Diretores: Joachim Rønning, Espen Sandberg
Atores principais: Pål Sverre Hagen, Anders Baasmo
Christiansen, Agnes Kittelsen
Nota: 7,0
“Interessante, principalmente por ser uma história real”
Seis europeus (cinco noruegueses e um sueco) resolvem provar que a Polinésia
foi originalmente povoada pelos índios sul-americanos e não pelos asiáticos,
conforme diz a ciência. Para isto, resolvem navegar 8000 km, do Peru à
Polinésia, atravessando o Oceano Pacífico em cima de uma simples jangada.
A história acima, que mistura tantos continentes, soa improvável, diria até bizarra. Porém, é
verídica e ocorreu em 1947. Esta aventura, denominada “Kon-Tiki” pelo seu
idealizador, o explorador Thor Heyerdahl, é o tema deste filme
norueguês de mesmo nome, Expedição Kon-Tiki, que foi inclusive um dos cinco
filmes indicados a Melhor Filme Estrangeiro para o Oscar 2013.
Sóbrio e competente tecnicamente, a principal qualidade de Expedição
Kon-Tiki é sua história, ou melhor, saber que é uma história real. Não se trata
exatamente de uma história de naufrágio, mas é uma história de seis pessoas a
deriva no mar. E embora os personagens não enfrentem nenhuma grande provação
hollywoodiana, mesmo assim a história se mantém interessante justamente por
contar algo que aconteceu de verdade. As adversidades encontradas são muito mais
psicológicas e de relacionamento do que, por exemplo, “grandes tempestades e
monstros do mar”.
O filme dá destaque demasiado para seu personagem principal,
Thor Heyerdahl (Pål Sverre Hagen), e com isto não desenvolve suficientemente os
demais coadjuvantes. Mesmo assim, o que nos é apresentado sobre os demais
personagens é o mínimo suficiente para distinguirmos cada um individualmente, e
entender seus conflitos.
Em outras palavras, em Kon-Tiki tudo é feito de maneira
simplificada, mas sempre competente, sem atrapalhar no resultado final. Sem
grandes emoções, mas muito longe de ser tedioso, não deixa de ser uma
experiência curiosa assistir um filme norueguês que alterna áudio de quatro
idiomas (Norueguês, Francês, Inglês e Sueco) e descobrir o que aconteceu,
afinal de contas, com estes seis “malucos” que resolveram arriscar a vida em
nome da ciência e da fama. Nota: 7,0.