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sábado, 23 de setembro de 2023

Asterix 40 chega em 26 de Outubro, e com novo roteirista!


Mantendo o costume deste século, de lançar Asterix em anos ímpares e no mês de Outubro, teremos o lançamento mundial do novo álbum de Asterix, seu 40º, daqui a pouco mais de 30 dias, mais precisamente em 26 de Outubro de 2023. Claro que ainda não há previsão de quando a obra chegará ao Brasil, já que a Editora Record, responsável pelos direitos de publicação por aqui, sequer chegou a lançar o 39º volume até agora (Asterix e o Grifo, de 2021)...

A nova revista se chamará (como vocês já devem ter notado pela imagem acima), Asterix - O Íris Branco. A capa da esquerda foi a primeira divulgada, mas provavelmente foi abandonada e trocada pela capa da direita, pois esta já começou a ser exibida em alguns poucos sites como sendo a capa final.

A grande surpresa é que se continuamos a ter Didier Conrad nos desenhos, como roteirista sai Jean-Yves Ferri - que escreveu os últimos 5 álbuns - e assume Fabcaro. Fabcaro, de 50 anos, é o nome artístico de Fabrice Caro, um escritor francês de livros e HQs conhecido por ter um humor mais voltado para o absurdo. Não foi dado muitos detalhes sobre porque Ferri saiu, ou se ele um dia volta... Jean-Yves apenas declarou que estava concentrado em outro projeto, e então não conseguiria assumir o Asterix 40.

E sobre o que será Asterix - O Íris Branco? Bem, pelo pouco que sabemos até agora, esta mística flor está de alguma maneira relacionada com a mudança do humor das pessoas da aldeia, como se vê nas imagens da página divulgada abaixo. Além disto, a trama se passará dentro da Gália e terá o chefe Abracurcix como um dos personagens principais, já que ele foi bastante utilizado no material promocional.



Ansiosos pelo novo Asterix? Eu estou. Pena que no Brasil a Record faz atualmente um trabalho que beira o descaso, bastante indigno do material que possui direitos de publicação. Em terras brasileiras Asterix ainda está no volume 38, e Ideiafix, que continua inédito por aqui, na Europa já está no 5º álbum.

domingo, 20 de agosto de 2023

Goscinny + Uderzo = Asterix, Umpa-Pá, João Pistolão (?!) e muito mais!

Os geniais Uderzo (a esq.) e Goscinny (a dir.)

O escritor René Goscinny (1926 - 1977) e o desenhista Albert Uderzo (1927 - 2020) foram sem dúvida gênios dos quadrinhos. Esta dupla de quadrinistas franceses ganhou fama mundial graças a sua criação máxima, o intrépido gaulês Asterix, de 1959. Porém Asterix não foi seu único trabalho juntos, e sim o último. Pois desde 1951, quando eles se conheceram, foram vários outros projetos até conseguirem enfim estabelecer a sua obra de grande sucesso. Vamos então conhecer aqui algumas das outras criações que "ficaram pelo caminho"...

Por exemplo, de 1954 a 1957 eles fizeram Luc Junior, um jovem repórter que em suas investigações sempre se envolvia em grandes aventuras, junto com seu amigo Alphonse... Em 1957 eles assumiram um título de outro autor - Benjamin et Benjamine - que foi criado em 1956 por Christian Godard. As histórias eram aventuras bem humoradas de um jovem casal, e juntos a dupla de autores publicaram os 4 últimos álbuns da série.



Nos anos de 1957-1958, pela revista semanal belga Tintin (que foi criada em 1946 para popularizar as histórias do famoso personagem de mesmo nome), Goscinny e Uderzo publicariam várias histórias de Poussin et Poussif. Poussin era um bebê que estava sempre aprontando, tentando fugir, e Poussif um cachorro que sempre tentava resgatar a criança do descuido de seus pais. Claro que no final, sempre era o pobre Poussif que levava a culpa de tudo. Segue abaixo uma rara imagem de uma página de Poussin et Poussif.


E não foram só estas. Ainda houve várias outras participações conjuntas, que nem vou citar aqui para não me alongar muito. A questão é que nenhum dos títulos acima jamais teve tradução para a língua portuguesa. Porém, além de Asteríx, pelo menos duas outras obras relevantes de Goscinny e Uderzo foram adaptadas para nosso idioma! Tratam-se de Umpa-Pá e... João Pistolão. Portanto, agora este artigo irá apresentar (ou relembrar) um pouco mais do indígena Umpa-Pá e do corsário João Pistolão.


João Pistolão (Jehan Pistolet - 1952)

Sendo a primeira colaboração conjunta de Goscinny e Uderzo que conseguiu virar uma série, João Pistolão (Jehan Pistolet) começou de maneira bem modesta em 1952, como tiras do jornal diário belga La Libre Belgique. Em 1954 o título foi publicado na revista publicitária Pistolin, e para não haver confusão de nome com a própria revista, a série mudou de nome para Jehan Soupolet. Depois, nos anos 1961 e 1962, Jehan Pistolet voltaria, mas apenas como republicações, nas páginas da famosa Pilote (a revista semanal de quadrinhos onde Asterix havia nascido e já era seu grande nome).


Na história João Pistolão é um jovem garçom de uma pousada em Nantes, que sempre sonhou com aventuras de piratas, e resolve reunir seus amigos para montar um barco e se tornar um Corsário (piratas contratados por governos) a serviço da França (uma trama levemente parecida com One Piece rs).

E apesar de uma tripulação totalmente inexperiente e formada apenas por cidadãos comuns, ele acaba realizando seu sonho... para acabar enfrentando os mais atrapalhados apuros, sempre com bastante humor. Foram 5 álbuns no total, cujo nomes são: João Pistolão, Corsário Prodigioso, João Pistolão, Corsário de El-Rei, João Pistolão e o Espião, João Pistolão na América, João Pistolão e Sábio Louco.

Embora tenham sido publicadas em Português, as aventuras de João Pistolão não chegaram ao Brasil. A página da imagem acima foi extraída de uma edição portuguesa.


Umpa-pá (Oumpah-Pah - 1958 a 1962)

Já Umpa-pá possui uma característica diferente de todos os outros títulos que apresentei até agora: note pela sua data de publicação, que ele é contemporâneo à Asterix. Porém, quando o pequeno Gaulês começou a fazer bastante sucesso, a dupla resolveu encerrar esta série e focar as suas energias na sua obra mais popular.

Infelizmente há muito tempo fora das bancas e livrarias brasileiras, Umpa-pá já foi publicado inteiro por aqui duas vezes: primeiro na década de 60, pela Editorial Bruguera, e depois na década de 80, pela Editora Record. A boa notícia é que dá para encontrar todo o material de Umpa-pá para se baixar em sites de scans de gibis pela internet. Curiosidade: quando publicada pela primeira vez no Brasil, a revista (e o personagem) se chamavam Humpá-Pá.


As histórias contam as aventuras do indígena Umpa-Pá e do oficial francês Humberto Milfolhas, e a série se passa no século XVIII, durante a época da colonização francesa na América do Norte (mais especificamente no Canadá). De maneira razoavelmente similar a Asterix, Umpá-Pá possui uma força e resistência acima do normal (embora não chegue a ser "sobrenaturais", ele diz que o segredo de sua força é sua dieta baseada em pemicã). Humberto (e os demais franceses) usavam aquelas perucas brancas da época, e até por isso Umpa-Pá também chamava seu amigo de "escalpo duplo".

Foram 5 volumes: Umpa-Pá o Pele-vermelha, Umpa-Pá em Pé de Guerra, Umpa-Pá e os Piratas, Umpa-Pá - a Mensagem Secreta e Umpa-Pá Contra Bílis-Cão. Umpa-Pá na verdade foi a primeira criação conjunta de Goscinny e Uderzo, em 1951; porém na época a dupla não conseguiu encontrar nenhuma editora com interesse em publicá-la. Foi só muitos anos depois que o heróico nativo americano pode ser conhecido pelo grande público.

Imagens da primeira versão de Umpa-Pá, nunca publicada

E aí, quais destas obras vocês já conheciam? Escrevam nos comentários!

quinta-feira, 7 de julho de 2022

Lançamentos da franquia Asterix no Brasil e em todo o planeta!


Como é bom ver Asterix de volta! No Brasil temos neste mês de Julho, o lançamento (enfim!) do aqui inédito 38º volume das aventuras em quadrinhos do herói Gaulês, intitulado Asterix e a Filha de Vercingetorix. O livro já se encontra a venda nas livrarias.

Mas não é só o Brasil que tem motivos para comemorar neste mês. Vocês sabiam que ano passado o cachorrinho Ideiafix ganhou sua própria série de quadrinhos na França? Pois é. E agora em Julho a obra fará sua estréia em países como Argentina, Espanha, Hungria, Noruega, Polônia, Portugal e República Checa dentre outros. Na imagem acima temos a capa do volume 1 lusitano; e ao lado dela, temos a capa do volume 2 dos sortudos alemães. Sim, porque neste mês a Alemanha já vai ter o segundo volume publicado por lá, sendo que na França o inédito 3º volume será lançado no final deste ano.

Ainda sobre os quadrinhos de Ideiafix, algumas curiosidades... eles possuem algumas diferenças em relação aos quadrinhos de Asterix. Primeiro que a sua equipe criativa (roteiristas e desenhistas) não são os mesmos que fazem as novas edições de Asterix atuais... são times diferentes e desvinculados; segundo que as histórias do pequeno mascote se passam no ano 52 AC, ou seja, 2 anos antes das famosas aventuras do guerreiro Gaulês... e antes do cachorro chegar à famosa aldeia que todos conhecemos! E finalmente, o formato é diferente... se nos álbuns de Asterix geralmente temos uma única história de 48 páginas, aqui nas revistas de Ideiafix temos 3 histórias em 72 páginas.

Infelizmente, ainda não há qualquer previsão ou movimentação para as revistas de Ideiafix chegarem ao Brasil. Mas, tenho esperança que elas cheguem aqui nos próximos anos, até porque a Editora Record só bem recentemente passou a retomar as publicações de Asterix por aqui.

Lembrando: o Brasil ficou vários anos sem nenhuma editora publicando as histórias de Asterix, e com isto ficamos defasados em relação aos novos lançamentos... Ano passado a Record publicou o então inédito para nós volume 37 - Asterix e a Transitálica - e com o número 38 que chegou este mês só vão ficar faltando 3 publicações para alcançarmos tudo o que foi publicado: o volume 39 dos quadrinhos, e as 2 edições mais recentes dos "álbuns ilustrados". Na imagem abaixo vocês podem conferir a versão de Portugal destas três obras.



Gostaram das novidades? Comente aqui. E se você ainda não conhece Asterix, faça esse favor a você mesmo e toda sua família e comece a leitura!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Não se despeça de 2020 antes de saber de grandes novidades no universo de Asterix!


O genial Asterix está entre minhas franquias de quadrinhos favoritas, e certamente é uma das melhores obras escritas "para todas as idades" de todos os tempos. Se você tem criança, apresente Asterix a ela. Os intrépidos gauleses foram importantíssimos para eu adquirir o gosto na leitura que perdura até hoje.

Sem publicações no Brasil há alguns anos (a Panini obteve os direitos de publicação para o Brasil na metade de 2019 mas até hoje não publicou nada... aliás sequer fez comunicado oficial a respeito), é assustador perceber que Asterix sumiu também da mídia nacional. Cabe então ao Cinema Vírgula deixar os brasileiros atualizados sobre o tema (e não custa relembrar que eu publiquei um artigo com 3 novidades de Asterix também no ano passado. Clique aqui para rever).


E o meu "resumão" de notícias de Asterix para 2020 também conta com três itens.

O primeiro dele, muito triste, é que em Março o desenhista de quadrinhos Albert Uderzo nos deixou após um ataque cardíaco enquanto dormia, aos 92 anos, e se juntou no Céu com grande amigo, o escritor René Goscinny, falecido em 1977.

A dupla, mundialmente famosa pela criação e publicação de Asterix o Gaulês, teve seu último trabalho conjunto publicado em 2009, naquele que seria o 34º álbum da série, intitulado O Aniversário de Astérix e Obélix - O Livro de Ouro. Uma obra, aliás, bem diferente de todas as outras edições, já que mal tinha uma história em quadrinhos, era mais uma grande homenagem e resumo de todos os principais personagens das aventuras anteriores. Tudo indicava que não veríamos mais nada de novo da dupla... o que nos leva a segunda notícia:


Em Outubro de 2020 foi publicado na Europa o livro Le Menhir d' Or (O Menir de Ouro, em tradução livre). Não se trata de uma quadrinização, e sim de um livro ilustrado, assim como já aconteceu em outras obras de Asterix, como Os 12 Trabalhos de Asterix (1976) e O Segredo da Poção Mágica (2019).

Se trata da transcrição de um áudio-livro de 1967 (em disco de vinil), cuja foto se encontra lá em cima, abrindo o artigo. Na trama, o bardo Chatotorix resolve participar do concurso anual dos músicos gauleses, cujo prêmio principal se chama "Menir de Ouro" e cuja cerimônia será na Floresta dos Carnutes. Chatotorix é acompanhado por Asterix e Obelix e, após sua apresentação, é sequestrado pelos romanos, pois eles têm um general que gostaria de ouvir músicas gaulesas. Ou seja, de certa forma temos uma história que mistura elementos de HQs anteriores: Asterix e os Godos (1963) e Asterix Gladiador (1964). Mas mesmo sendo uma trama "reciclada", não importa: são textos de Goscinny e desenhos de Uderzo que ninguém tem contato há mais de 50 anos, e isso merece ser comemorado pelos os fãs!

Ah, e a experiência planejada pelos autores em 1967 pode ser revivida em 2020: no site oficial de Asterix você pode baixar e ouvir o áudio-livro (em Francês). Só clicar aqui.


A terceira e última novidade é que Ideiafix, o simpático cachorrinho de Obelix, foi um dos assuntos da revista Asterix Max! deste mês de Dezembro (revista que é publicada de maneira semestral na França desde 2016 pela editora Hachette).

A revista contém uma historia de quadrinhos inédita, com Ideiafix como protagonista! O conto é escrito por Matthieu Choquet e desenhado por Jean Bastide (este último é o atual desenhista de Bill, o cachorrinho de Boule & Bill, que já apresentei e recomendei por aqui). Ah: e a história é sobre uma epidemia de soluços(!??) que está acontecendo na Lutécia (como Paris se chamava na época dos gauleses).

E tem mais: o quadrinho surgiu para promover Idéfix et les Irréductibles, uma animação em 3D que irá estrear em 2021 em algum dos canais públicos de TV da France Télévisions. Já existem 52 episódios programados, e surpreendentemente o programa promete mostrar as aventuras de Ideiafix antes de conhecer Obelix... o desenho começará 2 anos antes do primeiro encontro da dupla!

Não sei quando (e se) os desenhos de Ideiafix serão distribuídos para o Brasil e o restante do mundo. Mas seria uma excelente maneira de fazer as pessoas de fora da Europa (re-)conhecerem Asterix, e também se divertirem com um cachorrinho bem inteligente que chora desesperadamente cada vez que vê uma árvore derrubada. Querem um símbolo melhor que esse para os tempos atuais?

 




Atualização 03/01: o atual escritor de Asterix, Jean-Yves Ferri, anunciou hoje mesmo a data para o novo álbum, que será o 39ª da coleção: 21 de Outubro de 2021. O nome da futura edição não foi revelado, mas sabemos que será uma aventura de "viagens", ou seja, não se passará na aldeia.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

SEIS quadrinhos Franco Belga além de Asterix e Tintim para você conhecer


Como muitos devem saber, uma das maiores e mais importantes escolas de quadrinhos do mundo é a Franco-Belga, com suas revistas em formato bem característico: álbuns com papel de alta qualidade, tamanho próximo ao A4 (22x29 cm), e em volumes trazendo entre 40 e 60 páginas.

As mais famosas Bande Dessinée ("tiras desenhadas"), ou "BD"s Franco-Belgas no mundo certamente são Asterix (dos franceses René Goscinny e Albert Uderzo) e Tintim (do belga Hergé). Asterix aliás, para mim é uma das melhores franquias de quadrinhos de todos os tempos.

Meu objetivo neste artigo é apresentar para eleitores brasileiros 6 títulos de quadrinhos Franco-Belgas além de Asteríx e Tintim, e que portanto não são muito conhecidos por aqui. Alerto que esta minha lista segue algumas restrições: primeiro que serão apenas títulos infanto-juvenis... o que significa que quadrinhos "adultos" como Blueberry e XIII não entram; além disto, só vou apresentar títulos que continuam disponíveis nas lojas brasileiras para que você possa comprar e ler. Portanto, outros títulos geniais da dupla autora de Asterix, como Umpa-Pá e Iznogud não entram, já que a última vez que elas foram publicadas no Brasil foram respectivamente nos anos 1987 e 1978 (que VERGONHA, hein editoras nacionais?).

Sem mais delongas, vamos à lista dos títulos em ordem alfabética:


Boule & Bill


Boule & Bill
(Boule et Bill no original) é um quadrinho belga criado em 1959 pelo escritor e desenhista belga Jean Roba. Após 28 edições, Roba passou o bastão da publicação em 2003 para seu aluno francês Laurent Verron, que assumiu 100% das ilustrações junto com um grupo de roteiristas. Após 8 novos títulos, Verron saiu do título e passou a publicação para a dupla francesa Christophe Cazenove (roteiros) e Jean Bastide (desenhos).

Boule & Bill foi publicado no Brasil na década de 80 pela editora Martins Fontes. E décadas depois, durante os anos de 2012 e 2013, a editora Nemo trouxe o título novamente para cá, com 5 edições da fase produzida por Laurent Verron. São estas edições que ainda existem para comprar.

Boule & Bill são tirinhas curtas de humor protagonizadas pelo garoto Boule e de seu cachorrinho Bill, de raça Cocker Spaniel. Como principais coadjuvantes, também fazem parte da revista os pais de Boule, e Caroline, sua tartaruga de estimação. Fazendo uma comparação bem grosseira, é como se fosse uma mistura de Calvin e Haroldo com Peanuts (Charlie Brown e Snoopy), porém sendo menos genial que o primeiro e muito menos depressivo que o segundo, até porque Boule é bastante alegre e travesso.

Após começar na revista semanal de quadrinhos belga Spirou em aventuras com 4 páginas, rapidamente Jean Roba passou a fazer histórias de humor com começo e fim em apenas 1 página, formato que popularizou Boule & Bill e se mantém até hoje.

Com tirinhas engraçadas e fofinhas, o título foca nas aventuras e no cotidiano de Boule e sua família. Uma curiosidade de Boule & Bill é que neles os animais conversam normalmente como se fossem humanos; e embora os humanos não entendam o que os animais "falam", o contrário não é verdadeiro, e os animais entendem tudo o que as pessoas falam.


January Jones


A presença de January Jones na minha lista é uma pequena "trapaça", afinal ela não foi criada por franceses ou belgas, e sim pelos holandeses Martin Lodewijk (roteiro) e Eric Heuvel (arte). Ainda assim sua citação na lista é muito justa, primeiro porque o título é bem conhecido no mercado Franco-Belga, mas principalmente porque se trata da obra mais mais próxima de Tintim que já vi: January Jones é um ótimo exemplo das revistas da escola "Linha Clara", desenvolvida pelo próprio Hergé. 

As aventuras de January Jones estão situadas entre as Primeira e Segunda Guerras Mundiais. A protagonista é uma jovem aviadora e espiã, uma mistura das pessoas reais Amelia Earhart e Mata Hari com os fictícios Indiana Jones e Tintim; inclusive, misturar fantasia com fatos e personagens reais é uma das importantes características de January Jones. Voltando a comparar ela com as histórias da maior criação de Hergé, nas HQs de January Jones os confrontos com os alemães (que dependendo da história são anteriores ao partido nazista) estão bem mais presentes, mas ao mesmo tempo a revista é mais bem humorada, repleta de piadinhas. As semelhanças com Tintim são tão grandes que as histórias também possuem o (polêmico) tom colonialista e machista daquele período histórico.

January Jones continua sendo publicada pelos seus criadores: até agora já foram 10 álbuns, com o 11º já programado para ser lançado ainda em 2020 na Europa. Aqui no Brasil o título chegou pela primeira vez em 2016 via AVEC Editora, que até hoje lançou apenas os 2 primeiros volumes da série. Seria muito importante que no mínimo o 3º volume, que se chama O Tesouro do Rei Salomão também saísse por aqui, pois ele continua e encerra a história do volume anterior, O Crânio de Mkwawa.

Outro volume que seria muito interessante que viesse para cá é o 10º, intitulado Flying Down to Rio II, que foi publicado em 2018 e se passa todo no nosso Rio de Janeiro. O nome original deste álbum é o único em inglês (e não holandês), pois se trata de uma homenagem ao clássico filme estadunidense Flying Down to Rio, de 1933. Na história, January é contratada para fazer as imagens aéreas da (fictícia) continuação deste filme. Curiosamente os planos da AVEC eram justamente lançar o volume 3 em 2020 e depois, saltar direto para o número 10, por motivos óbvios. Entretanto os planos foram interrompidos pela pandemia e alta do Euro. Espero que um dia estes planos sejam retomados e aplicados.

É bem fácil encontrar e comprar January Jones pela internet, inclusive pelo próprio site da editora, que para quem não sabe mas se interessa pelo assunto, publica vários outros títulos interessantes de quadrinhos aqui no Brasil.


Lucky Luke


Lucky Luke pode não ser tão conhecido aqui no Brasil, porém em termos de vendas mundiais ele se encontra no Top 3 das revistas Franco-Belgas, ficando atrás de Asterix, mas na frente de Tintim.

Criada em 1946 pelo belga Morris, suas histórias se passam no Velho Oeste americano, onde o cowboy Lucky Luke luta contra todo tipo de crimes e injustiças. Sempre em companhia de seu cavalo Jolly Jumper, ele tem como principais inimigos os atrapalhados e estúpidos Irmãos Dalton. Além de vários coadjuvantes fictícios, Luke também interage com personalidades reais, como por exemplo Jesse James, Billy the Kid e Calamity Jane.

Morris foi outro que começou publicando seu maior sucesso na revista semanal de quadrinhos belga Spirou. No começo de Lucky Luke, Morris trabalhava sozinho fazendo tanto os roteiros quanto os desenhos. Depois de ter publicado o material que se tornaria seus primeiros 8 álbuns, ele deixou os roteiros na mão do genial francês René Goscinny (o roteirista e co-criador de Asterix). Goscinny roteirizou pouco mais de 40 volumes, se tornando o maior e mais importante escritor de Lucky Luke

Com a morte de Goscinny em 1977, Morris começou a trabalhar com vários outros roteiristas, mas se mantendo firme nos desenhos até seu falecimento, em 2001. A partir daí os desenhos ficaram sob responsabilidade do francês Achdé. Lucky Luke continua sendo publicado até hoje, geralmente com um novo volume por ano, e já bateu a marca de 95 edições.

Os quadrinhos de Lucky Luke são bem engraçados, e principalmente na fase de Goscinny, possui tiradas geniais ironizando o comportamento humano. Curiosidade: até 1983 Luke aparecia o tempo todo fumando um cigarro, até que Morris optou por trocar o objeto por uma palha de capim a partir de então. Seu gesto lhe valeu uma medalha de reconhecimento da OMS (Organização Mundial de Saúde), porém descaracterizou um pouquinho o personagem.

Os álbuns de Lucky Luke foram publicados no Brasil com boa frequência, por diversas editoras, nas décadas de 60 a 80 e alcançando dezenas de números. Porém depois de sua última aparição de um álbum seu nas bancas nacionais, em 1986, Lucky Luke só voltaria em 2014, via editora Zarabatana Books.

O formato escolhido pela Zarabatana foi curioso: revistas mais grossas, compilando 3 álbuns originais em um único volume. E não começaram pelo "volume 1", começaram pelo "volume 4", para que a coleção se iniciasse pela fase de Goscinny. Após a publicação do "volume 5" em 2017, os planos eram publicar finalmente o "volume 1" como 3º lançamento. Porém até agora ele não saiu. De qualquer forma, os vols. 4 e 5, que somados dão 6 divertidos álbuns, continuam disponíveis para compra em livrarias nacionais.


Quick e Flupke


Nos primeiros anos em que o autor belga Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, publicava semanalmente na revista infantil Le Petit Vingtième as aventuras iniciais de Tintim, ele ainda estava aprendendo e experimentando dentro do mundo das HQs. Portanto, após Tintim começar em 1929, durante os anos de 1930 a 1940 Hergé publicou paralelamente na mesma revista as tirinhas de Quick et Flupke (Quim e Filipe em Portugal): uma dupla de garotos de Bruxelas que viviam aprontando, sempre inventando novas maneiras de se divertir.

Quick e Flupke traz histórias cotidianas de humor, principalmente de humor físico, onde um dos dois garotos acaba se acidentando de alguma maneira, ou fazendo alguma "pegadinha" em terceiros. São histórias curtas, sempre apresentadas em 2 páginas completas.

A coleção completa de Quick e Flupke foi publicada no Brasil alguns anos atrás sob nome de As Diabruras de Quick e Flupke. São apenas 2 volumes em capa dura e papel de luxo, cerca de 160 páginas cada, e ainda estão disponíveis nas lojas.


Os Smurfs


Quem viveu os anos 80 conhece bem estas criaturinhas azuis, pelo sucesso de seu desenho animado da TV, ou pela sua linha de brinquedos e/ou de jogos de videogames. Porém o que poucos sabem é que Os Smurfs começaram nos quadrinhos décadas antes, criados pelo belga Pierre Culiford, mais conhecido pelo seu nome artístico Peyo.

Os Smurfs foram publicados pela primeira vez em 1958, como coadjuvantes em uma história em quadrinhos de Johan et Pirlouit, título também produzido por Peyo, que se tratava das aventuras de um jovem cavaleiro e seu escudeiro/músico em um ambiente medieval que também contava com feitiçaria. Com o sucesso dos simpáticos seres azuis, eles ganharam seu título próprio em 1963, com o álbum Os Smurfs pretos, que no caso era uma coletânea de 3 histórias publicadas anteriormente na revista semanal de quadrinhos Spirou.

Os Smurfs são minúsculos seres humanoides azuis, que vivem em sua própria comunidade dentro de uma floresta, e têm como principal inimigo o humano e mago Gargamel, que quer capturá-los para transformá-los em ouro. Contando histórias que misturam bastante aventura e humor, uma característica incomum do título é que os Smurfs possuem seu dialeto próprio, que basicamente é o uso da palavra "smurf" em substituição a alguns substantivos ou verbos. Por exemplo: "Nós vamos smurfar ao Rio Smurf hoje".

Peyo lançou 16 álbuns de Os Smurfs, sendo o último deles no ano de seu falecimento, em 1992. Os primeiros álbuns eram todos de quadrinhos publicados originalmente em revistas mensais e compilados posteriormente; porém os últimos já eram publicações inéditas, lançadas diretamente como álbum próprio.

Com a morte de Peyo, seu filho Thierry Culliford assumiu os roteiros de Os Smurfs e continua publicando novas histórias até hoje. Somando os álbuns de Peyo e de seu filho, a franquia atingiu neste ano de 2020 o número de 38 volumes, com a publicação de Les schtroumpfs et le vol des Cigognes.

A primeira vez que Os Smurfs foram publicados no Brasil foi nos anos 1975-76 pela Editora Vecchi, com 7 edições em formatinho, e 3 revistas no formato original de álbum europeu, em 21 x 27,5 cm. Depois em 1983, agora pela Editora Abril, novas publicações: 6 revistas também em formatinho.

E finalmente, há alguns anos atrás, a publicação ganhou uma terceira tentativa via Editora L&PM. Em 2011 eles trouxeram 2 álbuns (tanto no formato original de álbum europeu quanto no formato pocket  branco e preto), e em 2013 lançaram mais 2 títulos (agora apenas no formato original). São estes 4 álbuns da L&PM que você ainda consegue comprar em algumas livrarias brasileiras.


Spirou e Fantásio


Spirou e Fantásio têm uma das origens mais curiosas. Spirou foi criado pelo quadrinista francês Rob-Vel, em 1938, para estrelar a revista semanal belga de HQs de mesmo nome. Já Fantásio foi criado pelo quadrinista belga Jijé em 1944, para que o mesmo formasse uma dupla de amigos com Spirou. Sob as mãos de seus criadores, Spirou e Fantásio era apresentado apenas em aventuras curtas, de algumas poucas tiras ou páginas. É então que em 1946 o belga André Franquin assume as publicações dos dois personagens, e rapidamente altera o formato para histórias mais longas, publicáveis em álbuns próprios. Foi sob o comando de Franquin que Spirou e Fantásio se tornou internacionalmente famoso, e ele é considerado o "autor definitivo" da dupla.

Foi dentro da revista Spirou e Fantásio que Franquin também criou Marsupilami, o animalzinho de rabo absurdamente comprido que anos depois ganharia seu título próprio e viraria desenho animado da Disney na década de 1990. Após a publicação de 24 álbuns, André deixou o título em 1969, e a partir de então Spirou e Fantásio passou por vários autores diferentes, e continua sendo publicado até hoje. A última edição, a 55ª, teve o nome de La Colère du Marsupilami e foi lançada em 2016 pela dupla francesa Fabien Vehlmann (roteiros) e Yoann Chivard. Foi o 5º álbum criado por eles.

Spirou começou suas histórias como um camareiro em um importante hotel de sua cidade, enquanto Fantásio é um jornalista. Depois de muitos álbuns Spirou também vira jornalista, trabalhando junto com seu grande amigo. Junto com a dupla temos o esquilo de estimação Spip, e o Marsupilami. Spip conversa normalmente com os humanos das histórias, embora somente nós, leitores, efetivamente entendemos o que ele diz.

De certa forma Spirou e Fantásio se parece um bocado com Tintim, ainda assim em comparação, aqui as aventuras são bem mais cômicas, mais variadas e menos realistas. Spirou e Fantásio teve 3 títulos publicados no Brasil pela Editora Vecchi em 1975-76, sob o bizarro nome de As Aventuras do Xará, e uma publicação pela Editora Manole em 1996.

Mas foi a editora SESI-SP que efetivamente tornou o título disponível para todo brasileiro: de 2016 pra cá a editora paulista já publicou vários álbuns de Spirou: 11 álbuns da série regular, e mais 4 álbuns especiais, da série O Spirou De..., onde outros quadrinistas convidados fazem suas histórias independentes, desconsiderando a série "oficial".

Atualmente dá para comprar facilmente uma edição de Spirou e Fantásio, entretanto como a última publicação da SESI-SP foi em Janeiro de 2019, tenho o receio de que eles tenham abandonado a coleção.



Gostou? Quais destes títulos você já conhecia? Ou não conhecia e agora quer conhecer? Escreva nos comentários! Passe numa livraria e inicie sua experiência nestes diferentes títulos de quadrinhos!

terça-feira, 7 de maio de 2019

Algumas novidades sobre Asterix (tem mais material inédito)!


2019 é um ano muito importante para este simpático personagem Gaulês: 60 anos atrás - mais precisamente no dia 29 de Outubro de 1959 - Asterix era publicado pela primeira vez na revista semanal francesa Pilote.

E infelizmente, a mídia brasileira tem falado muito pouco de Asterix nos últimos anos. Ainda bem que o Cinema Vírgula está aqui para resolver este problema! Segue abaixo um compilado de algumas importantes novidades sobre a franquia do pequeno herói gaulês nos últimos 6 meses:


O álbum 38: A Filha de Vercingétorix

Começando pela cereja do bolo: já está marcado para o dia 24 de Outubro deste ano o lançamento do 38º álbum da franquia: La Fille de Vercingétorix (A Filha de Vercingétorix, em tradução livre).

Ainda não há nenhum outro detalhe sobre o enredo do livro, apenas a declaração do roteirista Jean-Yves Ferri, que disse teve a idéia de "brincar" com a possibilidade de Vercingétorix ter deixado uma filha após ler uma notícia de 2016, onde foi encontrado em escavações na ilha britânica um colar Gaulês, datado de 49 a. C., com a inscrição "Rigos Duxtir", que significa "A filha do rei".



Brasil: O Álbum 37 e a Editora Record

Mas antes de começar a comemorar o lançamento do álbum 38, o fã brasileiro precisaria ter em mãos a edição 37, Astérix e a Transitálica, que embora tenha sido lançada mundialmente em Outubro de 2017, até agora não foi lançada no Brasil pela Editora Record, que detêm os direitos de publicação do personagem por aqui há várias décadas.

Mas talvez isso mude em breve: há alguns meses as grandes livrarias do país receberam grande estoque de edições antigas de Asterix com o preço de R$ 15 (ao invés dos R$ 45), e geralmente isto significa uma editora tentando se desfazer de títulos estocados que ela vai perder a licença. Tentei entrar em contato com a Record para confirmação deste fato, mas não tive retorno. Ainda assim, acredito bastante em ser este o caso... que uma nova editora virá em breve.

Ah, como curiosidade, já li Astérix e a Transitálica e embora seja uma história de razoável a boa, ela deverá desagradar um pouco os portugueses e os brasileiros. Os primeiros por serem retratados no álbum como um povo "preguiçoso", e os segundos pois o livro homenageia o ex-automobilista francês Alain Prost.


Nova animação, novo livro ilustrado

Em Dezembro de 2018, foi lançado nos cinemas franceses o filme de animação Astérix e o Segredo da Poção Mágica, filme esse que infelizmente ainda não foi lançado em terras brasileiras.

E juntamente com o filme, foi lançado também o livro ilustrado do mesmo. Não é uma HQ, e sim um livro com desenhos (ver imagem abaixo), nos mesmos moldes do que já foi feito para Como Obelix caiu no Caldeirão do Druida quando era Pequeno (1965), e Os 12 Trabalhos de Asterix (1976).

E por falar nos 12 Trabalhos, além dele apenas este novo Astérix e o Segredo da Poção Mágica se trata de uma animação cuja história é 100% inédita. É isto o que faz esta nova animação/livro ser tão especial!

Na história, em um dia comum o druida Panoramix cai de uma árvore onde ele colhia ingredientes para suas poções e quebra a perna. Assustados com o fato de quase perderam o druida (e com isto a Poção Mágica) de maneira tão banal, Asterix e Obelix saem em turnê pela Gália procurando um jovem druida que seja digno de aprender a receita da famosa Poção.

Que estas 3 publicações cheguem todas ao Brasil ainda em 2019!!


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Asterix 36 vem aí!


Se você nunca leu Asterix, não sabe o que está perdendo. Divertidíssimo, inteligente, além de ser uma verdadeira aula de História. Prometo que um dia dedicarei um post apresentando o pequeno Gaulês a vocês... mas não será desta vez. Hoje, vou partir direto para a notícia.

Ela já possui algumas semanas, mas infelizmente foi ignorada pelas principais mídias brasileiras. Exatamente dois anos após o lançamento de sua última edição, Asterix voltará com o que será seu 36º volume.

No dia 31 de março o título do novo álbum foi enfim revelado: Asterix e o Papiro de César. Pela segunda vez ele será escrito por Jean-Yves Ferri e desenhado por Didier Conrad.

Durante o anúncio, apenas poucas dicas sobre a nova história foram reveladas. Segundo os editores, a trama "será complexa e emocionante, sobre um tema característico da sociedade moderna, mas que ao mesmo tempo, faz bastante parte do universo de Asterix". Além disto foi prometida a aparição de pelo menos dois novos personagens - sendo um deles "muito malvado" - e que desta vez toda a história se passará dentro da Gália.

O lançamento mundial de Asterix e o Papiro de César será no dia 22 de outubro de 2015, e a princípio o Brasil estará incluído entre os países que receberão o novo Asterix nesta data.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Outubro de 2013, um mês nobre para os quadrinhos

Saudações, pessoal. Fazendo uma pausa no assunto cinema, e justificando o lado "vírgula" do meu blog, vamos a algumas notícias de quadrinhos.

Este Outubro certamente entrará para história, afinal, marcará o retorno de dois grandes nomes dos quadrinhos: Asterix e Sandman.

Sandman

Mais precisamente no dia 30 de Outubro, Neil Gaiman voltará a sua criação máxima Sandman, pelo selo Vertigo da DC Comics. É um surpreendente retorno do escritor inglês, já que ele sempre evitou voltar para seu personagem principal com medo de desgastá-lo.


O título? The Sandman: Overture, que será uma minissérie bimensal de 6 edições, que terá capas desenhadas novamente por Dave McKean, e como desenhista J.H. Williams III, estreante na série.

A história será na verdade um prequel, afinal irá trazer contos de Sandman anteriores a ele ser capturado por engano por humanos, fato que dá inicio ao título, conforme se vê em Sandman #1, de 1988. Aliás, é justamente por estarmos comemorando neste ano o 25º aniversário da série que autor e editora usaram como "desculpa" o retorno do personagem.

Lembrando que a série original de Sandman teve seu último número publicado em 1996, e que após isto, Neil Gaiman retornou ao seu personagem como protagonista apenas uma vez, em 2003, com a graphic novel Sandman - Noites Sem Fim.


Asterix retorna... 

Se em Sandman temos o retorno do seu criador, o novo Asterix "se livra" de seus criadores.


O próximo álbum de Asterix se chamará "Asterix entre os Pictos" (Astérix chez les Pictes, no original) e será o primeiro material novo do Gaulês desde 2009. A trama se passará na Escócia, sendo "Pictos" o nome de um dos povos que habitavam a região.

Mas a grande novidade é que este será o primeiro álbum de Asterix sem roteiro e desenhos dos criadores René Goscinny (1926-1977) e Albert Uderzo. Com a "aposentadoria" de Uderzo, a missão passa para os também frances Jean-Yves Ferri (nos roteiros) e Didier Conrad (desenhos).

A trama? Nas palavras do autor: "Política é o pano de fundo. Mas a história - a história principal - é uma história de amor entre um Picto e uma mulher. E Asterix e Obelix vão a Escócia para ajudá-lo“.

Limitado pela idade, Uderzo não tinha mais ânimo nem saúde para produzir novas aventuras de seu personagem (no séc. XXI foram apenas 2 edições "tradicionais" se desconsidermos as coletâneas de histórias curtas: "Asterix e Latraviata (2001) e Astérix e o dia em que o Céu caiu (2005) ). E exatamente por isto em Dezembro de 2008 ele tomou a decisão de vender seus direitos para a editora Hachette, permitindo-a produzir novas aventuras com novos escritores/desenhistas.

Passando o bastão: Uderzo (esq) e Jean-Yves Ferri
Só agora, com "Asterix entre os Pictos", temos os frutos desta nova e histórica fase. O novo álbum tem lançamento europeu previsto para 24 de outubro e a editora Record já confirmou o lançamento no Brasil neste mês.

... e retorna remasterizado!

O "selo" remasterização
Outra novidade é que enfim o material remasterizado chega ao Brasil. Disponível na França à muitos anos sob titulo de "La Grande Collection" , os álbuns de Asterix foram reeditados para ficar a pedido de Uderzo sob "formato definitivo". Principalmente nas edições as diferenças são bem perceptíveis.

Algumas capas novas, retoques nos desenhos e recolorização completa. Para nós brasileiros, o texto foi revisado para padronizar traduções e o design dos álbuns.

Para identificar os álbuns "remasterizados", há uma pequena silhueta vermelha de Asterix, em vermelho na lateral dos livros, conforme se vê na foto ao lado.

Um exemplo da reimpressão, aqui no livro "Asterix e a Foice de Ouro"

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...