Mais dois filmes lançados bem recentemente na Netflix cuja crítica trago aqui no Cinema Vírgula. Ambos misturam ação, comédia e vários atores famosos. Mas serão idênticos também em qualidade? Leiam abaixo para descobrir a resposta!
Diretor: Shawn Levy
Atores principais: Ryan Reynolds, Walker Scobell, Mark Ruffalo, Jennifer Garner, Catherine Keener, Zoe Saldaña, Alex Mallari Jr
Não vejo nada demais em Ryan Reynolds como ator, mas quando ele fez Deadpool em 2016 sua carreira mudou totalmente. Meio que misturando a vida real com a ficção, desde então Reynolds passou a fazer apenas filmes de ação misturado com comédia, e mais ainda, passou a entregar sempre produções bem divertidas. É uma fórmula que pelo jeito ainda renderá vários frutos e está longe de se desgastar. Por exemplo, ano passado ele lançou o bom Free Guy: Assumindo o Controle, e depois Alerta Vermelho, um filme bem meia boca, mas que ainda assim também diverte bastante. E 2022 começa com outra comédia de ação de Ryan, O Projeto Adam. Mais uma vez, diversão garantida.
A história de ficção científica e viagem no tempo começa em 2050, onde vemos Adam (Reynolds) voltando do futuro para 2022 em uma missão misteriosa. Mas algo dá errado e ele acaba precisando de sua versão de 12 anos (Walker Scobell) para completá-la. A história então "brinca" com a relação e traumas do Adam adolescente e adulto com eventos relacionados aos seus pais (interpretados por Mark Ruffalo e Jennifer Garner).
Ainda que não seja o foco de O Projeto Adam, o filme traz efeitos especiais bem interessantes e respeitáveis. Como disse antes, a história está mais interessada no relacionamento entre os personagens, e misturando drama com humor (e várias referências a cultura pop), resulta em uma produção que se não é brilhante nem original, pelo menos emociona e diverte.
Ah, e para quem não entendeu a piada (muito boa, aliás) da camiseta que tem uma foto do Nicolas Cage mas com o nome John Travolta embaixo, trata-se de uma referência ao bom filme de ação A Outra Face, de 1997. Nota: 7,0.
Diretor: Judd Apatow
Atores principais: Karen Gillan, Iris Apatow, Fred Armisen, Maria Bakalova, David Duchovny, Keegan-Michael Key, Leslie Mann, Kate McKinnon, Pedro Pascal, Guz Khan, Peter Serafinowicz
Filme que estreou mundialmente neste 1º de Abril, A Bolha é uma comédia com elenco numeroso, estrelando dezenas de atores e comediantes famosos, e como se isso já não bastasse a produção ainda acrescenta algumas participações especiais, como a dos atores James McAvoy, Daisy Ridley e John Cena, e o cantor Beck dentre outros.
Geralmente um filme não encontraria espaço para tanta gente na tela, e o problema deste A Bolha é justamente o contrário: ele dá minutos para todos. Portanto, para ter cenas de todos seus personagens, a produção é desnecessariamente longa, desconexa, e com graves problemas de ritmo.
Na história, a maior parte do elenco são atores de uma famosa franquia de ação, a fictícia "Feras do Abismo" e eles estão "presos" dentro de um estúdio durante a fase mais grave da pandemia de Covid-19 para gravar o sexto filme da série. A comédia faz piadas sobre como os atores são "mimados" e deslocados do mundo real, além de piadas sobre a indústria do entretenimento como um todo, e de eventuais absurdos no combate à pandemia.
E olha, algumas piadas são até engraçadas - dei algumas risadas - e o carisma do elenco ajuda. Porém temos muitas piadas e cenas praticamente idênticas repetidas o tempo todo à exaustão, o que faz de A Bolha algo que vai muito mais pro chato do que pro divertido. Uma pena, já que gosto de Karen Gillan e ela - que seria o mais próximo de uma protagonista deste filme - merecia algo de mais qualidade para demonstrar seu talento de atriz. Nota: 5,0.
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