domingo, 30 de setembro de 2018

Crítica Netflix - A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata (2018)

TítuloA Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata ("The Guernsey Literary and Potato Peel Pie Society", EUA / França / Reino Unido, 2018)
Diretor: Mike Newell
Atores principais: Lily James, Michiel Huisman, Glen Powell, Jessica Brown Findlay, Katherine Parkinson, Matthew Goode, Tom Courtenay, Penelope Wilton
Trailer (em inglês)https://www.youtube.com/watch?v=vP9eDmX0ow0
Nota: 6,0

Um agradável e tocante romance sobre guerra, ou melhor, sobre sobreviventes

Se tem um assunto que considero desgastado em filmes, ele se chama Segunda Guerra Mundial. São vários filmes por ano sobre o tema e, pior, geralmente um ou dois são anualmente lembrados pelo Oscar.

Felizmente, entretanto, A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata foge do comum. Baseada em um livro de mesmo nome publicado em 2008, a história não é sobre exatamente sobre a guerra, e sim pelas consequências dela: a reconstrução da vida das pessoas, e principalmente, como lidar com as perdas dos entes queridos que morreram durante o confronto.

A trama começa em 1946, e é contada acompanhando Juliet Ashton (Lily James), uma escritora de livros jovem mas que já desfruta de algum sucesso. Um dia ela recebe uma carta do desconhecido Dawsey Adams (Michiel Huisman), de quem descobre a existência da exótica "Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata", e logo se interessa para conhecer todo o grupo pessoalmente.

Então a trama vai aos poucos contando as perdas de cada uma das pessoas da Sociedade, o que acaba trazendo momentos verdadeiramente tocantes e emocionantes.

Em termos de direção e produção, nota-se bastante simplicidade, mas certa competência. Nada de diferente ou ousado, mas ao mesmo tempo sem grandes defeitos. A falta de investimento em figurino e fotografia é compensada pela beleza das localidades do filme; e talvez a minha maior crítica fique pela montagem no começo do filme, já que a apresentação dos personagens é rápida demais, não sendo tão clara como deveria ser, causando pequenas dúvidas.

Há de se lamentar também o uso de alguns clichês, como por exemplo, Juliet trocar a vida da cidade e o noivo rico e perfeito, pela vida no campo. Para piorar, o filme não explica de maneira convincente a opção da personagem. No livro isto também acontece, porém de maneira menos direta e melhor construída.

Com poucos filmes originais verdadeiramente bons em seu catálogo,  A Sociedade Literária e a Torta de Casca de Batata é uma grata surpresa na Netflix. O filme é um romance agradável para todos os gêneros e idades, reforçado pela humanidade de sua história e carisma de seus personagens. Nota: 6,0

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