sábado, 23 de novembro de 2013

Crítica – Blue Jasmine (2013)

Título: Blue Jasmine ("Blue Jasmine", EUA, 2013)
Diretor: Woody Allen
Atores principais: Cate Blanchett, Alec Baldwin, Sally Hawkins
Trailerhttp://www.youtube.com/watch?v=tQD2N1xE4m4
Nota: 7,0


Versatilidade de Cate Blanchett é o destaque deste novo Woody Allen

Mantendo sua tradição de entregar um novo filme por ano, o Woody Allen de 2013 é um drama, mudando bem o tom de seus últimos filmes (românticos), Para Roma, com Amor e Meia-Noite em Paris.

Na história, Jasmine (Cate Blanchett) era uma mulher que nunca trabalhou pois bem cedo casou com um marido muito rico, Hal (Alec Baldwin). Porém Hal era um enorme trambiqueiro, e após ser preso – e perder tudo – uma pós-colapso mental Jasmine foi obrigada a se mudar para a casa de sua “irmã pobre” São Ginger (Sally Hawkins) em São Francisco.

Então temos um filme alternando entre duas linhas temporais: vemos a ascensão e queda de Jasmine, e em paralelo vemos como ela se adapta a nova vida de pobreza. Para piorar as coisas, a “esnobe” Jasmine nunca gostou de sua irmã, não apenas pela pobreza material, mas também no que ela diria uma “pobreza de espírito”, ou seja, nos gostos de Ginger por homens, pela maneira de se vestir, etc. E é este conflito das irmãs o ponto principal da trama.

Para quem acompanha Cate Blanchett, é impressionante sua capacidade de representar papéis distintos. E é com grande maestria que esta “camaleão” australiana rouba a cena em Blue Jasmine. Sua atuação é forte, convincente – como rica esnobe e mulher a beira de um ataque de nervos – e o ponto alto do filme.

Blue Jasmine possui uma trama sem altos e baixos, e mais ainda, também é um filme uniformemente duro. Não há dramalhão, mas também não há alívio cômico. A história foca em mostrar a dura realidade das vidas distintas de Jasmine. Apesar do tom único, o filme se mantém interessante o tempo todo, com direito a pelo menos duas boas reviravoltas.

Escorregando por alguns esteriótipos de “pobre bom” e “rico ruim”, ao mesmo tempo o filme se redime disto ao deixar para o expectador a reflexão sobre qual das irmãs (a pobre ou a rica) é a mais feliz (ou mais infeliz).

Blue Jasmine não é um dos melhores trabalhos de Woody Allen, porém mesmo assim ele agrada, ressaltando mais uma vez a competência do diretor Nova Iorquino. Nota: 7,0

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Crítica - Em Ritmo de Fuga (2017)

Título :  Em Ritmo de Fuga ("Baby Driver", EUA / Reino Unido, 2017) Diretor : Edgar Wright Atores principais : Ansel Elgort, K...