domingo, 11 de março de 2012

Antes tarde do que nunca – comentando o resultado do Oscar 2012

Olá pessoal, conforme prometido, eis minhas considerações. Primeiramente, preciso humildemente parabenizar este que vos fala. Afinal, nas 7 categorias em que arrisquei palpite, acertei todas! rs

Mas meu trabalho foi relativamente fácil. Mais uma vez o Oscar não trouxe surpresas, porém foi menos previsível que em 2011. Por exemplo, para quem acompanhou a transmissão via TNT, o crítico Rubens Edwald Filho ficou surpreso com o Oscar da Meryl Streep (que achei realmente a categoria mais difícil); mais ainda, ele só se convenceu que o estrangeiro “O Artista” iria mesmo levar o Oscar de Melhor Filme quando viu o diretor do mesmo ser premiado como Melhor Diretor.

E justo? Foi um Oscar justo? Em minha opinião, baseado nos filmes que assisti foi justo sim. Talvez um dos Oscars mais justos dos últimos tempos. Porém, sobre esta “justiça” gostaria de comentar dois pontos.

O primeiro é sobre os Oscars vencidos pelo “O Artista”. Em minha crítica, eu havia adiantado que concordava com todas as indicações menos as de “Roteiro” e “Trilha Sonora” devido a falta de originalidade de ambos. Quero deixar claro para as várias pessoas que me criticaram sobre isto hehe, que em nenhum momento disse que Roteiro e Trilha são ruins. Pelo contrário! Seria impossível “segurar” um filme mudo por uma hora e meia se não tivéssemos impecáveis Roteiro e Trilha. Eu repito, faltou originalidade, só isto.

E não é que ao anunciarem o Oscar de “Melhor Trilha Sonora Original” para “O Artista” (ele não levou o Oscar de melhor roteiro, perdeu para o "Meia-noite em Paris" de Woody Allen), fui pego de surpresa pelas palavras do Rubens Edwald...

... Ele ficou meio indeciso em criticar ou não o vencedor, e comentou então que a Trilha de “O Artista” gerou muita polêmica nos EUA. Isto porque o compositor literalmente COPIOU trechos de outras trilhas de filmes antigos. Não tinha a menor idéia do fato. E agora que sei, mantenho que não concordo com este prêmio. Talvez seja o único Oscar que não concorde.

E com isto chego à animação “brasileira”, “Rio”. Vi muitos de meus amigos reclamarem via Facebook de que foi injusto perdermos o Oscar de “Canção original” para a música dos Muppets. Oras. Eu respeito quem acha alguma destas duas canções bonitas, mas de “original” elas não tem nada. São mais do mesmo. Portanto, para mim qualquer um que vencesse não seria injusto. E em pleno momento de tentativa de ressuscitar os Muppets nos cinemas, foi mesmo surpresa que eles ganhariam?

Rubens Edwald Filho não ficou surpreso, mas ficou chateado... e de imediato mandou um: “não tem muito o que reclamar, mas injusto mesmo foi “Rio” não estar indicado ao Oscar de Melhor Animação”.

Mais uma vez eu discordo. Assisti apenas 2 dos 5 indicados... E estes dois (“Rango” e “Kung Fu Panda 2”) são melhores que “Rio”. E mais, “Tintim” também não foi indicado – surpreendentemente, aliás. E apesar de não me arrancar suspiros, é um filme bem melhor do que “Rio”.

Neste ponto vocês devem ter percebido que peguei o texto para falar mal de “Rio” rsrs. Mas é isto mesmo, é um filme espetacular visualmente, levemente divertido e só. Como fiquei decepcionado ver que um filme dirigido por um brasileiro reforçar para o mundo a mesma visão do Brasil que os estadunidenses tem da gente desde 1940! O tom é parecidíssimo com o “Alô, amigos” de 1942... No Brasil só existe carnaval e florestas.

É isto pessoal. Ainda nesta semana devo assistir o “John Carter” nos cinemas e de imediato postarei aqui minha crítica a respeito. Grande abraço a todos e até lá!

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