Diretor: Tate Taylor
Atores principais: Emily Blunt, Haley Bennett, Rebecca Ferguson, Justin Theroux, Luke Evans, Edgar Ramírez, Laura Prepon, Allison Janney
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kmQ1WcX425E
Nota: 7,0
Nota: 7,0
Boa história e boas atuações sustentam o filme apesar da direção problemática
Baseado no livro homônimo bestseller (inclusive no Brasil) da autora britânica Paula Hawkins, A Garota no Trem é uma mistura de filme policial / suspense com o drama de três mulheres bem diferentes - Rachel (Emily Blunt), Megan (Haley Bennett) e Anna (Rebecca Ferguson) - mas cujos destinos se cruzam bastante nos dias atuais. Certa tarde Megan desaparece, e Rachel nos é apresentada como possível culpada e também como possível solucionadora do mistério.
A grande maioria do filme é narrada sob o ponto de vista de Rachel; em segundo lugar aprendemos sobre Megan e finalmente, vemos bem pouco sobre Anna. Independente do tempo de história de cada uma das personagens, todas elas possuem uma vida interessante e repleta de reviravoltas. Eis portanto o ponto forte de A Garota no Trem: as aparências enganam bastante e há muito mais por trás de cada uma destas três mulheres do que julgamos quando as vimos pela primeira vez.
Já a trama policial de A Garota no Trem, se não é lá tão original (baseia-se no testemunho duvidoso de observadores remotos, como já vimos no clássico Janela Indiscreta do mestre Hitchcock) ainda assim agrada, sendo bastante interessante e atiçando o "detetive" dentro de cada um de nós. Outra qualidade do filme é trio de atrizes protagonistas, que atuam muito bem, especialmente Emily Blunt e a bela Haley Bennett.
Pelo tema policial, pelas reviravoltas, e pela marcante presença feminina, a comparação de A Garota no Trem com Garota Exemplar é inevitável. Mas por que o primeiro filme está sendo tão criticado pela crítica nacional em contraste com os muitos elogios para o segundo? A diferença está na direção.
Se Garota Exemplar conta com a ótima direção do ótimo e consagrado David Fincher, A Garota no Trem conta com um diretor bem menos hábil - Tate Taylor - que até agora só possui um sucesso em sua curta carreira: o bom Histórias Cruzadas, que não é um filme de suspense (onde Fincher manda tão bem).
E aonde é que Taylor falha? Bem, lhe falta comedimento em vários aspectos: a trilha sonora é muito exagerada, pesada e repetitiva, o que torna o filme desnecessariamente melancólico e cansativo; o alto número de flashbacks curtos atrapalha o ritmo da história; e há também bastante exagero na quantidade de cenas de delírio / confusão mental de Rachel. Para completar, depois que descobrimos quem é o "vilão" (ou vilã) da trama, a história se prolonga bem mais que o necessário.
Notem que alguns dos problemas citados no parágrafo anterior não são exclusivos do diretor e também recaem sobre a roteirista Erin Cressida Wilson. A impressão que tenho é que ela teve em mãos um ótimo material (o livro de Paula Hawkins) mas não soube adaptá-lo muito bem para as telonas.
Não concordo com a chuva de criticas que a imprensa nacional coloca em A Garota no Trem. Apesar dos problemas na direção, o filme é bem acima da média e certamente agradará os fãs de filmes de suspense. Muitos estão chamando A Garota no Trem de uma cópia mal feita e previsível de Garota Exemplar. De fato, o filme de Fincher é bem melhor, ainda assim, A Garota no Trem não me foi previsível e ambos os filmes merecem ser conferidos. Nota: 7,0
A grande maioria do filme é narrada sob o ponto de vista de Rachel; em segundo lugar aprendemos sobre Megan e finalmente, vemos bem pouco sobre Anna. Independente do tempo de história de cada uma das personagens, todas elas possuem uma vida interessante e repleta de reviravoltas. Eis portanto o ponto forte de A Garota no Trem: as aparências enganam bastante e há muito mais por trás de cada uma destas três mulheres do que julgamos quando as vimos pela primeira vez.
Já a trama policial de A Garota no Trem, se não é lá tão original (baseia-se no testemunho duvidoso de observadores remotos, como já vimos no clássico Janela Indiscreta do mestre Hitchcock) ainda assim agrada, sendo bastante interessante e atiçando o "detetive" dentro de cada um de nós. Outra qualidade do filme é trio de atrizes protagonistas, que atuam muito bem, especialmente Emily Blunt e a bela Haley Bennett.
Pelo tema policial, pelas reviravoltas, e pela marcante presença feminina, a comparação de A Garota no Trem com Garota Exemplar é inevitável. Mas por que o primeiro filme está sendo tão criticado pela crítica nacional em contraste com os muitos elogios para o segundo? A diferença está na direção.
Se Garota Exemplar conta com a ótima direção do ótimo e consagrado David Fincher, A Garota no Trem conta com um diretor bem menos hábil - Tate Taylor - que até agora só possui um sucesso em sua curta carreira: o bom Histórias Cruzadas, que não é um filme de suspense (onde Fincher manda tão bem).
E aonde é que Taylor falha? Bem, lhe falta comedimento em vários aspectos: a trilha sonora é muito exagerada, pesada e repetitiva, o que torna o filme desnecessariamente melancólico e cansativo; o alto número de flashbacks curtos atrapalha o ritmo da história; e há também bastante exagero na quantidade de cenas de delírio / confusão mental de Rachel. Para completar, depois que descobrimos quem é o "vilão" (ou vilã) da trama, a história se prolonga bem mais que o necessário.
Notem que alguns dos problemas citados no parágrafo anterior não são exclusivos do diretor e também recaem sobre a roteirista Erin Cressida Wilson. A impressão que tenho é que ela teve em mãos um ótimo material (o livro de Paula Hawkins) mas não soube adaptá-lo muito bem para as telonas.
Não concordo com a chuva de criticas que a imprensa nacional coloca em A Garota no Trem. Apesar dos problemas na direção, o filme é bem acima da média e certamente agradará os fãs de filmes de suspense. Muitos estão chamando A Garota no Trem de uma cópia mal feita e previsível de Garota Exemplar. De fato, o filme de Fincher é bem melhor, ainda assim, A Garota no Trem não me foi previsível e ambos os filmes merecem ser conferidos. Nota: 7,0