Diretor: Christopher McQuarrie
Atores principais: Tom Cruise, Rebecca Ferguson, Jeremy Renner, Simon Pegg, Sean Harris, Alec Baldwin, Ving Rhames
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=OT5PnSOV3Og
Nota: 8,0
Provavelmente o melhor da franquia, filme vai além de Tom Cruise
O segredo da longevidade da franquia Missão: Impossível reside em Tom Cruise. Produtor e estrela dos cinco filmes; e mais recentemente, transformando sua "mística" de dispensar dublês em cena de ação como objeto majoritário do marketing de seu novo trabalho.
Missão: Impossível - Nação Secreta já fez barulho antes da estréia, afinal, o fato de que ele andou de avião pendurado do lado de FORA (ver foto acima) correu o mundo. A cena, embora curta, é impressionante, vertiginosa. Para mais detalhes sobre sua produção, clique aqui.
Não deixa de ser curioso, entretanto, que apesar de toda competência de Tom Cruise (e como o crítico Pablo Villaça costuma dizer, o americano é o ator que mais convence que está realmente se esforçando ao máximo em todas as suas cenas de ação), é o fato dele estar muito bem acompanhado (tanto dentro como fora das câmeras) o grande trunfo de Missão: Impossível - Nação Secreta.
Pela primeira vez como diretor na franquia (cada um dos 5 filmes teve um diretor diferente), Christopher McQuarrie faz um excelente trabalho, além de também ser o roteirista. Aliás, McQuarrie é mais conhecido justamente por seus bons roteiros, como por exemplo o do também excelente No Limite do Amanhã, que também conta com Tom Cruise. Cenas de ação muito bem filmadas, fluidas, empolgantes, e deixando bem claro para o espectador o que está acontecendo na tela; ótimo timing para o uso do humor e da trilha sonora, tudo muito bem feito tecnicamente.
Para as atuações, um elenco numeroso e bem estrelado (ver o "Atores principais" acima). E além do próprio Cruise, também roubam a cena Rebecca Ferguson (charmosa, convence bastante como espiã e atriz de ação), Simon Pegg (que é o alívio cômico sem ser ao mesmo tempo um "pateta", pelo contrário, alguém muito competente), e Sean Harris (que faz um vilão verdadeiramente mal e perturbado).
Na história, Ethan Hunt (Cruise) descobre que todos os atentados terroristas dos últimos anos são de responsabilidade do Sindicato, grupo que só ele acredita existir. Ao mesmo tempo em que é capturado pelos vilões, sua equipe (a IMF) é desmantelada pelo diretor da CIA Alan Hunley (Alec Baldwin) sob desculpa de se expor demais. Ao fugir do cativeiro graças a ajuda da misteriosa Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), Ethan acaba sendo duplamente perseguido pelo mundo: pelo Sindicato e pela CIA (já que como Hunt não aceitou "aposentar", agora é visto como fugitivo). Sua chance de redenção? Provar que o Sindicato existe e de quebra salvar o planeta.
Com um ritmo eletrizante, Missão: Impossível - Nação Secreta prende a atenção do espectador do começo ao fim. O roteiro tem alguns pequenos furos e exageros, mas em geral, é mais elaborado que o padrão para filmes de ação atuais. E isto é uma boa notícia. O enredo é dinâmico e apresenta boas reviravoltas.
Interessante notar que mesmo repetindo vários elementos dos filmes anteriores, Missão: Impossível - Nação Secreta não cansa, por "repetir sem se repetir". Explico: temos a longa perseguição de veículos de sempre? Temos. Mas agora, a maior perseguição é com motos, o que a torna muito mais barulhenta e perigosa. Temos a invasão de um prédio impossível de penetrar? Temos. Mas agora temos a presença de cenas subaquáticas.
O som também agrada bastante em M:I 5. Não só pela escolha de ótimas músicas (o que inclui algumas excelentes variações da música tema da franquia), mas também por usar o som ambiente para apimentar as cenas de ação (o motor das motos, ou ainda, o tom "épico" de uma peça de Ópera).
Com Tom Cruise estando bem como sempre, mas desta vez melhor acompanhado do que nunca, Missão: Impossível - Nação Secreta é provavelmente o melhor filme da franquia, que 19 anos após seu primeiro filme, continua em ascendência. Portanto, o fato de Missão: Impossível 6 já estar confirmado mesmo antes da estréia deste quinto capítulo nos cinemas, deve ser encarado como algo animador. Nota: 8,0
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