Os dois vencedores de Melhor Filme do Globo de Ouro 2018 em um só post! Continuam em exibição nos cinemas brasileiros e somados, possuem 12 indicações ao Oscar 2018! Confiram abaixo o que eu achei de cada um deles.
Diretor: Martin McDonagh
Atores principais: Frances McDormand, Woody Harrelson, Sam Rockwell, John Hawkes, Peter Dinklage, Abbie Cornish
Três Anúncios Para um Crime é provavelmente a grande surpresa deste Oscar... ou pelo menos foi surpresa quando suas indicações (sete, no total) foram anunciadas. De lá pra cá, entretanto, o filme tem virado "presença certa" em premiações e vencendo várias delas, como por exemplo o Globo de Ouro por Melhor Filme de Drama.
Na história, Mildred Hayes (Frances McDormand) teve sua filha estuprada e assassinada e, como sete meses depois a polícia local ainda não havia feito nenhum progresso concreto na investigação, ela resolveu cobrá-los publicamente - focando principalmente no delegado responsável Bill Willoughby (Woody Harrelson) - com três anúncios em Outdoores de uma pequena estrada.
A grande qualidade Três Anúncios Para um Crime é seu roteiro. Ótimos diálogos, várias surpresas e reviravoltas, personagens densos e interessantes. Se aproxima muito das melhores obras dos Irmãos Coen, porém com menos humor negro e sarcasmo. E o filme, em geral, também segue o mesmo estilo dos grandes filmes dos Coen, porém até por ser de orçamento bem mais modesto, conta comparativamente com uma fotografia bem mais simples e um elenco bem mais barato.
Mesmo não sendo tão badalados assim, Frances McDormand e Woody Harrelson são ótimos atores e mais uma vez estão excelentes, carregando o filme com folga, graças ao carisma e grande presença de tela de ambos. Sam Rockwell também está muito bem (não a toa o trio citado neste parágrafo foi indicado ao Oscar deste ano), porém gostei de seu personagem ainda mais do que sua atuação: seu policial é muito mau e bom ao mesmo tempo; é difícil encontrarmos personagens assim nos cinemas.
Três Anúncios Para um Crime é um ótimo filme policial, ainda que de ritmo lento. Só não leva nota maior porque não tem uma parte técnica excepcional e porque não gostei de seu encerramento. Ainda assim, filmaço! Nota: 8,0
Na história, Mildred Hayes (Frances McDormand) teve sua filha estuprada e assassinada e, como sete meses depois a polícia local ainda não havia feito nenhum progresso concreto na investigação, ela resolveu cobrá-los publicamente - focando principalmente no delegado responsável Bill Willoughby (Woody Harrelson) - com três anúncios em Outdoores de uma pequena estrada.
A grande qualidade Três Anúncios Para um Crime é seu roteiro. Ótimos diálogos, várias surpresas e reviravoltas, personagens densos e interessantes. Se aproxima muito das melhores obras dos Irmãos Coen, porém com menos humor negro e sarcasmo. E o filme, em geral, também segue o mesmo estilo dos grandes filmes dos Coen, porém até por ser de orçamento bem mais modesto, conta comparativamente com uma fotografia bem mais simples e um elenco bem mais barato.
Mesmo não sendo tão badalados assim, Frances McDormand e Woody Harrelson são ótimos atores e mais uma vez estão excelentes, carregando o filme com folga, graças ao carisma e grande presença de tela de ambos. Sam Rockwell também está muito bem (não a toa o trio citado neste parágrafo foi indicado ao Oscar deste ano), porém gostei de seu personagem ainda mais do que sua atuação: seu policial é muito mau e bom ao mesmo tempo; é difícil encontrarmos personagens assim nos cinemas.
Três Anúncios Para um Crime é um ótimo filme policial, ainda que de ritmo lento. Só não leva nota maior porque não tem uma parte técnica excepcional e porque não gostei de seu encerramento. Ainda assim, filmaço! Nota: 8,0
Diretor: Greta Gerwig
Atores principais: Saoirse Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet, Beanie Feldstein, Lois Smith, Jordan Rodrigues
Lady Bird é um filme que conta sobre a vida de Christine "Lady Bird" McPherson (Saoirse Ronan) em seu último ano de Ensino Médio em uma escola católica da cidade de Sacramento (EUA).
Apesar de todas suas indicações a prêmios e elogios da crítica especializada (venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme de Comédia ou Musical - mas aliás não se enganem, o filme é um Drama), Lady Bird não deixa de ser mais um dentre centenas de filmes já feitos sobre as "primeiras grandes descobertas de um adolescente". Lá vamos nós com o bullying na escola, a rebeldia, as dúvidas sobre a primeira transa, se apaixonar por babacas, e etc. Nada realmente novo: Lady Bird é um filme superestimado.
Ainda assim, Lady Bird traz algumas novidades. Por exemplo, há bastante destaque na relação da protagonista com seus pais; de certa forma o filme também traz um pouco do ponto de vista da mãe (interpretada por Laurie Metcalf, a melhor coisa de Lady Bird) sobre o processo de crescimento da filha. Também vemos um pouco das dificuldades do pai e irmão, dando um aspecto bem mais realista do que o costume para filmes deste gênero.
O filme é chato e lento em seu começo, mas engrena em sua segunda metade, se tornando agradável. Em suma, é uma história interessante, porém salvo algumas novidades, é uma história já explorada a exaustão nos cinemas.
Com estilo indie, em geral Lady Bird é um filme legal... mas nem de longe deveria ter todas estas indicações ao Oscar. Eu só concordo com a indicação de Laurie Metcalf, e nada mais. Até nos pequenos detalhes Lady Bird falha. Por exemplo, o filme se diz passar em 2002, porém seu design de produção não consegue deixar isto claro; o próprio desenvolvimento da protagonista possui uns "buracos" na história que deveriam ser preenchidos para melhor compreensão da mesma. Enfim, um filme pra se passar o tempo quando se está sem nada o que fazer em casa. Nota: 6,0
Apesar de todas suas indicações a prêmios e elogios da crítica especializada (venceu o Globo de Ouro de Melhor Filme de Comédia ou Musical - mas aliás não se enganem, o filme é um Drama), Lady Bird não deixa de ser mais um dentre centenas de filmes já feitos sobre as "primeiras grandes descobertas de um adolescente". Lá vamos nós com o bullying na escola, a rebeldia, as dúvidas sobre a primeira transa, se apaixonar por babacas, e etc. Nada realmente novo: Lady Bird é um filme superestimado.
Ainda assim, Lady Bird traz algumas novidades. Por exemplo, há bastante destaque na relação da protagonista com seus pais; de certa forma o filme também traz um pouco do ponto de vista da mãe (interpretada por Laurie Metcalf, a melhor coisa de Lady Bird) sobre o processo de crescimento da filha. Também vemos um pouco das dificuldades do pai e irmão, dando um aspecto bem mais realista do que o costume para filmes deste gênero.
O filme é chato e lento em seu começo, mas engrena em sua segunda metade, se tornando agradável. Em suma, é uma história interessante, porém salvo algumas novidades, é uma história já explorada a exaustão nos cinemas.
Com estilo indie, em geral Lady Bird é um filme legal... mas nem de longe deveria ter todas estas indicações ao Oscar. Eu só concordo com a indicação de Laurie Metcalf, e nada mais. Até nos pequenos detalhes Lady Bird falha. Por exemplo, o filme se diz passar em 2002, porém seu design de produção não consegue deixar isto claro; o próprio desenvolvimento da protagonista possui uns "buracos" na história que deveriam ser preenchidos para melhor compreensão da mesma. Enfim, um filme pra se passar o tempo quando se está sem nada o que fazer em casa. Nota: 6,0
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