quinta-feira, 29 de maio de 2014

Todas as críticas do Cinema Vírgula em um só lugar!


Elementar, meu caro Watson. Em janeiro de 2012 iniciei minha saga como crítico de cinema ao postar minha análise sobre o filme Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras (2011). De lá para cá foram 84 críticas, sendo elas: 8 filmes de Nota 9; 16 filmes de Nota 8; 23 filmes de Nota 7; 27 filmes de Nota 6; 8 filmes de Nota 5; e 2 filmes de Nota 4.

Apesar do pedido de muitos, não havia um lugar onde se poderia visualizar todas minhas críticas em um lugar só. Sim, eu disse não havia, no passado. Pois agora este lugar mágico existe!

Ao entrar na página vocês notarão que eu aproveitei para classificar os filmes tanto em nota de 0 a 10 quanto em “estrelas” - de 1 a 5 estrelas. Com esta comparação agora fica mais fácil perceber que quando o Ivan dá nota 6,0 para um filme, ele não está sendo ranzinza. Nota 6,0 significa filme bom, pois é equivalente a 3 estrelas!

Sei também que minha página “com todos os filmes” irão gerar alguns questionamentos. Já me antecipo respondendo dois deles: Pergunta: Ivan, você nunca vai dar 10,0 para um filme? Resposta: até hoje não encontrei um filme “realmente perfeito”, mas assim que o encontrar, ele levará a nota máxima. Pergunta: Sua nota mais baixa é um 4,0, por que não há mais notas abaixo que isto? Resposta: isto não acontece por acaso, afinal, eu sempre assisto filmes que tenho esperança de serem bons. Desta maneira, filmes que são obviamente ruins são imediatamente descartados. Mesmo assim, é possível que um dia eu tenha o desprazer de assistir algo que darei nota inferior ao 4,0.

Mais ainda, além da inauguração desta espetacular página com todas as críticas, aproveitei para acrescentar algumas melhorias no site: agora ele contém, no canto direito, um campo de pesquisa e a opção de procurar artigos através de seu assunto. Espero que gostem!

Bem, chega de falatório e vamos à 8ª maravilha do mundo. O link da página é este aqui: http://cinemavirgula.blogspot.com.br/p/todas-as-criticas.html

Finalmente, me despeço pedindo um favor. Caso encontrarem algum errinho na página, ou alguma crítica faltando, me avisem! Grande abraço a todos e tenham bons filmes!

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Crítica – X-Men: Dias de um Futuro Esquecido (2014)

Título: X-Men: Dias de um Futuro Esquecido ("X-Men: Days of Future Past", EUA / Reino Unido, 2014)
Diretor: Bryan Singer
Atores principais: Hugh Jackman, James McAvoy, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence, Peter Dinklage, Patrick Stewart, Ian McKellen

Bom como filme. Decepcionante como franquia.

Em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido temos a volta da famosa equipe de mutantes. Ou melhor: equipeS. O filme reúne os atores/personagens da trilogia original (que começou em 2000 e terminou em 2006) com os atores/personagens em versão jovem (a versão X-Men: Primeira Classe, de 2011). Temos então em um mesmo filme as duas versões de Charles Xavier (James McAvoy e Patrick Stewart), as duas versões de Magneto (Michael Fassbender e Ian McKellen), as duas versões de Wolverine (opa! ... ambas são interpretadas pelo Hugh Jackman).

Baseada em um arco de história em quadrinhos de 1981 e que leva o mesmo nome, a trama se passa em 2023, onde encontramos os mutantes praticamente extintos; foram caçados e massacrados impiedosamente pelos “Sentinelas”: robôs virtualmente indestrutíveis, projetados para matar o homo superior. O que restou dos X-Men “velhos” tenta sua última tentativa de salvação: mandar Wolverine para o passado, para que ele consiga alterar o futuro.

Explico melhor: os X-Men do futuro identificaram o “acontecimento-chave” que os levou a tragédia: ao matar em 1973 o criador dos Sentinelas, o empresário Bolivar Trask (Peter Dinklage), a ação de Mística (Jennifer Lawrence) teve o efeito contrário ao esperado: ao invés de encerrar o desenvolvimento dos  robôs, a brutal morte convenceu o governo dos EUA a apoiar de vez o projeto. Voltar Wolverine em 50 anos no tempo, para que ele possa alertar os jovens Xavier e Magneto do que vai acontecer, é o plano para mudar a História.

A maior parte do filme, portanto, se passa no passado. E é curioso ver que nos cortes que transportam o telespectador para os anos 70, tanto trilha sonora quanto as cores do filme emulam esta década. Igualmente curioso é que este cuidado se perde rapidamente, e principalmente nas cenas de batalha (repleta de efeitos especiais), cores e trilhas “atuais” nos fazem esquecer que voltamos no tempo.

Há duas coisas realmente boas em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.Uma delas é a atuação do trio Hugh Jackman, James McAvoy e Michael Fassbender. Eles sustentam o filme todo, com méritos.

A segunda coisa é a primeira aparição do personagem Peter (Evan Peters), que futuramente receberá a alcunha de Mercúrio. Suas cenas são breves, entretanto, visualmente impressionantes e divertidíssimas.

Os efeitos especiais mais uma vez são muito bons e a trilha sonora também agrada.

Porém se há uma coisa que X-Men: Dias de um Futuro Esquecido peca, é por sua falta de originalidade. Por exemplo, a tal trilha que elogiei lembra os “baaaauums” de A Origem (2010). E parte das tais ótimas cenas de Mercúrio lembram bastante as cenas do mutante Noturno em X-Men 2 (2003): mais uma vez temos capangas armados espancados em um corredor. E não é coincidência: o diretor de ambos os filmes é o mesmo, Bryan Singer.

Mas é a base do (bom) roteiro que realmente incomoda pela repetição. Pela 4ª vez em 5 filmes X-Men temos uma ameaça criada por humanos que culmina no duelo entre Magneto (respondendo à ameaça atacando a humanidade) e Charles Xavier (defendendo os humanos). É claro que este antagonismo entre ambos é parte essencial da franquia, porém, a fórmula já se esgotou. Passou da hora de aparecerem novas ameaças, novos vilões.

Para os fãs, rever tantos atores queridos em um mesmo filme é um deleite. Igualmente gratificante é perceber os vários easter eggs ao longo da projeção (a "dica" de que Peter é filho de Magneto é um deles). Mas ao mesmo tempo, para os fãs, o que foi feito com a franquia é algo a se lamentar.

Para quem ainda não viu X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, pule os dois próximos parágrafos, pois ao explicar o porquê da franquia ter sido prejudicada, eu conto um trecho do final do filme.

Ao encerrar, o filme deixa muito claro que o que vimos em X-Men: O Filme, X-Men 2 e X-Men: o Confronto Final foi completamente apagado da história. Foi feito um completo reboot da franquia. É algo muito parecido com o reboot feito em Star Trek. Mas há uma grande diferença. Star Trek é uma franquia que começou na década de 60, cuja cronologia passou por 10 filmes e 726 episódios de TV. É evidente que neste caso o reboot é algo necessário: fazer um novo roteiro que não em entre em contradição com nada do que foi mostrado em mais de 50 anos é praticamente impossível.

Mas e no caso de X-Men? Oras... temos uma cronologia de apenas 3 filmes cujo início não completou nem 15 anos, e que justamente no recente 2011 trouxe um ótimo filme reboot (X-Men: Primeira Classe) que provou ser possível criar histórias sem contradizer em nada a trilogia original. Então, por que resolver apagar a história agora? Para mim é um grande desrespeito a todos que assistiram os filmes passados. E mais: note que em Star Trek o reboot cria universos paralelos (eles coexistem). Em X-Men é pior: a história é realmente deletada.

Se eu fosse analisar o filme de maneira isolada, ele levaria uma nota 7,0. Mas levando em conta o quanto ele repete dos filmes anteriores, e ao mal causado à franquia, sou obrigado a baixar minha avaliação. Perceba que temos sim que avaliar o filme como franquia, pois se alguém que não assistiu os 4 filmes anteriores resolver assistir X-Men: Dias de um Futuro Esquecido não vai entender nada. Nota: 6,0.

PS: o filme possui cena pós-créditos, mas não vale a pena esperar por ela. É uma cena bem curta, e nada mais que um pequeno teaser sobre o próximo filme mutante: X-Men: Apocalipse, que sairá em 2016.

domingo, 25 de maio de 2014

Apologia a Game of Thrones


Hoje não teremos o oitavo episódio da 4a temporada de Game of Thrones na TV. Seguindo a pausa que ocorrerá nos EUA, o aguardado episódio só será transmitido no próximo domingo, 1o de junho.

Para não se sentirem tão abandonados, resolvi reunir neste post alguns artigos interessantes sobre a série. É uma opção divertida para passar a noite de hoje.

Mas antes dos artigos, um aviso aos teimosos que ainda não acompanham o seriado. Saibam que no IMDB, a nota da série é de 9,5. O que significa isto? Basta dizer que o filme com a maior nota por lá, Um Sonho de Liberdade, tem nota 9,2. Ou seja: Game of Thrones é melhor que qualquer filme já feito! :P

Seguem os links para vocês conferirem:

E agora, os posts que comentei:

1) Você sabia que Robin Arryn é brasileiro?

2) Que tal 50 curiosidades sobre a série?

3) E aqui, imagens dos atores da série fora das telas. Alguns são bem diferentes na vida real.

Livros e seriado possuem várias diferenças. Os links abaixo comentam sobre elas. Nota: as matérias assumem que o leitor está "em dia" com a série, ou seja, tenha assistido todos os episódios até agora. Senão, muita coisa será spoiler.

4) Um resumão de algumas das principais diferenças.

5) 25 diferenças que "mudarão seu jeito de ver a série". Está em inglês, e na maioria do texto, compara cada personagem em suas versões de livro e tv.

6) E finalmente, outro texto em inglês, o mais longo de todos, e que aqui compara mais as diferenças de conceito entre livros e seriado.

E é isto. Esperam que curtam. E que venham os novos capítulos em junho!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Quatro filmes. Quatro parágrafos. Quatro notas.


Segue uma breve análise (e nota) de quatro filmes recentes cuja exibição perdi nos cinemas, mas que assisti nas últimas semanas para recuperar meu atraso cinéfilo.


Invocação do Mal ("The Conjuring", EUA, 2013)

Conto de terror baseado na história real dos “investigadores de fenômenos paranormais” Edward e Lorraine Warren. A produção é um pouco acima da média por trazer uma abordagem mais científica e sem apelar para sustos baratos. Boa fotografia, boa história, bom clima de suspense. Ironicamente, sua maior qualidade também age como sua maior fraqueza: sua crescente abordagem racional faz com que o filme perca um pouco da dramaticidade em seu desfecho.
Nota: 7,0


Ajuste de Contas ("Grudge Match", EUA, 2013)

Rocky Balboa versus Jake La Motta? Quase. Aqui, como boxeadores aposentados, Sylvester Stallone e Robert De Niro são respectivamente Henry “Razor” Sharp e Billy “The Kid” McDonnen. Chega ser irônico que ao mesmo tempo em que o filme faz várias boas piadinhas ironizando os clichês do gênero boxe, ele também se utiliza dos clichês sem nenhum constrangimento. Dentro do filme, o desfecho é satisfatório e também uma bela homenagem aos personagens. Fora dele, o mesmo sentimento não se aplica aos atores pois que o filme não acrescenta nada à filmografia de ambos. Uma curiosidade adicional: ver uma envelhecida Kim Basinger, agora com 60 anos, e há um bom tempo sumida dos filmes de maior expressão.
Nota: 5,0


Inside Llewyn Davis - Balada de Um Homem Comum ("Inside Llewyn Davis", EUA / França / Reino Unido, 2013)

No filme mais recente dos irmãos Coen, acompanhamos uma semana da vida do cantor de folk Llewyn Davis (personagem fictício, porém levemente baseado no cantor real Dave Van Ronk). Ele possui fama local e é talentoso, mas não consegue fazer a carreira decolar. O filme é “diferente” já que conta a história de um perdedor que em nenhum momento alcança redenção. Bela fotografia, ótima trilha sonora, mas não empolga tanto porque o desânimo do protagonista nos contagia. Entretanto, o filme vale a pena pela ambientação histórica, tanto de roteiro como em termos de música.
Nota: 6,0


Caçadores de Obras-Primas ("The Monuments Men", Alemanha / EUA, 2014)

Um elenco recheado de estrelas:  George Clooney, Matt Damon, Bill Murray, John Goodman, Jean Dujardin e Cate Blanchett dentre outros. Mas o filme não consegue desenvolver bem nenhum de seus personagens, nem se aproveitar do carisma dos atores, o que é uma façanha negativa. Na verdade, aqui a estrela é outra: as obras de arte roubadas pelos nazistas na 2ª guerra. Baseada em fatos reais, a História (disciplina) é bem mais interessante que a história (roteiro) e suficiente para agradar quem gosta de aprender sobre o passado.
Nota: 6,0

terça-feira, 20 de maio de 2014

Crítica - Godzilla (2014)

Título: Godzilla ("Godzilla", EUA / Japão, 2014)
Diretor: Gareth Edwards
Atores principais: Aaron Taylor-Johnson, Ken Watanabe, Bryan Cranston

Suficientemente bom para fazer sucesso no ocidente

Gojira (ou Godzilla) apareceu pela primeira vez em 1954 em um filme japonês de mesmo nome, do diretor Ishiro Honda. Criado como uma metáfora para a destruição da bomba atômica, o monstro gigante é sucesso absoluto na Terra do Sol Nascente. Até agora já foram criados 28 filmes do Godzilla no Japão.

Apesar de bastante conhecido por aqui, o lagartão nunca fez muito sucesso no ocidente. Pelo menos não através do cinema. Vários dos filmes japoneses nem chegaram as salas ocidentais. E para piorar, em 1998 os EUA produziram sua versão hollywoodiana de Godzilla. Um filme fraquíssimo. Elogios mesmo apenas os desenhos animados - uma versão da Hanna-Barbera de 1978, e uma versão mais recente, do filme de 98.

Em sua segunda tentativa, os estadunidenses acertaram a mão. O Godzilla de 2014 é bom o suficiente para fazer sucesso no atlântico. Dirigido pelo desconhecido diretor inglês Gareth Edwards e sob produção da Legendary Pictures a história segue o enredo padrão de filmes de monstros/alienígenas/desastres: acompanhamos a história sob o ponto de vista dos humanos, ou mais ainda, de uma família.

O filme começa bem, com cenas em um reator nuclear ha 15 anos atrás. Lá vemos Joe Brody (Bryan Cranston - de Breaking Bad) e sua esposa Sandra (Juliette Binoche) em seu primeiro contato com algo "grande e fora do normal". A tensão e as cenas de destruição são bem feitas. Já de volta ao tempo atual, os personagens de Cranston e Binoche são colocados de lado e passamos então a ter a perspectiva do filho do casal, Ford Brody (Aaron Taylor-Johnson - assustadoramente "bombado" em comparação ao magrelo que era nos filmes de Kick-Ass) e de sua esposa Elle (Elizabeth Olsen). É aí que o filme falha.

Mal desenvolvidos, e sem carisma, vemos os personagens Ford e Elle passando por situações de perigo e sequer nos importamos. O filme não consegue transmitir o sentimento de tensão do casal. Apesar dos efeitos especiais serem bons, e as destruições em escala assustadoramente grandes, parece que a dupla jamais será atingida. Talvez porque são catástrofes "limpas": são raras as imagens de alguém morrendo, e ninguém aparece sofrendo ou machucado. Ou talvez porque os monstros sejam tão onipotentes (até a década de 80 Godzilla era mostrado com 50m de altura e aqui aparece com 110m), não parece fazer muita diferença o que os humanos podem fazer ao longo da história.

Se você prestou bem atenção no parágrafo acima, eu falei monstros... no plural. Sim. Além de Godzilla, há dois insetos igualmente gigantes, denominados M.O.T.O. (sigla para Massive Unidentified Terrestrial Organism). Se na parte humana o filme fracassa, na parte dos monstros o filme empolga. É verdade que os insetos não são lá muito legais. Mas já o Godzilla... é um espetáculo a parte. Me desculpem todos os robôs e monstros que apareceram em Círculo de Fogo (2013), mas nenhum deles é tão bacana e fodástico quanto este Godzilla de 2014. As cenas com o lagartão só possuem um defeito: são muito curtas. As lutas são bem legais, mas poderiam durar mais. Sem nenhuma dúvida este bom filme seria melhor se Godzilla fosse "realmente" o protagonista, e não um "quase coadjuvante".

Tecnicamente, os efeitos visuais são bons e bastante variados, com tomadas no ar alternadas com tomadas na terra, cenas em cidades, florestas e mar; filmagens em primeira pessoa alternadas com filmagens à longa distância. A trilha sonora é burocrática, mas já o roteiro - pelo menos sua premissa básica - me agradou apesar de alguns furos: o fato de misturar incidentes reais históricos com a mitologia de Godzilla foi uma boa sacada.

Em resumo, se seu objetivo for assistir um filme mostrando o drama humano diante de dificuldades e catástrofes, esqueça. Este Godzilla não é seu filme. Mas se seu objetivo for ver monstros gigantes, o filme irá te agradar e te fazer lamentar apenas uma coisa: o personagem-título poderia aparecer mais.

Muito superior ao filme de 1998, o Godzilla 2014 não é perfeito, mas repito que é bom o suficiente para agradar e fazer sucesso no ocidente. E os primeiros números não desmentem: arrecadando US$ 93 milhões só nos EUA em seus 3 primeiros dias de exibição, o filme já é a 2ª melhor estréia do ano, só perdendo para Capitão América 2. Nota: 7,0 6,0.

Atualização em 28/05: após alguns dias refletindo, acho que exagerei na nota. O filme é bom, mas não chega ao 7,0. Portanto, atualizado para 6,0.

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...