segunda-feira, 28 de maio de 2018

Gosta de suspense e terror? Você deveria conhecer Locke & Key


Locke & Key é uma série de HQs de terror/suspense que já de cara deveria chamar a atenção devido ao nome de seu escritor: Joe Hill. Não conhece? E se eu lhe contar seu nome de batismo: Joseph Hillstrom King? Humm... acho que ajudou só os mais fanáticos.

Pois bem, Joe Hill é filho do famoso escritor de Stephen King, e com Locke & Key dá pra dizer que talento pode ser transmitido de pai para filho.

Na história, após ter seu marido assassinado, Nina Locke e seus três filhos resolvem mudar de cidade para se esquecer da tragédia. Eles acabam se mudando para a mansão Keyhouse, antiga residência da família de seu esposo, na fictícia cidade Lovecraft, em Massachusetts.

Não demora muito para que o caçula Bode, de seis anos de idade, começar a ouvir vozes e descobrir uma porta que, se atravessada, faz o espírito da pessoa sair de seu corpo físico. Na verdade este é só o começo de uma trama que possui centenas de anos e que envolve dezenas de pessoas que se envolveram com a magia presente em Keyhouse, que possui várias chaves e portas mágicas, cada uma causando em seu usuário um efeito diferente.

Locke & Key é uma série fechada, já encerrada: na verdade, se trata de 6 mini-séries, cada uma composta de 6 edições. O primeiro encadernado, ou seja, a primeira mini-série - Locke & Key: Bem-vindo a Lovecraft - já está disponível no mercado brasileiro desde ano passado, via editora Geektopia, e pode ser encontrada nos sites das principais livrarias nacionais.

Por enquanto, o primeiro encadernado foi tudo o que li do título, mas fiquei bastante empolgado: é uma das melhores histórias de suspense/terror que leio em um HQ em muitos e muitos anos! A reclamar desta publicação, apenas uma coisa: muito pouco dos mistérios e trama são revelados. A história passa bem rápida e dá aquela frustração de "ah, mas já acabou?".

Mas estou confiante de que a história continuará em alto nível. Não a toa a série teve 6 indicações ao Eisner Award, uma das quais foi vencedora (Joe Hill levou prêmio de melhor escritor, em 2011). Outro sinal de que o material é bom é que ele já quase foi para a TV em duas oportunidades: um episódio piloto foi gravado para a FOX em 2011, e no ano passado um novo piloto foi gravado à pedido da Hulu (serviço de vídeo sob demanda). Mas ambas não deram certo... até agora.

Para encerrar, segue abaixo uma foto da revista versão nacional, retirada da página do Facebook da editora.


quinta-feira, 17 de maio de 2018

Crítica - Deadpool 2 (2018)

TítuloDeadpool 2 ("Deadpool 2", EUA, 2018)
Diretor: David Leitch
Atores principais: Ryan Reynolds, Julian Dennison, Josh Brolin, Morena Baccarin, Stefan Kapicic, Zazie Beetz, Karan Soni, T.J. Miller, Eddie Marsan
Deadpool volta com a mesma fórmula

Deadpool 2 não perde um mísero segundo (re)apresentando seus personagens ou universo (então vejam o primeiro filme!), indo diretamente para a nova história, que é: o mutante Cable (Josh Brolin) volta ao passado para matar o adolescente mutante Russell (Julian Dennison), que Deadpool (Ryan Reynolds) conheceu recentemente. A pedido de sua namorada Vanessa (a brasileira Morena Baccarin), o herói assume como missão salvar a vida do garoto.

Para o bem e para o mal, Deadpool 2 repete (e bastante) a mesma fórmula do humor louco e politicamente incorreto do primeiro filme, que o tornou sucesso de crítica e público. A boa notícia disso, é que Deadpool 2 continua bastante divertido. É um alívio ver que Ryan Reynolds e a dupla de roteiristas do filme original venceram a queda de braços com o estúdio, que já estava querendo mudar a franquia para um filme de ação de alto orçamento.

O lado negativo... bem, é que com a repetição as muitas piadas do filme já não são novidade. Deadpool 2 realmente poderia ter sido menos igual ao primeiro filme... até os coadjuvantes são os mesmos, encabeçados por Colossus (Stefan Kapicic). Uma grata exceção é a nova personagem Dominó (Zazie Beetz). Bonita e com poderes bem originais, ela acrescenta um pouco aqui e tem potencial para render bem mais em eventuais filmes futuros.

Com menos história, Deadpool 2 investe em todo o resto: traz mais ação (que aliás nada acrescenta ao filme, sendo bem pior do que no filme anterior), mais piadas (e com muito mais carga sexual), mais participações especiais (tanto em termos de personagens quanto atores) e mais referências a cultura pop em geral, especialmente em músicas, HQs e filmes de super-heróis.

A se lamentar é que Deadpool 2 desperdiça a oportunidade de desenvolver seus personagens e expandir sua própria mitologia, além de perder uma de suas principais qualidades, que era surpreender o público. Ainda assim, nas poucas vezes que o faz, é muito engraçado!

Para quem gostou do primeiro filme, não tem erro: Deadpool 2 continua muito insano e divertido! E apesar de minhas críticas acima, o filme sem dúvida continua muito bom; ele só é inferior ao primeiro... mesma sina sofrida por quase toda continuação. Nota: 7,0


PS: o filme traz duas cenas pós créditos, sendo a segunda absolutamente imperdível (talvez seja a melhor coisa de Deadpool 2). E a boa notícia é que as cenas aparecem na metade dos créditos, não sendo necessário, portanto, ficar até o final de todas as letrinhas.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Crítica - Vingadores: Guerra Infinita (2018)

TítuloVingadores: Guerra Infinita ("Avengers: Infinity War", EUA, 2018)
Diretores: Anthony Russo, Joe Russo
Atores principais: Josh Brolin, Robert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Benedict Cumberbatch, Tom Holland, Paul Bettany, Elizabeth Olsen, Zoe Saldana, Chris Pratt
Grande diversão para os fãs de HQs

O começo do fim. Depois de 18 filmes, temos em Vingadores: Guerra Infinita o início da história que marcará a despedida de Robert Downey Jr como Homem de Ferro, de Chris Evans como Capitão América, de Chris Hemsworth como Thor... enfim, de toda uma geração de atores e personagens.

E mais do que nunca, para não se decepcionar com este Vingadores, é necessário ser um fã considerável dos filmes da Marvel. Primeiro, porque para entender o filme em sua totalidade, no mínimo é necessário ter assistido: Vingadores 1 e 2, Capitão América: Guerra Civil, Thor 1 e 3, o primeiro Guardiões da Galáxia, Pantera Negra e Doutor Estranho. E segundo porque somente quem acompanha notícias do Universo Cinematográfico Marvel saberia que este Vingadores 3 não tem uma história realmente completa... ele será continuado com Vingadores 4, em 2019.

Esta minha crítica de Vingadores: Guerra Infinita será curta pelo simples motivo de dar o menos possível de spoilers sobre o filme.

Na história, o vilão Thanos (Josh Brolin) decide unir as 6 "Jóias do Infinito" para matar metade da vida do Universo. Então todos os heróis da Marvel se unem para evitar que isto aconteça. Vingadores: Guerra Infinita começa de maneira fantástica. Os primeiros 30 minutos do filme são pra deixar qualquer fã de super-heróis boquiaberto. São três cenas de lutas em sequência, visualmente incríveis e muito empolgantes!

Após este primeiro ato espetacular, o filme peca um bocado em seu desenvolvimento. Guerra Infinita prossegue com muitas e muitas batalhas (é certamente o filme da Marvel com mais lutas), várias piadas e pouca história.

Não que as batalhas ficam ruins - na verdade o filme como um todo é bom e divertido - mas elas são bem menos inspiradas e repetitivas, algumas são até desnecessárias. É só bem mais adiante... na primeira metade da luta em que os heróis têm contra Thanos em seu planeta natal, que voltamos a ter ação com uma qualidade tão espetacular como no começo do filme. Aliás, é nesta mesma batalha que acontece algo que me desagradou bastante, contando pontos negativos para o roteiro.

De resto, cenários, arte e figurino de Vingadores: Guerra Infinita são excelentes e é muito bacana e empolgante ver os heróis de filmes diversos se encontrando em um lugar só... ainda que a Marvel não tenha conseguido juntar TODOS os heróis desta vez. Este fato tem gerado críticas dos fãs, mas não considero um problema... com ainda mais personagens em tela, menos tempo se teria para desenvolver a história de todos os demais.

O que mais gostei de Vingadores: Guerra Infinita foi o vilão Thanos. Se vilões fracos têm sido um dos grandes defeitos em comum dos filmes da Marvel, desta vez temos o melhor vilão da franquia até agora... e disparadamente! O antagonista é o personagem mais consistente e impressionante dentre todos apresentados. Thanos, nos quadrinhos, deseja matar metade do Universo para agradar a Morte, por quem é apaixonado. Aqui, os roteiristas mudaram os motivos de Thanos, trazendo à tona um tema muito sério e atual. Fiquei bastante surpreso... e positivamente!

Vingadores: Guerra Infinita é o melhor filme de heróis de todos os tempos? Não. É o melhor da Marvel? Também não. Dentre as minhas justificativas para estas respostas, temos problemas de ritmo, pouca história, e principalmente, a incapacidade do filme em emocionar e comover. Mesmo com tantos perigos em tela, não dá levar a história a sério. Guerra Infinita não traz limites ou lógica nas façanhas que seus personagens podem fazer; desta maneira, não sobra muito para se apegar racionalmente e emocionalmente.

Apesar destes problemas, como tem sido em praticamente todo filme da Marvel, para quem curte ação e HQs a diversão e qualidade estão garantidas! Se não é "o" melhor dos filmes desta franquia, certamente está entre um de seus melhores. Nota: 8,0


PS: após o filme só há uma cena pós-créditos. E ela é relevante para os filmes da Marvel que ainda virão.

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...