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sábado, 8 de março de 2025

Especial Dia Internacional da Mulher: CINCO jogos de tabuleiros modernos feitos por mulheres e que são sucessos mundiais!

8 de Março! Dia Internacional da Mulher! E novamente temos artigo especial aqui no Cinema Vírgula! Porém ao invés de trazer uma "mini-biografia" de alguma mulher memorável, como já fiz das incríveis Hedy LamarrRoberta Williams ou Lucille Ball, desta vez apresento jogos de tabuleiro modernos para vocês conhecerem e se divertirem.

São cinco jogos bem diferentes entre eles, cada um de uma designer mulher distinta, todos bastante conhecidos mundialmente, e que também podem ser comprados em lojas especializadas aqui no Brasil. Vamos a eles!


Wingspan (2019, Elizabeth Hargrave)

Começando pelo jogo que continua sendo um dos mais populares da atualidade, criado pela estadunidense Elizabeth Hargrave, que estreou no mundo dos boardgames lançando justamente este Wingspan. Seu jogo rapidamente virou um grande sucesso, e hoje já ultrapassou a marca de de 2,4 MILHÕES de cópias vendidas no mundo todo. 

Wingspan é um jogo onde você coleciona pássaros, e o faz através de compra de cartas e gestão de recursos, que são ovinhos e "comidinhas" como insetos e peixes. O jogo é muito bonito, e apesar da dificuldade média (não é tanto para iniciantes), certamente agrada todos os gostos e gêneros.

A foto título deste artigo nos mostra Elizabeth Hargrave recebendo por Wingspan o prêmio do Kennerspiel des Jahres 2019, equivalente ao "Oscar" dos Jogos de Tabuleiro na categoria "Jogo Expert do Ano".

Wingspan joga de 1 a 5 jogadores, com cada partida durando cerca de 1h. O jogo custa cerca de R$ 550. Entretanto, existe uma versão mais barata do jogo, de nome Wingspan Asia, que é exclusiva para DOIS jogadores e custa menos de R$ 300.


Salada de Pontos (2019, Molly Johnson)

Agora vamos com um jogo mais leve, bastante premiado internacionalmente e diversão para toda a família. Trata-se de Salada de Pontos, feito pela estadunidense Molly Johnson em pareceria com mais outros dois criadores.

Salada de Pontos é um jogo de seleção de cartas rápido, simples e divertido para toda a família. Ele funciona assim: em cada rodada, você pode escolher dentre as opções da mesa (ver foto acima) pegar uma carta de pontuação, ou duas cartas de vegetais (e assim que você as pega, o grid de cartas é reposto com novas cartas). O "desafio" do jogo é que as cartas de pontuação podem dar pontos positivos ou negativos de acordo com determinados vegetais, e as vezes também as opções que estão disponíveis na mesa não são as melhores para os vegetais que você já tem. Na prática, tudo acaba sendo muito dinâmico e estratégico, com você tendo que fazer combinações de regras e vegetais que te favoreçam e ao mesmo tempo impeçam que outro jogador consigam cartas que poderão ser útil para ele.

Salada de Pontos joga de 2 a 6 jogadores, com cada partida durando cerca de 20 min. O jogo custa cerca de R$ 90 e vem dentro de uma caixinha metálica.


EXIT (2016 a 2025, Inka Brand)

A alemã Inka Brand é responsável, junto com seu marido Markus Brand, pela maior franquia de jogos de "Escape Rooms de bolso" do mundo todo. Trata-se da série EXIT, da qual já comentei aqui no Cinema Vírgula anos atrás.

Internacionalmente já foram lançados mais de 40 jogos diferentes desta série, sendo que aqui para o Brasil a editora Devir já trouxe pouco mais da metade deles: 24. Os temas são diversos. Por exemplo, os dois primeiros jogos da série se chamam EXIT: O Jogo - A Cabana Abandonada (2016) e EXIT: O Jogo - O Laboratório Secreto (2016), mas também há jogos baseados em franquias famosas, como por exemplo EXIT: O Jogo - Senhor dos Anéis: Sombras sobre a Terra Média (2022) e EXIT: O Desaparecimento de Sherlock Holmes (2022). A foto acima é de componentes da versão do jogo do Sherlock Homes.

Cada edição do jogo nos traz uma história, onde os jogadores devem resolver uma série de enigmas em até 60 minutos, para evitar que "algo ruim aconteça". Tudo do jogo vêm em uma pequena caixa, onde temos geralmente alguns livretos, cartas e um disco de papel repleto de combinações que é usado como "guia" para os enigmas apresentados. Os desafios em geral são bem criativos, mas ao mesmo tempo bem difíceis. É um jogo que só pode ser jogado uma vez, já que geralmente você vai inutilizar (cortar) os componentes enquanto o joga.

Os jogos da série EXIT variam bastante de preço, custando em média R$ 130. O ideal é jogá-lo em 1 a 3 jogadores, e dificilmente você o terminará nos tais 60 minutos. Pode colocar 90 ou 120 min aí.


Qwirkle (2006, Susan McKinley Ross)

Qwirkle é um jogo que aparentemente demora para convencer as pessoas... afinal, embora tenha sido criado em 2006, só foi receber reconhecimento internacional em 2011, e só foi lançado no Brasil em... olhem só, ano passado, 2024! Porém, ele "demora" mas faz sucesso, já que já vendeu mais de 5 MILHÕES de cópias pelo mundo todo.

Criado pela estadunidense Susan McKinley Ross, neste jogo temos peças de 6 cores e 6 formatos diferentes, e a cada vez que colocamos um grupo deles na mesa, pontuamos pelo número de repetições de cor ou formato. Por exemplo, se na mesa já tenho 2 peças amarelas em linha, e em meu turno eu coloco mais 2 peças amarelas em seu lado, faço 4 pontos. Após isso reponho na minha mão as peças que gastei, e assim o jogo vai até que todas as peças se acabem.

O jogo é simples, para toda a família (inclusive crianças), roda de 2 a 4 jogadores e cada partida dura cerca de 30 min. Seu preço é de R$ 130.


As Ruínas Perdidas de Arnak (2020, Mín)

A designer checa Michaela "Mín" Štachová forma junto com seu marido Michal "Elwen" Štach a dupla "Mín & Elwen", sendo este jogo a maior criação deles até o momento.

Em As Ruínas Perdidas de Arnak somos aventureiros explorando terras selvagens em buscas de artefatos de civilizações antigas. O jogo é lindíssimo, com um tabuleiro gigante e repleto de cartas e componentes (que faz o preço do jogo ficar um pouco salgado, como veremos mais adiante).

Ele mistura as mecânicas de Alocação de Trabalhadores com Construção de Baralho, e apesar das regras consideravelmente simples, o jogo é bastante "apertado", sendo que em cada turno você tem poucas opções (recursos) disponíveis, e pontuar é difícil. Acaba sendo o jogo mais "pesado" (no sentido de complexidade) desta lista toda, bem estratégico, e reitero que suas regras não são difíceis de entender, o mais complicado mesmo é "dominar o jogo". Para quem gosta de jogos assim, ele é bem bacana e divertido.

As Ruínas Perdidas de Arnak joga de 1 a 4 jogadores, com cada partida durando cerca de 2h. O jogo custa cerca de R$ 600.


Jenga (1983, Leslie Scott) 

Achou que minha lista iria parar nos cinco jogos modernos?? Achou errado!!! Aqui vai um jogo extra. Jenga não é um jogo de tabuleiro moderno, mas não poderia deixar de ficar de fora neste Dia Internacional da Mulher.

Não preciso explicar pra você como Jenga funciona, pois você certamente já jogou esta pequena e divertida maravilha. Criado pela britânica (porém nascida na Tanzânia) Leslie Scott, mesmo com seu jogo sendo plagiado incontavelmente por aí, segundo matéria do The New York Times o Jenga original conta com mais de 90 MILHÕES de cópias vendidas pelo planeta.

Nas últimas décadas Jenga também foi vendido com outras versões especiais (e com regras/mecânicas adicionais), como por exemplo esta abaixo do Super Mario, de 2020. Infelizmente, nenhuma delas chegou ao Brasil.

Nas lojas brasileiras você consegue encontrar o Jenga original por cerca de R$ 100. Já os clones mal feitos dele, dá pra achar por menos de R$ 40.



E Feliz Dia Internacional da Mulher a todas as leitoras do Cinema Vírgula!

segunda-feira, 3 de março de 2025

Brasil vence o primeiro Oscar de sua história!


O dia 02 de Março de 2025 entra para a História do Cinema Brasileiro ao se tornar o dia onde nosso país venceu sua primeira estatueta do Oscar.

E a conquista veio através do Oscar de Melhor Filme Internacional para Ainda Estou Aqui. O filme  nacional ainda estava indicado em mais duas categorias, a de Melhor Filme e a de Melhor Atriz, porém perdeu ambas para Anora. É importante ressaltar que isso não diminui em nada esta grande vitória, temos que comemorar bastante!!

Para quem ainda não viu, no vídeo abaixo temos toda a sequência do momento da entrega do nosso primeiro Oscar!

sábado, 1 de março de 2025

O Oscar 2025 será NESTE domingo! Conheça aqui os favoritos e minha análise sobre as chances brasileiras!


Neste 02 de Março de 2025, amanhã, um Domingo de Carnaval(!), teremos a cerimônia de entrega do 97º Academy Awards, vulgo Oscars 2025. Abaixo segue a lista dos 10 filmes que disputam o prêmio máximo de Melhor Filme, ordenados pelo número somado de indicações recebidas (entre parênteses). Você pode clicar nos links dos nomes para ler as críticas feitas aqui pelo Cinema Vírgula. Dos 10 nomes acabei não assistindo 3, com o detalhe que Um Completo DesconhecidoNickel Boys estrearam no Brasil apenas nesta Quinta-feira(!), o primeiro deles nos cinemas, e o segundo no Prime Video:
Dentre os filmes que receberam múltiplas indicações, mas não a de Melhor Filme, lideram em número Nosferatu (4), Sing Sing (3) e Robô Selvagem (3).

Esta edição tem um interesse bem especial para nós brasileiros, afinal, nosso Ainda Estou Aqui, de Walter Salles e Fernanda Torres, estará disputando as estatuetas de Melhor Filme, Melhor Atriz (para Fernanda Torres) e Melhor Filme Internacional.

E a Rede Globo está acreditando que vai dar "samba", afinal, não só decidiu após muitos anos voltar transmitir o Oscar ao vivo (ao invés de um atraso de algumas horas para não interferir na sua programação), como optou transmitir o Oscar na TV aberta apesar dos desfiles de Carnaval! Mas será que o Brasil tem chance mesmo de ganhar algum dos prêmios e levar para casa nosso histórico primeiro Oscar? Vejam a seguir o que acho das chances brasileiras em cada uma das 3 categorias.


O Oscar de Melhor Filme

Não vejo a menor chance de Ainda Estou Aqui levar o prêmio máximo. E o mesmo digo para Emilia Pérez, que descarto devido sua alta rejeição e polêmicas. Como já expliquei no passado, esta categoria é diferente, e muitas vezes não vence o "melhor votado", e sim, o "menos rejeitado". Exatamente por isso, acredito que o Oscar de Melhor Filme vai ficar entre Anora ou Conclave, que são, dentre os filmes de maior número de indicações, que não possuem nenhuma polêmica jogando contra.

Entretanto, a meu ver, ainda há um terceiro candidato correndo por fora que pode levar esta tão cobiçada estatueta. Trata-se de O Brutalista, cuja campanha se enfraqueceu pelo uso de IA. Se ele vencer, é porque a Academia optou por passar uma mensagem mais política, pró imigrantes e antinazismo, em recado ao governo Trump.

Mas é um cenário improvável. Aliás, eu estou imaginando que durante a cerimônia do Oscar teremos sim algumas cutucadas contra Trump, mas ficará só nisso, acredito numa edição menos politizada desta vez... o próprio fato do apresentador escolhido ser Conan O'Brien, menos combativo, me passa essa sensação. Dito tudo isto, estou apostando em uma vitória para Anora.


O Oscar de Melhor Atriz

Mais uma vez Karla Sofía Gascón e seu Emilia Pérez ficam de fora do páreo, e não somente porque Karla falou todas aquelas atrocidades em seu Twitter anos atrás, mas também porque ela disse que "pessoas da equipe de Fernanda Torres" estavam ativamente ajudando a difamá-la. Atitude essa que quase a excluiu da disputa pelo prêmio (pelas regras do Oscar, um candidato não pode falar mal dos concorrentes, sob pena de eliminação).

E aí o bicho pega, por que a disputa é tripla e acirradíssima entre Mikey Madison (Anora), Demi Moore (A Substância) e nossa Fernanda Torres (Ainda Estou Aqui). As três dividiram os prêmios de Melhor Atriz ao longo da temporada de premiações, o que deixa tudo indefinido. E cada uma tem seus motivos particulares para ser a escolhida:

Demi Moore, pela sua idade e carreira, ao nunca ter vencido a estatueta e estar meio sumida do estrelato há um certo tempo, sua vitória seria uma daquelas histórias de redenção e superação que Hollywood tanto ama; já Fernanda Torres é provavelmente quem entregou uma atuação mais completa das três concorrentes, além de que sua vitória seria uma reparação à injustiça feita com sua mãe em 1999... e a Academia também gosta de histórias de "corrigir erros"; finalmente Mikey Madison representa uma nova geração e Anora, que se como imagino vá levar o Oscar de Melhor Filme, faz todo sentido para o evento que este filme leve várias estatuetas. Então, a de Melhor Atriz também poderia ser uma delas.

Estou torcendo muito muito muito pela Fernanda Torres, acho que ela tem chances reais, ainda mais se o Brasil não levar o Oscar de Melhor Filme Internacional. Mas ainda assim, acho que aqui vai dar Demi Moore. 


O Oscar de Melhor Filme Internacional

E finalmente, o Oscar para os que não são estadunidenses. Por tudo que Ainda Estou Aqui é bom e Emilia Pérez não é; por tudo que Ainda Estou Aqui foi elogiado e Emilia Pérez criticado, o filme brasileiro deveria ser o franco favorito. Porém, infelizmente, não é o caso. Nesta categoria, Emilia Pérez ainda é forte concorrente.

Apesar de toda a repercussão negativa que Emilia Pérez recebeu nos últimos dois meses - e por motivos justos - o filme francês continuou vencendo a maioria dos prêmios de "Melhor Filme Internacional" deste mesmo período. Bem preocupante. Em outras palavras, o lobby e o dinheiro da Netflix continuam falando bem forte nas premiações. Somando-se a isso, o fato de que a atriz Karla Sofía Gascón, que está "sumida" do público há um bom tempo para evitar novas polêmicas, ter confirmado sua presença na cerimônia, não seria um sinal de que Emilia Pérez vai vencer algum prêmio? - perguntaria meu lado conspiracionista rs.

Ainda assim quero manter meu otimismo e apostar que será aqui que o Brasil vencerá seu primeiro Oscar. Acho que nesta categoria vai dar Ainda Estou Aqui. Se perdermos aqui, sonho em ver Fernanda Torres vencendo sua categoria mais tarde... de um jeito ou de outro, quero manter o otimismo de que o Brasil vai encerrar este Oscar levando alguma estatueta para casa.


E o que mais??

Não vou dar meus palpites para todas as categorias restantes, mas vou dar meus pitacos para mais algumas principais.

Melhor Direção: Coralie Fargeat(*) (A Substância); Melhor Atriz Coadjuvante: Zoe Saldaña (Emilia Pérez); Melhor Ator: Adrien Brody(*) (O Brutalista); Melhor Ator Coadjuvante: Kieran Culkin (A Verdadeira Dor); Melhor Trilha Original: Wicked; e Melhor Animação: Flow.

(*)Comentários: para Melhor Direção, os favoritos são, em ordem: Sean Baker (Anora) e Brady Cobert (O Brutalista) em segundo. Mas eu vou apostar na Coralie para ser "a maior surpresa" deste Oscar; para Melhor Ator, está rolando nos EUA um boato meio bizarro... que muitos votantes não votaram no Ralph Fiennes (Conclave) porque achavam que ele já tinha vencido o Oscar antes, e só depois de votarem, descobriram - em arrependimento - não ser o caso... E o pior de toda esta história é que Adrien Brody já venceu o Oscar antes! Se não fosse por esse rumor, confesso que teria apostado em Ralph como vencedor, porém, não é mais o caso.


Lembrando, a cerimônia do Oscar será neste Domingo, 2 de Março, a partir das 21h (horário de Brasília) no tapete vermelho e às 22h a entrega dos prêmios. Com transmissão na TV aberta pela Rede Globo, e pela TNT / Max em canais fechados.


E vocês, quais são seus palpites? Acham que o Brasil leva algo? Deixem nos comentários!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Retrospectiva Cinema Vírgula 2024: confira os Melhores e Piores filmes e séries do ano que passou!

FELIZ ANO NOVO! Obrigado por passar mais um ano acompanhando o Cinema Vírgula! E dá para dizer que foi um ano agitado por aqui... foram 60 artigos, o segundo maior número de publicações em um ano desde que criei este blog, em 2012!

Mantendo a tradição, começaremos o ano novo com a retrospectiva do melhor e pior de filmes e seriados do ano que se passou. Lembrando que o critério para ser citado aqui é de eu ter assistido e de ter sido lançado no Brasil em 2024.


Os filmes de 2024

Infelizmente, 2024 foi um dos anos mais fracos em termos de filmes nos últimos tempos. Depois dos "filmes do Oscar" aparecerem no começo do ano, vimos pouca coisa boa sendo lançada. A baixa qualidade até tem algumas explicações, como a greve dos roteiristas de 2023 nos EUA, que durou cerca de 5 meses. Porém, é inegável que o Cinema enfrenta uma crise de qualidade e audiência, e seu futuro a curto prazo é bem preocupante.

Melhores: meu "Top 5" de 2024 foi: Anatomia de uma Queda, Duna: Parte Dois, Ficção Americana, Furiosa: Uma Saga Mad Max e Pobres Criaturas, e você pode clicar no nome de qualquer um deles para (re)ler a minha crítica. Apenas um comentário extra de que fiquei triste que Furiosa: Uma Saga Mad Max desempenhou mal nas bilheterias, apesar de ser um filmaço. Muito injusto.

E um filme de que não escrevi crítica, mas queria registrar aqui é A Substância, filme de terror / horror da diretora francesa Coralie Fargeat estrelado por Demi Moore e Margaret Qualley. O filme é bom (dou nota 7,0), tem uma ótima fotografia, fala sobre auto-aceitação, e principalmente sobre a objetificação do corpo feminino. Porém mais do que tudo isso, é um filme muito perturbador, pra chocar, com cenas ao estilo A Mosca (1986). E perturba mesmo, tanto que não me esqueci dele aqui. Como disse um amigo meu, hoje o mundo (e os filmes) está tão violento, que para chocar o público, só mesmo fazendo cenas assim.

A Substância

Outro filme que gostei bastante e que também não escrevi crítica foi Jurado Nº 2, filme de tribunal dirigido por Clint Eastwood aos NOVENTA E TRÊS anos de idade! A trama mostra de maneira interessante dilemas morais, e eventuais falhas no sistema judiciário, isso mesmo quando várias pessoas envolvidas tentam ser "honestas". Uma pena que o filme não recebeu nenhuma atenção aqui no Brasil, porém boa parte da culpa vai para a Warner, que optou por não lançá-lo nos cinemas e colocá-lo direto nos streamings (HBO/Max). Além de burrice, para mim um desrespeito a Clint, já que estamos falando de seu provável último filme.

Piores: a grande decepção do ano, facilmente, foi Coringa: Delírio a Dois, ainda que o filme não seja de todo ruim. Porém quando você mistura um estúdio louco por dinheiro fácil, com um diretor arrogante que acha que precisa desconstruir seu filme anterior porque o público não entendeu sua obra, só poderia dar m...

Outro filme que entra na lista dos piores é Bad Boys: Até o Fim. Filme de ação absurdamente genérico cujo roteiro não faz sentido em nenhum momento. É uma franquia que piora muito a cada filme, e mesmo assim continuam fazendo novos capítulos... Será que as pessoas ainda querem ver Will Smith? Pois eu já perdi a vontade...

E finalmente, o ápice da ruindade. Aquele que mereceu a honra de ser o PIOR filme que já assisti desde que montei este blog, em 2012. Trata-se de Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes, de Zack Snyder. Após a péssima Parte 1, eu achava que a seqüência seria menos pior, já que a parte chata de apresentar os personagens já havia sido no primeiro filme. Ledo engano, a Parte 2 conseguiu ser bem pior, muito mais lenta, chata e repetitiva. Pra quem gosta de notas, para Rebel Moon - Parte 2 dou a nota 1,0 (de 10,0). Só não vai zero pelo esforço do pessoal técnico.

A Vida Por Philomena Cunk

Mas se tivemos um 2024 questionável, pelo menos em 2025 há a esperança de que tudo comece bem... Afinal AMANHÃ, dia 02 de Janeiro, estreia na Netflix a comédia A Vida Por Philomena Cunk, que se for tão bom quanto a série O Mundo por Philomena Cunk foi, vou adorar!


As séries de 2024

Melhores: em 2024 assisti mais séries que em 2023, mas ainda assim fiquei abaixo do número que gostaria e portanto alguns títulos que provavelmente iriam entrar aqui nesta minha de melhores eu deixei para ver só em 2025... Me refiro a Duna: a Profecia (Max), Hacks (HBO), Only Murders in the Building (Disney/Star+) e as temporadas finais de Arcane: League of Legends (Netflix) e Curb Your Enthusiasm (HBO).

A série que pra mim fica como a melhor do ano foi Fallout (Prime Vídeo), a qual ninguém esperava muito, mas surpreendeu pela qualidade técnica, personagens e roteiro. Também gostei bastante da animação Dungeon Meshi (Netflix), e coloco Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (Disney/Star+) como uma das melhores do ano, ainda que sendo ela a grande vencedora do Emmy 2024, eu esperasse mais.

Piores: a quarta temporada de The Boys (Prime Vídeo) foi bem ruim, de longe a pior até agora. Desde a temporada anterior (que eu já havia colocado na categoria "decepções" na retrospectiva passada) a série claramente fica apenas se repetindo e enrolando, felizmente a quinta temporada será a última. Outra série bem ruim foi Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft (Netflix): trama genérica envolvendo magia, personagens chatos... ficou longe de uma "aventura arqueológica".

A surpresa: série britânica sobre um grupo de jornalistas investigando um possível assassinato, Bodkin (Netflix) foi minha agradável surpresa do ano. Sem ser excepcional, ainda assim, gostei e manteve minha atenção o tempo todo.

Bodkin

Decepções: a lista tem alguns nomes: Guga por Kuerten (Disney+) é um documentário legal, mas poderia ser muito mais; Irmãos Sun (Netflix) tinha artes marciais e Michelle Yeoh como atrativos, porém achei a série apenas mediana. Curiosidade: em 2025 teremos na Prime Vídeo a estréia da série Blade Runner 2099, e um dos seus principais nomes também é Michelle Yeoh. Será que teremos nova frustração por aí? Espero que não.

Mas a minha maior decepção fica para O Problema dos 3 Corpos, cujos responsáveis pela produção e adaptação são David Benioff e D. B. Weiss, os mesmos dois "jênios" da série Game of Thrones. Não é que a série seja ruim, achei a primeira temporada entre razoável e boa... porém esperava uma história melhor já que ela é baseada em uma série de livros tão premiada. Pelo que investiguei, parte das coisas que não gostei do roteiro são assim mesmo nos livros (seriam eles então superestimados?), mas boa parte do que não gostei foram justamente adaptações mal feitas para a TV, com revelações sendo feitas antecipadamente (comparados aos livros), e/ou explicações mal dadas. Quem diria que a dupla "jenial" faria isso de novo, não? Tsc, tsc...


Top 5: os mais lidos do Cinema Vírgula em 2024

Eu gosto de fazer verificar esta lista todo ano por que as vezes ela me surpreende, e desta vez me surpreendeu bastante! O vencedor disparado, quem diria, foi o artigo com a crítica do novo filme de Francis Ford Coppola, Megalópolis.

E completaram a minha lista do Top 5 dois artigos exclusivos que envolveram bastante pesquisa, e que por isso tenho bastante orgulho. Um sobre a grande Hedy Lamarr, e outro sobre o saudoso Master System. Confiram:

Lista dos filmes que assisti em 2024

Encerrando, como sempre segue a lista de todos os filmes que assisti no ano que passou; novos ou antigos, sendo a primeira vez que os vi ou não. No total foram 90.

Abaixo segue a lista. Os filmes em laranja negrito e com um (*) são aqueles a que dou uma nota de no mínimo 8,0 e portanto, recomendo fortemente.

1408 (idem, EUA, 2007)
Alien: Romulus (idem, Austrália / Canadá / EUA / Hungria / Nova Zelândia / Reino Unido, 2024)
Amor com Fetiche ("Love and Leashes", Coréia do Sul, 2022)
Anatomia de uma Queda ("Anatomie d'une Chute", França, 2023)   (*)
Aquaman 2: O Reino Perdido ("Aquaman and the Lost Kingdom", Austrália / Canadá / EUA / Islândia / Reino Unido, 2023)
Argylle: O Superespião ("Argylle", EUA / Reino Unido, 2024)
Arizona Nunca Mais ("Raising Arizona", EUA, 1987)
O Astronauta ("Spaceman", EUA / República Checa, 2024)
Atlas (idem, EUA, 2024)
A Batalha do Biscoito Pop-Tart ("Unfrosted", EUA, 2024)
Bad Boys: Até o Fim ("Bad Boys: Ride or Die", EUA, 2024)
Besouro Azul ("Blue Beetle", EUA / México, 2023)
Bombástica: A História de Hedy Lamarr ("Bombshell: The Hedy Lamarr Story", EUA, 2017)   (*)
Cegos, Surdos e Loucos ("See No Evil, Hear No Evil", EUA, 1989)
Conclave (idem, EUA / Reino Unido, 2024)
As Cores do Mal: Vermelho ("Kolory zla. Czerwien", Polônia, 2024)
Coringa: Delírio a Dois ("Joker: Folie à Deux", Canadá / EUA, 2024)
Deadpool & Wolverine (idem, Austrália / Canadá / EUA / Nova Zelândia, 2024)
Divertida Mente 2 ("Inside Out 2", EUA / Japão, 2024)
Donzela ("Damsel", EUA, 2024)
O Dublê ("The Fall Guy", Austrália / Canadá / EUA, 2024)
Dupla Jornada ("Day Shift", EUA, 2022)
Duna ("Dune", EUA / México, 1984)
Duna: Parte Dois ("Dune: Part Two", Canadá / EUA, 2024)   (*)
Elis (idem, Brasil, 2016)
O Enigma de Kaspar Hauser ("Jeder Für Sich und Gott Gegen Alle", Alemanha Ocidental, 1974)
Entre Mulheres ("Women Talking", EUA, 2022)
Eu Sou: Celine Dion ("I Am: Celine Dion", Canadá / EUA, 2024)
Uma Família Extraordinária ("Wildflower", Canadá / EUA, 2022)   (*)
Os Fantasmas Ainda se Divertem - Beetlejuice Beetlejuice ("Beetlejuice Beetlejuice", EUA, 2024)
Os Fantasmas se Divertem ("Beetlejuice", EUA, 1988)
A Fantástica Fábrica de Chocolate ("Willy Wonka & the Chocolate Factory", EUA / Reino Unido, 1971)
Federer: Doze Últimos Dias ("Federer: Twelve Final Days", Reino Unido, 2024)
Ferrari (idem, Arábia Saudita / EUA / Itália / Reino Unido, 2023)
Ficção Americana ("American Fiction", EUA, 2023)   (*)
A Filha do Rei do Pântano ("The Marsh King's Daughter", EUA, 2023)
Furiosa: Uma Saga Mad Max ("Furiosa: A Mad Max Saga", Austrália, 2024)   (*)
Ghostbusters: Apocalipse de Gelo ("Ghostbusters: Frozen Empire", Canadá / EUA, 2024)
Gladiador ("Gladiator", EUA / Malta / Marrocos / Reino Unido, 2000)
Gladiador II ("Gladiator II", EUA / Reino Unido, 2024)
Godzilla Minus One ("Gojira -1.0", Japão, 2023)
Guerra Civil ("Civil War", EUA / Reino Unido, 2024)
Guerra Sem Regras ("The Ministry of Ungentlemanly Warfare", EUA / Reino Unido / Turquia, 2024)
Handsome: Um Filme de Mistério Netflix ("Handsome: A Netflix Mystery Movie", EUA, 2017)
Hellboy e o Homem Torto ("Hellboy: The Crooked Man", Alemanha / EUA / Reino Unido, 2024)
Uma Herança Inusitada ("Spadek", Polônia, 2024)
Heróis Lendários: Indiana Jones e Harrison Ford ("Timeless Heroes: Indiana Jones and Harrison Ford", EUA, 2023)
Johnny & June ("Walk the Line", Alemanha / EUA, 2005)
Jogo Bonito ("The Beautiful Game", EUA / Reino Unido, 2024)
Jurado Nº 2 ("Juror #2", EUA, 2024)   (*)
Kung Fu Panda 4 (idem, China / EUA, 2024)
Luca (idem, EUA, 2021)
Um Lugar Silencioso: Dia Um ("A Quiet Place: Day One", Canadá / EUA / Reino Unido, 2024)
Made in Abyss: O Amanhecer de uma Alma Profunda ("Gekijouban Made in Abyss: Fukaki Tamashii no Reimei", Japão, 2020)
Maestro (idem, EUA, 2023)
Mansão Mal-Assombrada ("Haunted Mansion", Austrália / Canadá / EUA / Reino Unido / Tailândia, 2023)
As Marvels ("The Marvels", EUA, 2023)
Megalópolis ("Megalopolis", EUA, 2024)
Meu Malvado Favorito 4 ("Despicable Me 4", EUA, 2024)
Meu Cunhado é um Vampiro (idem, Brasil, 2023)
Minions 2: A Origem de Gru ("Minions: The Rise of Gru", EUA / França, 2022)
Os Mistérios dos Guerreiros de Terracota ("Mysteries of the Terracotta Warriors", Reino Unido, 2024)
Moonwalker (idem, EUA, 1988)
As Nadadoras ("The Swimmers", EUA / Reino Unido, 2022)   (*)
A Noite que Mudou o Pop ("The Greatest Night in Pop", EUA, 2024)
Nosferatu ("Nosferatu, eine Symphonie des Grauens", Alemanha, 1922)
Nyad (idem, EUA, 2023)
Operação Natal ("Red One", Canadá / EUA, 2024)
Partiu América (idem, Brasil, 2024)
Patos! ("Migration", EUA, 2023)
Os Pequenos Vestígios ("The Little Things", EUA, 2021)
Pobres Criaturas ("Poor Things", EUA / Hungria / Irlanda / Reino Unido, 2023)   (*)
O Poço 2 ("El Hoyo 2", Espanha, 2024)
O Poderoso Chefinho ("The Boss Baby", EUA, 2017)
O Quinto Set ("Cinquième Set", França, 2020)
Rebel Moon - Parte 2: A Marcadora de Cicatrizes ("Rebel Moon - Part Two: The Scargiver", EUA, 2024)
Red: Crescer é uma Fera ("Turning Red", Canadá / EUA, 2022)
Os Rejeitados ("The Holdovers", EUA, 2023)
Rivais ("Challengers", EUA / Itália, 2024)
Segredos de um Escândalo ("May December", EUA, 2023)
A Sociedade da Neve ("La Sociedad de la Nieve", Chile / EUA / Espanha / Uruguai, 2023)
Sombra Lunar ("In the Shadow of the Moon", Canadá / EUA, 2019)
A Substância (The Substance, França / Reino Unido, 2024)
Super/Man: A História de Christopher Reeve ("Super/Man: The Christopher Reeve Story", EUA / Reino Unido, 2024)
Tipos de Gentileza ("Kinds of Kindness", EUA / Grécia / Irlanda / Reino Unido, 2024)
As Três Filhas ("His Three Daughters", EUA, 2023)   (*)
Tron: Uma Odisseia Eletrônica ("Tron", EUA / Japão / Reino Unido / Taiwan, 1982)
The Ballad of Buster Scruggs (idem, EUA, 2018)   (*)
Um Tira da Pesada 4: Axel Foley ("Beverly Hills Cop: Axel F", EUA, 2024)
Zona de Interesse ("The Zone of Interest", EUA / Polônia / Reino Unido, 2023)

sábado, 21 de setembro de 2024

Especial: 35 anos do Master System no Brasil (com direito a recorde Mundial!)

Neste mês de Setembro o saudoso videogame de 8-bits da SEGA, o Master System, completou 35 anos de lançamento em terras brasileiras. Para ser mais exato, ele foi lançado no Brasil no dia 04/09/1989 pela empresa Tectoy.

Globalmente, o Master System perdeu o duelo contra o rival NES / Famicom, da Nintendo, fracassando especialmente nos dois maiores mercados de games: Japão e EUA (e ainda assim, nos EUA conseguiu vender o dobro do americano Atari 7800). Porém na Europa as coisas foram diferentes... lá o Master System praticamente dividiu 50 a 50% as vendas com o Nintendinho; a Austrália e a Coréia do Sul foram outros dois locais onde este console da SEGA seria bem popular. Mas o local do planeta onde o Master System mais brilhou foi o Brasil!

Até hoje, as vendas do console do Master System estão em cerca de 18 milhões de cópias, sendo que no Brasil foram mais de 8 milhões! Agora prestem atenção no "até hoje": sim, pois o Master System continua sendo produzido e vendido por aqui! Ainda que desde a versão "Master System 3 Collection 120 jogos" de 2005, o videogame comerciado não aceite mais cartuchos e apenas rode os jogos embutidos na memória do console, Master System é um videogame que está sendo produzido ininterruptamente em um mesmo país há 35 anos, e isso é um recorde mundial, algo sem precedentes no mercado dos games!


Porque o Master System virou um sucesso nacional e os "milagres" da Tectoy

Há um nome para explicar porque o Master System virou mania por aqui e se tornar o mais brasileiro dentre todos os consoles internacionais: Tectoy. Esta empresa nacional de brinquedos eletrônicos, criada apenas dois anos antes de trazer o Master System para cá, não só investiu de maneira agressiva e acertada em marketing como também agregou vários produtos ao console que, para o contexto nacional da época, eram inimagináveis. Se levarmos em conta os desafios técnicos, e também o quanto a SEGA (e as empresas japonesas em geral) eram resistentes a qualquer modificação em seus produtos originais, as realizações da Tectoy foram praticamente "milagres".

A propaganda do Phantasy Star em Português, de duas páginas, que se espalhou por diversas revistas cotidianas do país

Sua primeira façanha técnica foi em 1991 traduzir o extenso Phantasy Star para o português. A novidade era tão grande que a Tectoy também teve que explicar para o público nacional o que era um jogo de Role Playing Game. O passo seguinte foi, além de traduzir jogos, também modificar completamente seus gráficos e história, adaptando-os para personagens nacionais. Daí sugiram por exemplo jogos como Mônica no Castelo do Dragão (1991) e Geraldinho (1994) - respectivamente modificações de Wonder Boy in Monster Land e Teddy Boy - dentre outros.

Duas fotos do Phantasy Star em Português; e em seguida, Mônica no Castelo do Dragão e Geraldinho

Para aumentar o catalogo de jogos disponíveis para o Master System, a Tectoy começou também a trazer jogos convertidos do portátil Game Gear. Foram mais de 10 jogos trazidos nesse formato, dentre eles os excelentes Dynamite Headdy (1995) e Legend of Illusion starring Mickey Mouse (1998).

Mas a Tectoy não parava! Ela também começou a fazer jogos originais, com desenvolvedores nacionais, e baseados principalmente em programas infantis. Por exemplo, tivemos o lançamento de Férias Frustradas do Pica-Pau (1996) e Castelo Rá-Tim-Bum (1997) dentre outros.

Dynamite Headdy, Legend of Illusion, Férias Frustradas do Pica-Pau e Castelo Rá-Tim-Bum

E para finalizar os "milagres" da Tectoy, encerro com dois jogos de franquias internacionais que acabaram virando exclusividades do Master System nacional e eram também uma resposta direta ao Nintendinho:

Battlemaniacs (1994) é um jogo que foi inicialmente desenvolvido pela Virgin para ser lançado na Europa como conversão do jogo Battletoads in Battlemaniacs do SNES, mas que foi cancelado, e mesmo não estando 100% finalizado, como era jogável a Tectoy comprou seus direitos e lançou o jogo mesmo assim; o mega surpreendente Street Fighter II’ (1997), outro jogo feito pelos brasileiros da Tectoy, resultado de 7 meses de desenvolvimento. Ainda que sua jogabilidade deixe um bocado a desejar, Street Fighter II’ foi uma verdadeira façanha técnica para um console de 8-Bits, e o jogo se tornou o único do Master System a ter 8 Megabits de tamanho (todos os demais tinham no máximo até 4 Mb).

Acima: Battlemaniacs; embaixo: Street Fighter II’ 


Curiosidade: entenda porque este videogame se chama Master System

No Japão, o console foi lançado em 1985 como Sega Mark III, sendo ele a 2ª evolução do SG-1000, de 1983. Quando a SEGA resolveu lançar seu videogame para o mercado estadunidense, a idéia foi promover uma mudança completa: para melhor conquistar o mercado americano, os japoneses estavam dispostos a mudar tanto o nome quanto o visual de seu produto.

O SEGA Mark III, de 1985

Em termos de visual, o videogame ganhou um aspecto "futurista", e o nome escolhido, dentre algumas opções, foi "Master System". Os motivos apresentados foram: soava parecido com a alteração que sua rival Nintendo fez para seu videogame (que mudou o nome de Famicom para Nintendo Entertainment System - NES); além disso, "Master" ("Mestre"), era uma referência à natureza competitiva tanto da indústria de videogames quanto das artes marciais, onde só pode haver um "Mestre".

O plano inicial era fazer jus a alcunha de "Sistema Mestre" e vender um produto completo, único, superior. Portanto, ao comprar o SEGA Master System nos EUA em seu lançamento (1986) você comprava um conjunto inicial que continha o console denominado "Power Base" + 2 controles + a pistola "Light gun" e mais um cartucho com dois jogos: Hang-On e Safari Hunt.

Só que no final das contas, eles também acabaram lançando lá a versão "Base System", que deixou tudo um pouco confuso e o nome escolhido perdeu um pouco de sentido rs.

A versão "Base System", mais barata, não vinha com a pistola, nem com jogos inclusos

De qualquer forma, anos depois, o Master System (com esse visual que conhecemos) também passou a ser vendido no Japão, com o mesmo hardware do Mark III, porém com o chip de som YM2413 FM embutido (antes este chip só poderia ser colocado à parte no Mark III, como acessório).

O chip de som FM do Master System melhora em muito a qualidade sonora do console, e cerca de 60 de seus jogos tiveram trilha sonora desenvolvida especialmente para tirar proveito deste chip. Porém, infelizmente, o YM2413 FM ficou restrito a consoles do Master System japonês e coreano. Nem no Brasil ele chegou. Se tem uma única coisa que a Tectoy não nos presenteou, foi essa.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Especial Michael Jackson 15 anos - Do Moonwalk ao Moonwalker


E vamos a minha segunda homenagem a Michael Jackson neste ano em que se completou 15 anos de sua partida, e novamente, em outra data especial. Hoje 29 de agosto, seria o dia em que ele completaria 66 anos de idade.

Uma das imagens mais icônicas de Michael Jackson é o passo de dança conhecido como Moonwalk (em que o dançarino se move para trás enquanto parece caminhar para frente). Embora não seja exatamente correto dizer que o movimento foi inventado por ele (já que outros artistas, como por exemplo Marcel Marceau e James Brown já haviam feito movimentos parecidos no passado), foi certamente Michael Jackson que o popularizou e imortalizou.

O passo foi apresentado publicamente pela primeira vez por Michael Jackson durante sua apresentação da música Billie Jean no especial de TV Motown 25: Yesterday, Today, Forever, que aconteceu ao vivo para mais de 3000 pessoas no Pasadena Civic Auditorium, em 25 de março de 1983, e transmitido nacionalmente para as TVs dos EUA em 16 de maio de 1983.

Curiosidade: apesar de ter chocado e impressionado o mundo todo com esta sua apresentação, o perfeccionismo de Michael Jackson era tamanho que, anos depois, ele revelou ter chorado nos bastidores após sua apresentação. O motivo? Ter errado um passo: notem que após ao Moonwalk, ele gira em torno de si várias vezes e finaliza agachado na ponta dos pés, porém se desequilibra e termina o movimento rapidamente... este teria sido seu "erro", seu objetivo era ter ficado na ponta dos pés por muito mais tempo.

Aos 3min37, o primeiro Moonwalk da história

Após o Moonwalk inicial, Michael Jackson continuou a fazer o famoso passo nas coreografias de Billie Jean, algo que ele não mudou até o final de sua carreira. Entretanto, ele teve a grande sacada comercial de perceber que o Moonwalk poderia ser algo maior, e então, após terminar sua fase do álbum Thriller, seu passo de dança seria um dos pilares de promoção para o seu próximo álbum, Bad.


Moonwalker: o Filme

Estava na hora do Moonwalk aparecer mais, e então, nascia o filme Moonwalker, de 1988. Moonwalker, estranhamente, era principalmente uma coletânea de clipes (Speed Demon e Leave Me Alone) e apresentações ao vivo do cantor (Man in the Mirror e Come Together), e ainda que tinham o apelo de serem todos inéditos, não tinha nenhuma ligação entre eles. Porém, a partir de sua metade, o filme trazia o que podemos considerar de fato uma história...

E nesta história, temos um Michael Jackson que em passagens de uma estrela cadente (?!), adquire poderes e consegue se transformar em um carro, uma nave, e em um robô repleto de armas, tudo isso para defender um trio de crianças das "maldades" de Mr. Big (interpretado por Joe Pesci) - um  ganancioso traficante de drogas - e seu exército.

O Trailer original do filme Moowalker (em inglês, sem legendas)

O mais importante é que dentro deste segmento, vemos Michael de terno e chapéu branco, entrar em um boate dos anos 1930, e desempenhar o que se tornaria o clipe de Smooth Criminal. E ainda que por um tempo pequeno, o Moonwalk também estava lá. Pronto: agora MJ já tinha uma segunda música para performar seu famoso passo. E mais ainda, seu visual "gângster", com paletó e chapéu brancos se imortalizou na Cultura Pop. Agora, o Moonwalk passava a estar personalizado: Michael Jackson, o Mookwalker.

Como curiosidade, o filme foi lançado apenas nos cinemas da Europa, América do Sul e alguns poucos países da Ásia e Oceania. E o mais importante/estranho: não foi lançado na América do Norte, em algo até hoje não muito bem explicado. De qualquer forma, nos EUA Moonwalker foi lançado direto para vídeo caseiro em VHS, e em apenas 3 meses já havia superado a espantosa marca de 800 mil cópias vendidas.


Moonwalker: os (três) Videogames

Após o filme, a promoção de Moonwalker ainda não havia acabado. Sendo a primeira das colaborações de Michael Jackson com a japonesa SEGA, em 1990 tivemos o lançamento de três versões completamente distintas de Moonwalker em termos de jogos eletrônicos. Sim, pois a versão dos Arcades / Fliperamas (Julho/90) era um jogo bem diferente da versão para os computadores caseiros (PC's, Amiga, MSX, etc), e que por sua vez, também bem diferente da versão para o Master System e Mega Drive (Agosto/90). Todas elas obviamente vinham com trilha sonora de músicas do cantor.


A versão dos fliperamas trazia uma visão 3D isométrica, como se vê nas imagens acima, e na época de seu lançamento, trazia uma qualidade gráfica muito surpreendente para este tipo de perspectiva em jogos, quase revolucionária. O jogo ainda permitia até 3 jogadores simultâneos, e com certa frequência você conseguia jogar com Michael transformado em um robô, o que era muito legal e permitia que você atirasse à distância. O jogo foi sucesso de crítica, e eu mesmo nas poucas oportunidades que tive para jogar essa maravilha quando adolescente, gostei bastante.

A versão para computadores era a mais fraca das três, e na verdade não teve envolvimento da SEGA, foi feita por duas empresas de jogos pequenas (Emerald Software e Keypunch Software) e publicada pela U.S. Gold. Por outro lado, era o jogo que trazia a história mais fiel ao enredo do filme. Conforme a seqüência de fotos abaixo, o game tinha quatro fases: uma em que Michael fugia a pé de seus "fãs", outra que fugia de moto e transformado em um coelho, a terceira já dentro do clipe de Smooth Criminal, atirando contra gangsteres, e finalmente, a última, já transformado em robô, atirando contra o exército de Mr. Big.


Finalmente, a versão que saiu para os consoles caseiros da SEGA era um jogo de ação em plataforma 2D, e que de certa forma lembrava um pouco do jogo Shinobi (1987), já que também tinha como característica seu protagonista resgatar crianças espalhadas pelo cenário. Bem gostosa para se jogar, esta era a mais longa dentre as três versões de Moonwalker, com 6 fases. Curiosidade: a fase de "Thriller" com direito a Michael lutando contra zumbis (e que também existe na versão de Arcade) não contava com a música Thriller em nenhuma das duas versões devido direitos autorais de Rod Temperton, e então no seu lugar a trilha sonora era de Another Part of Me.

Abaixo temos imagens da versão 8-bits do Master System (as 2 do topo) e da versão 16-bits do Genesis / Mega Drive (as duas debaixo).


Fliperama original de Moonwalker, esta máquina se encontra na Casa Do VideoGame, no Brooklin, em São Paulo



E aí, sabiam de todas estas curiosidades? O que mais te surpreendeu?? Escreva nos comentários!

sábado, 13 de julho de 2024

Especial Olimpíadas - QUATRO ótimos filmes sobre Esportes (e que não são documentários) para você assistir na Netflix


Já caiu a sua ficha de que estamos a MENOS DE DUAS SEMANAS DAS OLIMPÍADAS??? Sim, você pode não estar ciente, porém agora no dia 26 de julho de 2024 (*) começará a 33ª Olimpíada da Era Moderna, em Paris. E o Cinema Vírgula vai te ajudar a entrar no clima, te indicando quatro ótimos filmes sobre esportes para você ver no conforto da sua casa, via Netflix. Vamos a eles!


Eu, Tonya
(2017): quando Margot Robbie fez este filme ela já era famosa, afinal, já tinha figurado em O Lobo de Wall Street, e co-estrelado filmes como Golpe Duplo e Esquadrão Suicida. Porém foi com este Eu, Tonya que ela ganhou respeito como atriz, levando por ele sua primeira indicação ao Oscar.

O filme conta a história real da patinadora artística olímpica Tonya Harding, acusada de participar de um caso de agressão física contra sua principal rival. O curioso da história, ocorrido na década de 90, é que por não atender os padrões esperados para uma ginasta, Tonya já era vilanizada pela imprensa e pela sociedade antes de cometer qualquer ato errado. Então teria ela se tornado uma vilã porque a transformaram nisto antes? É uma teoria ao estilo Minority Report que a própria Tonya da vida real levantou, e que o filme também traz aqui de modo bem interessante.


Nyad
(2023): outro filme sobre fatos reais, ele tem este nome pois nos conta sobre a nadadora estadunidense Diana Nyad, que ao longo da vida realizou várias conquistas na natação de longa distância. Após uma tentativa mal sucedida, ainda em sua juventude, de ser a primeira pessoa a nadar de Cuba até a Flórida, temos aqui a história dela tentando realizar seu sonho novamente, porém agora aos 60 anos. Provavelmente o grande destaque do filme vá para suas protagonistas, as premiadas atrizes Annette Bening (que interpreta Diana Nyad) e Jodie Foster (que interpretou Bonnie Stoll, sua treinadora).

Não gostei muito da atuação de Jodie, mas Annette Bening está realmente muito bem. Sua atuação, somado a história real de superação de Diana Nyad certamente valem o filme. Uma história sobre envelhecimento, amizade e sobre o espírito desbravador humano.


O Quinto Set
(2020): filme francês sobre tênis, conta a história (fictícia) de um promissor jogador profissional, mas que nunca chegou a corresponder as expectativas iniciais, e portanto passou toda a carreira longe dos melhores do mundo (na trama ele está na posição 200 e pouco do ranking). E agora, com 37 anos, ele encontra em um torneio de Roland Garros aquela que provavelmente seja sua última chance de obter alguma glória.

O filme tem um pouco de drama familiar, mas no fundo é uma luta do protagonista Thomas J. Edison (Alex Lutz) contra ele mesmo. Além da ótima fotografia, uma coisa bem bacana de O Quinto Set é a maneira realista com que ele mostra os bastidores nada glamourosos dos tenistas profissionais que não ficam famosos, em especial aqueles que nunca chegam a estar entre os 100 do mundo. Estar entre os melhores é muito mais difícil que você pensa, e competir sem ser um deles, idem.

Com os geniais Rafael Nadal e Novak Djokovic disputando agora em Paris sua última e derradeira Olimpíada, um filme sobre "uma última chance no Tênis" parece bem apropriado.


As Nadadoras
 (2022): aqui temos um filme britânico, da diretora Sally El Hosaini, também britânica, mas de família egípcia. Ele conta a história real de duas jovens irmãs nadadoras sírias, que fugiram do país devido a violenta guerra civil em seu país natal, e que em busca de segurança, migraram para a Alemanha. Além disso, elas tinham o sonho de disputar os jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

O filme é muito bom, o melhor e mais emocionante desta lista, e também bem fiel a realidade, incluindo a parte em que as irmãs são "obrigadas" a atravessar o mar a nado como heroínas (em um esforço que durou pouco mais de 3 horas). Se for escolher apenas um dos quatro filmes desta lista, fique com este aqui.

As Nadadoras fala mais sobre refugiados do que sobre esporte em si, mas ainda assim, a parte esportiva está presente, tanto que eu diria que este filme tem o clima mais "Olímpico" desta lista, já que traz um bocado de imagens dos jogos do Rio 16. As atrizes que fizeram os papéis das irmãs sírias também são irmãs na vida real (embora libanesas), o que ajuda ainda mais no realismo da obra.

PS (pule esse parágrafo se não quiser spoiler do filme As Nadadoras): assim como mostra no filme, Yusra Mardini de fato venceu a sua bateria dos 100m borboleta em sua estréia nos jogos Olímpicos do Rio. O que o filme não explica, é que apesar da vitória, seu tempo foi o 41º geral, e portanto ela não avançou de fase. Obviamente que isso não diminui a pessoa e atleta espetaculares que Yusra é. ;)

As verdadeiras irmãs Yusra (esq.) e Sara (dir.) em foto de 2015

PS 2, o (*): pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, a Cerimônia de Abertura não será dentro de um estádio ou arena, e sim, será ao ar livre, às margens do Rio Sena, com as delegações desfilando em barcos! Não perca! O evento, será na Sexta-feira, 26 de Julho, a partir de 14h30 (de Brasília).

terça-feira, 25 de junho de 2024

Especial Michael Jackson 15 anos - Os Jackson Five foram (muito) mais talentosos e famosos do que você se lembra


Hoje, 25 de junho de 2024 faz exatos 15 anos da morte de Michael Jackson, e em sua homenagem postarei dois artigos sobre ele neste ano. Este aqui, e um no dia 29 de agosto, data em que ele faria aniversário.

Não há dúvida que dentre todos os integrantes do The Jackson 5 (que posteriormente foi rebatizado para The Jacksons), Michael Jackson foi sua maior e mais talentosa estrela. Michael foi certamente o maior artista musical dos anos 80, e ainda é um dos maiores artistas musicais de entretenimento de todos os tempos.

Porém, os The Jackson 5 também tinham muito talento em seus outros integrantes. E também fizeram bastante sucesso antes do Michael adulto. A estréia do grupo com o álbum Diana Ross Presents The Jackson 5 (1969) pegou o mundo da música de surpresa (até porque nessa época a média de idade do quinteto era de 12 anos), e por exemplo, em seus dois primeiros anos de carreira os Jackson Five já conseguiram emplacar 4 músicas como #1 nas paradas estadunidenses. 


No apresentação acima, de 1975, podemos ver um pouco do talento musical de todos os irmãos. Os Jacksons vão em um programa da Cher e, junto com ela, cantam um medley de alguns de seus sucessos. Pode se repararar o quanto todos são bem afinados (e ao mesmo tempo que dançam e tocam!). Uma curiosidade: no vídeo podemos ver Michael fazendo a "dança do robô", passo que ele usava bastante no seu período adolescente, mas que abandonou em sua fase adulta solo.

E... voltando um pouco no tempo: aproveitando o enorme apelo popular da época, especialmente entre os jovens, a gravadora Motown (famosa por seus artistas afro-americanos) fez dos Jackson 5 seu principal e mais lucrativo produto de marketing, vendendo adesivos, pôsteres, livros para colorir, brinquedos, e até... um desenho animado! Como se pode ver abaixo, o desenho era um bocado psicodélico, além de ter algumas coisas "curiosas", como Michael ter dois camundongos e uma cobra de estimação. Como a agenda do quinteto estava sempre lotada, não foram eles que fizeram as dublagens, e sim, atores profissionais. Foram 23 episódios em 2 temporadas, exibidos nos EUA pelo canal ABC aos sábados de manhã. A seguir um episódio completo em português. Ser cantor e ter desenho próprio não era pra qualquer um... ainda mais nos anos 70.


E finalmente, vamos mais uma vez ao que talvez mais importa neste artigo: demonstrações de que todos os irmãos Jacksons tinham bastante talento. No vídeo abaixo, mais raro e também de 1975, o grupo vai se apresentar no The Carol Burnett Show. Porém, diferentemente da apresentação feita no programa da Cher, aqui o objetivo é de fato apresentar os integrantes de banda, e alías, com dois bônus: eles também apresentam os ainda mais novos integrantes da família para o mundo musical, os irmãos Randy e Janet Jackson. Os pequenos encerram a apresentação cantando apenas eles dois juntos.


Curiosamente Randy substituiria o irmão mais velho Jermanie no grupo meses depois, após este deixar a banda ao recusar a mudar de gravadora e também tentar fazer sua carreira solo. Já Janet, bem, ela começou aparecendo na TV em um show de variedades com seus irmãos (Sim! Embora tenha durado apenas 12 episódios entre 1976 e 77, os The Jacksons também tiveram uma série de TV, além do desenho animado!), depois ela fez mais algumas participações em seriados diversos, até que em 1982 estreou musicalmente já adulta, via carreira solo. Ela se tornou muito bem sucedida e só ficou atrás em fama e sucesso do seu irmão Michael.


E para encerrar o artigo, mais imagens raras para vocês ;)


Nestas imagens, temos duas esquetes de um episódio de 1977 do The Jacksons Variety Show. Na imagem de cima, os irmãos Jacksons e outros dançarinos fazem o quadro "Cisco Kid". Já abaixo, Michael interage com a atriz Georgia Engel.


E finalizando, imagem com o letreiro tradicional do show de variedades onde os irmãos cantavam e faziam entrevistas ao vivo.






Contemplem o hoje raro jogo de tabuleiro do Jackson 5! Se quiserem me presentear com um desses, fiquem a vontade! ;)

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