Mais uma vez, duas críticas em um mesmo post. Agora, Pedro Almodóvar "versus" Woody Allen. Quem será que leva a melhor neste ano?
Diretor: Pedro Almodóvar
Atores principais: Emma Suárez, Adriana Ugarte, Rossy de Palma, Daniel Grao, Darío Grandinetti
Como o título do filme não esconde, a personagem principal do novo filme de Almodóvar é Julieta (Emma Suárez), uma mulher de meia idade que mora em Madri em aparente felicidade. Então, basta uma repentina lembrança da filha que não vê há 12 anos para seu mundo desabar. Desesperada por entrar em contato, Julieta resolve escrever uma carta e contar alguns "segredos", É quando voltamos no passado e acompanhamos as aventuras de uma jovem Julieta (interpretada por Adriana Ugarte) antes mesmo da filha nascer.
Julieta não é uma das maiores obras de Almodóvar, mas ainda assim bastante interessante, principalmente pela diversidade de assuntos. De maneira tocante o fio narrativo é conduzido por caminhos algumas vezes inesperados e aborda sentimentos como a solidão, depressão, obsessão, perda de pessoas queridas, culpa feminina e culpa católica. Não posso dar muitos outros detalhes sem estragar as surpresas do filme. Somado ao bom roteiro, o que me impressionou bastante foram as duas atrizes que interpretam a protagonista. Não somente pela ótima atuação, mas também pela beleza de ambas, principalmente de Adriana Ugarte, que me lembrou uma jovem Sharon Stone.
Julieta talvez não seja um filme tão fácil para assistir já que é bastante dramático e depressivo. Ainda assim, é louvável a maneira sutil e orgânica em que o diretor espanhol conduz seus comentários sobre tantos aspectos da vida. Bastante admirável. Nota: 7,0
Julieta não é uma das maiores obras de Almodóvar, mas ainda assim bastante interessante, principalmente pela diversidade de assuntos. De maneira tocante o fio narrativo é conduzido por caminhos algumas vezes inesperados e aborda sentimentos como a solidão, depressão, obsessão, perda de pessoas queridas, culpa feminina e culpa católica. Não posso dar muitos outros detalhes sem estragar as surpresas do filme. Somado ao bom roteiro, o que me impressionou bastante foram as duas atrizes que interpretam a protagonista. Não somente pela ótima atuação, mas também pela beleza de ambas, principalmente de Adriana Ugarte, que me lembrou uma jovem Sharon Stone.
Julieta talvez não seja um filme tão fácil para assistir já que é bastante dramático e depressivo. Ainda assim, é louvável a maneira sutil e orgânica em que o diretor espanhol conduz seus comentários sobre tantos aspectos da vida. Bastante admirável. Nota: 7,0
Diretor: Woody Allen
Atores principais: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Steve Carell, Blake Lively, Corey Stoll, Sari Lennick
Repetindo o que fez algumas vezes nos últimos anos, Woody Allen retorna com um filme homenageando o começo do século XX; no caso deste Café Society, os anos 30 nos EUA. Não apenas temos uma ambientação que remete ao passado, como também a percebemos nos personagens (bastante ingênuos e caricatos) e trilha sonora (geralmente instrumental e muito repetitiva).
O veterano cineasta entrega um roteiro com diálogos muito interessantes, repletos de um humor irônico e sarcástico - marca característica de Allen - mas que eu não via com tanta intensidade já há um bom tempo. Basicamente a história é uma comédia de erros que nos apresenta o triangulo amoroso entre a jovem Vonnie (Kristen Stewart), o tio rico Phil (Steve Carell) e o sobrinho pobre Bobby (Jesse Eisenberg).
Se os diálogos são bons, os personagens principais não convencem tanto. Woody Allen falha em fazer que o espectador sinta empatia por seus heróis; e parte deste sentimento é reforçado pela falta de carisma de Jesse Eisenberg e Kristen Stewart.
Longe de ser um trabalho memorável deste incansável diretor-roteirista de 80 anos, Café Society é um filme que agrada e diverte mas não chega a empolgar. Nota: 6,0
O veterano cineasta entrega um roteiro com diálogos muito interessantes, repletos de um humor irônico e sarcástico - marca característica de Allen - mas que eu não via com tanta intensidade já há um bom tempo. Basicamente a história é uma comédia de erros que nos apresenta o triangulo amoroso entre a jovem Vonnie (Kristen Stewart), o tio rico Phil (Steve Carell) e o sobrinho pobre Bobby (Jesse Eisenberg).
Se os diálogos são bons, os personagens principais não convencem tanto. Woody Allen falha em fazer que o espectador sinta empatia por seus heróis; e parte deste sentimento é reforçado pela falta de carisma de Jesse Eisenberg e Kristen Stewart.
Longe de ser um trabalho memorável deste incansável diretor-roteirista de 80 anos, Café Society é um filme que agrada e diverte mas não chega a empolgar. Nota: 6,0