quinta-feira, 22 de março de 2012

Já ouviu falar do filme “Prometheus”? Pois então, passou da hora.


Prometheus - Poster EUA


“Prometheus” é o próximo filme do diretor Ridley Scott, a ser lançado em 8 de junho nos EUA (e uma semana depois aqui no Brasil), estrelado por Noomi Rapace, Michael Fassbender e Charlize Theron.

Sua sinopse é a seguinte: “O visionário diretor Ridley Scott retorna ao gênero que ele ajudou a definir, criando um épico de ficção-científica original em um dos lugares mais perigosos do universo. O filme une uma equipe de cientistas e exploradores em uma jornada que testará os limites físicos e mentais, colocando-os em um mundo distante, onde eles descobrirão as respostas para nossos dilemas mais profundos e para o grande mistério da vida.”.

O que o texto acima não diz, é que “Prometheus” é o prelúdio de ”Alien, o 8º passageiro” – excelente filme do mesmo diretor. A omissão não é acidental. Por algum motivo muito estranho, todos os envolvidos com o filme estão fazendo um ENORME esforço para negar qualquer ligação entre estes dois títulos.

O próprio Ridley Scott já disse, em alto e bom som que “não há nenhuma ligação”, para depois voltar atrás e dizer que “há apenas uma ligação bem sutil”, e garantir que “não há nenhum Alien no filme”.

Mas o diretor mente. A 20th Century Fox está fazendo uma propaganda bem legal para o filme, e é justamente isto que quero apresentar a vocês.

O primeiro Trailer pode ser visto aqui: http://www.youtube.com/watch?v=GErk7PWAQYE

E já de cara vemos que: a maneira que as letras do nome do filme aparecem aos poucos é IDÊNTICA ao do Trailer do “Alien” original, de 1979 ( http://www.youtube.com/watch?v=LjLamj-b0I8 ) . E mais, podemos ver de relance o Space Jockey (ver foto abaixo) e sua nave. Basta lembrar que é justamente dentro da mesma nave (abandonada, e com o Space Jockey morto) que o filme “Alien” acontece.

O "Space Jockey"

Depois, eles soltaram alguns vídeos virais na Internet. E criaram o site https://www.weylandindustries.com/ .
Oras, na franquia de Aliens “Weyland-Yutani” é “a” grande corporação mundial, responsável pela exploração espacial e produção de andróides dentre outras coisas. No site podemos ver um vídeo com o presidente da Weyland discursando em 2023 para o TED (famoso site onde pessoas comuns e personalidades famosas apresentam suas idéias: http://www.ted.com/ ).

No vídeo, o presidente explica que a primeira tecnologia descoberta pela humanidade foi o controle do fogo. E que pela mitologia grega, isto foi na verdade um presente que nós recebemos do deus Prometeus. E ele conclui seu discurso dizendo que em 2023 a humanidade já produz “indivíduos cibernéticos” que em poucos anos serão indistinguíveis dos humanos verdadeiros... “ou seja, agora NÓS somos deuses.”.

No mesmo site podemos assistir outro vídeo, bem mais curto, onde percebemos que o personagem de Fassbender será um andróide.

Finalmente, na semana passada saiu o 2º Trailer oficial. Mas só ontem com legendas em português: http://www.youtube.com/watch?v=IKAJQC--DuI&feature=relmfu . Notem mais uma vez a “negação” do filme “Alien”... o trailer diz que é o mesmo diretor de Gladiador e Blade Runner mas não cita o filme de referencia óbvia.

E aí, o que vocês acharam de tudo isto? Quais são suas expectativas? “Prometheus” é o meu “filme mais aguardado” para 2012. Estou bastante empolgado e ansioso para ver o filme... enfim ver um filme de ficção cientifica e suspense de qualidade. Por outro lado, ainda tenho dois motivos para ficar desconfiado... primeiro porque apesar de Ridley Scott ser um ótimo diretor, seu último filme (Robin Hood) foi bem ruim. E segundo porque o segundo trailer me passou a impressão que o talvez o filme “não seja lá tão original assim”. É aguardar para ver.


segunda-feira, 12 de março de 2012

Crítica – “John Carter - Entre Dois Mundos” (2012)

“Apesar das falhas, filme termina com gosto de quero mais.”

John Carter foi criado ha exatos 100 anos por Edgar Rice Burroughs (o mesmo criador de Tarzan, e que também é personagem do filme). Ficção científica, a história do terráqueo que virou herói em Marte geraria uma série de 11 livros que inspirou Jerry Siegel, George Lucas e James Cameron a respectivamente criar o Super-homem, Star Wars e Avatar. Só por este histórico o filme já chamaria minha atenção. Porém, o que realmente me empolgou foi que este seria o primeiro filme live-action da Pixar.

Então vou ao cinema e eis que para minha surpresa, nada de Pixar! De fato, os créditos vão apenas para Disney. Seria isto um indício que o filme seria tão ruim que optaram por não associarem uma “bomba” com o estúdio de animação?

Não necessariamente. John Carter é um filme repleto de clichês e falhas que vão do roteiro às atuações. Mesmo assim, o filme consegue entreter e prender a atenção do expectador.

Já no início vemos o narrador explicar a atual situação de Marte. Minutos depois o filme corta para o planeta vermelho e vemos a princesa local ensaiando a mesma história em voz alta (!?!?). Outra repetição chata é termos testemunhado como John (Taylor Kitsch) chega a Marte e posteriormente acompanhar a Princesa (e que princesa!) Dejah (Lynn Collins) passar por todo o processo de descoberta deste fato que já sabemos.

O casal romântico citado acima atua mal. Oras, de um lado temos a Princesa em apuros que vê em John seu herói salvador. Do outro, digamos que qualquer homem que a olhasse aquela mulher de longe já se apaixonaria perdidamente. E MESMO assim a história de amor deles não parece verossímil. Brigas inúteis pra lá, reconciliações forçadas pra cá, e nenhuma emoção no rosto dos atores... o pouco da comoção vem apenas via trilha sonora. E apesar destas falhas, nada, mas nada foi pior do que o clichê do “vilão contar seu plano ao herói ao invés de matá-lo”.

Bem, depois das críticas, vamos às defesas. Parte das falhas acima com certeza vem da ingenuidade dos contos de 100 anos atrás. E mesmo com defeitos, há vários pontos em que o roteiro funciona muito bem. Por exemplo, o jeito que os poderes do vilão são revelados ao herói é muito bem construído. E o final do filme, que é uma ponte para seu início, é realmente bem inteligente e bacana.

Mais ainda, embora Marte seja um planeta desértico, quase monocromático, suas paisagens são muito bonitas. Ponto positivo para a Fotografia. O “universo” da franquia é bem legal de se conhecer. Personagens e as diversas cenas de ação são resultado de efeitos especiais muito bons; e o mais importante, é que ao contrário de muitos filmes que se vê por aí, em John Carter não há aquelas batalhas com milhares de pessoas na tela onde ninguém consegue realmente ver o que acontece. A ação acontece de perto, sob diversos ângulos e cenários, e é outro atrativo (a única exceção é a batalha final, que admito, é uma bagunça).

Comparando com Avatar, o filme erra mais porém é mais curto e mais dinâmico. Os minutos passaram rapidamente e após o fim (não, o filme não acaba, é pra ser uma trilogia) a primeira coisa que pensei foi o desejo de ver a continuação da história. Infelizmente isto não será muito fácil. Com gastos de US$ 250 milhões, em seu primeiro fim de semana o filme arrecadou mundialmente apenas US$ 100 mi. Aliás, é uma pena mas não é uma surpresa. Sem nomes famosos associados, pelo menos no Brasil John Carter é um grande desconhecido para muita gente.

Nota: 7,5.

domingo, 11 de março de 2012

Antes tarde do que nunca – comentando o resultado do Oscar 2012

Olá pessoal, conforme prometido, eis minhas considerações. Primeiramente, preciso humildemente parabenizar este que vos fala. Afinal, nas 7 categorias em que arrisquei palpite, acertei todas! rs

Mas meu trabalho foi relativamente fácil. Mais uma vez o Oscar não trouxe surpresas, porém foi menos previsível que em 2011. Por exemplo, para quem acompanhou a transmissão via TNT, o crítico Rubens Edwald Filho ficou surpreso com o Oscar da Meryl Streep (que achei realmente a categoria mais difícil); mais ainda, ele só se convenceu que o estrangeiro “O Artista” iria mesmo levar o Oscar de Melhor Filme quando viu o diretor do mesmo ser premiado como Melhor Diretor.

E justo? Foi um Oscar justo? Em minha opinião, baseado nos filmes que assisti foi justo sim. Talvez um dos Oscars mais justos dos últimos tempos. Porém, sobre esta “justiça” gostaria de comentar dois pontos.

O primeiro é sobre os Oscars vencidos pelo “O Artista”. Em minha crítica, eu havia adiantado que concordava com todas as indicações menos as de “Roteiro” e “Trilha Sonora” devido a falta de originalidade de ambos. Quero deixar claro para as várias pessoas que me criticaram sobre isto hehe, que em nenhum momento disse que Roteiro e Trilha são ruins. Pelo contrário! Seria impossível “segurar” um filme mudo por uma hora e meia se não tivéssemos impecáveis Roteiro e Trilha. Eu repito, faltou originalidade, só isto.

E não é que ao anunciarem o Oscar de “Melhor Trilha Sonora Original” para “O Artista” (ele não levou o Oscar de melhor roteiro, perdeu para o "Meia-noite em Paris" de Woody Allen), fui pego de surpresa pelas palavras do Rubens Edwald...

... Ele ficou meio indeciso em criticar ou não o vencedor, e comentou então que a Trilha de “O Artista” gerou muita polêmica nos EUA. Isto porque o compositor literalmente COPIOU trechos de outras trilhas de filmes antigos. Não tinha a menor idéia do fato. E agora que sei, mantenho que não concordo com este prêmio. Talvez seja o único Oscar que não concorde.

E com isto chego à animação “brasileira”, “Rio”. Vi muitos de meus amigos reclamarem via Facebook de que foi injusto perdermos o Oscar de “Canção original” para a música dos Muppets. Oras. Eu respeito quem acha alguma destas duas canções bonitas, mas de “original” elas não tem nada. São mais do mesmo. Portanto, para mim qualquer um que vencesse não seria injusto. E em pleno momento de tentativa de ressuscitar os Muppets nos cinemas, foi mesmo surpresa que eles ganhariam?

Rubens Edwald Filho não ficou surpreso, mas ficou chateado... e de imediato mandou um: “não tem muito o que reclamar, mas injusto mesmo foi “Rio” não estar indicado ao Oscar de Melhor Animação”.

Mais uma vez eu discordo. Assisti apenas 2 dos 5 indicados... E estes dois (“Rango” e “Kung Fu Panda 2”) são melhores que “Rio”. E mais, “Tintim” também não foi indicado – surpreendentemente, aliás. E apesar de não me arrancar suspiros, é um filme bem melhor do que “Rio”.

Neste ponto vocês devem ter percebido que peguei o texto para falar mal de “Rio” rsrs. Mas é isto mesmo, é um filme espetacular visualmente, levemente divertido e só. Como fiquei decepcionado ver que um filme dirigido por um brasileiro reforçar para o mundo a mesma visão do Brasil que os estadunidenses tem da gente desde 1940! O tom é parecidíssimo com o “Alô, amigos” de 1942... No Brasil só existe carnaval e florestas.

É isto pessoal. Ainda nesta semana devo assistir o “John Carter” nos cinemas e de imediato postarei aqui minha crítica a respeito. Grande abraço a todos e até lá!

quarta-feira, 7 de março de 2012

48

Olá pessoal! Na correria, não estou conseguindo atualizar meu blog. MAS não esqueci da promessa de "em breve" comentar o resultado do Oscar 2012. :)

Este texto aqui é bem curtinho, para compartilhar uma grande novidade que só fiquei sabendo hoje.

Os filmes são exibidos com 24 imagens (frames) por segundo.

MAS, Hobbit , Avatar 2 e 3 serão todos filmados a 48 frames por segundo!

Isto nunca foi feito publicamente - apenas como experimento - e dizem que um filme com este frame rate possui uma diferença brutal em termos de realismo com o que estamos acostumados a assistir.

(Aliás, em 2011 se falava que além dos 48 fps, James Cameron também filmaria em 60 fps. Não sei se isto ainda é verdade ou não, mas em teoria, quanto mais fps melhor, claro... porém a partir de 50 fps a diferença fica bem menos perceptível)

Fiquei muito curioso! É esperar pra ver. E esperar pra ver se isto chega no Brasil... afinal, os projetores precisam ser modificados para conseguir rodar no dobro de velocidade.

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...