Diretor: Michael Dougherty
Atores principais: Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Ken Watanabe, Ziyi Zhang, Bradley Whitford, Sally Hawkins, Charles Dance, Thomas Middleditch, Aisha Hinds
Monstros legais e humanos chatos
Sempre que temos um filme de “monstros gigantes”, os bichões são pouco exibidos na tela e, por sua vez, vemos na maior parte do filme cenas com humanos comuns. Isto acontece por dois motivos principais: o maior deles é para diminuir custos... afinal, fazer horas e horas de cenas com computação gráfica ainda é bem caro. E o outro motivo é ter em tela alguém com quem o espectador pode se identificar, sentir empatia.
Portanto, é bastante comum que em produções deste tipo a parte melhor seja com estes "Titãs", e o ponto fraco seja a história com os humanos. Esta regra já se cumpriu com o bom primeiro filme de 2014, mas ficou muito mais evidente com este Godzilla II: Rei dos Monstros.
A ideia para a trama principal não é ruim: a explicação para termos tantos bichos gigantes na Terra - cerca de 20, embora só vemos de maneira relevante o Godzilla, a Mothra (uma mariposa), o Rodan (que surgiu originalmente nos cinemas como um pteranodonte, mas neste filme é um pássaro) e o "Rei" Ghidorah (uma espécie de dragão alado com 3 cabeças) - ou ainda, porque eles só "ressuscitaram" agora, são consideravelmente plausíveis.
Os atores, pelo menos em teoria, são de boa qualidade - aqui temos vários atores famosos, principalmente vindo de seriados de TV - e o vilão (Charles Dance) não é tão caricato, e suas motivações não são das piores.
Mesmo assim estas "qualidades" não impediram que as cenas com os personagens humanos fossem extremamente chatas e enfadonhas. Os diálogos são horríveis, as atuações são repletas de canastrice... simplesmente não dá para se importar com nenhum dos personagens em tela. E para tristeza de todos, as cenas com os humanos são grande parte do filme.
As lutas dos monstros são legais e não decepcionam. O design dos personagens é bem bacana (melhores do que do filme de 2014) e os efeitos especiais são bem feitos. Ainda assim, até nesta parte Godzilla II perde para seu antecessor: aqui temos ainda menos cenas com os Titãs e as lutas são menos inspiradas. E olha que para Godzilla II: Rei dos Monstros os produtores e diretor tiveram em mãos o dobro de orçamento (U$ 300 milhões contra U$ 150 milhões do filme anterior).
A franquia que renasceu em Hollywood cinco anos atrás tinha tudo para se estabelecer nesta sua continuação. Entretanto, pelo trabalho mal feito - que está se refletindo na baixa bilheteria - dificilmente teremos um Godzilla 3. Sinceramente não sei de onde os estúdios tiram a idéia deixar nas mãos de franquias tão grandes diretores tão fracos e inexperientes (e saiba que como agravante em Godzilla 2 o diretor Michael Dougherty também foi o escritor... justo ele que também foi o roteirista, por exemplo, de X-Men: Apocalipse). Godzilla II: Rei dos Monstros é um filme mediano que só vai agradar quem realmente ama lutas de monstros gigantes. Nota: 5,0
PS: o filme possui uma cena pós-créditos, após passarem todos os letreiros.
Portanto, é bastante comum que em produções deste tipo a parte melhor seja com estes "Titãs", e o ponto fraco seja a história com os humanos. Esta regra já se cumpriu com o bom primeiro filme de 2014, mas ficou muito mais evidente com este Godzilla II: Rei dos Monstros.
A ideia para a trama principal não é ruim: a explicação para termos tantos bichos gigantes na Terra - cerca de 20, embora só vemos de maneira relevante o Godzilla, a Mothra (uma mariposa), o Rodan (que surgiu originalmente nos cinemas como um pteranodonte, mas neste filme é um pássaro) e o "Rei" Ghidorah (uma espécie de dragão alado com 3 cabeças) - ou ainda, porque eles só "ressuscitaram" agora, são consideravelmente plausíveis.
Os atores, pelo menos em teoria, são de boa qualidade - aqui temos vários atores famosos, principalmente vindo de seriados de TV - e o vilão (Charles Dance) não é tão caricato, e suas motivações não são das piores.
Mesmo assim estas "qualidades" não impediram que as cenas com os personagens humanos fossem extremamente chatas e enfadonhas. Os diálogos são horríveis, as atuações são repletas de canastrice... simplesmente não dá para se importar com nenhum dos personagens em tela. E para tristeza de todos, as cenas com os humanos são grande parte do filme.
As lutas dos monstros são legais e não decepcionam. O design dos personagens é bem bacana (melhores do que do filme de 2014) e os efeitos especiais são bem feitos. Ainda assim, até nesta parte Godzilla II perde para seu antecessor: aqui temos ainda menos cenas com os Titãs e as lutas são menos inspiradas. E olha que para Godzilla II: Rei dos Monstros os produtores e diretor tiveram em mãos o dobro de orçamento (U$ 300 milhões contra U$ 150 milhões do filme anterior).
A franquia que renasceu em Hollywood cinco anos atrás tinha tudo para se estabelecer nesta sua continuação. Entretanto, pelo trabalho mal feito - que está se refletindo na baixa bilheteria - dificilmente teremos um Godzilla 3. Sinceramente não sei de onde os estúdios tiram a idéia deixar nas mãos de franquias tão grandes diretores tão fracos e inexperientes (e saiba que como agravante em Godzilla 2 o diretor Michael Dougherty também foi o escritor... justo ele que também foi o roteirista, por exemplo, de X-Men: Apocalipse). Godzilla II: Rei dos Monstros é um filme mediano que só vai agradar quem realmente ama lutas de monstros gigantes. Nota: 5,0
PS: o filme possui uma cena pós-créditos, após passarem todos os letreiros.