quinta-feira, 11 de maio de 2023

Crítica - Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (2023)

TítuloDungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes ("Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves", Austrália / Canadá / EUA / Irlanda / Islândia / Reino Unido, 2023)
Diretores: John Francis Daley, Jonathan M. Goldstein
Atores principaisChris Pine, Michelle Rodriguez, Regé-Jean Page, Justice Smith, Sophia Lillis, Hugh Grant, Chloe Coleman, Daisy Head
Nota: 7,0

Com muito humor e aventura, enfim D&D ganha um filme bom!

A mais famosa das franquias de RPG de mesa, Dungeon & Dragons - e cujo universo acaba sendo mais reconhecido dentro do Brasil através do desenho animado oitentista A Caverna do Dragão - já teve outras tentativas de filmes live-action no passado (todas horríveis, aliás). A primeira, Dungeons & Dragons - A Aventura Começa Agora (2000), contava com Jeremy Irons, Marlon Wayans, e foi a única a sair nos cinemas. As seguintes: Dungeons & Dragons 2: O Poder Maior (2005) e Dungeons & Dragons: O Livro da Escuridão (2012) foram direto pra TV.

Após tantos fracassos e muitos anos sem investir em outros produtos de D&D, as coisas começaram a mudar na Hasbro (a dona da franquia) muito recentemente. Inclusive em 2022 ela admitiu publicamente que não estava "monetizando" Dungeon & Dragons como deveria. Notem então que desde o ano passado já começaram a sair vários produtos relacionados, como action figures dos mais diversos (inclusive dos personagens de A Caverna do Dragão), e agora... este filme Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes, que contou com um orçamento razoável (US$ 150 milhões, cerca de 3x mais que o orçamento do filme de 2000) e alguns atores de maior renome, como por exemplo Chris Pine, Michelle Rodriguez, Hugh Grant e Bradley Cooper.

A história começa com Elgin (Chris Pine) e Holga (Michelle Rodriguez) presos, e após deixarem a prisão resolvem retomar suas vidas de onde pararam. Porém, logo descobrem que para isso precisam encarar algumas aventuras, e então montam um time para enfrentar os desafios. Com isso temos um diversificado grupo de RPG: Elgin é o Bardo, Holga a Bárbara, Simon (Justice Smith) é o Feiticeiro, Doric (Sophia Lillis) é uma Druida meio-humana, e Xenk (Regé-Jean Page) é o Paladino.

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes tem muita aventura e humor. Aliás, tudo é piada o tempo todo e isso até me incomodou um pouco, porém é importante ressaltar que dentro do filme, os personagens levam tudo a sério, uma decisão bastante acertada que dá credibilidade a história. Em termos de ação, o filme é bastante acelerado e dinâmico, com várias cenas de luta e vários efeitos especiais. Ainda que estes efeitos não estejam no auge da qualidade tecnológica atual, são competentes e não atrapalham em nada a experiência do filme. Gostei especialmente da luta final, onde os heróis lutam simultaneamente "corpo-a-corpo" com o vilão, e você consegue acompanhar com qualidade cada um usando suas qualidades e poderes.

Para quem é jogador de RPG, certamente Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes terá um gosto especial, já que as referências ao universo de D&D são muitas, chegando a centenas. Mas mesmo para o espectador "comum", que não captará estes detalhes, o filme é bastante compreensível e agradável para todos os públicos. Em suma, dá para se dizer que este filme de Dungeons & Dragons é um filme para toda a família, o que também é uma ótima notícia.

Eu diria que a história de Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é consideravelmente "épica" mas não por fazer uma aventura absurdamente heróica, e sim por fazer várias pequenas missões em sequencia; o que não deixa de ser algo diferente e interessante.


Para encerrar, sim, como muitos já devem saber, os personagens de A Caverna do Dragão aparecem no filme, como se pode ver na imagem acima. E embora a participação deles seja bem pequena, é maior que eu esperava!

Que Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes seja o primeiro capítulo de uma série de bons filmes da franquia nos cinemas. Depois da modinha de "super-heróis", que já se encontra bem esgotada, eu veria com bons olhos uma fase de aventuras de RPG nas telonas. Nota: 7,0.



PS 1: há uma pequena cena pós-créditos, e bem no começo deles inclusive.

PS 2: este extra vai ficar infelizmente apenas para quem entende inglês, já que o vídeo abaixo sequer possui legendas. Mas é um vídeo de propaganda feito pela Paramount Pictures estadunidense onde os personagens do desenho da A Caverna do Dragão comentam cenas do filme Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes e acabam reclamando de regras de RPG. Divirtam-se ;)

domingo, 7 de maio de 2023

Crítica - Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe (2023)

TítuloRenfield - Dando o Sangue Pelo Chefe ("Renfield", EUA, 2023)
Diretor: Chris McKay
Atores principaisNicholas Hoult, Nicolas Cage, Awkwafina, Ben Schwartz, Shohreh Aghdashloo, Brandon Scott Jones, Adrian Martinez, Camille Chen
Nota: 7,0

Divertido, filme entrega o que se propõe, e com Nicolas Cage roubando a cena

O prolífico e talentoso Nicolas Cage está de volta, agora interpretando Drácula. Mas na história de Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe, o protagonista é... Renfield (Nicholas Hoult), seu servo há pouco mais de um século. Conforme o filme já nos apresenta em seu começo, Drácula e Renfield vivem em um ciclo: Drácula atinge seu poder máximo, é derrotado / destruído pelos heróis da época, e então seu servo passa anos lhe trazendo vitimas para que o vampirão vá recuperando sua força aos poucos... para que ele volte a se recuperar e um novo ciclo se inicie.

O filme começa com Drácula no meio de sua recuperação, e Renfield nos dias atuais buscando vítimas. Sendo uma "boa pessoa", Renfield escolhe como vítimas apenas pessoas ruins... abusadores e bandidos. E eventualmente ele acaba cruzando seu caminho com uma família que controla o crime local, a família "Lobo", e também com a honesta policial Rebecca (Awkwafina), que há tempos tenta em vão levar os Lobo à justiça.

Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe se propõe a ser um filme de aventura que mistura violência e comédia nonsense. E ainda que não seja espetacular em nenhum momento, seja tecnicamente ou em termos de piadas, ele entrega muito bem o que se propõe sendo um filme bem divertido durante toda sua projeção.

Claro que a presença de Nicolas Cage ajuda bastante. Cage está excelente, e rouba a cena toda vez que aparece. É realmente um deleite vê-lo como este Drácula, melhor escolha impossível. Mas o roteiro também tem seus méritos, é bom, e ao vermos quem os escreveu, a qualidade faz sentido: o texto foi feito pela dupla Ryan Ridley (escritor de alguns episódios de Ricky and Morty e da boa sitcom Community) e Robert Kirkman (o criador e escritor dos quadrinhos de The Walking Dead e Invencível).

Um comentário final: quando assisti o trailer de Renfield (ver link no início do artigo), fiquei um pouco incomodado com a quantidade de violência e sangue. Mas embora o filme tenha muitas cenas de ação (e algumas com bastante sangue), em geral, quase todas as cenas gore já estão no trailer, então, não espere por tripas e mortes o tempo todo.

Com ótimas atuações da dupla de Nicolas (Hoult e Cage), o filme é diversão certa para os fãs das bizarrices de Cage. Nota: 7,0

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...