terça-feira, 28 de setembro de 2021

Duna está chegando no Brasil. Fique por dentro de tudo e entenda porque ele é o Senhor dos Anéis da Ficção Científica!

Se me perguntassem que filme eu aguardava mais ansiosamente para 2021, Duna sempre esteve no mínimo em meu Top 3. Pra começar devido seu diretor, o canadense Denis Villeneuve, que está entre meus favoritos da atualidade e tenho elogiado constantemente seus filmes por aqui (Os Suspeitos, O Homem Duplicado, Sicario: Terra de Ninguém, A Chegada, Blade Runner 2049). Mas principalmente... por se tratar de Duna!

E para quem não sabe o que é Duna, farei um paralelo desta obra com o hoje amplamente conhecido O Senhor dos Anéis.


A saga de O Senhor dos Anéis é uma série de livros de fantasia escrita pelo britânico J. R. R. Tolkien e publicada na década de 50. Fez grande sucesso entre leitores da língua inglesa, teve boas vendas mundialmente, mas não foi tão popular aqui no Brasil. Elogiadíssima por publico e crítica, a obra definiu e influenciou seu gênero a partir de então.

Por ser uma obra longa e densa, misturando muitos personagens e um universo próprio de rica mitologia, o livro sempre foi considerado inadaptável para o Cinema. Isso não impediu as pessoas tentarem, claro... a primeira tentativa foi em 1978, com a animação de nome O Senhor dos Anéis, e que teve retorno apenas mediano de crítica e público (ver imagem ao lado).

Mas em 2001, e com centenas de milhares de dólares investidos, Hollywood se une a Peter Jackson e muda tudo ao lançar O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel. A partir de então, com esta verdadeira obra prima, a saga de J. R. R. Tolkien passa a ser verdadeiramente conhecida pelo mundo todo (literalmente), indo além do nicho de leitores de fantasia, e também fazendo parte do conhecimento popular de nós, brasileiros.


Já a saga de Duna é uma série de livros de ficção científica do escritor americano Frank Herbert e publicada na década de 60. Fez grande sucesso entre leitores da língua inglesa, teve boas vendas mundialmente, mas não foi tão popular aqui no Brasil. Elogiadíssima por publico e crítica, a obra definiu e influenciou seu gênero a partir de então.

Por ser uma obra longa e densa, misturando muitos personagens e um universo próprio de rica mitologia, o livro sempre foi considerado inadaptável para o Cinema. Isso não impediu as pessoas tentarem, claro... a primeira tentativa foi em 1984, filme de David Lynch de nome Duna, e que teve retorno apenas mediano de crítica e público (ver imagem ao lado).

Mas em 2021, com centenas de milhares de dólares investidos, Hollywood se une a Denis Villeneuve e lança o filme Duna. Será que eles também irão mudar tudo? E transformar Duna no novo Senhor dos Anéis? É o que veremos nos próximos meses.


Sobre a série de livros

Duna teve 6 livros escritos por Frank Herbert, sendo o primeiro destes publicado em 1965, e o último em 1985. Mas desde 1999, Brian Herbert (filho de Frank) e em parceria com Kevin J. Anderson, vêm escrevendo e publicando novos livros da série, quase um livro novo por ano. A qualidade dos livros, e se eles seguem ou não a tradição iniciada por Frank são alvo de constante debate entre os fãs.


Sobre o filme Duna que será lançado no Brasil em 21 de Outubro

O filme já estreou na Europa neste mês de Setembro e têm recebido boas críticas, embora mais pela parte técnica do que pela história em si. Este Duna pega o primeiro livro e o divide em duas partes, ou seja, ao assisti-lo você vai ter sim que esperar pela continuação...

... que já está sendo planejada, e com filmagens previstas para começar em 2022. Ainda assim, a produção vai depender de boa bilheteria para de fato acontecer. Entretanto, se tudo der certo, o diretor Dennis Villeneuve faria também um terceiro filme, que contemplaria o segundo livro (de nome O Messias de Duna) e fecharia sua "trilogia" inicial.

A produção traz vários atores bastante conhecidos, como por exemplo: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Josh Brolin, Stellan Skarsgård, Dave Bautista, Zendaya, Jason Momoa e Javier Bardem.

Como dito acima, Duna chega nos cinemas Brasileiros no dia 21 de Outubro, um dia antes da estreia nos EUA. Porém, nos EUA o filme estreará simultaneamente no HBO Max. No Brasil, teremos que esperar por mais 35 dias para isto acontecer. Quer ver o trailer de Duna? Clique aqui!


E vêm série prequel por aí!

Se o segundo filme ainda não está 100% garantido, uma série derivada está. Com o nome Dune: The Sisterhood, esta misteriosa série exclusiva da HBO Max já foi confirmada e contará eventos ocorridos antes do primeiro filme.

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Crítica - O Esquadrão Suicida (2021)

Título: O Esquadrão Suicida ("The Suicide Squad", Canadá / EUA / Reino Unido, 2021)
Diretor: James Gunn
Atores principais: Margot Robbie, Idris Elba, John Cena, Joel Kinnaman, Sylvester Stallone (vozes), Viola Davis, David Dastmalchian, Daniela Melchior, Michael Rooker, Jai Courtney, Peter Capaldi, Alice Braga
Nota: 7,0

James Gunn é de fato bom no que faz

Cerca de um mês e meio após estrear nos cinemas brasileiros, chega também para o HBO Max o filme O Esquadrão Suicida, continuação (com uma história totalmente independente) e reboot do péssimo Esquadrão Suicida de 2016.

Além da presença do artigo "O" no título, há uma diferença fundamental entre as duas obras, a presença (agora) do diretor James Gunn (de Guardiões da Galáxia e Guardiões da Galáxia Vol. 2).

Neste novo Esquadrão Suicida, James Gunn não nos deixa esquecer por nenhum momento que agora é ele quem comanda o show: todas as primeiras cenas trazem o ator Michael Rooker, costumeiro parceiro do diretor em seus projetos. Mas o toque de Gunn não fica apenas no visual: também na primeira cena já temos uma trilha sonora de qualidade que faz sentido com o filme, algo que não tivemos em 2016.

É realmente impressionante como James Gunn, sendo o diretor e o escritor, consegue fazer bem este tipo de filme: misturar um grupo (grande) de personagens desajustados / perdedores, unir muita ação, música, humor... tudo bem construído e resultando em um trabalho coeso. É exatamente o que ele fez nos dois primeiros Guardiões da Galáxia, e consegue repetir a dose aqui mais uma vez.

Volto a insistir no grande exemplo que os filmes de Esquadrão Suicida de 2016 e 2021 nos proporcionaram, ao mostrar o quanto direção e roteiro importam. A trama de ambas versões é muito parecida... e ainda assim, o trabalho de Gunn ficou muuuuuuuuito melhor que o de David Ayer do filme inicial.

E agora, comparando James Gunn com ele mesmo, ou seja, este O Esquadrão Suicida com Guardiões da Galáxia, o segundo vence a disputa. Entretanto, não se enganem, este filme do Esquadrão é bom e muito divertido! Ele sofre por ter atores e personagens piores do que James teve para trabalhar nos filmes da Marvel, além do "fardo" de ter que recuperar uma franquia de um filme-erro anterior.

Porém, O Esquadrão Suicida permitiu ao diretor fazer coisas que ele nunca poderá fazer na Marvel, como por exemplo, transformar seus personagens em algo REALMENTE dispensáveis (o que renderá várias surpresas, assistam!), além de poder criticar o governo americano. Na prática, tivemos um muito promissor recomeço para a franquia, e se a Warner/DC manter James Gunn no comando, e com total liberdade, ele tem tudo para fazer um próximo filme tão bom quanto Guardiões da Galáxia ou talvez até melhor! Nota: 7,0



PS: como curiosidades, não posso deixar de comentar a pequena (mas importante) participação da brasileira Alice Braga, sobrinha de Sônia Braga, como uma líder rebelde de Corto Maltese, e que Sylvester Stallone é quem faz as vozes do personagem Tubarão-Rei.

Crítica - Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023)

Título : Indiana Jones e a Relíquia do Destino ("Indiana Jones and the Dial of Destiny", EUA, 2023) Diretor : James Mangold Atores...