segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Crítica - Borg vs McEnroe (2017)

TítuloBorg vs McEnroe ("Borg McEnroe", Dinamarca / Finlândia / Suécia, 2017)
Diretor: Janus Metz
Atores principaisSverrir Gudnason, Shia LaBeouf, Stellan Skarsgård, Tuva Novotny, Robert Emms, Ian Blackman, Leo Borg
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=HxXjq6qWjzM
Nota: 7,0
Bom filme para o público geral, obrigatório para o fã de Tênis

Grandes rivalidades no esporte podem gerar ótimos filmes. É o caso, por exemplo, de Rush: No Limite da Emoção (2013), um dos melhores filmes sobre o assunto que já vi. Desta vez temos um filme sueco sobre a rivalidade de um de seus maiores ídolos - o tenista Björn Borg - com o estadunidense John McEnroe. Mais especificamente, Borg vs McEnroe conta a história dos dois no campeonato de 1980 em Wimbledon, onde a dupla se enfrentou na final, em uma partida que até hoje é considerada uma das maiores do Tênis em todos os tempos.

Borg vs McEnroe tem chamado atenção fora da Escandinávia e pode até receber indicações ao Oscar. A imprensa mundial tem comparado o filme com Rush, porém entre eles há sensíveis diferenças. Rush é uma produção muito maior e traz uma história bem mais abrangente, tanto no aspecto histórico quanto emocional; além de que divide quase igualmente o tempo entre seus dois protagonistas. Já Borg vs McEnroe por sua vez dedica seu tempo quase que exclusivamente em Björn Borg (na Suécia, aliás, o filme só se chama Borg).

Apesar de concentrar a vida dos dois tenistas apenas durante Wimbledon de 80, Borg vs McEnroe também mostra alguns flashes de ambos em sua infância, que nos ajudam a entender os passos que os levaram a tão distinto comportamento como adultos. E além do mundo do Tênis, o filme acaba sendo universal ao nos mostrar a pressão absurda que os atletas de ponta sofrem dos fãs, e principalmente da imprensa.

Apesar de dedicar vários bons minutos em quadra mostrando a partida da final entre os dois, em termos esportivos as imagens são quase irrelevantes. O filme tem mérito ao não deixar o espectador perdido, entendemos o tempo todo o que está acontecendo. Ainda assim, mal vemos uma disputa de pontos por inteiro, são apenas pedaços de imagens.

De qualquer forma, isto não tira o brilho de Borg vs McEnroe. O filme é bem sucedido em mostrar porque ambos os tenistas foram prodígios, nos faz entender porque Borg abandonou a carreira tão precocemente, e que McEnroe nunca foi a pessoa ruim que parecia. Borg vs McEnroe é interessante para qualquer tipo de público, e essencial para os fãs de Tênis. Nota: 7,0

PS: a semelhança do ator principal Sverrir Gudnason com o verdadeiro Björn Borg é impressionante (vejam na foto do post os atletas reais e os respectivos atores lado a lado). E mais impressionante ainda é ver quanto o ator que interpretou o Borg criança é idêntico às fotos do tenista real com esta idade. Só que no segundo caso há uma pequena trapaça: o ator que faz o jovem Borg é nada menos que Leo Borg, o filho caçula real de Björn Borg.

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