Diretor: Steven Spielberg
Atores principais: Tom Hanks, Mark Rylance, Alan Alda, Amy Ryan, Scott Shepherd
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=I-G9WsuVv-A
Nota: 7,0
Nota: 7,0
Outro bom filme histórico entregue por Spielberg
Steven Spielberg retorna ao assunto guerra, porém de maneira menos explícita. Saem as batalhas e a violência e entramos no mundo de espiões na Guerra Fria no final dos anos 50 / início dos anos 60. Na história de Ponte dos Espiões, um velho espião russo de nome Rudolf Abel é capturado agindo em solo estadunidense. Ele vai a julgamento, e para defendê-lo é convocado o advogado James B. Donovan (Tom Hanks). Posteriormente, Rudolf é sugerido como moeda de troca por um espião americano capturado na União Soviética, e Donovan parte para a Alemanha participar das negociações.
O filme se divide então em duas partes bem distintas, e igualmente interessantes. Na primeira, temos um filme de tribunal. Porém, longe de enfadonhos debates jurídicos, este ato é contado sobre o ponto de vista cotidiano de Donovan. Mais ainda, é a luta de um indivíduo honesto contra toda uma sociedade preconceituosa. Uma boa e corajosa maneira de vender o american way of life fazendo auto-críticas e sem exagerar no patriotismo.
Na segunda parte, a tensão aumenta bastante, e aí temos a jornada de James agindo literalmente sozinho em Berlim, justamente no mesmo momento em que o Muro está sendo construído.
Se você gosta de História e espiões, certamente vai gostar bastante de Ponte dos Espiões. O fato de se basear em fatos reais, ter diálogos inteligentes e bastante bem humorados (roteiro dos irmãos Coen), contar com ótimas atuações e personagens de Tom Hanks e Mark Rylance; tudo isto é bastante agradável.
Ponte dos Espiões é, portanto, um bom filme. Mas poderia ser melhor se Spielberg não fosse tão piegas e tão exagerado. Exemplos? Nos discursos mais bonitos de Donovan, textos bastante inspirados, eis que surge aquela trilha sonora altíssima "épica" dizendo para o espectador burro que agora é momento de se emocionar. Em uma bela tomada em que se percorre o muro de Berlim sendo montado tijolo a tijolo e separando instantaneamente famílias e amigos, na sequencia vem uma cena de "como os soldados alemães são maus". Ou ainda, um desfecho de final feliz não basta para o diretor americano. São dois. Um mais piegas que o outro.
Ponte dos Espiões é mais um bom filme entregue por Spielberg, feito para agradar qualquer tipo de público adulto. Porém mais uma vez o diretor perdeu a chance de fazer um filme marcante. Desde 2005, com seu Guerra dos Mundos, todos os seus filmes (com exceção de Munique, também de 2005), possui exatamente os mesmos problemas que apontei no parágrafo anterior. É por isto que Steven não entrou na minha lista de Diretores Preferidos da Atualidade e continuará não entrando. Nota: 7,0
PS: na foto deste post vemos Steven Spielberg, Angela Merkel e Tom Hanks na frente da ponte-título do filme.
O filme se divide então em duas partes bem distintas, e igualmente interessantes. Na primeira, temos um filme de tribunal. Porém, longe de enfadonhos debates jurídicos, este ato é contado sobre o ponto de vista cotidiano de Donovan. Mais ainda, é a luta de um indivíduo honesto contra toda uma sociedade preconceituosa. Uma boa e corajosa maneira de vender o american way of life fazendo auto-críticas e sem exagerar no patriotismo.
Na segunda parte, a tensão aumenta bastante, e aí temos a jornada de James agindo literalmente sozinho em Berlim, justamente no mesmo momento em que o Muro está sendo construído.
Se você gosta de História e espiões, certamente vai gostar bastante de Ponte dos Espiões. O fato de se basear em fatos reais, ter diálogos inteligentes e bastante bem humorados (roteiro dos irmãos Coen), contar com ótimas atuações e personagens de Tom Hanks e Mark Rylance; tudo isto é bastante agradável.
Ponte dos Espiões é, portanto, um bom filme. Mas poderia ser melhor se Spielberg não fosse tão piegas e tão exagerado. Exemplos? Nos discursos mais bonitos de Donovan, textos bastante inspirados, eis que surge aquela trilha sonora altíssima "épica" dizendo para o espectador burro que agora é momento de se emocionar. Em uma bela tomada em que se percorre o muro de Berlim sendo montado tijolo a tijolo e separando instantaneamente famílias e amigos, na sequencia vem uma cena de "como os soldados alemães são maus". Ou ainda, um desfecho de final feliz não basta para o diretor americano. São dois. Um mais piegas que o outro.
Ponte dos Espiões é mais um bom filme entregue por Spielberg, feito para agradar qualquer tipo de público adulto. Porém mais uma vez o diretor perdeu a chance de fazer um filme marcante. Desde 2005, com seu Guerra dos Mundos, todos os seus filmes (com exceção de Munique, também de 2005), possui exatamente os mesmos problemas que apontei no parágrafo anterior. É por isto que Steven não entrou na minha lista de Diretores Preferidos da Atualidade e continuará não entrando. Nota: 7,0
PS: na foto deste post vemos Steven Spielberg, Angela Merkel e Tom Hanks na frente da ponte-título do filme.