneira adequada, e sim, vender mais baseados "em nomes que fizeram sucesso no passado". E assim caminha a mediocridade...

sábado, 12 de outubro de 2013

Crítica - Gravidade (2013)

Título: Gravidade ("Gravity", EUA e Reino Unido, 2013)
Diretor: Alfonso Cuarón
Atores principais: Sandra Bullock, George Clooney
Trailerhttp://www.youtube.com/watch?v=kC3rHl_US4Q
Nota: 9,0


Um filme excepcional, que te lembra do porque precisamos ir aos cinemas

Bastou eu assistir um filme do diretor mexicano Alfonso Cuarón – Filhos da Esperança, de 2006 – para que eu me tornasse grande fã de seu trabalho. Afinal, cenas tão incríveis e tão longas de ação feitas em tomada única (sem cortes) eu nunca havia visto igual.

Seu filme seguinte, Gravidade, é ainda melhor. Na trama, os astronautas Ryan Stone (Sandra Bullock) e Matt Kowalski (George Clooney) estão fora de seu ônibus espacial, acoplados no telescópio Hubble onde estão instalando nele uma nova atualização. Eis que então eles são golpeados por destroços de outros satélites, que destroem o ônibus e os deixam à deriva no espaço. Agora, eles precisam arrumar um jeito para voltar para casa.

E não é que toda a cena descrita acima é feita sem cortes? São quase 20 minutos ininterruptos, desde que o filme começa, a nave explode e os astronautas estão girando como doidos no espaço como consequência da explosão. Tudo isto feito com um grau inédito de realismo, efeitos especiais e beleza de imagens. É simplesmente fantástico, de cair o queixo. Depois desta cena, caberia a nós reles mortais levantarmos, aplaudirmos, e ir embora muito satisfeitos para casa. Mas felizmente ainda há muito mais filme por vir.

E o que vem a seguir, ouso comparar dizendo ser parecido com o que vimos em Apolo 13 – filme de 1995 do diretor Ron Howard. Porém com uma diferença fundamental: os astronautas estão fora da nave (sem contar que visualmente Gravidade está mil anos luz na frente).

O filme é feito sob o ponto de vista da personagem da Sandra Bullock, uma astronauta em primeira missão de voo. Se alguém ainda não respeitava o trabalho da atriz, agora é o momento. Além dela convencer atuando no correto limiar entre estar assustada/inexperiente com ser uma astronauta capaz e bem treinada, o esforço dela para este filme é louvável: foram horas e horas de filmagens com Bullock pendurada por cordas dentro de um quarto escuro, não vendo absolutamente nada.

Já Clooney – que tem pequena participação e mesmo assim é o único outro ator do filme sem ser a Bullock – está bem como sempre e nos permite os poucos momentos de humor da trama.

Sim, há pouco humor pois o sentimento constante da história é a tensão, o desespero da solidão, ou de morrer a qualquer momento. Gravidade é disparado a experiência mais próxima que se pode ter de como é “caminhar no espaço” sem estar de verdade lá em cima. É este o mérito máximo do filme: a imersão total do telespectador dentro da tela, é como se nós mesmos fôssemos a personagem Ryan Stone e estivéssemos em sua pele vendo o mesmo que ela vê!

Gravidade é um filme bem diferente devido seu alto grau de realismo. Com pouca trilha sonora (no espaço não há som, e isto é simulado), e sem gravidade. Isto é mostrado de maneira forte e impressionante: nunca há um chão. Tudo sempre gira, e nunca sabemos onde é o “cima” e onde é o “embaixo”. Estes conceitos não existem. E isto é mostrado brilhantemente aqui. São tantos giros e falta de referência espacial que entendo ser possível o incômodo de alguns assistindo. Acontece. Mas mesmo para estes imagino que o filme valha a pena.

Gravidade é muito muito bom. Só não leva 10 porque a sua história – repleta de metáforas de nascimento e crescimento – é demasiado simples e um pouco exagerada nos seus acontecimentos. Faltou ao enredo a perfeição dos efeitos visuais. Mas nada que comprometa, claro.

Para finalizar, um alerta: Gravidade é um filme que PRECISA ser visto nos cinemas. Assisti-lo em casa, mesmo que você tenha uma TV de 75 polegadas, não faz sentido pois você perde toda a experiência (3D inclusive) que o filme propõe. Na sua casa, o filme levaria uma nota 7 ou 8 no máximo.

Corra para os cinemas! A obra genial de Alfonso Cuarón precisa ser conhecida. Nota: 9,0.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Crítica – Amor Pleno (2012)

Título: Amor Pleno ("To the Wonder", EUA, 2012)
Diretor: Terrence Malick
Atores principais: Ben Affleck, Olga Kurylenko, Javier Bardem, Rachel McAdams
Trailerhttp://www.youtube.com/watch?v=a2BS4yo0FBQ
Nota: 4,5

Malick questiona o amor em um filme bem cansativo

Terrence Malick, recluso diretor estadunidense, decididamente leva a sério a questão de fazer “filmes autorais”. Afinal, seus filmes possuem características únicas, mais uma vez repetidas a exaustão em sua nova obra, Amor Pleno.

São elas: fotografia soberba, cenas curtas, muitos cortes, belas sinfonias ao fundo, a câmera sempre em movimento e muito próxima dos atores, seja acompanhando seus passos, ou ainda, girando ao redor dos mesmos. Mais ainda: na maioria do tempo a câmera pega o rosto dos personagens, para mostrar melhor suas emoções, e a narrativa, pouca, é “interior”, onde ouvimos seus pensamentos.

Amor Pleno foca principalmente em dois personagens: Marina (Olga Kurylenko), uma divorciada que mora na França e já possui uma filha de 10 anos, que se apaixona por Neil (Ben Affleck), um estadunidense que a conhece em sua visita à Europa. Marina demonstra um amor quase incondicional por Neil, e ao mesmo tempo vê nele sua chance de sair de Paris. Já Neil é uma pessoa fria, de poucas palavras, e que embora goste de Marina, não a ama tanto quando ela gostaria.

Rachel McAdams e Javier Bardem fazem papéis bem menores, sendo a primeira uma companheira de infância de Neil que agora também tenta casar com ele; e o segundo, um padre, cujo amor exibido no filme é um pouco diferente, ou seja, seu amor (não correspondido) por Deus.

O grande mérito de Terrence Malick é conseguir passar com maestria todo o cenário descrito acima para o espectador sem com isto usar recursos de narração ou diálogos. Sim, narração e diálogos existem, mas são pouquíssimos. É mesmo através da montagem e dos ângulos de filmagem que conseguimos perceber os sentimentos e a história que acontece.

Mas um filme bem executado tecnicamente não significa que ele é bom. E em Amor Pleno temos tantos cortes de cena, tanta montagem, que a experiência de assistir o filme é extremamente cansativa. Assista o trailer e vocês terão uma idéia precisa de quão frequentes e fortes os cortes são. O que se vê lá é a toada para o filme todo.

Mais ainda, o enredo é repetitivo demais. Malick é tão eficiente ao demonstrar sua história e sentimentos através de colagem de imagens que com menos de metade do filme já entendemos o que acontece... não há a necessidade de ir e voltar em pontos similares da trama, o que acontece e incha a projeção para quase 2 horas de filme. 

Outro pecado de  Amor Pleno é sub aproveitar o personagem de Javier Bardem. O fato dele, como padre, amar Deus e não ser correspondido (sua igreja está abandonada, o mundo cada vez pior, e ele, padre, jamais teve uma experiência espiritual com Deus mesmo tentando muito), e ao mesmo tempo pregar aos fiéis que Jesus nos disse para amar sempre, mesmo que seja por obrigação, é algo que renderia debates interessantíssimos. Infelizmente, como já disse, Bardem aparece pouco no filme.

O recluso Terrence Malick, que costuma demorar pelo menos 5 anos para fazer seu filme seguinte, desta vez não seguiu a regra e fez Amor Pleno um ano depois de fazer a Árvore da Vida. Pelo que vi, talvez estes 5 anos sejam mesmo o que Malick precise sempre para fazer grandes filmes. Nota: 4,5.

PS: Ben Affleck está PÉSSIMO em cena. Que medo dele ser o futuro Batman.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Outubro de 2013, um mês nobre para os quadrinhos

Saudações, pessoal. Fazendo uma pausa no assunto cinema, e justificando o lado "vírgula" do meu blog, vamos a algumas notícias de quadrinhos.

Este Outubro certamente entrará para história, afinal, marcará o retorno de dois grandes nomes dos quadrinhos: Asterix e Sandman.

Sandman

Mais precisamente no dia 30 de Outubro, Neil Gaiman voltará a sua criação máxima Sandman, pelo selo Vertigo da DC Comics. É um surpreendente retorno do escritor inglês, já que ele sempre evitou voltar para seu personagem principal com medo de desgastá-lo.


O título? The Sandman: Overture, que será uma minissérie bimensal de 6 edições, que terá capas desenhadas novamente por Dave McKean, e como desenhista J.H. Williams III, estreante na série.

A história será na verdade um prequel, afinal irá trazer contos de Sandman anteriores a ele ser capturado por engano por humanos, fato que dá inicio ao título, conforme se vê em Sandman #1, de 1988. Aliás, é justamente por estarmos comemorando neste ano o 25º aniversário da série que autor e editora usaram como "desculpa" o retorno do personagem.

Lembrando que a série original de Sandman teve seu último número publicado em 1996, e que após isto, Neil Gaiman retornou ao seu personagem como protagonista apenas uma vez, em 2003, com a graphic novel Sandman - Noites Sem Fim.


Asterix retorna... 

Se em Sandman temos o retorno do seu criador, o novo Asterix "se livra" de seus criadores.


O próximo álbum de Asterix se chamará "Asterix entre os Pictos" (Astérix chez les Pictes, no original) e será o primeiro material novo do Gaulês desde 2009. A trama se passará na Escócia, sendo "Pictos" o nome de um dos povos que habitavam a região.

Mas a grande novidade é que este será o primeiro álbum de Asterix sem roteiro e desenhos dos criadores René Goscinny (1926-1977) e Albert Uderzo. Com a "aposentadoria" de Uderzo, a missão passa para os também frances Jean-Yves Ferri (nos roteiros) e Didier Conrad (desenhos).

A trama? Nas palavras do autor: "Política é o pano de fundo. Mas a história - a história principal - é uma história de amor entre um Picto e uma mulher. E Asterix e Obelix vão a Escócia para ajudá-lo“.

Limitado pela idade, Uderzo não tinha mais ânimo nem saúde para produzir novas aventuras de seu personagem (no séc. XXI foram apenas 2 edições "tradicionais" se desconsidermos as coletâneas de histórias curtas: "Asterix e Latraviata (2001) e Astérix e o dia em que o Céu caiu (2005) ). E exatamente por isto em Dezembro de 2008 ele tomou a decisão de vender seus direitos para a editora Hachette, permitindo-a produzir novas aventuras com novos escritores/desenhistas.

Passando o bastão: Uderzo (esq) e Jean-Yves Ferri
Só agora, com "Asterix entre os Pictos", temos os frutos desta nova e histórica fase. O novo álbum tem lançamento europeu previsto para 24 de outubro e a editora Record já confirmou o lançamento no Brasil neste mês.

... e retorna remasterizado!

O "selo" remasterização
Outra novidade é que enfim o material remasterizado chega ao Brasil. Disponível na França à muitos anos sob titulo de "La Grande Collection" , os álbuns de Asterix foram reeditados para ficar a pedido de Uderzo sob "formato definitivo". Principalmente nas edições as diferenças são bem perceptíveis.

Algumas capas novas, retoques nos desenhos e recolorização completa. Para nós brasileiros, o texto foi revisado para padronizar traduções e o design dos álbuns.

Para identificar os álbuns "remasterizados", há uma pequena silhueta vermelha de Asterix, em vermelho na lateral dos livros, conforme se vê na foto ao lado.

Um exemplo da reimpressão, aqui no livro "Asterix e a Foice de Ouro"

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Crítica - Elysium (2013)

Título: Elysium ("Elysium", EUA, 2013)
Diretor: Neill Blomkamp
Atores principais: Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga, Wagner Moura
Trailerhttp://www.youtube.com/watch?v=6LUwv0in5eo
Nota: 5,5

Pouca ficção científica, muita ação e muitos clichês

Estamos no ano 2154. Os humanos muito ricos vivem confortavelmente em uma enorme estação espacial chamada Elysium. Já a grande maioria das pessoas continuam no planeta superpopulado e em ruínas que é a Terra, que alias possui um visual muito parecido com o que vimos na excelente animação da Pixar, Wall-E.

Este é o cenário de Elysium, o novo filme do diretor sul-africano Neill Blomkamp de apenas 34 anos que fez sucesso recente com seu bom Distrito 9. Mesmo tendo Matt Damon e Jodie Foster como principais protagonistas, o filme é bem atrativo para nós brasileiros por dar também bastante destaque para os brasucas Alice Braga (Eu Sou a Lenda) e Wagner Moura (Tropa de Elite). Este último, em seu primeiro trabalho Hollywoodiano de expressão.

Todo este contexto acima dá a impressão de termos um filme de ficção científica, mas não é o que acontece. Mais do que qualquer outra coisa, Elysium é um filme de ação. O universo ficcional criado por Neill Blomkamp é pouco exibido. Com uma filmagem usando planos curtos, muitos closes e muitos cortes, pouco se consegue ver do cenário ao redor. Cenário aliás que quase sempre é um deserto e/ou uma favela... tornando Elysium uma espécie de Mad Max com algumas poucas naves e robôs.

Na trama, o ex-presidiário Max (Matt Damon) vive sua vida pobre e de reabilitação na Terra quando, ao sofrer um grave acidente, fica doente e com poucos dias de vida. A partir daí, com a ajuda do criminoso Spider (Wagner Moura), ele topa qualquer coisa para subir em Elysium e obter sua cura (na estação espacial a medicina é tão avançada que as pessoas não envelhecem, não ficam mais doentes).

E pelo "topa qualquer coisa" entenda-se cometer crimes de sequestro e viagens clandestinas. Tudo isto portanto, com muita ação. O filme não dá descanso e possui um ritmo frenético do começo ao fim. As cenas de ação vão do razoável ao bom, porém, infelizmente Elysium não evita uma enorme quantidade de clichês, como por exemplo a necessidade de "salvar uma mocinha" (Alice Braga) e um vilão absurdamente malvado que nunca morre (Sharlto Copley - que foi o ator principal em Distrito 9).

Tecnicamente o filme também não empolga. A fotografia não é boa, com algumas cenas tremidas e desfocadas (mas que seguem o propósito de tornar a "correria das ruas" mais real); já a trilha sonora é bacana e mais interessante, porém ela lembra muito os sons da ficção A Origem, de 2010. Originalidade não é mesmo o forte de Elysium.

Em termos de atuações, Matt Damon não convence como o "garoto problema" que deveria ser, mas fora ele os demais atores estão bem, no que se inclui os bons trabalhos de Alice Braga e Wagner Moura. Com mais cenas dramáticas a disposição, a meu ver Alice Braga está melhor que seu compatriota.

Apesar de todos os defeitos acima, Elysium não deixa de ser um filme de ação médio mas bom o suficiente para satisfazer os fãs do gênero. E ver o Brasil nas telas sempre é um atrativo a mais. Nota: 5,5.

PS: o personagem de Matt Damon se chama Max da Costa. Somado ao fato de que o idioma nativo do personagem é o espanhol, não tenham dúvida que para o estadunidense médio Max é um brasileiro. Afinal, a família "da Costa" é famosa no universo de ficção dos EUA: o alter-ego do super-herói brasileiro da Marvel Comics, o Mancha Solar, se chama "Roberto da Costa". Já o alter-ego da super-heroína Fogo, da DC Comics, é a brasileira  Beatriz Bonilla da Costa.

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...