sexta-feira, 22 de abril de 2022

Curiosidades Cinema Vírgula #010 - DEZ estrelas de Hollywood que já escreveram Quadrinhos

Sabiam que no final de Março chegou ao Brasil uma minissérie em quadrinhos escrita por Keanu Reeves? Pois é... isso me motivou a trazer para vocês essa surpreendente lista. Mas não foi somente nosso eterno Neo que já se aventurou a escrever HQs, a lista de atores que já tiveram seus momentos de escritor chega a dezenas. Nesta lista, trago para vocês 10 deles. Confiram!


Keanu Reeves - o ator é co-criador e co-roteirista da minissérie BRZRKR (lê-se "Beserker"). A obra está programada para ter 12 edições, com a primeira lançada nos EUA em Março de 2021. A saga ainda não foi concluída, e o oitavo volume está programado para este mês na terra do Tio Sam. O quadrinho conta a história de um semideus aparentemente imortal de nome Berserker (e visualmente com a cara do Keanu Reeves) ao longo dos séculos. Por enquanto a saga tem sido muito bem vendida, já em termos de críticas é considerada "mediana", com destaque para as (boas) cenas de muita violência. No Brasil a história será lançada em 4 volumes. Ah, e tem brasileiro nos quadrinhos de BRZRKR: o desenhista Rafael Grampá é quem faz as capas das revistas. Atualmente estão em desenvolvimento pela Netflix um filme (com Keanu estrelando) e uma série de animação sobre BRZRKR, porém ainda sem nenhuma previsão de lançamento.



John Cleese - provavelmente o nome mais famoso do grupo de comediantes britânico Monty Python, o também ator e escritor John Cleese foi co-escritor de uma graphic novel do Super-Homem de 2004 intitulada Superman: True Brit, uma história alternativa que mostra o que aconteceria se a nave do bebê Kal-El tivesse caído na Inglaterra, ao invés dos EUA. Publicada pela DC Comics, a obra recebeu opiniões divididas pela crítica. Com várias piadas e críticas contra a polícia e tablóides britânicos, há nela entretanto algumas idéias que eu gosto, como por exemplo, o fato de que Colin Clark (sim, aqui não é Clark Kent) começar a usar óculos na adolescência para evitar acidentes com sua visão de calor (as lentes foram feitas de um vidro que veio de sua nave).


Mark Hamill - nosso amigo Luke Skywalker aparece aqui com a publicação mais antiga desta lista. Em 1996 ele lançou, como co-escritor, uma minissérie em 5 edições de nome The Black Pearl publicada pela Dark Horse Comics. Aqui temos outra HQ que critica fortemente os tablóides e seu sensacionalismo. A história é sobre Luther Drake, um homem comum que resolve se tornar um vigilante. Hamill escreveu o roteiro pensando em transformá-lo em um filme; como não conseguiu investidores, a história ficou mesmo só nos quadrinhos.


Patton Oswalt - o comediante e ator Patton Oswalt é o primeiro desta lista que escreveu não uma, mas várias obras em quadrinhos. Para a DC ele escreveu JLA: Welcome to the Working Week (2003), que aparece na imagem acima, e é uma história de humor mostrando um adolescente que foi teletransportado acidentalmente dentro da Torre da Liga da Justiça, e, por uma semana, observa em segredo o que os heróis aprontam. Já para a Marvel, Oswalt co-escreveu o recente M.O.D.O.K.: Head Games (2020), minissérie em 4 edições que ajudou a promover e complementar a série de animação de TV M.O.D.O.K., que saiu pela Star+ no ano seguinte. Dentre outras publicações, ele escreveu uma das histórias dentro de Bart Simpson's Treehouse of Horror nº 13 (2007), e uma das histórias incluídas em The Goon: Noir (2006).


Rashida Jones - a filha de Quincy Jones é bem mais conhecida atuando em seriados (Parks and Recreation, The Office), mas também já apareceu em diversos filmes, e foi uma das roteiristas de Toy Story 4 (2019)! Portanto não é lá grande surpresa vê-la se arriscar como roteirista de quadrinhos. Sua criação é Frenemy of the State, uma minisérie de 5 edições publicada em 2010 pela Oni Press, como parte de um projeto de trazer mais quadrinhos de artistas femininos para público feminino. A história conta de forma bem humorada as aventuras de Ariana Von Holmberg, uma jovem e rica socialite que resolver virar agente da CIA. Os direitos de Frenemy of the State foram comprados pela Universal Studios antes mesmo da história ser publicada, mas até hoje não houve nenhum indício de produção de um filme.



Rosario Dawson - a atriz é co-criadora e co-roteirista da minissérie de 4 edições O.C.T. - Occult Crimes Taskforce, publicada pela Image Comics em 2006. A história acompanha a policial Sophia Ortiz (que é desenhada igual a Dawson) dentro de uma unidade da Polícia de Nova York especializada em crimes ligados ao "oculto". A obra é outra que já teve os direitos de adaptação comprados tanto para filmes como para série de TV, mas também nada de concreto até hoje. Em 2019 saíram rumores de que o canal A&E planejava lançar um seriado de O.C.T. mas nenhuma outra notícia foi dita desde então.


Samuel L. Jackson - claro que um ator que lucra em cima da fama de ser "fodão" não iria apenas (co)escrever sua HQ, mas também ter o personagem principal dela com a sua cara. Publicada como minissérie em 4 edições pela Boom! Studios em 2010, em Cold Space temos um quadrinho futurista onde vemos Mulberry, um criminoso espacial em fuga, caindo em um planeta em meio à uma guerra civil. Seu objetivo: sobreviver e se manter badass, claro!


Thomas Jane - talvez o ator menos conhecido desta lista, Thomas interpretou o super-herói Frank Castle no filme O Justiceiro (2004) e nesta época ficou amigo do ilustrador Tim Bradstreet, que não somente criou os pôsteres do filme, mas também era quem desenhava as capas da HQ do Justiceiro naquele momento. No ano seguinte a dupla lançou a minissérie Bad Planet pela Image Comics, com Jane sendo um dos roteiristas. A história conta sobre um meteorito que cai na Terra atual, mas que possuía organismos alienígenas "aracnídeos" que começam a atacar os humanos e se multiplicar. É então que também chega a nosso planeta um outro extraterrestre, um guerreiro de outra espécie alien, que age tentando impedir a terrível invasão. A publicação de Bad Planet é bastante conturbada. O volume 1 saiu em 2005, mas o volume 6 (que encerra o primeiro arco) saiu apenas em 2008. Os criadores iniciaram a publicação do segundo arco de histórias com mais 6 edições (a saga foi prevista em 12 revistas desde o começo), porém até hoje apenas os números 7 (em 2012) e 8 (em 2013) saíram. Tim e Thomas dizem que ainda procuram financiadores para finalizar a história...


Tyrese Gibson - além de cantor e ator da longa franquia de filmes Velozes e Furiosos, Tyrese também já foi co-roteirista de quadrinhos. Em 2009 ele criou o super-herói Mayhem e lançou uma minissérie de mesmo nome em 3 edições pela Image Comics. A história é sobre Dante, um vigilante afrodescendente mascarado que atua na cidade de Los Angeles lutando contra o crime, representado principalmente pelo chefe do crime local Big X. Mayhem! teve vendas ruins e foi mal avaliado pela crítica, sendo o quadrinho de pior desempenho desta lista.


Brian Posehn - embora já tenha atuado em vários filmes - sempre em pequenas participações - imagino que você só reconhecerá Brian como o geólogo Bert no seriado The Big Bang Theory, seu mais famoso personagem em live-action (já que ele também deu vozes a vários personagens de animação). Porém, há um motivo muito especial para que ele encerre essa lista: Brian Posehn é de longe dentre os atores que citei quem mais escreveu obras em quadrinhos... afinal ele foi "o" escritor das revistas de Deadpool, da Marvel Comics, de 2012 a 2015. Foram 45 edições mensais, e mais a minissérie de 7 edições Deadpool: Dracula's Gauntlet. Você sabia disso? Deixe nos comentários se foi o caso!





PS: Já viu as outras curiosidades do Cinema Vírgula? É só clicar aqui!

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Top 10: os melhores seriados originais Netflix que já assisti - parte 2 (Edição 2022)


Meu Top 10 Netflix está de volta! Em maio de 2019, após eu ter assistido 25 seriados originais da famosa empresa de logotipo vermelho, optei por listar as 10 que mais gostei, e o resultado foi esse aqui (clique).

E agora, quase exatos 3 anos depois, acabo de completar mais 25 novos seriados originais assistidos, então segue um novo Top 10, considerando esta nova safra de assistidos (para saber quais foram os 25 seriados que vi e entraram nesta avaliação, é só olhar na imagem acima). Vamos a eles, do "menos bom" para o melhor":


10. Filmes Que Marcaram Época (3 temporadas)

Uma série de que traz de maneira muito bem humorada os bastidores da produção de filmes famosos de Hollywood. Cada episódio é um documentário completo com pouco mais de 30 min que conta a história de um único filme... como ele foi criado, suas dificuldades de produção e curiosidades. Até agora foram 16 episódios em 3 temporadas. Dentre os filmes mostrados tivemos Esqueceram de Mim, Os Caça-Fantasmas, De Volta Para o Futuro, Uma Linda Mulher, A Hora do Pesadelo, Robocop, etc. O que se pode aprender nessa divertida série é que mesmo para os grandes sucessos do cinema, SEMPRE temos uma correria absurda repleta de improviso e sorte.


9. Você Radical (1 temporada)

Você Radical foi a primeira experiência "pra valer" da Netflix de aventura interativa. Nesta série você acompanha Bear Grylls, britânico conhecido por apresentar o programa de sobrevivência À Prova de Tudo do canal Discovery. Em cada episódio Grylls é "abandonado" em algum lugar remoto diferente do planeta, e tem o desafio de chegar até um local de resgate programado. Ao longo do episódio você é obrigado a tomar várias decisões, escolhendo uma dentre duas opções, e muitas vezes sua escolha pode levar Bear a morte. Ainda que bem simples, para uma experiência interativa inicial considerei algo bem interessante e instrutivo. Tivemos apenas uma temporada, infelizmente, com 8 episódios bem curtos. Quem não conhece ainda, experimente, é bem rapidinho!


8. Losers (1 temporada)

Um excelente seriado sobre esporte e bastante injustiçado... certamente mereceria mais público e novas temporadas. Mais uma vez temos aqui uma série-documentário, e o nome Losers ("Perdedores") da série revela bastante sobre o que ela se trata... ou não. Explico: porque as pessoas retratadas aqui na verdade são famosas e venceram muitas vezes, porém apenas não atingiram o topo do mundo, ou falharam em algum momento crítico. Eu já comentei mais a respeito desta série nesta lista de "Melhores Documentários de Esporte". Clique nela para saber mais detalhes sobre Losers, vale a pena. 


7. A Máfia dos Tigres (2 temporadas)

Assisti apenas a primeira temporada de A Máfia dos Tigres e ela foi mais que suficiente não só para entrar nessa lista, como também para desejar não querer assistir a temporada seguinte. É porque esta série-documentário é insana demais, pro bem e pro mal. Nela conhecemos o mundo dos criadores de tigres nos EUA: são pessoas que criam e exibem estes gigantes felinos em pequenos zoológicos e outros tipos de eventos para ganhar dinheiro e prestígio. E ela não choca apenas pelos maus tratos aos animais, mas principalmente pelo nível de loucura de todos os humanos envolvidos. Há crime de todos os tipos, e comportamentos estranhíssimos de todos os tipos também. Para se ter uma idéia, a pessoa mais "sensata" dos entrevistados no documentário é um cuidador de animais que perdeu um braço para um tigre e encara o evento como se fosse algo totalmente comum, como se tivesse ido a um salão cortar o cabelo.


6. Criminal (5 temporadas somados 4 programas diferentes)

Eis outra produção que gostei tanto que já falei sobre ela antes aqui no Cinema Vírgula. Cada episódio (com cerca de 30 a 40 min cada) traz uma investigação policial de um caso diferente, com começo, meio e fim, e tudo isso se passando apenas dentro de uma sala de interrogatório. Da época que escrevi sobre Criminal pela primeira vez até o dia de hoje, acabei assistindo o Criminal: Espanha, que também aprovo; e agora só me falta o Criminal: França. Para quem quiser saber mais detalhes sobre esse excelente seriado de detetive repleto de atores famosos, só clicar aqui para ler o meu texto completo a respeito.


5. The Witcher (2 temporadas)

O seriado que é baseado em uma famosa franquia de Videogames que por sua vez é baseado em uma (longa) franquia de livros continua sendo uma das maiores apostas de catálogo da Netflix. Além do salário astronômico para sua maior estrela Henry Cavill (o atual ator dos filmes de Superman), e a futura 3ª temporada já confirmada, ainda existirão filmes e minisséries derivados. Se passando em um mundo medieval de fantasia, em The Witcher acompanhamos principalmente as aventuras de três personagens: Geralt de Rivia (Cavill) um "Bruxo" (classe de humanos modificada e aperfeiçoada fisicamente através de poções) que atua como caçador de monstros, a princesa Ciri de Cintra (Freya Allan) que por possuir poderes antigos é perseguida e cobiçada por vários Reinos e grupos, e Yennefer de Vengerberg (Anya Chalotra) uma feiticeira metade Elfa que se destaca perante seus pares pela inteligência e força de vontade.

A primeira temporada é boa, conta várias histórias curtas, mas é um pouco confusa e irregular já que se passa em três linhas temporais distintas, e não apresenta isso de maneira clara para o espectador. Já a segunda temporada é bem melhor, com apenas uma linha temporal e uma única grande história a ser contada. Desde que Game of Thrones acabou, The Witcher tem sido um bom substituto.


4. Mindhunter (2 temporadas)

Dentre todos os seriados que a Netflix começou e parou, Mindhunter foi o segundo "cancelamento" que mais me chateou (o primeiro foi Santa Clarita Diet, vencedor da minha lista anterior de TOP 10 Netflix).

Aqui temos uma série policial que mistura ficção e realidade, que se passa em 1977, e supostamente conta a história de como o FBI aprendeu (e criou um departamento para isso) a capturar assassinos em série. Além de contar com interessantes histórias pessoais para o trio principal de investigadores, a série também apresenta vários criminosos reais (interpretados por atores, claro), como por exemplo Edmund Kemper, David Berkowitz e Charles Manson. A "desculpa" para o encerramento de Mindhunter foi que o cineasta David Fincher - principal produtor e diretor da série - teve que se afastar para tocar outros projetos. Tanto Fincher quanto a Netflix falam em retomar a série daqui alguns anos... Tomara.


3. Arremesso Final (1 temporada)

Primeira minissérie desta lista, porém outro documentário esportivo, Arremesso Final repassa por toda a carreira de Michael Jordan, mas principalmente, traz tudo de bastidores do que aconteceu nos anos em que seu Chicago Bulls conseguiu ser 6 vezes campeão. Jordan nos revela seus "causos" sem se preocupar com a repercussão de suas falas, mas ao mesmo tempo, percebemos que suas histórias são bem, digamos... parciais. Ele se porta como Brás Cubas fez no Memórias Póstumas, de Machado de Assis. Obrigatório para todo fã de basquete, Arremesso Final acabou gerando várias polêmicas, e Scottie Pippen, um dos mais criticados por MJ no documentário, ainda hoje continua bem irritado com este documentário de seu ex-companheiro de time. É curioso ver que para se tornar a estrela máxima que foi, Jordan teve que abrir mão de ter amigos; e de maneira melancólica, vemos que isso ainda é realidade para ele em 2022. Querem saber mais? É só continuar lendo neste texto aqui, presente na mesma lista de documentários sobre esporte que citei antes (porém nela Arremesso Final ficou em 1º lugar).


2. Arcane: League of Legends (1 temporada)

Arcane é um desenho baseado na franquia de jogos para computador League of Legends, a qual aliás não conhecia absolutamente nada. E isso foi até bom, pois acabei tendo algumas surpresas ao longo da história que não teria se conhecesse o game. Mas em suma, tanto faz... não importa se seu conhecimento sobre League of Legends é 0 ou 100%, você vai admirar muito essa produção porque ela é excelente. Seus aspectos técnicos são acima da média (desenho, animação, música); porém o que é realmente especial em Arcane é sua história: temos aqui uma trama política que mistura ação e relacionamentos muito bem construída, e o melhor de tudo, que desenvolve seus personagens de maneira primorosa, quase perfeita. Arcane é muito, mas muito bom mesmo! Porém, vou fazer uma confissão a vocês: apesar de sua enorme qualidade, não irei assistir a segunda temporada, e por dois motivos. Primeiro porque esperava de Arcane um mundo com mais fantasia; e segundo que esperava que essa primeira temporada fosse uma história fechada... ela até encerra um "arco", mas está longe de encerrar o destino dos personagens.


1. O Gambito da Rainha
(1 temporada)

O que mais dizer do número um da minha lista que eu já não disse neste texto - e repleto de curiosidades - antes? Clique aqui para ler! O Gambito da Rainha leva a primeira posição pela enorme qualidade de roteiro e produção, além de conseguir agradar todos os tipos de gostos e público. E, claro, revela para todo o mundo o quão charmosa e talentosa Anya Taylor-Joy pode ser. Esta minissérie possui apenas 7 episódios e dá para assisti-la bem rapidamente. Se você ainda não a assistiu, faça esse favor a si mesmo e corra vê-la!




E aí? Quais séries vocês já assistiram dessa lista? Respondam nos comentários!

terça-feira, 5 de abril de 2022

Dupla Crítica Filmes Netflix - O Projeto Adam (2022) e A Bolha (2022)

Mais dois filmes lançados bem recentemente na Netflix cuja crítica trago aqui no Cinema Vírgula.  Ambos misturam ação, comédia e vários atores famosos. Mas serão idênticos também em qualidade? Leiam abaixo para descobrir a resposta!



O Projeto Adam
 (2022)
Diretor: Shawn Levy
Atores principais: Ryan Reynolds, Walker Scobell, Mark Ruffalo, Jennifer Garner, Catherine Keener, Zoe Saldaña, Alex Mallari Jr

Não vejo nada demais em Ryan Reynolds como ator, mas quando ele fez Deadpool em 2016 sua carreira mudou totalmente. Meio que misturando a vida real com a ficção, desde então Reynolds passou a fazer apenas filmes de ação misturado com comédia, e mais ainda, passou a entregar sempre produções bem divertidas. É uma fórmula que pelo jeito ainda renderá vários frutos e está longe de se desgastar. Por exemplo, ano passado ele lançou o bom Free Guy: Assumindo o Controle, e depois Alerta Vermelho, um filme bem meia boca, mas que ainda assim também diverte bastante. E 2022 começa com outra comédia de ação de Ryan, O Projeto Adam. Mais uma vez, diversão garantida.

A história de ficção científica e viagem no tempo começa em 2050, onde vemos Adam (Reynolds) voltando do futuro para 2022 em uma missão misteriosa. Mas algo dá errado e ele acaba precisando de sua versão de 12 anos (Walker Scobell) para completá-la. A história então "brinca" com a relação e traumas do Adam adolescente e adulto com eventos relacionados aos seus pais (interpretados por Mark Ruffalo e Jennifer Garner).

Ainda que não seja o foco de O Projeto Adam, o filme traz efeitos especiais bem interessantes e respeitáveis. Como disse antes, a história está mais interessada no relacionamento entre os personagens, e misturando drama com humor (e várias referências a cultura pop), resulta em uma produção que se não é brilhante nem original, pelo menos emociona e diverte.

Ah, e para quem não entendeu a piada (muito boa, aliás) da camiseta que tem uma foto do Nicolas Cage mas com o nome John Travolta embaixo, trata-se de uma referência ao bom filme de ação A Outra Face, de 1997. Nota: 7,0.



A Bolha
 (2022)
Diretor: Judd Apatow
Atores principaisKaren Gillan, Iris Apatow, Fred Armisen, Maria Bakalova, David Duchovny, Keegan-Michael Key, Leslie Mann, Kate McKinnon, Pedro Pascal, Guz Khan, Peter Serafinowicz

Filme que estreou mundialmente neste 1º de Abril, A Bolha é uma comédia com elenco numeroso, estrelando dezenas de atores e comediantes famosos, e como se isso já não bastasse a produção ainda acrescenta algumas participações especiais, como a dos atores James McAvoy, Daisy Ridley e John Cena, e o cantor Beck dentre outros.

Geralmente um filme não encontraria espaço para tanta gente na tela, e o problema deste A Bolha é justamente o contrário: ele dá minutos para todos. Portanto, para ter cenas de todos seus personagens, a produção é desnecessariamente longa, desconexa, e com graves problemas de ritmo.

Na história, a maior parte do elenco são atores de uma famosa franquia de ação, a fictícia "Feras do Abismo" e eles estão "presos" dentro de um estúdio durante a fase mais grave da pandemia de Covid-19 para gravar o sexto filme da série. A comédia faz piadas sobre como os atores são "mimados" e deslocados do mundo real, além de piadas sobre a indústria do entretenimento como um todo, e de eventuais absurdos no combate à pandemia.

E olha, algumas piadas são até engraçadas - dei algumas risadas - e o carisma do elenco ajuda. Porém temos muitas piadas e cenas praticamente idênticas repetidas o tempo todo à exaustão, o que faz de A Bolha algo que vai muito mais pro chato do que pro divertido. Uma pena, já que gosto de Karen Gillan e ela - que seria o mais próximo de uma protagonista deste filme - merecia algo de mais qualidade para demonstrar seu talento de atriz. Nota: 5,0.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Dupla Crítica Filmes Netflix - Sorte de Quem? (2022) e O Páramo (2021)

Bom dia, boa tarde, boa noite. Tudo bem? Trago mais duas críticas de filmes de dois lançamentos originais Netflix deste ano de 2022. O primeiro deles aliás é recente, estreou em terras brasileiras mês passado, em Março. Confiram!



Sorte de Quem? (2022)
Diretor: Charlie McDowell
Atores principais: Jason Segel, Lily Collins, Jesse Plemons, Omar Leyva

Mais um filme original Netflix que aposta em atores famosos para fazer sucesso, Sorte de Quem? é um drama policial que nos mostra um ladrão interpretado por Jason Segel furtando tranquilamente uma casa de férias de um rico casal interpretado por Jesse Plemons e Lily Collins. Porém, quando a dupla aparece de surpresa na casa e pega o personagem de Jason em flagra, ele acaba transformando o casal em reféns, e tudo começa a fugir rapidamente de controle.

A história começa interessante e com um clima mais de nonsense do que de drama ou violência. Entretanto, ao longo do tempo isto não muda, e temos muita repetição dramática na tela. Na verdade acabamos presenciando um filme de suspense que ao mesmo tempo é tão "anti-suspense" que a maior dúvida que o espectador tem enquanto o assiste é se teremos ou não alguma surpresa no final. Felizmente a surpresa é entregue, e de maneira condizente com o que o filme apresentou. Porém, muito pouco para "salvar" dezenas de minutos da trama que foram pura enrolação. Apenas a personagem de Lily Collins recebe um desenvolvimento interessante, assim como também é ela quem entrega a melhor atuação.

Sorte de Quem? até não é ruim, mas seria muito melhor se tivesse 30 minutos a menos e se Jason Segel tivesse uma atuação mais enérgica. Ah, e mais uma vez os tradutores do título do filme erraram feio... O título original "Windfall" é uma gíria para "grande quantidade de dinheiro recebido de maneira inesperada", e faz muito mais sentido aqui. Nota: 6,0.



O Páramo (2021)
Diretor: David Casademunt
Atores principaisInma Cuesta, Roberto Álamo, Asier Flores, Alejandra Howard

Filme espanhol de terror que mistura temas como o horror da guerra, terror sobrenatural, paranóia, e as consequências de alimentar seu medo interior. A história nos mostra a família do menino Diego (Asier Flores), que vive com seu pai (Roberto Álamo) e sua mãe (Inma Cuesta) no campo. A história se passa no século XIX, e a família mora isolada de tudo e todos para fugir de qualquer conflito armado.

Com ótima fotografia e com cenas de suspense muito bem construídas, O Páramo entretanto peca por não variar nas maneiras em que traz tensão e terror ao longo do filme. Por não se aprofundar muito nem na mitologia criada dentro do universo do filme, ou na história de seus personagens, O Páramo não tem uma história muito interessante para contar, e como resultado apesar da boa produção acaba sendo apenas mediano. Os maiores destaques ficam mesmo pela ambientação trazida e a atuação de Inma Cuesta. Nota 5,0.

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...