segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Conheça Cowboy Bebop: um dos melhores Animes de todos os tempos, e cujo inédito seriado live action estréia na Netflix nesta sexta-feira dia 19!

Qual o melhor Anime dos anos 90? Em geral, as pessoas vão pensar em Dragon Ball ZYu Yu HakushoSamurai XPokémon, ou até Cavaleiros do Zodíaco (este último um equívoco, já que mesmo sendo exibido por aqui na década de 90, ele é dos anos 80).

Porém, embora todos os títulos acima sejam bons, algo que sempre falo é que os dois melhores Animes dos anos 90 - e disparado - são os menos conhecidos Neon Genesis Evangelion e Cowboy Bebop. São dois clássicos obrigatórios, que também se incluem entre os melhores Animes de todos os tempos, e só "perdoo" quem ainda não os conhece pois ambos títulos só chegaram no Brasil via TV por assinatura... e tardiamente... nos começo dos anos 2000.

Sobre Evangelion, sua versão original está disponível na Netflix e eu já o apresentei para vocês no Cinema Vírgula (leia aqui e relembre). Agora, chegou a vez de falar sobre Cowboy Bebop.


Cowboy Bebop: o Anime

Cowboy Bebop é uma animação japonesa de temporada única, de 26 episódios, exibida entre 1998 e 1999. Em 2001 os fãs ganharam um longa metragem, também em animação, que cronologicamente se passa entre os episódios 22 e 23 da série. O gênero da produção é considerado um "faroeste espacial". Na trama, que se passa em 2071, acompanhamos a tripulação da nave Bebop, todos caçadores de recompensa, em suas aventuras para capturar criminosos espalhados por todo o Sistema Solar. Sim, na mitologia deste anime a humanidade já colonizou quase todos os planetas do nosso sistema estrelar natal.

Da esq. para a dir.: Jet, Spike, Faye, Ed e o mascote Ein.

Vamos conhecer os 4 protagonistas da série?

Spike Spiegel: um rapaz calado, alto e magro de 27 anos, que costuma se comportar como um cavalheiro e evitar confusões, porém tem seu passado ligado à máfia. Também é muito bom lutador de artes marciais, e é o mais próximo de ser o personagem principal da série.

Jet Black: ex-policial, é o único do grupo que se comporta com certa maturidade e responsabilidade... é como se fosse o "velho" da equipe, embora tenha apenas alguns poucos anos a mais que Spike. É também o "faz-tudo" do time, responsável pela alimentação e manutenção da nave. Musculoso, também possui um braço mecânico, o que lhe dá ainda mais força.

Faye Valentine: bonita, inteligente, mas também intempestiva e de temperamento difícil, Faye não apenas vive como caçadora de recompensa mas aproveita o mundo masculino onde vive para aplicar golpes. Excelente pilota de aeronaves e atiradora, ela não se incomoda nem teme passar pelas mais perigosas e impossíveis aventuras.

Ed: adolescente prodígio, Ed têm 13 anos e é um dos hackers mais famosos da Terra, de codinome "Radical Edward". O personagem funciona principalmente para trazer alívio cômico à série, e está aparentemente sempre desconectado da realidade; ao mesmo tempo, vive acompanhado do cachorro-gênio Ein, cuja extensão real de sua inteligência é um mistério.


Por que Cowboy Bebop é tão bom?

Cowboy Bebop é uma verdadeira obra de arte. Essa afirmação não é um exagero, e os motivos para ela são vários. Primeiro, vamos citar a animação em si: seu visual, movimentação e enquadramento são diferentes do que se costuma ver em desenhos japoneses... além de trazer um realismo e seriedade não muito comum em animes. Merecidamente, pela sua parte gráfica, Cowboy Bebop ganhou diversos prêmios.

Outra qualidade de Cowboy Bebop é seu o universo futurista: seu ambiente mistura principalmente ficção científica com filmes noir, mas ele também ele mistura vários outros temas presentes na cultura do século XX, como máfia, faroeste, artes marciais, robôs, tradições milenares, etc., e os adapta para um 2071 de maneira bastante convincente... vemos um futuro que é ao mesmo tempo crível e reconhecível para qualquer um.

Cowboy Bebop também tem como grande destaque seus personagens. Cada um dos quatro protagonistas possui uma história pessoal muito triste e melancólica... o que reflete bastante no clima da série, deixando-a também mais reflexiva e filosófica. Debates sobre a violência, solidão, e como as ações passadas de um indivíduo impactam seu futuro são frequentes.

Só que não temos apenas os "heróis" como grande personagens. O anime traz vilões bem marcantes: sejam eles os vilões "menores", que são o "alvo" da trupe de caçadores em um único episódio (e que chamam bastante a atenção por serem totalmente surtados e diferentes em estilo e personalidade em relação uns aos outros), como também em relação aos antagonistas "principais" e recorrentes da trama, carismáticos e longe de serem personagens rasos.

O "pai" dos animes Cowboy Bebop and Samurai Champloo. Continue lendo para saber seu nome

Agora, se tudo o que disse acima já é maravilhoso, o ápice de Cowboy Bebop é sua música. Não é a toa, portanto, que um tipo de música (Bebop é um estilo de Jazz) esteja presente no título do Anime. Para compor a trilha sonora desta produção, foi criada a banda Seatbelts, liderada pela compositora e instrumentalista Yoko Kanno. As composições originais da banda, tocadas ao longo dos 26 episódios, foram tantas que geraram material suficiente para completar 7 CDs.

Assim como seu universo visual, as músicas de Cowboy Bebop são uma junção de diversos estilos que ao mesmo tempo homenageiam o passado. A maior parte das músicas são Jazz, e algumas delas são re-imaginações de antigas músicas Clássicas e Pop para este estilo. Dentre o repertório de Cowboy Bebop via banda Seatbelts também temos músicas de Rock, Eletrônica, Blues e até J-Pop.

E a declaração de amor de Cowboy Bebop para a Música vai além da trilha sonora: ao longo do seriado temos várias referências a obras musicais e artistas de vários países, ainda que na maioria estadunidenses. Mas nem o Brasil ficou de fora! Por exemplo, temos 3 coadjuvantes veteranos aos quais Spike ocasionalmente encontra para conversar, e eles se chamam Antônio, Carlos e Jobim, em clara homenagem ao nosso saudoso compositor Tom Jobim. Outro exemplo bem claro de homenagens são os nomes dos episódios, que dentro da obra não são denominados de capítulos, e sim de "sessões". Todos eles se referem a um termo musical, ou então, a uma música em específico. Por exemplo, a "Sessão 6" se chama "Sympathy for the Devil" (música dos Rolling Stones), e a "Sessão 14" se chama "Bohemian Rhapsody" (música do Queen).

Concluindo, Cowboy Bebop é uma obra praticamente perfeita, unindo de maneira incrível som, imagem e roteiro em uma aula suprema de narrativa. E se tivermos que apontar um único "culpado" para esta harmonia impar, ele terá que ser o cidadão da foto anterior, Shinichirō Watanabe, produtor da série e diretor de todos os episódios. 

Gostou de que leu? Saiba que o anime completo JÁ está disponível para ser visto na Netflix desde o começo do mês. Bora conhecer!!


Cowboy Bebop: a nova série da Netflix

Neste dia 19, sexta-feira, a série live-action de Cowboy Bebop fará sua estréia mundial na Netflix. A primeira temporada contará com 10 episódios e planeja recontar a história do anime original. Tenho minhas dúvidas se estes episódios serão suficientes para cobrir os 26 capítulos do desenho de 1998... sinceramente acho que não... o que nos levaria a novas temporadas. Mas a resposta mesmo vamos ter daqui alguns dias.

Da esq. para dir., os atores Daniella Pineda, John Cho e Mustafa Shakir

O maior nome do elenco de Cowboy Bebop é John Cho, que já atuou literalmente em dezenas de filmes de Hollywood. Aparentemente o personagem Ed não estará presente no seriado... porém o cachorro Ein está confirmadíssimo!

Até hoje não vi uma única adaptação live-action de anime feita por americanos que mereça elogios. Eu assisti o teaser da série e o odiei (veja aqui): em nenhum momento senti estar ambientado no futuro. Porém, depois assisti o trailer (veja aqui) e gostei... comecei a ter um pouco de esperança. Pelo menos em ambos os casos, tanto no teaser quanto no trailer, vemos os atores sendo filmados com os mesmos ângulos e movimentos "estranhos" da obra original, e já podemos nos deleitar com a trilha sonora da banda Seatbelts, a mesma que tanto contribuiu para fazer Cowboy Bebop ser a Obra Prima que é.

Curiosamente, uma das poucas críticas para o Cowboy Bebop original que sobreviveram até hoje é o fato dele ser "estadunidense demais", deixando a cultura japonesa de lado. Então, ironicamente, talvez por isso esta obra é que tenha a maior chance de ser a primeira adaptação decente de anime feita pelo ocidente. Vamos torcer!


Mais algumas imagens do universo de Cowboy Bebop para vocês conhecerem e passar vontade

E aproveite para escrever nos comentários se você gostou da matéria e quer conhecer mais sobre esta franquia ;)

A famosa nave Bebop, casa dos 4 protagonistas

Spike pilotando seu caça

O design da nave de Faye lembra Star Wars e Robocop

Epa, parece que Ed não vai se sair bem dessa...

Antônio, Carlos e Jobim batendo seu papo de sempre antes de encontrarem com Spike

Eu disse que os vilões possuem visual e personalidade bem distintas né? Bem, vejam 2 deles e tirem suas próprias conclusões...

sábado, 13 de novembro de 2021

Crítica Netflix - Alerta Vermelho (2021)

Título: Alerta Vermelho ("Red Notice", EUA, 2021)
Diretor: Rawson Marshall Thurber
Atores principais: Dwayne Johnson, Ryan Reynolds, Gal Gadot, Ritu Arya, Chris Diamantopoulos
Nota: 6,0

Apesar de ser uma enorme salada, o filme mais caro da Netflix é divertido

Alerta Vermelho (Red Notice no original) já chamou atenção antes do início das filmagens, quando em 2019 a Netflix comprou os direitos de distribuição do filme da Universal Pictures, e já tinha sob contrato o trio de estrelas Dwayne Johnson, Ryan Reynolds e Gal Gadot. O motivo da produção ter alcançado as manchetes naquele momento é porque se tratava do maior orçamento da Netflix para um filme em todos os tempos: cerca de US$ 200 milhões.

A história, que junta bastante ação e comédia, e basicamente um longo jogo de gato e rato repleto de reviravoltas entre os agentes Hartley do FBI (Dwayne "The Rock" Johnson) e Das da Interpol (Ritu Arya) contra os mundialmente famosos ladrões de obras de arte Nolan Booth (Ryan Reynolds) e "O Bispo" (Gal Gadot). No final das contas, o roteiro é uma gigantesca salada, misturando clichês de filmes como Onze Homens e um Segredo, James Bond e Indiana Jones. Mas se o roteiro é bem genérico e de qualidade duvidosa, o filme diverte e me fez rir em vários momentos.

Alerta Vermelho tenta aproveitar as qualidades do seu trio de estrelas ao máximo, e então temos Ryan Reynolds fazendo piadas o tempo todo, Gal Gadot charmosíssima e maravilhosa como sempre, e The Rock... bem, a ele sobrou o papel de ser o "escada" das piadas de Ryan, pois apesar do filme ter várias - e boas - cenas de ação, poucas são de luta corpo a corpo, e portanto, ele não aproveita muito seus músculos.

Não me arrependi em nada de ter assistido Alerta Vermelho, mas por outro lado assim que o filme terminou eu me perguntei como esta produção pode ter custado tanto, já que não tem (e nem teria porquê ter) nenhuma cena muito grandiosa, épica. Bem... é verdade que o filme foi filmado em várias localidades diferentes, o design de produção é belíssimo e luxuoso... mas ainda assim não justifica tanto valor. Algo que justifica bem mais (mas ainda assim não tudo), é o absurdo salário recebido pelo trio de atores principais: para fazer Alerta Vermelho, Dwayne Johnson, Ryan Reynolds e Gal Gadot receberam a bagatela de US$ 20 milhões CADA UM!!

Alerta Vermelho certamente vai agradar quem curte filmes de ação com humor; porém não agradou em nada a crítica especializada. Resta saber se vai agradar a Netflix, no sentido dela recuperar o dinheiro investido. Acho difícil. Nota: 6,0


PS: tudo isso dos 3 Ovos de Cleópatra é 100% ficção. Não existe absolutamente nada nem perto disso na vida real, para decepção de quem - como eu - curte História de verdade.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Duna está chegando no Brasil. Fique por dentro de tudo e entenda porque ele é o Senhor dos Anéis da Ficção Científica!

Se me perguntassem que filme eu aguardava mais ansiosamente para 2021, Duna sempre esteve no mínimo em meu Top 3. Pra começar devido seu diretor, o canadense Denis Villeneuve, que está entre meus favoritos da atualidade e tenho elogiado constantemente seus filmes por aqui (Os Suspeitos, O Homem Duplicado, Sicario: Terra de Ninguém, A Chegada, Blade Runner 2049). Mas principalmente... por se tratar de Duna!

E para quem não sabe o que é Duna, farei um paralelo desta obra com o hoje amplamente conhecido O Senhor dos Anéis.


A saga de O Senhor dos Anéis é uma série de livros de fantasia escrita pelo britânico J. R. R. Tolkien e publicada na década de 50. Fez grande sucesso entre leitores da língua inglesa, teve boas vendas mundialmente, mas não foi tão popular aqui no Brasil. Elogiadíssima por publico e crítica, a obra definiu e influenciou seu gênero a partir de então.

Por ser uma obra longa e densa, misturando muitos personagens e um universo próprio de rica mitologia, o livro sempre foi considerado inadaptável para o Cinema. Isso não impediu as pessoas tentarem, claro... a primeira tentativa foi em 1978, com a animação de nome O Senhor dos Anéis, e que teve retorno apenas mediano de crítica e público (ver imagem ao lado).

Mas em 2001, e com centenas de milhares de dólares investidos, Hollywood se une a Peter Jackson e muda tudo ao lançar O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel. A partir de então, com esta verdadeira obra prima, a saga de J. R. R. Tolkien passa a ser verdadeiramente conhecida pelo mundo todo (literalmente), indo além do nicho de leitores de fantasia, e também fazendo parte do conhecimento popular de nós, brasileiros.


Já a saga de Duna é uma série de livros de ficção científica do escritor americano Frank Herbert e publicada na década de 60. Fez grande sucesso entre leitores da língua inglesa, teve boas vendas mundialmente, mas não foi tão popular aqui no Brasil. Elogiadíssima por publico e crítica, a obra definiu e influenciou seu gênero a partir de então.

Por ser uma obra longa e densa, misturando muitos personagens e um universo próprio de rica mitologia, o livro sempre foi considerado inadaptável para o Cinema. Isso não impediu as pessoas tentarem, claro... a primeira tentativa foi em 1984, filme de David Lynch de nome Duna, e que teve retorno apenas mediano de crítica e público (ver imagem ao lado).

Mas em 2021, com centenas de milhares de dólares investidos, Hollywood se une a Denis Villeneuve e lança o filme Duna. Será que eles também irão mudar tudo? E transformar Duna no novo Senhor dos Anéis? É o que veremos nos próximos meses.


Sobre a série de livros

Duna teve 6 livros escritos por Frank Herbert, sendo o primeiro destes publicado em 1965, e o último em 1985. Mas desde 1999, Brian Herbert (filho de Frank) e em parceria com Kevin J. Anderson, vêm escrevendo e publicando novos livros da série, quase um livro novo por ano. A qualidade dos livros, e se eles seguem ou não a tradição iniciada por Frank são alvo de constante debate entre os fãs.


Sobre o filme Duna que será lançado no Brasil em 21 de Outubro

O filme já estreou na Europa neste mês de Setembro e têm recebido boas críticas, embora mais pela parte técnica do que pela história em si. Este Duna pega o primeiro livro e o divide em duas partes, ou seja, ao assisti-lo você vai ter sim que esperar pela continuação...

... que já está sendo planejada, e com filmagens previstas para começar em 2022. Ainda assim, a produção vai depender de boa bilheteria para de fato acontecer. Entretanto, se tudo der certo, o diretor Dennis Villeneuve faria também um terceiro filme, que contemplaria o segundo livro (de nome O Messias de Duna) e fecharia sua "trilogia" inicial.

A produção traz vários atores bastante conhecidos, como por exemplo: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Zendaya, Jason Momoa e Javier Bardem.

Como dito acima, Duna chega nos cinemas Brasileiros no dia 21 de Outubro, um dia antes da estreia nos EUA. Porém, nos EUA o filme estreará simultaneamente no HBO Max. No Brasil, teremos que esperar por mais 35 dias para isto acontecer. Quer ver o trailer de Duna? Clique aqui!


E vêm série prequel por aí!

Se o segundo filme ainda não está 100% garantido, uma série derivada está. Com o nome Dune: The Sisterhood, esta misteriosa série exclusiva da HBO Max já foi confirmada e contará eventos ocorridos antes do primeiro filme.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Crítica - O Esquadrão Suicida (2021)

Título: O Esquadrão Suicida ("The Suicide Squad", Canadá / EUA / Reino Unido, 2021)
Diretor: James Gunn
Atores principais: Margot Robbie, Idris Elba, John Cena, Joel Kinnaman, Sylvester Stallone (vozes), Viola Davis, David Dastmalchian, Daniela Melchior, Michael Rooker, Jai Courtney, Peter Capaldi, Alice Braga
Nota: 7,0

James Gunn é de fato bom no que faz

Cerca de um mês e meio após estrear nos cinemas brasileiros, chega também para o HBO Max o filme O Esquadrão Suicida, continuação (com uma história totalmente independente) e reboot do péssimo Esquadrão Suicida de 2016.

Além da presença do artigo "O" no título, há uma diferença fundamental entre as duas obras, a presença (agora) do diretor James Gunn (de Guardiões da Galáxia e Guardiões da Galáxia Vol. 2).

Neste novo Esquadrão Suicida, James Gunn não nos deixa esquecer por nenhum momento que agora é ele quem comanda o show: todas as primeiras cenas trazem o ator Michael Rooker, costumeiro parceiro do diretor em seus projetos. Mas o toque de Gunn não fica apenas no visual: também na primeira cena já temos uma trilha sonora de qualidade que faz sentido com o filme, algo que não tivemos em 2016.

É realmente impressionante como James Gunn, sendo o diretor e o escritor, consegue fazer bem este tipo de filme: misturar um grupo (grande) de personagens desajustados / perdedores, unir muita ação, música, humor... tudo bem construído e resultando em um trabalho coeso. É exatamente o que ele fez nos dois primeiros Guardiões da Galáxia, e consegue repetir a dose aqui mais uma vez.

Volto a insistir no grande exemplo que os filmes de Esquadrão Suicida de 2016 e 2021 nos proporcionaram, ao mostrar o quanto direção e roteiro importam. A trama de ambas versões é muito parecida... e ainda assim, o trabalho de Gunn ficou muuuuuuuuito melhor que o de David Ayer do filme inicial.

E agora, comparando James Gunn com ele mesmo, ou seja, este O Esquadrão Suicida com Guardiões da Galáxia, o segundo vence a disputa. Entretanto, não se enganem, este filme do Esquadrão é bom e muito divertido! Ele sofre por ter atores e personagens piores do que James teve para trabalhar nos filmes da Marvel, além do "fardo" de ter que recuperar uma franquia de um filme-erro anterior.

Porém, O Esquadrão Suicida permitiu ao diretor fazer coisas que ele nunca poderá fazer na Marvel, como por exemplo, transformar seus personagens em algo REALMENTE dispensáveis (o que renderá várias surpresas, assistam!), além de poder criticar o governo americano. Na prática, tivemos um muito promissor recomeço para a franquia, e se a Warner/DC manter James Gunn no comando, e com total liberdade, ele tem tudo para fazer um próximo filme tão bom quanto Guardiões da Galáxia ou talvez até melhor! Nota: 7,0



PS: como curiosidades, não posso deixar de comentar a pequena (mas importante) participação da brasileira Alice Braga, sobrinha de Sônia Braga, como uma líder rebelde de Corto Maltese, e que Sylvester Stallone é quem faz as vozes do personagem Tubarão-Rei.

domingo, 8 de agosto de 2021

Crítica Netflix: Mestres do Universo - Salvando Eternia (+ bonus He-Man e She-Ra)

He-Man e os Defensores do Universo foi uma série de desenhos infantis muito famosa e relevante nos anos 80, criada pela Mattel (e produzida pela Filmation) para vender a linha de brinquedos do mesmo nome. Anos depois, veio sua "versão para meninas", ou melhor dizendo, os desenhos de She-Ra: A Princesa do Poder, que também fez muito sucesso.

E como a moda dos últimos anos é ressuscitar sucessos oitentistas, He-Man é o novo produto re-imaginado daquela época, agora produzido pela Netflix (aliás, esta é a 4a encarnação de He-Man, confira as imagens no fim deste artigo!). Não é novidade, entretanto, ver a Netflix se aventurar nesta franquia. Afinal, poucos anos atrás, em 2018, ela lançou She-Ra e as Princesas do Poder

She-Ra e as Princesas do Poder é um completo reboot da série dos anos 80, sendo mais infantil, com mais personagens femininas, mais socialmente inclusiva, e que em nenhum momento cita He-Man na trama. O programa já está na 5a temporada; eu assisti a primeira e gostei bastante. Recomendo para quem tenha crianças conhecer.

Mas... voltando a He-Man: agora sob o nome de Mestres do Universo - Salvando Eternia, temos uma produção bem elaborada, repleto de atores famosos na dublagem (Mark Hamill, Sarah Michelle Gellar, Liam Cunningham, Lena Headey e Alicia Silverstone dentre outros), e que é uma continuação direta da série original de He-Man, de 4 décadas atrás.

Sim, Mestres do Universo - Salvando Eternia nos mostra o Rei Randor, a Rainha Marlena, a Feiticeira, o Mentor e até mesmo Gorpo envelhecidos; mas curiosamente o Príncipe Adam/He-Man e Teela parecem até mais jovens. Como principal nome na produção e nos roteiros temos Kevin Smith, cineasta e roteirista de quadrinhos, um dos "nerds" mais famosos de Hollywood.

A primeira temporada tem 10 episódios, porém estão divididos em 2 partes, sendo portanto que apenas os 5 primeiros já foram transmitidos. E resumindo o que achei destes episódios... "decepcionantes, mas ainda dá para ter esperança de melhoras".

E a recepção da série pelo público foi em geral mais crítica do que a minha. Para ele, a principal decepção é que He-Man mal aparece nestes episódios. De fato, até agora temos como personagem principal a Teela, e em segundo lugar, a vilã Maligna. Para piorar, não gostei de Teela, que embora seja uma personagem forte e corajosa, está sempre irritada e sua desculpa para "se rebelar" me soou bem fraca. Já Maligna é de longe a melhor coisa de Mestres do Universo - Salvando Eternia até agora: entendemos suas motivações, e ela nos deixa sempre no suspense se vai aprontar algo ou não.

Particularmente esperava ver uma animação bem feita, cheia de batalhas e lutas interessantes. A primeira parte se cumpriu, os desenhos são bons; porém em termos de batalhas.. pouco se vê. O que mais temos nestes 5 primeiros episódios é um road movie onde vamos passando por locais diversos e relembrando dos antigos personagens.

Porém, como disse antes, Mestres do Universo - Salvando Eternia não foi tão ruim a ponto de não me fazer ter vontade de assistir os futuros 5 episódios da temporada. Quem sabe com He-Man participando mais tenhamos mais ação e qualidade nos roteiros.



Bônus - veja aqui todas as encarnações de He-Man e She-Ra nos desenhos:


He-Man e os Defensores do Universo (1983-85) e todos seus principais personagens, sendo heróis ou vilões. Estão vendo o baixinho flutuando com um gigante "O" na roupa? Pois bem, seu nome original é Orko. Mas os idiotas que traduziram o desenho para o Brasil o batizaram de Gorpo, que não começava com a letra O...


She-Ra: A Princesa do Poder (1985-86): aqui apenas os "mocinhos" da série. She-Ra, a irmã de He-Man teve a vantagem de contar com desenhos de melhor qualidade, e fez tanto sucesso quanto o irmão


As Novas Aventuras de He-Man (1990): pasmem, mas a primeira tentativa de continuação de He-Man foi essa, que na verdade era uma espécie de aventura espacial. Muito ruim, e pela aparência de Esqueleto e He-Man já dá para ter uma idéia da tristeza que isso foi. Durou apenas uma temporada


He-Man os Mestres do Universo (2002-2004): agora uma tentativa de contar a história original sob visão mais moderna. Certamente melhor do que a tentativa anterior, mas ainda mediano, e que não conseguiu o mesmo sucesso de público e crítica dos anos 80


She-Ra e as Princesas do Poder (2018-??): estreando via Netflix depois de quase duas décadas abandonada, este She-Ra é a mais infantil e bem humorada dentre todas as versões de He-Man e She-Ra. Faz certo sucesso de público, mas merecia mais


Os Mestres do Universo: Salvando Eternia (2021-??): por enquanto apenas Teela (esq.) e Maligna (dir.) protagonizam a série

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Curiosidades Cinema Vírgula #006 - O genial e Olímpico italiano Bud Spencer


Com a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio que tivemos hoje, podemos dizer que agora estamos oficialmente em clima de Olimpíadas! E aproveitando este tema, que tal falar de outro famoso ator que foi atleta Olímpico? Porém, essa "desculpa" que usei para escrever o artigo é até injusta com esta pessoa genial que foi Bud Spencer. Como vocês verão, ele foi muuuuuito mais que ator (e atleta).

Segundo ele mesmo: "Fiz de tudo na minha vida. Há apenas três coisas que nunca fui: bailarino, jóquei e político. Já que os primeiros dois empregos estão fora de questão, vou me jogar na política”, disse Bud Spencer em 2005, quando se candidatou a um cargo em Roma a pedido do então primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Ele acabou não sendo eleito, mas esta sua frase é emblemática e a mais pura verdade, como veremos a seguir.

Nascido em Nápoles, Itália, com o nome de Carlo Pedersoli, o famoso ator Bud Spencer (1929 - 2016) escolheu seu marcante nome artístico no final dos anos 60, quando sua carreira nos Western Spaghetti começava a decolar. Seu nome surgiu de uma junção curiosa: sua cerveja americana favorita Budweiser mais o primeiro nome do ator Spencer Tracy, de quem era fã.

Bud Spencer e Terence Hill

Sua aposta nos "Faroestes" foi certeira, pois foi justamente fazendo dupla com o também italiano Terence Hill neste tipo de filme (embora em seu caso, sempre puxando para a comédia) que Bud atingiu sucesso mundial e também ficou muito famoso no Brasil, com seus filmes sendo exibidos a todo momento na TV, principalmente nos anos 70 e 80. A dupla atuou junto em 19 filmes. Em 1984 os dois estiveram no programa Os Trapalhões, e Bud falou em Português, claro(!), como se pode ver aqui ou aqui (versão completa).

Mas antes da fama, Bud Spencer de fato fez de tudo um pouco. Na América do Sul ele morou no Brasil (no Rio de Janeiro, onde trabalhou numa fábrica na linha de produção; e em Salvador, onde trabalhou como secretário na Embaixada Italiana), e também morou na Venezuela (onde trabalhou como supervisor em construção de ferrovias). Todas estas viagens o fizeram ser fluente tanto no Português quanto no Espanhol, mas ele também falava Italiano, Inglês, Francês e Alemão.

Foi entre os períodos entre Brasil e Venezuela que Bud Spencer, de volta à Itália, se tornou um grande atleta. Iniciou uma faculdade de Química, porém acabou abandonando e se formando em Direito: segundo ele, a troca lhe dava mais tempo livre para treinar esportes. Spencer chegou a lutar Boxe, onde foi bem sucedido localmente, mas ele se destacou mesmo é na Natação.

Bud Spencer foi, em 1950, o primeiro italiano a nadar os 100m rasos abaixo de 1 minuto. Nas Olimpíadas de Helsinque, em 1952, Bud parou na semifinal nos 100m livre com o tempo de 58s9. Ele também fez parte no revezamento 4x200m, mas a Itália não avançou na fase final. Quatro anos depois, Spencer estava novamente nos Jogos Olímpicos, agora em Melbourne (1956). Mais uma vez ele caiu na semifinal dos 100m livre, agora com o tempo de 59s. Apesar de não ter ficado entre os 8 melhores do mundo, Bud Spencer dominou facilmente os 100m livre na Itália em sua época, e foi 7 anos campeão nacional.

Além da natação, em seus últimos anos como atleta Bud também participava da Seleção Italiana de Polo Aquático, onde foi Ouro com a seleção nos Jogos do Mediterrâneo de 1955. Entretanto, ele não chegou a disputar Olimpíadas como jogador deste esporte. Em 1957, resolveu encerrar a carreira nas águas. Foi aí que ele migrou para a Venezuela, para "se encontrar com sua verdadeira natureza". Em seus últimos meses por lá Spencer trabalhou em uma fábrica da Alfa Romeo e chegou a disputar corridas de carro. 

Depois de quase 1 ano em Caracas, Bud Spencer volta para seu país natal devido a saudades de sua família e de sua namorada Maria Amato. Ele se casaram em 1960 e embora o pai de Maria fosse produtor de cinema, Bud estava mais interessado em música, e chegou a assinar contrato com a gravadora RCA como compositor (e você pode ouvir algumas de suas músicas clicando aqui).

Mas a carreira musical não decolou, e seguindo a sugestão da esposa, em paralelo Bud Spencer começou a fazer suas primeiras pequenas aparições em filmes italianos. E o resto de sua carreira na telona vocês ja sabem. ;)

Décadas depois, já nos últimos anos como ator, passou a atuar também como roteirista, e descobriu no "voar" uma nova paixão, se tornando piloto de aviões e helicópteros. Nos anos 80 ele foi co-fundador de uma empresa de aviação, a Mistral Air, e também atuou como piloto comercial de sua própria companhia.

E para finalizar seus grandes feitos, em 2010 ele passou a ser escritor, lançando sua autobiografia. Anos depois ele lançaria mais dois livros: outra biografia e um outro que misturava filosofia com gastronomia. Todos os livros foram best sellers na Itália.

Viva Carlo Pedersoli! Viva Bud Spencer! E vocês achando que o Rodrigo Hilbert é um faz-tudo... tsc, tsc


Bud Spencer em seus últimos anos, relembrando seu físico de atleta




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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Curiosidades Cinema Vírgula #005 - A Sétima Arte


Acredito que a maioria de vocês já deve ter ouvido falar que o Cinema é a Sétima Arte. E de fato, ele é considerado como a Sétima Arte porque antes dele vêm: Arquitetura, Escultura, Pintura, Literatura, Música e Dança.

A classificação destas 6 primeiras surgiu na Europa, em meados do século XVIII, como conceito de "Belas Artes". Em 1923, o italiano Ricciotto Canudo lançou seu Manifesto das Sete Artes, incluindo pela primeira vez o Cinema na lista, na sétima posição. Esta classificação é bem popular e aceita até hoje.

E já não tão universalmente aceitas, mas ainda assim populares, as listas de "numeração das Artes" dos dias atuais chegam até a ter mais 4 itens: Fotografia (8ª), Historia em Quadrinhos (9ª), Video Games (10ª) e Arte Digital (11ª), que no caso são as modelagens 3D feitas em computador.



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sábado, 17 de julho de 2021

Dupla Crítica Filmes Netflix - A Mulher na Janela (2021) e America: The Motion Picture (2021)


Olá! Tentando recuperar o atraso de semanas sem novos artigos aqui no blog, segue a crítica de dois filmes de uma única vez. Ambos lançamentos recentes na Netflix Brasil. Será que são bons? Confiram!


A Mulher na Janela (2021)
Diretor: Joe Wright
Atores principais: Amy Adams, Gary Oldman, Anthony Mackie, Fred Hechinger, Julianne Moore, Jennifer Jason Leigh, Wyatt Russell, Brian Tyree Henry

Embora a trama seja parecida com o clássico filme Janela Indiscreta (1954), a história em A Mulher na Janela é outra, baseada em um livro de mesmo nome de 2018.

Na trama, Anna (Amy Adams) é uma mulher solitária e reclusa que sofre de agorafobia, observa a vida externa através das janelas de seu apartamento, e testemunha o que acredita ser o assassinato de uma mulher no prédio do outro lado da rua.

O filme foi produzido pela Fox Pictures, porém devido ao Covid-19, seu lançamento nos cinemas foi cancelado e a produção então foi vendida para a Netflix. Olha, que bom que não precisei sair de casa para ver A Mulher na Janela. O filme não é de todo ruim, tem algumas poucas cenas de suspense bem feitas, e tem uma trama que até prende a atenção, repleta de reviravoltas... Entretanto após o mistério ser revelado, não somente ele não faz muito sentido, como é feito de maneira abrupta. Se o filme em geral é aceitável, seu ato final é muito ruim.

Nem o elenco estrelado salva a produção. Amy Adams e Julianne Moore tem seus bons momentos mas é só, nem mesmo Gary Oldman está bem. Para quem gosta de filmes de suspense policial, A Mulher na Janela é no máximo um passatempo aceitável. Nota: 5,0.



America: The Motion Picture (2021)
Diretor: Matt Thompson
Atores principais (vozes)Channing Tatum, Jason Mantzoukas, Olivia Munn, Bobby Moynihan, Judy Greer, Will Forte, Raoul Max Trujillo, Killer Mike, Simon Pegg, Andy Samberg

Quando esta animação original Netflix foi anunciada, me desepertou certo interesse. Trazia como diretor o produtor e diretor das séries de animações ArcherLaboratório Submarino 2021, e como roteirista o rapaz que escreveu  os filmes da franquia do Stallone Os Mercenários, e também Zumbilândia 2.

O filme diz contar a "verdadeira" história da fundação dos EUA, com a maioria dos Pais Fundadores mortos em uma emboscada e com Lincoln sendo assassinado por uma versão lobisomem do traidor Benedict Arnold, a mando do Império Britânico. Para vingar a morte dos companheiros e efetivamente conquistar a independência do país, foi formada uma equipe que continha, dentre outros, George Washington, a chinesa cientista Thomas Edison e o líder indígena Gerônimo.

Sendo uma animação adulta de humor negro e ficção, a produção faz boas críticas a sociedade estadunidense, mas fora isso decepciona. Para começar, ele de fato foi feito apenas para os habitantes dos EUA... você precisa conhecer bem a História deles para entender boa parte das referências. Além disso, o roteiro do filme não faz absolutamente nenhum sentido, é apenas uma sequencia de centenas (literalmente) de piadas e trocadilhos. Alguns são bons, mas a maioria simplesmente não tem graça. Resumindo: o filme entretém no começo, mas depois seu nonsense simplesmente cansa. Nota: 4,0.

domingo, 11 de julho de 2021

Jogue o recém lançado jogo brasileiro de Caverna do Dragão! (+ bônus: relembrando o final da série)


Para quem é saudoso deste clássico dos desenhos animados dos anos 80, o Caverna do Dragão, nos últimos tempos tivemos algumas boas notícias.

No ano passado tivemos o desenho do episódio final de Caverna do Dragão feito por fãs e liberado na internet (caso tenha perdido isso, leia meu PS no final deste texto), e neste mês tivemos outro lançamento bacana de fã, um jogo de videogame.

Este novo jogo, disponível gratuitamente para PC, Android e iMac, foi desenvolvido pelo brasileiro ZVitor, via OpenBOR. O jogo é um Beat'em up de gráficos anos 90, e em termos de jogabilidade e movimentos dos personagens, é claramente baseado em Streets of Rage e em The King of Dragons, jogo da Capcom de fliperama que foi portado também para o SNES. Mas apesar da "base" do clássico da Capcom, o jogo final em si é completamente diferente, com muuuuitas referências à série de TV e gráficos totalmente remodelados.

No jogo você pode a qualquer momento jogar com um dos 6 personagens principais: Hank, Bobby, Diana, Eric, Presto e Sheila, e cada um dos personagens possuem poderes específicos, iguais aos poderes da TV. O personagem que mais gosto de jogar é o Presto: seu poder permite ataques a distancia que são completamente aleatórios... podem ser úteis raios congelantes ou fortes furacões, ou então coisas inúteis como um sapo ou um pequeno porquinho. Muito engraçado! rs.

E para nós, a vantagem do desenvolvedor ser brasileiro é que o jogo está em português, trazendo trilha sonora e nomes dos personagens do jeito que conhecemos no passado. Cada personagem pode evoluir de nível ao longo da partida, e além disto, há alguns personagens secretos para desbloquear e jogar. Quer saber um deles? Lá vai... Sir John.

Ficou interessado? O link para download do jogo é esse aqui, mas se quiser ver o jogo em ação primeiro antes de sair jogando, basta ver este vídeo. Até agora não joguei muito, mas já me diverti bastante. E já alerto que o jogo é bem difícil e não tem continue!




PS: conforme já expliquei neste blog, em 2013 (leia aqui), o episódio final "Réquiem" chegou a ser escrito oficialmente, porém nunca foi produzido. Então, em 2020 um grupo de fãs resolveu recriar o episódio final com imagens iguaizinhas aos dos desenho original. O trabalho ficou muito bem feito, e pode ser visto clicando aqui. IMPORTANTE: embora este desenho seja muito fiel a Réquiem, o roteiro original termina no minuto 28 do vídeo, deixando o final em aberto. Tudo o que vemos a partir desse momento é invenção dos fãs.

PS2: o que é esse OpenBOR? Trata-se de uma engine gratuita para que fãs faça seus próprios jogos de Beat'em up. Se vocês pesquisarem, verão que tem muita gente pelo mundo fazendo muita coisa boa nessa plataforma. O OpenBOR foi criado para se fazer o jogo Beats of Rage (um "clone-homenagem" a Steets of Rage) e tempos depois seus desenvolvedores liberaram o "motor" do jogo para que outras pessoas fizessem seus próprios jogos-homenagens.

Crítica Netflix - I Am Mother (2019)

Título :  I Am Mother (idem, Austrália, 2019) Diretor : Grant Sputore Atores principais :  Clara Rugaard, Hilary Swank, Luke Hawker, R...