sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Crítica - Missão: Impossível - Efeito Fallout (2018)

TítuloMissão: Impossível - Efeito Fallout ("Mission: Impossible - Fallout", EUA, 2018)
Diretor: Christopher McQuarrie
Atores principais: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Sean Harris, Angela Bassett, Vanessa Kirby, Michelle Monaghan, Frederick Schmidt, Alec Baldwin
Um dos melhores filmes de ação dos últimos tempos

Ethan Hunt está de volta pela 6ª vez. Em uma continuação direta do filme anterior, aprendemos que o grupo terrorista Sindicato ainda sobrevive através de um pequeno grupo chamado Os Apóstolos. Ao mesmo tempo, um novo e desconhecido anarquista de nome John Lark desponta no cenário mundial. Ao descobrirem que Lark pretende vender 3 ogivas de plutônio para Os Apóstolos, Hunt (Tom Cruise) e sua equipe entram em ação para evitar que isto aconteça. Como se não bastasse a enorme dificuldade da missão, Ethan e seus amigos da IMF foram forçados a trabalhar em conjunto com a CIA, com o mortífero agente Walker (Henry Cavill) os acompanhando o tempo todo.

Achou o enredo acima longo e confuso? Pois é, o ponto mais fraco de Missão: Impossível - Efeito Fallout é seu roteiro, consideravelmente inferior que o do filme anterior. Mas sabem a boa notícia? É que aqui o roteiro pouco importa. Com muitas e variadas cenas de ação simplesmente espetaculares, nem é preciso prestar muita atenção na história.

Para quem gosta de filmes de espionagem e, principalmente, filmes de ação, Missão: Impossível - Efeito Fallout é imperdível, e ainda, certeza absoluta que vai agradar. Depois que a história base da vez é contada, a ação corre solta em ritmo muito acelerado e durante o filme todo. O espetáculo começa em uma excelente cena de luta corpo-a-corpo dentro de um banheiro. E depois disto temos tiroteios, quedas livres, escaladas, perseguições a pé, uma perseguição entre motos e carros de tirar o fôlego, tem até perseguição de helicópteros(!)... e tudo de excelente qualidade!

É muito prazeroso ver cenas de ação tão bem coreografadas, e com a câmera sempre de perto, de ângulos e tomadas variadas, porém sempre passando para o espectador a visão do "todo", tornando possível entender perfeitamente o que está acontecendo na tela.

Certamente, outro aspecto que torna o filme tão interessante na ação é seu realismo... com menos efeitos especiais, e muitos dublês e Tom Cruise's se arriscando por aí. O astro estadunidense continua com suas loucuras de filmar as cenas perigosas. Em Missão: Impossível - Efeito Fallout, por exemplo, é ele quem realmente pilota a moto em algumas das cenas dentro do trânsito de Paris, além de pular entre dois prédios e quebrar o tornozelo na queda (a cena do "acidente" foi mantida no filme: note que após cair, quando Tom se levanta ele o faz mancando), fazer malabarismos de helicóptero e saltar de um avião em grande altitude.

Ainda que o roteiro não seja tão bom, além da ação outra qualidade do filme é a química entre os personagens/elenco. Depois de 6 filmes, parece que a franquia finalmente encontrou o time "ideal": dos heróis principais, cada um tem sua utilidade bem definida. E claro, com muito carisma, todos conseguem unir humor com a aventura.

Missão Impossível continua em ótima fase e é provavelmente a melhor franquia de ação da atualidade. E com o contínuo sucesso de público e crítica, a franquia só deverá acabar quando Tom Cruise não tiver mais idade para ser o "corredor com sofrência mais espetacular de Hollywood". Já com 56 anos, toda a entrega física que faz da franquia um sucesso não deverá resistir mais do que um ou dois filmes. Nota: 6,0

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