quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Ficção científica as vésperas do fim do mundo

Como todos sabem – a menos que você seja muito desinformado – o mundo acabará em breve, no dia 21 de dezembro de 2012. :)

Mas antes que o mundo acabe, faço duas indicações para passar o tempo até lá. São obras de ficção científica que entendo nos fazer refletir sobre o assunto, e por isto irei aproveitar a oportunidade para ler (um livro) e rever (um filme) estas obras para "entrar no clima" deste evento vindouro rs.

A primeira indicação é de um livro que nunca li. Por isto não sei se é bom ou não. Mas promete. E comecei a ler ele ontem.


Se trata de “O Cair da Noite” (“Nightfall” no original), livro escrito a quatro mãos por Isaac Asimov e Robert Silverberg. E que acaba de ser republicado no Brasil, pela editora Arte & Letra (não, não estou recebendo jabá por isto, quem dera).

A premissa é a seguinte. Estamos no planeta Kalgash, onde existem seis sóis e consequentemente, nunca há noite. Então, duas descobertas científicas mudam tudo o que se pensava por lá. Primeiramente, arqueólogos descobrem evidências de que sua civilização vêm constantemente sendo destruída e reconstruída a cada 2 mil anos. Segundo – e talvez ainda mais chocante - astrônomos descobrem que a órbita do planeta não é regular, e que em breve não somente estarão orbitando apenas um sol, como ainda, irão experimentar um eclipse solar total. Pela primeira vez, portanto, eles verão a escuridão.

Querem algo mais relacionado ao fim do mundo que isto? E aparentemente, o pessoal de Kalgash está numa situação bem pior que a nossa. :)

A segunda indicação é sobre um filme clássico. “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, do diretor Stanley Kubrick. Se não é sobre o fim do mundo, é sobre um momento crítico da história da humanidade. E nos questiona o "de onde viemos", "por que viemos".


Para várias pessoas, “2001” é como se fosse “o filme mais chato de todos os tempos”. De fato, é um filme absurdamente lento, difícil de assistir, e difícil de entender.

De minha parte, minha visão sobre este filme de Kubrick nunca foi assim extrema. Considero-o um bom filme, porém, que me frustra – confesso - pelo seu final “confuso” que nunca entendi muito bem.
O que mudou, para eu querer assistí-lo novamente? Bem, em primeiro lugar, eu só o assisti uma vez, e tinha uns 15 anos. Acho que mudei um pouco de lá pra cá. :)

E em segundo lugar, assisti semana passada um ótimo vídeo do crítico Pablo Villaça analisando “2001”. O vídeo é antigo, mas vi só agora. E além de dar aula sobre as técnicas usadas pelo diretor, ele explica o final. Agora, vou assistir o filme novamente e verificar se compartilho de suas conclusões ou não. Para quem se interessar pelo assunto, segue o link para o vídeo do Pablo, publicado em duas partes.


O bacana de “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, é que ele é um bom contraponto ao livro que citei. Afinal, é um filme otimista. Para ele, a humanidade evolui. E ainda vai evoluir bastante antes do fim do mundo. :)

4 comentários:

Luis Pelin disse...

Jovem, sobre o Filme "2001 - Uma Odisséia no Espaço", tenho alguns pontos: o filme é lento mesmo, mas é muito bom. Porém, ele só é confuso porque o filme não pôde ter os detalhes do livro (ah vá!). Se ler o livro, você vai entender tudo perfeitamente. É muito detalhado e rico.

Ivan disse...

Olá Pelin! Obrigado por prestigiar meu blog! Demorou para eu responder, mas aqui estou. Não li o 2001 "livro", mas a título de curiosidade sei que ele foi escrito juntamente com o filme. E que seu escritor (Arthur C. Clarke), participou ativamente na produção do filme também.

O que eu estou querendo dizer hehe, é o seguinte: o livro pode ser mesmo bem melhor e mais claro que o filme. Só que não é o caso clássico de filme "mal adaptado" pois o filme não existia no momento das filmagens... foi tudo feito em paralelo, e com o aval do autor.

Grande abraço!

Unknown disse...

Realmente, 2001, livro e filme, foram escritos meio que a 4 mãos, com o Artur cuidando de um e o Estanlei cuidando do outro.

Só que eles não concordaram quanto ao final. Clarke gosta mesmo de tudo bem explicadinho, enquanto que Kubrick, que acredita na inteligência da humanidade, pelo menos da parte que vai ao cinema, sempre preferiu um final aberto, em que cada um pode colocar sua própria visão criando assim um filme único a cada vez que é visto (certamente o filme não será o mesmo, já que você também não é).

Abração!

Ivan disse...

Olá Heleno! Obrigado pelo comentário, não sabia da história. Aliás, sobre Kubrick, acho curioso o final de 2001. Pra mim é um final bem otimista em relação a humanidade... porém o diretor tem fama de pessimista e ranzinza... :)

Abraços!

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