domingo, 31 de julho de 2022

Crítica - Lightyear (2022)

Título: Lightyear (idem, EUA, 2022)
Diretor: Angus MacLane
Atores principais (vozes)Chris Evans, Keke Palmer, Keira Hairston, Dale Soules, Taika Waititi, Peter Sohn, Uzo Aduba, James Brolin, Mary McDonald-Lewis, Efren Ramirez, Isiah Whitlock Jr.
Nota: 5,0

Este certamente NÃO é o Buzz Lightyear que todos conhecemos...

E mais uma vez vemos a Pixar/Disney fazendo um filme continuação que ninguém pediu, um puro caça-níqueis. A história da vez é Lightyear, uma prequela (mais ou menos) do personagem que co-estrela a franquia Toy Story, o patrulheiro espacial Buzz Lightyear.

A animação com um letreiro que contém um texto mais ou menos como este: "Em 1995 um menino chamado Andy ganhou um boneco Buzz Lightyear de aniversário. Era de seu filme favorito. Este é aquele filme.".

Quanta mentira...

Não há a menor possibilidade deste Lightyear agradar o pequeno Andy de 6 anos. Não tenha dúvida: uma criança só iria se empolgar com um filme divertido, colorido, repleto de aventuras; completamente deste desenho escuro, onde todos os personagens são adultos tentando superar seus medos ou traumas do passado. O grande "aventureiro" espacial Buzz passa o filme todo preso dentro de um planeta, seu "grande inimigo" Zurg não quer conquistar nada, e sua origem é decepcionante. Tanto que Lightyear não é um filme infantil, que ele baseia parte de seus conceitos em filmes sérios de ficção científica como principalmente Interestelar e Gravidade (e aliás, o faz de maneira ruim).

Em suma, a descaracterização do Buzz Lightyear que conhecemos de Toy Story é enorme. Pela imagem acima já vemos que estamos de algo bem deturpado, bem mais "sombrio". Mas vai além disso... o famoso lema "Ao infinito... e além!" é colocado em um contexto sem sentido, a roupa espacial de Buzz é totalmente subaproveitada (principalmente suas asas), e até o dublador original foi trocado (saiu Tim Allen e em seu lugar entrou Chris Evans, o que causou considerável revolta nos EUA).

Como um todo, é verdade, Lightyear não é uma catástrofe. Ele segue uma fórmula pra agradar públicos de amplas idades e justamente por isso traz uma história genérica de colonização espacial que já vimos centenas de vezes. Dá pra passar o tempo se você não tem nada melhor pra fazer em um dia frio chuvoso... e nada mais que isso. A única coisa que me fez sorrir no filme foi que a inteligência artificial da nave pilotada por Buzz se chama I.V.A.N., claramente uma homenagem à minha pessoa.

Se Lightyear não for "o" pior filme da Pixar/Disney que já vi até hoje, pelo menos empata como o pior junto com Carros 2 (2011). Ah, o filme possui 3 cenas pós-créditos, todas bem curtas. Nota: 5,0.

2 comentários:

Biblioteca de Dom Febrê disse...

De todas as resenhas que eu li, a sua é a melhor e também é a mais sensata!

Ivan disse...

Obrigado pelos elogios Fernando! Abraços!

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