terça-feira, 22 de junho de 2021

Crítica - Cruella (2021)

 
Título: Cruella (idem, EUA / Reino Unido, 2021)
Diretor: Craig Gillespie
Atores principais: Emma Stone, Emma Thompson, Joel Fry, Paul Walter Hauser, John McCrea, Emily Beecham, Mark Strong, Kayvan Novak, Kirby Howell-Baptiste, Jamie Demetriou
Nota: 6,0

Um conto de fadas visualmente impressionante

Atualmente nos cinemas nacionais, e disponível via Disney+ daqui um mês, Cruella recicla a idéia que a empresa do Mickey já teve com Malévola, trazendo agora a vilã do clássico filme 101 Dálmatas (1961) como a heroína da vez.

Na história, que se passa bem antes dos eventos de 101 Dálmatas, aprendemos que Cruella (Emma Stone) era uma criança pobre de nome Estella, e que já nesta idade conheceu seus eternos capangas Horácio (Paul Walter Hauser) e Gaspar (Joel Fry). Ao realizar seu grande de sonho de ser uma estilista, trabalhando pela rica e famosa Baronesa (Emma Thompson), não demora muito para que a garota sofra nas mãos da chefe, descubra seus segredos sombrios, e resolva destroná-la no mundo da Moda.

As duas Emmas, como grande atrizes que são, estão muito bem em Cruella. Mas o maior atrativo do filme nem são elas, e sim, todo o visual desta produção. Seja devido a fotografia excelente, ou aos vários cenários incríveis, ou aos centenas de figurinos deslumbrantes. Visualmente Cruella é um conto de fadas de altíssimo nível. O filme também me agradou no uso da câmera, explorando constantemente ângulos diferentes e "impossíveis", e trazendo alguns planos-sequência bem bacanas.

Já em termos de roteiro Cruella não empolga. A história até divertida, mas é clichê, e falha ao ficar dando explicações no como Cruella virou a vilã que conhecemos no futuro. Há alguns momentos bem ruins, como por exemplo de onde surgiu o sobrenome "de Vil", em um trecho tão constrangedor como a explicação do sobrenome "Solo" de Han em Han Solo: Uma História Star Wars (2018). E por falar em copiar exemplos ruins, as pessoas não perceberem que Cruella e Estella são a mesma pessoa é tão bobo como não perceber que Clark Kent é o Superman. Essa "inocência" de roteiro da época de se amarrar cachorro com linguiça está presente em todo o filme.

Também me desagradou perceber no final que a história contada não é 100% fiel ao universo mostrado no 101 Dálmatas. Há algumas definições que contradizem a Cruella mostrada no clássico original.

Sendo apenas um bom passatempo e nada mais, Cruella deverá agradar mais os olhos do que a mente. Para quem quiser se perder em vestidos maravilhosos, mansões espetaculares, o filme é uma ótima pedida. Nota: 6,0.



PS: o filme tem uma cena extra importante logo no começo da apresentação dos créditos finais, não perca!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Crítica Netflix - I Am Mother (2019)

Título :  I Am Mother (idem, Austrália, 2019) Diretor : Grant Sputore Atores principais :  Clara Rugaard, Hilary Swank, Luke Hawker, R...