domingo, 12 de julho de 2015

Crítica - Enquanto Somos Jovens (2014)

TítuloEnquanto Somos Jovens ("While We're Young", EUA, 2014)
Diretor: Noah Baumbach
Atores principais: Ben Stiller, Naomi Watts, Adam Driver, Amanda Seyfried, Charles Grodin
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=3wzLmJdeCMg
Nota: 5,0
Sem grandes emoções, além de não entregar o que promete

Sabiam que Enquanto Somos Jovens estreou nos cinemas brasileiros no mês passado? Pois é. Em parte por ter chegado aqui via uma distribuidora pequena (Mares Filmes), em parte pela grande concorrência de blockbusters como Jurassic World, o fato é que este foi um filme que passou desapercebido em território nacional.

Mas valia a pena tê-lo assistido? Não muito. Apesar de nomes famosos como Ben Stiller, Naomi Watts e Amanda Seyfried, Enquanto Somos Jovens não engrena. Pelo próprio nome do filme, e pelos trailers, o suposto tema do filme é do casal quarentão Josh e Cornelia (Stiller e Watts), desiludidos com o rumo de suas próprias vidas, conhecerem e se encantarem com um casal hipster de vinte e poucos anos: Jamie e Darby (Adam Driver, Amanda Seyfried). Assim, o casal "velho" passa a se comportar como jovens descolados.

E, de fato, este é o tom do filme em seu começo. Entretanto, esta premissa não é bem explorada: mais passamos o tempo conhecendo os personagens e seus universos do que propriamente vemos discussões a respeito do amadurecimento e do choque de gerações. E nisto de conhecermos os personagens, aprendemos que Josh é um cineasta fracassado, apaixonado por documentários, mas que está há 8 anos sem lançar nada, trabalhando de maneira preguiçosa em sua "grande obra".

É então que o foco do filme passa a ser a carreira do personagem de Stiller. Se por um lado com isto o filme ganha dramas e reviravoltas bem mais interessantes, por outro, esquece-se a trama vendida, e todos os demais atores. Sim: é um filme de Stiller e, como sempre, ele é irritante e sem carisma.

O tema de "adultos versus adolescentes" só é retomado na conclusão do filme, onde - ó, que surpresa - o casal mais velho entende que amadurecer faz parte da vida. De novidade mesmo, é que o diretor e roteirista Noah Baumbach não alivia para os hipsters: os mesmos são apresentados como pessoas rasas e nada espontâneas.

Baumbach, que também possui a mesma idade de "quarenta e poucos anos" dos protagonistas, é mais conhecido como roteirista do que diretor. Ele co-roteirizou dois filmes (A Vida Marinha com Steve Zissou (2004) e O Fantástico Sr. Raposo (2009)) do ótimo Wes Anderson. Mas mesmo esta sua maior carreira no roteiro não foi suficiente para ele entregar um bom roteiro em seu próprio filme. Em geral expositivo, seu texto alterna entre monotonia e alguns trechos interessantes. É pouco. Nota: 5,0

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