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domingo, 11 de fevereiro de 2024

Conheça a Oink Games e seus curiosos jogos de cartas / tabuleiro


A Oink Games é uma empresa japonesa de jogos fundada em 2010, e embora ela também tenha alguns  poucos jogos de videogames em seu catálogo (celulares e Nintendo Switch), seu grande foco e especialidade, desde seu nascimento, são os jogos de tabuleiro.

Falando sobre seus jogos de cartas e de tabuleiro, a Oink Games já lançou cerca de 50 jogos até agora, e apesar de ter lançado jogos em caixas de tamanhos diversos (mas sempre em caixas pequenas), e algumas vezes simplesmente licenciando jogos de designers estrangeiros (por exemplo estão com ela os jogos Modern Art, Stamps e Twins do famoso criador de jogos alemão Reiner Knizia), ela é mais conhecida pelos seus jogos em pequenas caixinhas retangulares (com cerca de 11cm de altura por 6,5 cm de largura), com design diferenciado e minimalista, e de criadores japoneses (ver a foto acima).

Abaixo apresento a vocês 5 destes joguinhos de caixinhas da Oink Games que conheço, em ordem crescente de data de lançamento.


Maskmen (2014)

Dos designers Jun Sasaki e Taiki Shinzawa, Maskmen é um jogo de carteado de Climbing ("escalada"), ou seja, que na sua jogada você precisa "matar" as cartas do jogador anterior, geralmente jogando uma ou mais cartas de valores maiores. Com temática de lutadores da Lucha Libre mexicana, e para 2 a 6 jogadores, o principal diferencial deste jogo é que a definição do "qual valor (cor) é mais forte que o outro" acontece durante as partidas. Bem bonito visualmente, Maskmen fez bastante sucesso no Brasil em 2022, com muita gente importando o joguinho e levando nas jogatinas.


Deep Sea Adventure (2014)

Um dos maiores sucessos comerciais da Oink, ultrapassando 200 mil copias vendidas internacionalmente, Deep Sea Adventure foi criada pelos designers Jun Sasaki e Goro Sasaki, e se trata de um caça-ao-tesouro no fundo do mar. De 2 a 6 "mergulhadores", onde cada jogador rola dois dados, desce cada vez mais fundo no oceano e decide ou não pegar um peça de tesouro... tendo que que voltar para o barco antes de que o oxigênio acabe. Só há dois "probleminhas": quanto mais tesouros você pega, mais pesado você fica, consumindo mais oxigênio; e a reserva de oxigênio é compartilhada... ou seja, se alguém é muito ganancioso, pegando muito tesouros, TODOS são prejudicados correndo risco de vida. É bem comum que todos os mergulhadores acabem sem oxigênio e não voltem a tempo com seus espólios para o barco rs. O jogo é rápido, simples, tenso e divertido. Digamos que é uma versão ultra simplificada de Clank! (2016). Deep Sea Adventure fez tanto sucesso que em 2021 a Oink Games lançou Moon Adventure, uma versão maior e mais elaborada de Deep Sea, com mais componentes.


Dungeon of Mandom VIII
(2017)

Este jogo de cartas é a versão seguinte de Dungeon of Mandom (2013), e apesar do nome estranho, é um jogo familiar para os brasileiros. Pois se trata do jogo que na Europa foi vendido como Welcome to the Dungeon (2013), e teve sua continuação como Welcome Back to the Dungeon (2016). As regras são as mesmas em todos os jogos. A diferença principal entre as versões (além do design / ilustração das cartas), é o número dos personagens. Se nos "Welcome" temos 4 opções de aventureiros cada, no Dungeon of Mandom temos apenas 1, e no Dungeon of Mandom VIII temos 8 (daí o nome). No jogo, cada jogador é um aventureiro de classe distinta, repleto de equipamentos, e que pretende explorar uma masmorra (dungeon). Primeiro os jogadores se revezam desafiando um ao outro para entrar no calabouço com menos equipamentos, que também vai se enchendo de monstros. Quando resta apenas um jogador que não fugiu do desafio, ele desce para a exploração, indo para o "tudo ou nada".

Criado por Masato Uesugi, e ampliado por Antoine Bauza, o jogo chegou ao Brasil sempre na versão Welcome to the Dungeon, em parceria com a editora francesa Iello, ou seja: em uma caixa maior, branca, totalmente diferente das caixinhas da Oink.


Startups (2017)

Startups é um jogo de cartas do designer Jun Sasaki, de 3 a 7 jogadores, com temática de compra de ações de empresas na "bolsa de valores". As cartas são de 6 companhias diferentes, e no final da partida, só pontua quem tiver mais ações para cada companhia. A "sacada" do jogo é que quanto mais ações de uma empresa você tem no momento, fica mais difícil comprá-las. Isso exige dos jogadores balanceamento e estratégia nas compras das mesmas. Para quem olhar no detalhe de como o jogo funciona, irá perceber que ele é "mais ou menos" um No Thanks! (2004) ao contrário.


Scout (2021)

E, finalizando a lista com o melhor de todos eles, Scout, indicado ao Spiel des Jahres de 2022 (ou seja, foi um dos 3 jogos indicados ao equivalente ao "Oscar" de melhor jogo do ano). Um jogo de cartas de 2 a 5 pessoas, do designer Kei Kajino, Scout é o segundo jogo de escalada ("climbing") desta lista. A questão aqui, é que pra mim, ele é o melhor jogo de Climbing que joguei até hoje.

O diferente de Scout está em suas cartas... ele tem números tanto em cima quanto embaixo, e ao receber suas cartas você NÃO pode reordená-las! Pode apenas escolher em jogar com os números da parte de cima, ou os números da parte de baixo! Feito isso, em sua vez, ou você joga na mesa uma ou mais cartas maiores que a do adversário (para "matá-las" e ganhar um ponto para cada carta que matou), ou, se não for possível, se compra uma carta da mesa recém colocada pelo seu adversário, e se coloca na sua mão. Note que ao fazer isto, você aí sim pode colocar a carta pescada em qualquer lugar da sua mão. A rodada acaba quando o primeiro jogador "bater" e eliminar todas as cartas das maõs. Cada carta não jogada que sobrou com você vale um ponto negativo.

Há outras regras, mas não vou citar para não me estender muito. Scout é outro jogo que foi bastante importado pelos brasileiros, e tem feito bastante sucesso por aqui nas jogatinas dos últimos dois anos.



E como os jogos de tabuleiro também tem um pezinho no colecionismo, uma experiência diferente e bacana seria colecionar os jogos de caixinhas da Oink Games (eu mesmo tenho 2 e há mais um outro a caminho). Pena que não é uma tarefa tão fácil para nós brasileiros, afinal, pouquíssimos dos seus jogos saíram por aqui (e quando saíram, foram em caixas genéricas completamente diferente das originais). A única maneira de colecioná-los seria importá-los.

A Oink não é boba e supervaloriza seus preços. Portanto, apesar de serem bem pequenos, suas "caixinhas icônicas" tem o preço médio de 20 Euros, variando levemente para mais ou para menos, dependendo da loja que você os encontre. Só compensa mesmo se você estiver no exterior e comprar pessoalmente, porque se comprar pela internet, com o frete e imposto, o preço vai às alturas.

E aí, conhecia os jogos da Oink Games? Tem algum? Já jogou algum? Coleciona? Escreva nos comentários!



Atualização 17/02/24: hoje a Galápagos Jogos anunciou, de modo surpreendente que irá trazer o Scout para o Brasil. Não disse a data nem o valor, mas será para o primeiro semestre deste ano. E segundo eles, esperam ser apenas o primeiro jogo dentre uma maior parceria com a Oink. Tomara. Nosso dinheiro agradece.

domingo, 10 de dezembro de 2023

Seis anos depois... Os Jogos de Tabuleiro e Cartas Modernos continuam em alta no Brasil e no Mundo!


Há exatamente 6 anos, escrevi aqui no Cinema Vírgula sobre como os Jogos de Tabuleiro estavam crescendo no Brasil. De lá pra cá, muita coisa mudou... por exemplo, os 6 jogos que citei naquele artigo já não estão mais entre os mais populares. Mais uma coisa permanece: os jogos de tabuleiro continuam crescendo no Brasil e no Mundo!

Comparando com os dados de 6 anos atrás... o Board Game Geek ( https://boardgamegeek.com ) possuía cerca de 95 mil jogos cadastrados, e hoje passou da marca de 150 mil; já o brasileiro Ludopedia ( https://ludopedia.com.br ), que antes tinha cerca de 15 mil jogos cadastrados, hoje conta com mais de 40 mil. E, até o momento que escrevo estas linhas, em 2023 tivemos no Brasil nada menos que 439 lançamentos em jogos de tabuleiro, sendo 301 jogos base e 138 expansões.

Para você que ainda não conhece esse mundo, recomendo ler meu post anterior, em que explico o que são jogos modernos. Lá você vai aprender a diferença dos jogos de tabuleiro "clássicos" que você conhece (como Banco Imobiliário, War, etc) e os jogos modernos, além de conhecer 6 jogos como exemplos / indicações. Para lê-lo (e recomendo fortemente antes de continuar este), você pode clicar aqui, ou simplesmente clicar na imagem abaixo, tirada do artigo original.

Não deixem de ler o artigo introdutório de exatos 6 anos atrás!

Agora volto apresentando 6 novos jogos que atualmente fazem sucesso entre os jogadores brasileiros. Mas... antes disso, uma observação... estão vendo os jogos da foto no título deste artigo? Trata-se da caixa de todos os jogos que foram indicados em 2023 para o prêmio do Spiel des Jahres, premiação alemã considerada o "Oscar" dos tabuleiros mundiais. Ah, uma outra coisa que mudou, de 2017 pra cá é que até tivemos brasileiros concorrendo ao Spiel des Jahres, em 2020.

Sem mais delongas, vamos conhecer mais 6 jogos modernos. A ordem de apresentação é alfabética, e ao lado do nome mostro a data em que o jogo teve seu lançamento mundial.


Azul (2017)

Jogo lançado por Michael Kiesling, baseado nos azulejos azuis usados nos palácios portugueses, é um jogo de 2 a 4 jogadores para toda a família (é o jogo que mais joguei com meus pais, por exemplo). Com regras simples, o objetivo é em sua vez, escolher ladrilhos de dentro das "fábricas" (os mini tabuleiros redondos) e colocá-los no seu tabuleiro de forma a fazer o máximo de pontos.

Azul fez tanto sucesso por aqui e pelo mundo que virou uma franquia muito lucrativa, com direito a várias expansões, jogos derivados (com regras e peças completamente diferentes), e versões alternativas do jogo original, como a versão "gigante", a versão "mini", e a versão "chocolate" (onde as peças representam chocolates ao invés de azulejos).

Estas versões alternativas (menos a "gigante") são facilmente encontradas para vender aqui no Brasil, e a "mini" - que não é tão mini assim - tem obviamente o menor preço de todos.


Brass: Birmingham (2018)

O principal motivo para que Brass: Birmingham esteja nesta lista é porque ele atualmente é o "número 1" do ranking de "melhor board game de todos os tempos", tanto no Board Game Geek quanto na Ludopedia. Curiosamente o posto anterior era o "dungeon crowlerGloomhaven (2017), e mesmo ambos estando no mercado há vários anos, foi somente agora em 2023 que este Brass assumiu a primeira posição.

Também para 2 a 4 jogadores, entretanto ao contrário do jogo Azul, este aqui é bem mais complexo. Estamos em um cenário de Primeira Revolução Industrial, e como empresários, ganha quem lucrar mais com suas usinas de carvão, ferro e cerveja. Aqui planejamento e estratégia fazem bastante diferença, tanto econômica como espacial (na hora de planejar suas rotas de barcos e trem). Um jogo "normal" de Brass: Birmingham costuma durar mais de 2 horas, mas apesar de sua longa duração e complexidade, também passa longe da lista dos jogos "mais difíceis de se jogar".


Fantasy Realms (2017)

Apesar de já ter alguns anos de idade, Fantasy Realms só chegou ao Brasil em 2023. Trata-se de um jogo de cartas bem simples, de 2 a 6 jogadores, com temática de mundos de fantasia medieval / RPG. Na partida cada jogador começa com 7 cartas, e em sua vez compra uma nova carta e descarta outra. Ao final do jogo, a pessoa que estiver com mais pontos somados nas 7 cartas que tiver em mãos vence.

O "segredo" do jogo é que cada carta tem uma pontuação e efeito específico, que combinando com outras cartas que podem ou não estar em sua mão, podem aumentar seus pontos ou até mesmo diminuí-los. Está aí a graça... se adaptar para que os "combos" de cartas que você têm posse a cada rodada sejam o mais benéfico (ou menos danoso) possível ao jogador.

Por ser um jogo pequeno de cartas, barato, simples e rápido de jogar (cada partida demora de 10 a 15 min), Fantasy Realms entra na lista por ter sido um dos jogos mais jogados no Brasil (em número de partidas) em 2023.


Marvel United (2020)

A série de jogos de tabuleiro Marvel United chegou ao Brasil em 2022, e seus (muitos) novos produtos continuam saindo lá fora e por aqui. Ele tem duas grandes diferenças em relação aos outros jogos apresentados nesta lista: ser um jogo cooperativo, e apostar bastante no colecionismo.

Afinal, como se pode ver pela foto acima, o jogo traz muitas miniaturas. Uma caixa base (e existem várias), permite o jogo de 1 a 4 jogadores, e traz cerca de 10 miniaturas, somando heróis e vilões. Porém, cada caixa diferente (seja outra caixa base ou caixa de expansão), traz novos heróis, novos vilões (novas miniaturas!), e novas maneiras de se jogar o jogo (por exemplo, pode se expandi-lo e jogar de modo competitivo - um time vs outro) e dependendo do novo módulo jogado, aumentar os participantes para 5, 6 e até 7 jogadores.


E como o jogo funciona? É consideravelmente simples, você coloca os "locais" da partida na mesa, formando um "círculo" (ver foto acima), e então vilão e heróis brigam nestes locais, sejam golpeando uns aos outros, ou colocando fichas para "dominar" cada local. Cada herói e vilão possui seu próprio baralho, com ações normais ou poderes, e o jogador joga duas de suas cartas em cada turno para fazer as ações de seu personagem.


Terra Nova (2022)

Diferentemente de todos os outros jogos desta lista, este eu ainda não joguei... e tem um motivo, ele é um lançamento bem recente, chegou há apenas 2 meses no Brasil. E o que ele tem de especial é que Terra Nova promete ser uma versão simplificada do jogo Terra Mystica (que foi o jogo número 1 do ranking do BGG antes do Gloomhaven e do Brass: Birmingham).

Eu joguei Terra Mystica apenas uma vez, e a partida durou... 3h. Porém Terra Nova promete a mesma experiência de jogo entre 60 a 90 min para 2 a 4 jogadores, e pelo que vi em reviews até agora, tem cumprido bem o anunciado. Mesmo simplificado, o jogo tem certa complexidade, e o objetivo é pontuar ao máximo dominando áreas do tabuleiro antes de seus adversários. Porém, cada área do seu tabuleiro possui um tipo diferente de terreno, e dependendo de qual for, você não conseguirá ocupá-lo, e terá que antes transformá-lo para seu tipo de terreno nativo. Sua característica marcante, herdada do Terra Mystica, é que cada jogador joga com uma raça distinta, e cada raça possui um poder exclusivo. Portanto, com raças diferentes, sua estratégia para jogar e vencer precisa ser diferente. Terra Nova vêm com 10 raças diferentes, sendo que seu "pai" Terra Mystica vem com 14.


Wingspan (2019)

Fechando a lista, depois de citar 2 jogos para jogadores avançados, volto a trazer um jogo que, assim como o Azul, é simples, diverte toda a família, e encanta a todos com seus componentes. Aqui somos "colecionadores" de pássaros, e pontuamos conforme cada pássaro que conseguimos trazer para nossa área de criação.

Com direito a ovinhos, comidinhas, e torre para rolar dados em forma de comedouro, Wingspan tem regras simples e ao longo de 4 rodadas os jogadores tentam pontuar ao máximo com as cartas de pássaro coletadas. Cada carta de pássaro é única, e representa um pássaro real da América do Norte (são 170 pássaros no jogo base).

O jogo comporta de 1 a 5 jogadores, e caso você não se importe de jogar em apenas 2 jogadores, existe uma versão levemente mais barata do jogo, o Wingspan: Ásia, que é exclusiva para se jogar em dois (mas também pode ser incorporada como expansão do jogo original, transformando-o em um jogo para até 7 jogadores).

 

Conheciam os jogos acima? Que tal entrar para este mundo?? O Natal está chegando! Que tal dar Jogos de Tabuleiro de presente? Se quiser iniciar, uma opção é começar pelos jogos modernos "pequenos e baratos", geralmente só de cartas. As editoras Papergames, Grok e Geeks n' Orks são exemplos de editoras nacionais grandes mais especializadas em jogos deste tipo. Outra dica é essa lista aqui, que escrevi em 2020. Divirtam-se!

sexta-feira, 10 de junho de 2022

Últimas notícias sobre o futuro filme e outros lançamentos da franquia Dungeons & Dragons (Caverna do Dragão)


Vamos falar de Dungeons & Dragons? Ou... para quem não é familiarizado com o mundo dos RPG's, da franquia de Caverna do Dragão? Pois há muita coisa sendo feita neste universo, e como isso não vêm tendo destaque nas principais mídias brasileiras de entretenimento, resolvi trazer aqui um resumo das novidades dos últimos três meses.

A principal delas: já temos nome e data confirmados para um novo filme de Dungeons & Dragons nos cinemas. O filme se chamará Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves no original) e estreará nos EUA em 03 de Março de 2023. Mesmo sem data prevista de lançamento no Brasil, a Paramount já lançou seu teaser por aqui. Clique aqui para ver.

Lembrando que já tivemos até hoje três filmes de Dungeon & Dragons, todos de qualidade bem duvidosa. O primeiro, Dungeons & Dragons - A Aventura Começa Agora (2000), com Jeremy Irons e Marlon Wayans no elenco foi o único dos três que chegou a ir para os cinemas. Já os filmes seguintes Dungeons & Dragons 2: O Poder Maior (2005) e Dungeons & Dragons: O Livro da Escuridão (2012) saíram direto para a TV e DVD.

E, claro, todos os 3 filmes exploraram o universo de RPG's de D&D, mas nenhum deles trouxe os tão famosos e queridos personagens do desenho animado dos anos 80. Será que com Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes isso irá mudar? Duvido. Porém mesmo que não vejamos novamente aventuras de Hank, Eric, Presto, Sheila e companhia, pela primeira vez tenho esperança de que teremos um produção digna. Boas notícias não faltam, como se vê a seguir:

No elenco principal temos nomes famosos como Chris Pine, Michelle Rodriguez (os dois da foto do título do artigo), Regé-Jean Page, Sophia Lillis e Hugh Grant. Direção e roteiro estão ambos sob responsabilidade da dupla John Francis Daley e Jonathan Goldstein... e mesmo que nenhum dos dois tenha um grande sucesso na carreira como diretor, foram eles que escreveram o roteiro do ótimo Homem-Aranha: De Volta ao Lar.


Novo RPG e... as miniaturas que todos queriam (ou quase)

Mas antes do filme sair deverá chegar nas lojas um novo kit para quem quiser começar a jogar o RPG de Dungeons & Dragons atual, ou seja, a 5ª Edição. O kit se chamará D&D Starter Set Dragons of Stormwreck Isle e chegará nos EUA em Julho e no resto do mundo em Outubro.

E porque estou contando tudo isto para vocês? É este kit contará com 5 fichas de personagens já prontas para jogar, com a Wizkids também vendendo como extras as miniaturas dos mesmos... e embora a empresa afirme que eles não são baseados em nada dos personagens clássicos dos anos 80... bem, como se vê nas imagens divulgadas abaixo, 4 dos 5 bonecos são basicamente versões adultas dos garotos do desenho do Caverna do Dragão. Confiram!



Que as miniaturas causem toda a comoção que eu imagino quando lançada, e que este seja apenas o começo de novos produtos dos personagens de Caverna do Dragão dos desenhos! Quem de vocês vai torcer junto comigo? Escrevam nos comentários!

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

SEIS jogos de cartas bem melhores que UNO

Ainda que o Brasil e o mundo passem por grande expansão nos jogos de cartas e tabuleiros modernos, jogos clássicos como War, Banco Imobiliário, Perfil, Detetive e Uno continuam entre os jogos mais vendidos por aqui, mesmo estando completamente ultrapassados. Os motivos para isto são vários, dentre eles a quase inexistência dos jogos modernos em lojas físicas de brinquedos, e o grande desconhecimento do público consumidor comum.

Para apresentar a vocês novos jogos, optei em listar seis jogos para substituir o velho Uno, criado em 1971. Sendo o Uno um jogo pequeno, barato, só de cartas, que fica mais divertido jogando em muitas pessoas, e que tem uma boa dose de "sacanear os adversários", todos os jogos da minha lista obrigatoriamente têm estas características. Além delas, precisam ser jogos já lançados no Brasil e que aceitam pelo menos 5 pessoas. Vamos a eles, em ordem alfabética!


High Society (1995) - Editora no Brasil: Across the Board

OK, 1995 não é um ano tão recente... mas se comparar com o longínquo ano de 1971, é como se fosse uma criança. E isso sem contar que o jogo só chegou no Brasil ano passado, em 2019! Criação do famoso designer Reiner Knizia, High Society é por enquanto o MELHOR jogo de leilão (dentre os compostos apenas por cartas) já lançado no mercado nacional.

Regras simples, de 3 a 5 jogadores, cada partida dura de 15 a 20 minutos. Os jogadores apostam em cartas que valem pontos positivos e negativos e vence quem arrematou mais pontos totais no final. Ah, mas por quê eu iria apostar em cartas negativas? Simples, porque no final do jogo a pessoa que gastou menos dinheiro na soma das apostas é excluído da partida. ;)

Fique atento: High Society é um dos jogos que tiveram boa redução de preço nesta Black Friday de 2020.


Love Letter Second Edition (2019) - Editora no Brasil: Galápagos Jogos

Talvez você ainda não tenha ouvido falar de Love Letter, mas se trata de uma franquia que é uma verdadeira mina de ouro. Sua primeira versão é um jogo de 2 a 4 pessoas que conta com apenas 16 cartas, e foi criado em 2012 pelo designer Seiji Kanai. De lá pra cá o jogo teve várias re-implementações temáticas: Batman, Hora da Aventura, Munchkin, Lovecraft, etc... cada um deles com leves diferenças do jogo original.

Em 2019 surgiu a segunda versão, que é a que recomendo fortemente, e se encontra disponível no Brasil para venda: com componentes mais luxuosos, o jogo agora foi expandido para 21 cartas e permite jogar até 6 jogadores.

Love Letter Second Edition é um jogo feito para "sacanear" o adversário, afinal ganha a partida o jogador que é o último a ser eliminado (em cada rodada). Muito divertido, e pra todas as idades.


No Thanks! (2004) - Editora no Brasil: PaperGames

Um dos meus jogos de cartas "apenas com números" favoritos, em No Thanks cada jogador recebe 11 fichas, e aguarda a sua vez para decidir o que fazer com a carta que está vindo para ele: ou ele "passa" (e paga uma ficha por isso), ou ele pega a carta (e junto com ela, todas as fichas que foram colocadas por outros jogadores anteriormente). As cartas vão de 3 a 35, e vence a partida quem tiver pego cartas com o menor número somado (ah, e se forem cartas consecutivas, você só considera a menor delas na conta).

Muito divertido, 15 a 20 minutos por partida, joga de 3 a 7 pessoas.


Pega em 6! (1994) - Editora no Brasil: PaperGames

O jogo mais antigo desta lista, criado pelo famoso designer alemão Wolfgang Kramer, Pega em 6! joga de 2 a 10 pessoas, porém ele fica melhor e mais emocionante se jogado entre 5 a 7 jogadores.

Cada jogador recebe 10 cartas (numeradas de 1 a 104) e no turno, todos jogadores jogam 1 delas simultaneamente na mesa, sendo que elas precisam ser agrupadas em até 4 linhas, em ordem crescente, como na imagem acima. Se uma carta for colocada na 6a coluna, o dono da carta é obrigado é pegar a fileira inteira pra ele. Vence a partida quem, ao final das rodadas, tiver pegado menos pontos.

Pega em 6! é bastante estratégico, muito divertido, porém desta lista é o que requer mais atenção para jogar, devido suas regras de posicionamento das cartas na mesa. O jogo chegou no Brasil pela primeira vez pela Copag, em uma edição mais simples em caixa cartão. A versão que tem hoje para se vender é a edição 25 anos, com várias mini-expansões (somando 28 novas cartas), e sinceramente, não ligo pra elas não... prefiro jogar apenas com as 104 cartas originais rs.


Piratas! 3ª Edição (2020) - Editora no Brasil: Geeks n' Orcs

Único jogo nacional da lista, também é o que tem o aspecto de "sacanear os amiguinhos" mais forte. De certa forma se parece com o Munchkin, porém de modo mais organizado e simplificado; e o melhor: se no Munchkin o jogo dura infinitamente, aqui ele dura cerca de 30 minutos e ponto final.

Piratas! joga de 2 a 6 jogadores, e o objetivo é ser o primeiro jogador a conquistar 5 tesouros. Para obtê-los? Ou pescando no monte, ou roubando dos adversários, seja através de cartas especiais ou de duelos um contra um. Para quem curte o tema, é um jogo bem divertido!

Fique atento para se for comprar, comprar a recente 3ª edição do jogo, com melhores desenhos e melhor qualidade dos componentes, que é esta versão de caixa azul da foto acima. As edições anteriores (de 2015 e 2017) são mais simplórias, e não têm incluso os playmats para colocar as cartas, que fazem bastante diferença.


Sushi Go! (2013) - Editora no Brasil: Devir


O jogo mais "fofinho" da lista, tanto pelos desenhos das cartas, mas também por vir em uma belíssima caixa de metal. Sushi Go! joga de 2 a 5 jogadores e as partidas duram apenas 15 minutos. Mas acreditem, o jogo é tão divertido que você não vai parar na primeira partida.

O objetivo dos jogadores é ser quem, depois de 3 rodadas, o maior pontuador de acordo com as cartas de comidinha japonesa obtidas. A mecânica do jogo é similar ao do premiadíssimo jogo 7 Wonders: cada jogador recebe de 7 a 10 cartas no começo, escolhe uma para si e passa as demais para o jogador da esquerda; todos fazendo isso simultaneamente. O processo se repete até todas as cartas que rodam entre os jogadores acabarem. Em geral, quanto mais cartas do mesmo tipo que você conseguir pegar, mais pontos você faz.

Como 7 Wonders é um dos meus jogos preferidos, esta sua versão "simplificada" chamada Sushi Go! só poderia mesmo também me agradar bastante.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Você conhece as Escape Rooms? Pois agora você também pode jogar em sua casa!


Você já ouviu falar das Escape Rooms? Acredito que sim... este passatempo, que literalmente significa "escape do quarto", é um tipo de entretenimento onde pessoas são "trancadas" dentro de uma sala, e possuem o desafio de escapar da mesma dentro de um tempo limitado (geralmente 60 minutos) através da solução de enigmas.

Este tipo de jogo nasceu em 2006 nos EUA, e por exemplo aqui no Brasil, a grande SP conta com cerca de uma dezena de prédios que proporcionam este tipo de diversão. Para jogar, o preço atual é cerca de R$ 90,00 por pessoa, para uma aventura de 1h.

Mas o que poucos sabem é que este tipo de jogo pode ser jogado em casa, através de jogos de cartas ou tabuleiro. E isto inclui nós brasileiros: nos últimos 4 anos as editoras de jogos nacionais trouxeram vários produtos do gênero para cá. Neste artigo irei apresentar as 4 principais franquias de Escape Rooms "portáteis" que se encontram disponíveis nas nossas lojas para qualquer um comprar e jogar.


Escape Room: Board Game
Idade 16+; Duração 60 min; 3 a 5 jogadores; Editora: Galápagos Jogos; Preço médio: R$ 230,00


Começando pelo jogo que traz a experiência mais próxima dentre todos de um Escape Room "real", afinal toda partida precisa ser resolvida em até 60 minutos, e desafio principal depende de descobrir 3 codificações distintas de um conjunto de chaves.

Escape Room: The Game também é o jogo mais caro desta lista, e por um motivo bem simples, a existência dentre os componentes do "Decodificador Chrono", esta caixa eletrônica preta da foto acima, que possui cronômetro, valida as combinações de chaves e permite outras funcionalidades. Por exemplo, se você erra uma combinação, o tempo total restante é diminuído em 1 minuto; e você também pode programar o Decodificador para a cada 5 minutos fazer um "beep", te lembrando para pegar uma dica caso esteja "travado" no enigma atual... igualzinho uma Escape Room real!

Além do Decodificador, a caixa inclui 16 chaves, várias cartas e alguns envelopes e mapas. O jogo também necessita que você baixe um App no celular, mas pelo menos ele contribui tocando músicas de suspense próprias para o jogo.

A caixa base do jogo já vem com 4 jogos (cenários) diferentes e independentes entre eles, em ordem crescente de dificuldade. Ou seja, são 4 partidas! E uma vez comprada este caixa, basta comprar novos jogos "refil", pois o que importa mesmo é ter o Decodificador. Estas novas aventuras extras (e bem mais baratas) ainda não vieram para o Brasil, só existem no exterior (e são 10 novos cenários, por enquanto).

A rejogabilidade deste jogo é baixa, pois uma vez jogado, cada aventura não pode ser jogada novamente. O jogo foi mesmo planejado para você ir comprando novas aventuras avulsas.


EXIT: o Jogo
Idade 12+;  Duração 90 min; 1 a 6 jogadores; Editora: Devir Brasil; Preço médio: R$ 90,00


A primeira franquia de jogos de tabuleiro de Escape Rooms a chegar no Brasil. Até agora já foram publicados 11 volumes (!!) por aqui, cada um uma aventura completa, independente, e diferente das demais. Dentre alguns títulos que já chegaram temos: EXIT: A Cabana Abandonada, EXIT: A Tumba do Faraó (já joguei estes dois, o primeiro é excelente e o segundo é um pouco fraco), EXIT: Morte no Expresso do OrienteEXIT: A Estação Polar, etc. Aqui no site oficial (texto em inglês) você pode encontrar a lista de todos os títulos que já produzidos, classificados por nível de dificuldade.

Cada edição do jogo vem em uma pequena caixa, onde temos geralmente alguns livretos, cartas e um disco de papel repleto de combinações que é usado como "guia" para os enigmas apresentados.

Apesar da caixa dizer "até 6 pessoas", procure jogar em apenas 2 ou 3, do contrário alguns jogadores ficarão ociosos ao longo da partida. Ao final do jogo, o tempo que você levou para terminá-lo, e a quantidade de dicas e respostas que você acabou precisando para vencer, influenciam na sua pontuação final.

A rejogabilidade nesta franquia é zero. Afinal, durante a partida você vai "destruindo" o material (seja recortando-o, ou escrevendo em cima). Uma vez jogado, já era: pode descartar o que sobrou.


Deckscape
Idade 12+; Duração 60 min; 1 a 6 jogadores; Editora: Galápagos Jogos; Preço médio: R$ 80,00


Se os dois primeiros jogos desta lista são Escape Rooms "clássicos", a partir de agora o estilo muda um pouco, afinal não estamos mais presos dentro de uma sala. Ainda assim, a corrida contra o tempo e os vários enigmas para se resolver continuam.

Deckscape é um lançamento recentíssimo, acabou de chegar ao Brasil neste mês de Junho! Também se trata de uma franquia, que lá fora atualmente está em 6 jogos, mas por enquanto apenas os 3 primeiros vieram pro Brasil: Deckscape Hora do Teste, Deckscape Ameaça em Londres e Deckscape Roubo em Veneza.

A franquia Deckscape é a que contempla a menor caixa, afinal ela traz 60 cartas e mais nada! Aqui temos aventuras bastante focadas na história, como se participássemos de um filme. Uma vez jogada, acabou: cada aventura não pode ser repetida porque será sempre a mesma coisa. Porém este jogo pode ser reaproveitado por outras pessoas, já que as cartas que o compõe não são inutilizadas ao longo da partida.

Novamente, aqui também a corrida contra o tempo é menos explícita: o tempo que você levou para terminar o jogo, somado a quantidade de dicas e respostas que você usou na partida, influenciam na sua pontuação final.

Também recomendo jogar este jogo em 2 ou 3 pessoas no máximo; entretanto no caso do volume 3, Deckscape Roubo em Veneza, isto muda: é que a aventura possui 6 personagens diferentes, cada um com suas cartas. Portanto se você estiver jogando em 2 pessoas, cada um terá que pegar 3 personagens... Jogando em 6 cada um terá sua própria função, embora a experiência por jogador fique bem mais curta.


Escape Tales
Idade 14+; Duração 300 min; 1 a 4 jogadores; Editora: Ludofy Creative; Preço médio: R$ 140,00


A última franquia da minha lista é o de duração mais longa, cuja duração esperada da partida é ultrapassar 4 horas. Também aqui não estamos presos em uma sala, porém estamos sempre explorando uma região delimitada. Até agora já foram lançados três títulos desta série, e apenas um deles chegou ao Brasil: Escape Tales: O Despertar, onde neste caso exploramos uma assustadora mansão em busca de uma cura para sua filha, que entrou misteriosamente em coma.

Os jogos de Escape Tales também são de longe os mais focados na narrativa, e com temática mais de terror. A caixa traz como componentes fichas, cartas, e o livro da história. É como se fosse uma versão bem turbinada daqueles Livros-jogo que fizeram bastante sucesso nos anos 80 e 90. Tanto é assim, que uma partida de Escape Tales tem vários finais possíveis, de acordo com as escolhas feitas pelos jogadores. Depois de um desfecho, você pode "voltar" na história e jogá-la novamente, agora indo por outro caminho. Em geral vale a pena você descobrir mais uns 2 finais diferentes, depois disso a experiência fica chata e repetitiva. Ainda assim, jogando Escape Tales três vezes, isto significa que você usufruirá mais de 12h do game.

Este jogo também não "destrói" seus componentes durante a partida, então após jogá-lo você pode passar ele para alguém. E apesar da caixa dizer até 4 jogadores, apenas jogue sozinho ou em dupla, do contrário os demais participantes ficarão olhando sem fazer nada.



E aí? Bora jogar?

É verdade que estes jogos não são baratos, mas ainda assim, parte deles pode ser trocado ou vendido depois. E lembrando que se numa Escape Room real você gasta 90 Reais por pessoa, e nestes jogos um mesmo valor é "dividido" entre os participantes, eles acabam sendo uma opção bem mais em conta. Isto sem falar que você não vai ter que gastar dinheiro para se deslocar até os estabelecimentos que fornecem esta experiência... ou ainda, talvez eles nem estejam abertos devido a quarentena.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Breaking News: pela primeira vez na história, um jogo brasileiro é indicado ao "Oscar" dos jogos de Tabuleiro Modernos!!


Saudações a todos! Este não é meu primeiro artigo sobre jogos de tabuleiro modernos (o primeiro foi este aqui), e agora tenho um ótimo motivo para retomar o assunto: nesta semana, pela primeira vez na história o Brasil recebeu uma indicação ao "Spiel des Jahres", o "Oscar" dos Jogos de Tabuleiro.

Spiel des Jahres (ou "Jogo do Ano", traduzido) é um prêmio alemão que existe desde 1978, e é mundialmente reconhecido como a premiação mais importante do mundo dos Jogos de Tabuleiro.

São candidatos ao prêmio principal todos os jogos "pra Família" (family games) que foram publicados na Alemanha no ano anterior ao evento. Porém dado deste critério, jogos mais complexos como os "jogos de guerra", RPGs... ou mesmo jogos mais especializados, como por exemplo os de "colecionar cartas", acabavam ficando de fora da votação. Isto foi resolvido em 2011, quando a premiação foi dividida em 3 categorias: Spiel des Jahres (Jogo do Ano), o Kennerspiel des Jahres (Jogo do Ano para Especialistas), e o Kinderspiel des Jahres (Jogo Infantil do Ano).

E foi na categoria Kennerspiel des Jahres que os brasileiros Jordy Adan (Designer), Luis Francisco e Lucas Ribeiro (Artistas) receberam a indicação pelo jogo Cartógrafos. Concorrendo com ele também foram anunciados os jogos The Crew (Alemanha) e The King's Dilemma (Itália).

Lançado no Brasil em 2019 pela Ludofy Creative (hoje Grok Games), Cartógrafos é um jogo onde como o próprio nome indica... você desenha mapas (ou algo assim). Em linhas gerais, cada jogador recebe uma folha quadriculada (que é o mapa), e a cada rodada uma carta é revelada para todos os jogadores; então cada jogador decide qual dentre as opções de terreno presentes na carta irá desenhar em sua própria folha.


Apesar da categoria indicada, Cartógrafos é um jogo muito simples, e que também lembra um pouco o Tetris. O jogo não tem limite de jogadores, idade indicada de 14+ anos, e cada partida tem a duração estimada em 45 min.

Para quem quiser conhecer melhor o jogo, neste vídeo você pode aprender suas regras, e neste aqui você pode assistir uma partida completa.

Os vencedores serão anunciados no dia 20 de Julho. Fiquem ligados e na torcida!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Você sabia? O Brasil vive atualmente seu grande Boom de Jogos de Tabuleiros Modernos


Quando você ouve falar de jogos de tabuleiro, você pensa em quê? Banco Imobiliário? Pois ele é um plágio do jogo Monopoly, de 1933 (e que por sua vez é plágio de um jogo de 1903). Detetive? É um plágio do jogo Clue, de 1949. Ou que tal o famoso War? Plágio do jogo Risk, de 1959. Ah, o Jogo da Vida não pode ser mais antigo que estes. Acertou! Mas ele é de 1960.

A verdade é que os jogos de tabuleiro evoluíram muito, e se o que você conhece deles se limita aos jogos acima é como você só conhecesse até hoje jogos do Atari 2600 em plena época de Playstation 4 e Xbox One.

O início deste novo crescimento de jogos de tabuleiro no mundo começou na década de 1990, na Europa, principalmente na Alemanha. Com o passar do tempo a "nova mania" atravessou o Atlântico e também faz muito sucesso nos EUA. O site referência de jogos de tabuleiro no mundo é o Board Game Geek ( https://boardgamegeek.com ), que já possui mais de 95 mil jogos cadastrados!!

Já nosso querido país começou a aumentar de maneira relevante o número de jogadores e consumidores de jogos modernos há alguns poucos anos. E este ano de 2017 é o ano do grande Boom por aqui. Querem números? Só em 2017 já foram lançados 205 novos jogos no Brasil! E o número de editoras também não pára de crescer. Esqueçam a Grow e a Estrela. Os tais jogos modernos estão sendo lançados por dezenas de novas empresas, dentre as principais (atualmente): Galápagos, Devir, Mandala, RedBox, Conclave, FunBox e Ludofy.

Nós também temos nosso site-referência do tema, a Ludopedia ( https://ludopedia.com.br/ ), com mais de 15 mil jogos cadastrados e 40 mil usuários!

E afinal de contas, qual a diferença entre os jogos "modernos" e os jogos antigos? Por que eles são uma evolução? Segue uma lista com os principais pontos:

  • Não costuma haver eliminação de jogadores; todos mantém-se com chance de vencer, mesmo que pequena, até o final do jogo (lembra quando você foi eliminado em minutos do War e ficou abandonado apenas assistindo seus amigos jogarem por mais algumas horas?).
  • Os jogos possuem mecânicas bem melhores estudadas, com o objetivo de deixar o jogo sempre balanceado e divertido. Além disto, costumam ter um baixo downtime (tempo em que os jogadores esperam o outro fazer sua ação).
  • Baixa sorte: sim, ainda existem jogos "modernos" que se baseiam apenas em sorte. Mas a maioria deles (mesmo os que envolvem lançar dados) se preocupam em dar ao jogador um verdadeiro controle de suas ações (jogos como Jogo da Vida onde você apenas gira a roleta esperando pela sorte e mais nada são inaceitáveis).
  • A produção é cada vez mais caprichada. Muitos jogos possuem peças de madeiras, dados customizados, e imagens em cartas e/ou tabuleiro que são verdadeiras obras de arte. Alguns jogos focam em miniaturas tão perfeitas que chegam a custar mais de R$ 400,00!
  • Temática: nunca os temas foram tão variados como agora. História antiga, medieval, fantasia, ficção científica, e centenas de franquias de TV, filmes e videogames são explorados com muito mais qualidade. A sensação de "estar dentro do jogo" passa a ser possível.
Encerrando a matéria, apresento 6 jogos modernos bem famosos, ordenados por ano de lançamento mundial.

Colonizadores de Catan (1999)

De 3 ou 4 jogadores, 90 min de duração. Talvez o primeiro jogo "moderno" a chegar no Brasil, pela Grow, foi também o primeiro grande sucesso mundial da nova geração de jogos de tabuleiro. Nele um tabuleiro com terrenos distintos é montado de maneira aleatória e os jogadores tentam ser o colonizador mais bem sucedido destas terras. Através de rolagem de dados, gestão de cartas e negociações de mercadorias os jogadores constroem estradas, vilas e cidades. Atualmente foi renomeado para apenas Catan: o Jogo.



Carcassonne (2000)

De 2 a 5 jogadores, 45 min de duração. De tema medieval, o jogo que popularizou os meeples (nome que se dá aos "hominhos" de madeira da imagem acima). Nele os jogadores vão encaixando no tabuleiro central as peças que recebem a cada turno, tentando maximizar a quantidade de áreas dominadas... através dos meeples. O jogo possui literalmente dezenas de expansões, e várias delas já chegaram ao Brasil.



Pandemic (2008)

De 2 a 4 jogadores, 60 min de duração. Seu tabuleiro de mapa-mundi pode fazer o jogador a se lembrar de War, mas o jogo não podia ser mais diferente, já que ele é cooperativo. Juntos, os jogadores correm contra o tempo para evitar a epidemia de 4 diferentes vírus que assolam o planeta. Jogo de movimentação de peças e coleção de cartas, ele é verdadeiramente desafiador.



7 Wonders (2010)

De 2 a 7 jogadores, 40 min de duração. Aqui cada jogador controla uma cidade das 7 Maravilhas do Mundo Antigo. O objetivo é montar a maior cidade possível, e isto é feito através da escolha de cartas. Cada jogador recebe algumas cartas, escolhe uma, e simultaneamente entrega as cartas restantes para o jogador do seu lado, repetindo o ciclo até elas acabarem. Um dos meus jogos favoritos, pelo tema, pela complexidade (média), e pelo downtime zero.



Zombicide (2012)

De 1 a 6 jogadores, de 1h a 3h de duração (depende do cenário a ser jogado). Certamente aproveitando o recente sucesso que é a temática "ataque de zumbis", trata-se de um jogo cooperativo em que os jogadores controlam um ou mais personagens (miniaturas) onde precisam fugir e matar zumbis (através de rolagem de dados e equipamentos encontrados explorando o mapa), cumprir uma missão e se dirigir à saída do tabuleiro. O jogo é bem temático e lembra um pouco aquelas aventuras de RPG que fizeram sucesso nos anos 90 por aqui.



Terraforming Mars (2016)

De 1 a 5 jogadores, 2h30 min de duração. Um dos maiores sucessos mundiais do ano passado, está atualmente em 5o lugar no ranking mundial de todos os tempos do Board Game Geek e em 3o lugar no ranking nacional do Ludopedia. Com tema de exploração espacial, cada jogador comanda uma corporação distinta (com qualidades e missões distintas) para terraformar o planeta Marte. Através de seleção de cartas e movimentação de peças, são muitas as possibilidades para agir dentro do planeta. Achar o delicado equilíbrio entre os diversos tipos de ação é o principal desafio do jogo.



Gostaram da matéria? Caso este post ultrapasse 500 visualizações eu irei fazer outra publicação sobre o assunto, agora apresentando mais 6 jogos que estão entre meus favoritos (e todos eles serão "inéditos", não vou repetir algum dos 6 jogos já mostrados acima). Então agora depende de vocês! Apresentem este post para seus amigos! :)

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...