terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Os 8 Melhores Consoles de Videogame de Todos os Tempos


Já vi dezenas de listas sobre os "melhores consoles de todos os tempos", e nenhuma ficou muito próxima da minha. Talvez por que quem escreve estes rankings não acompanhou o mercado de videogames desde o começo, quando "tudo era mato", como eu tive oportunidade de fazer? rs. Não sei. Enfim, seguem aqui os 8 consoles de videogame que mais admiro (não inclui os portáteis, apenas consoles "de mesa"). Eles estão listados abaixo em ordem cronológica de lançamento, mas se quiserem ver o ranking numerado com a minha preferência, só vão encontrá-lo no final do artigo rs.



Atari 2600 (EUA, 1977, 2ª geração)


Por mais "toscos" que seus jogos possam parecer nos dias de hoje, o Atari 2600 não só foi o primeiro videogame que joguei, mas também foi o primeiro videogame de dezenas de milhões de jogadores em todo o mundo. Foi o primeiro console "para se jogar em casa" que se tornou verdadeiramente popular, e seu modelo de negócio é base de toda a indústria de videogames atual. Por exemplo, foi o Atari 2600 (originalmente lançado como Atari VCS) quem popularizou os cartuchos ROMs que seriam usados por consoles posteriores por décadas.

O Atari 2600 foi certamente o responsável por inserir videogames na casa das pessoas do Ocidente; e se não o fez no Oriente (que o Atari não alcançou), pelo menos ele foi a fagulha que proporcionou à Nintendo a coragem de lançar seu primeiro "home" console alguns anos depois, o NES.

Com limitadíssimas capacidades de gráfico, cores, som e armazenamento, restou aos desenvolvedores de jogos para o Atari abusar da criatividade, criando alguns jogos inovadores e memoráveis, como por exemplo: Adventure, River Raid, Pitfall! e H.E.R.O..



Sega Master System (Japão, 1985, 3ª geração)


Sendo o melhor dentre todos os consoles de 8 bits, o Master System tinha um hardware bem superior ao seu rival "Nintendinho" (NES). Entretanto, devido a péssimas decisões comerciais e de marketing, e somado ao fato de que a Nintendo tinha a exclusividade nos jogos da maioria das produtoras de games da época, este brilhante console da SEGA ficou bem atrás das vendas do NES, principalmente nos EUA.

Azar dos EUA, que perderam a oportunidade de jogar algo bem melhor e mais empolgante: jogos como Phantasy Star, Alex Kidd in Miracle World, Wonder Boy 3 e 5, e vários jogos da franquia Disney, como por exemplo Land of Illusion Starring Mickey Mouse eram muito superiores em gráficos e som do que qualquer jogo do NES. Outra diferença gritante entre o Master System e o Nintendinho eram as cores: o console da SEGA possuía cores mais claras e vivas; aliás a paleta de cores do Master é uma das melhores que já vi até hoje.

O quase "monopólio" da Nintendo para distribuir jogos de empresas terceiras acabou gerando algo positivo: obrigar a SEGA a desenvolver seus próprios jogos, muitos deles excelentes, o que acabou gerando franquias inéditas de games que futuramente colocariam a SEGA no mesmo patamar de vendas da Nintendo. Em resumo o NES tinha uma biblioteca de jogos muito maior que a do Master, e também, claro, tinha ótimos jogos. Porém os melhores jogos do Master System eram superiores aos melhores jogos do NES e ponto final.

Os principais acessórios deste console da SEGA, a pistola Light Phaser e os Óculos 3D também eram bem superiores em qualidade comparando com as versões dos consoles rivais. Os tais óculos aliás eram quase revolucionários, porém tiveram vida curta: poucos jogos compatíveis, e com a entrada para uso já removida para todas as versões seguintes do console, a partir do Master System II internacional (Master System 3 no Brasil). A se lamentar o fato de que apenas o Master System japonês recebeu em suas placas o chip de som FM, um componente que acrescentava uma enorme qualidade no som do sistema, possibilitando os videogames caseiros com melhores sons já vistos (e incluo nisto os jogos de computadores pessoais), até o surgimento do PC Engine pela 4ª geração.

O legado do console em termos de jogos é maior do que a imprensa especializada costuma relembrar. Além de jogos que marcaram história no mundo dos videogames como os já citados Phantasy Star e Alex Kidd in Miracle World, o Master System foi o único console até hoje que portou alguns arcades da SEGA como Alex Kidd: The Lost Stars e Shadow Dancer; o jogo Wonder Boy é melhor e maior que a versão do arcade, por possuir checkpoints, fases extras e fases bônus (por isso mesmo ele foi lançado no Japão como Super Wonder Boy). Outros exemplos nem envolvem fliperamas: lançado em dezenas de consoles, inclusive para consoles da 4ª geração, a versão do Master para California Games (nosso Jogos de Verão) é de longe a melhor dentre todas em todos os tempos.

O brilhante trabalho da TecToy fez com que o Master System se tornasse o mais "brasileiro" dentre todos os consoles que já pisaram por aqui: jogos portados exclusivamente para o Brasil (e também alguns jogos 100% brasileiros, como por exemplo o Castelo Rá-Tim-Bum), jogos traduzidos para o Português (algo simplesmente inimaginável para consoles na época), programa diário com dicas na TV aberta... e tudo isto culminou em um recorde: o velho Master é o videogame de maior longevidade de todos os tempos, e ele continua em produção aqui no Brasil até hoje. 



Mega Drive / Genesis (Japão, 1988, 4ª geração)


Pegue o já excelente Master System e o melhore muito em tudo. Faça o primeiro console com processamento verdadeiramente em 16 Bits do mundo (o PC-Engine era 16 Bits apenas no processador gráfico). E mais ainda, faça tudo isso um ano e meio antes da gigante única dos videogames, a Nintendo. Tudo isto é o sensacional Mega Drive (ou SEGA Genesis nos EUA), que seria o primeiro grande console daquela que considero a maior dentre todas as gerações de consoles.

A evolução dos jogos comparando com a geração anterior era enorme: era um deleite jogar em casa as adaptações exclusivas de clássicos arcade, como Out Run, Golden Axe, Altered Beast e etc. E o fato da SEGA lançar um produto de grande qualidade bem antes da Nintendo fez com que enfim ela competisse com a gigante rival em vendas. Se a empresa do Mario tinha quase 50% do mercado da 4ª geração, a SEGA a seguia de perto, com quase 40%.

Uma enorme contribuição do Mega Drive para o mundo dos videogames foi seu foco em jogos de esportes, em parceria com a desenvolvedora Electronic Arts. Seguindo o plano de marketing dos presidentes da Sega of America (Michael Katz até metade de 1990, e Tom Kalinske após ele), o Mega Drive foi quem efetivamente colocou jogos de esportes de qualidade dentro dos consoles caseiros, e dava um banho no rival SNES neste gênero. Os primeiros jogos de esportes, da era Katz, eram exclusivos do console e eram associados aos maiores esportistas do momento: Pat Riley Basketball, Arnold Palmer Tournament Golf, James 'Buster' Douglas Knockout Boxing, Joe Montana Football, Tommy Lasorda Baseball; mas os melhores jogos viriam depois, já sob Kalinske: a série John Madden Football, a série FIFA, a série NHL, a série NBA. Embora estes jogos não fossem mais exclusivos (eles também eram lançados no SNES), no Mega Drive / Genesis eles sempre chegavam às lojas alguns meses antes do que no videogame rival.

Outro marco importante foi o lançamento do jogo Sonic the Hedgehog, em 1991, e que se tornaria o mascote oficial da SEGA desde então. Criado para desfrutar do máximo da capacidade gráfica do Mega Drive, o game cumpriu seu propósito e mostrou gráficos de qualidade com uma velocidade de movimento jamais visto na história dos videogames.

Com o objetivo de aproveitar ao máximo das enormes vendas do console, a SEGA lançou dois adicionais bem ousados e caros: o Sega CD (1993) e o 32X (1994). Ainda que o 32X tenha recebidos ótimos jogos que aproximavam o Mega Drive mais do que nunca dos arcades, ambos apetrechos receberam pouca atenção, decepcionando a todos que investiram dinheiro neles, e iniciando o clima de insatisfação que futuramente se tornaria um dos fatores que justificaram o fracasso do console seguinte, o SEGA Saturn.



Super NES (Japão, 1990, 4ª geração)


Se nos 8 bits o console da Nintendo era bem inferior tecnicamente do que o da SEGA, na geração dos 16 bits a empresa do Mario deu o troco. O Super NES tinha uma capacidade bem maior do que o rival Mega Drive, e após alguns meses com vendas mornas, ganhou o gosto do público e foi um enorme sucesso, sendo o console mais vendido da geração.

O "Nintendinho" trouxe vários ótimos jogos e franquias... mas ainda assim com baixa qualidade de som e imagem. Com o Super NES, franquias como Super Mario BrosMetroid, Castlevania, etc finalmente ganharam visual e músicas que mereciam, e viraram jogos espetaculares.

Se o Mega Drive era superior em jogos de esportes, o Super NES era melhor nos jogos de RPG. Os exclusivos Final Fantasy, Zelda, Mario RPG e Chrono Trigger tinham uma qualidade incrível, tanto de jogabilidade quanto em história. Outro gênero que o SNES vencia era o de carros de corrida: Top GearF-Zero e Super Mario Kart foram franquias exclusivas e excelentes que estrearam neste console.

Em 1994 o SNES apresentaria ao mundo mais uma revolução, o jogo Donkey Kong Country, jogo de plataforma onde os personagens apareciam pela primeira vez em 3D. Aproveitando-se ao máximo do console, a Nintendo ganhou muito dinheiro com a série Donkey Kong Country, e deixava claro que era possível continuar evoluindo seus jogos apenas com seu console base, ao contrário do rival Mega Drive, que precisava do 32X incorporado para fazer algo similar.

Somando prós e contras do Super NES e do Mega Drive, ambos foram consoles incríveis, com extensas bibliotecas de jogos (muitos deles em comum), e para dizer qual dos dois foi melhor vai mesmo do gosto do jogador... enquanto eles "empatavam" em jogos de luta e plataforma, repito que o primeiro vencia no RPG e o segundo vencia em jogos de esportes. O que importa é que estes dois videogames foram tão bons que pra mim deixam a 4ª geração como a melhor de todos os tempos. E isso que nem falei de mais um console dela, que vem a seguir...



Neo Geo (Japão, 1991, 4ª geração)

O maior sonho de todo console dos anos 80 e 90 era se igualar as potentes máquinas dos fliperamas; e portanto, nada mais justo colocar na lista de melhores consoles aquele que foi o primeiro a verdadeiramente atingir este feito. Tanto é verdade, que quando o Neo Geo AES (o console caseiro) foi colocado à venda, ele rodava exatamente os mesmos jogos do Neo Geo MVS (a versão arcade, lançada um ano antes).

O Neo Geo era tão mais avançado que os demais consoles da 4ª geração que há quem diga que ele deveria pertencer a uma geração a parte, ou seja, a geração "4,5". Tanta tecnologia, ironicamente, acabou sendo a origem de seu fracasso comercial: seus altos preços.

Quando o console saiu, ele era bem mais caro que os concorrentes (literalmente 2x ou 3x mais caro, dependendo do modelo), e para piorar tinha uma biblioteca de jogos muito pequena, já que as produtoras de jogos já estavam fechadas com a SEGA e principalmente com a Nintendo, obrigando a SNK a desenvolver seus próprios títulos. A diferença de preços também atingia os jogos, já que os gigantescos cartuchos com cerca de 300 MB eram caríssimos.

A SNK Corporation até tentou salvar o console lançando o Neo Geo CD em 1994, uma opção bem mais em conta principalmente na hora da compra dos jogos, pois a produção de CDs era muito mais barata. Porém o leitor de CD era de velocidade apenas 1x, muito lento para o que o console precisava, e o que deveria ajudar, pirou a imagem do console, que ficou com a famoso pela demora com que os jogos de CD carregavam. Meses depois, surgiu o Playstation com seu leitor de velocidade 2x, e isso praticamente decretou o fim do Neo Geo (aliás, o Playstation massacrou toda a concorrência da época quando chegou). A SNK até fez uma última tentativa em 1995, lançando o Neo Geo CDZ, agora com leitor de 2x. Mas já era tarde demais; os consoles de 5ª Geração já dominavam amplamente o mercado, com jogos bem mais avançados.

Ainda hoje dá para cravar que o Neo Geo foi o melhor console para jogos de luta de "um contra um" em 2D em todos os tempos: Art of FightingFatal Fury, Samurai Shodown, The Last Blade, The King of Fighters são apenas algumas franquias que sugiram e tiveram vários títulos no Neo Geo. E se engana quem acha que o console só tinha jogos bons deste tipo, como veremos a seguir.

Jogos de esporte? O Neo Geo tinha os ótimos Windjammers (vários mini jogos usando frisbee), Goal! Goal! Goal! e a franquia Super Sidekicks (futebol), Street Slam (basquete de rua), além de vários títulos para Futebol Americano e Baseball; Jogos de ação e plataforma? ele tinha a espetacular franquia Metal Slug e outros jogos como Magician Lord e Top Hunter; Jogos Beat 'em up?, havia a franquia Sengoku e o Mutation NationJogos de "navinha"? haviam Aero Fighters, Blazing Star, Last Resort, Prehistoric Isle 2Pulstar. Ou seja, jogos incríveis não faltavam, mas ainda assim sua pequena biblioteca (cerca de 160 jogos no total, já considerando cartuchos + CDs) é apontada como "defeito" deste console.

Em sua lista de "ausências", o Neo Geo não tinha jogos em 3D, o que lhe "impediu" de trazer jogos de simulação de corrida ou de tiro em primeira pessoa. Os RPGs também praticamente não existiam (apenas o Crossed Swords teve alguma relevância), e imagino que isso se deva ao fato de que por ser um console pensado nos fliperamas, a grande maioria dos jogos do console eram feitos para serem rápidos e casuais. Ainda assim, o Neo Geo deixou um importante legado para os jogos "demorados": foi o primeiro console caseiro a ter um cartão de memória removível para jogos salvos.

Junto com o Master System, o Neo Geo é o console cujo destino comercial eu mais lamento. Ele merecia um sucesso muuuuito maior. Mas seu alto custo e um mísero erro de estratégia (o CD de velocidade 1x) foram suficientes para que este console tivesse vida curta. Sim, o mercado dos videogames é injusto muitas vezes.



Playstation 2 (Japão, 2000, 6ª geração)


Embora eu tenha jogado bastante - e adorado - o Playstation 1, em geral eu não gosto da 5ª geração de videogames, repleta de jogos 3D "quadradões". Mas quando o Playstation 2 chegou, não somente resolveu de vez esta limitação gráfica como trouxe uma evolução incrível em relação ao seu modelo anterior.

Fica até difícil explicar o quanto o PS2 é bom... mas saibam que ele é até hoje o console mais vendido de todos os tempos, teve mais de 3800 jogos lançados, e também costuma ser eleito "o" melhor console de todos os tempos pela crítica especializada.

Playstation 2 foi o primeiro console a rodar jogos em DVD, o que foi um enorme atrativo na época, já que ele também permita rodar DVDs de filmes e música. E ainda funcionava com os jogos em CD do Playstation anterior, sendo o primeiro console de mesa "famoso" a ter retrocompatibilidade sem depender de algum acessório externo extra para isto (o único console a fazer isto antes dele foi o obscuro Atari 7800).

E por falar em jogar jogos "antigos", o Playstation 2 foi o primeiro console de mesa a lançar grandes clássicos arcades exclusivos da SEGA (isso sem contar os próprios consoles da SEGA, claro), via série SEGA Ages 2500. O nome 2500 vem do preço dos jogos no Japão, lançados a 2500 Ienes. Alguns jogos são cópias do arcade original, mas a maioria das versões são remakes exclusivos atualizando-os para os gráficos da época. Foram 33 títulos no total, sendo alguns deles coletâneas. É verdade que alguns destes remakes não ficaram bons, mas outros ficaram bem aceitáveis... e digo mais, só a intenção e bom gosto de relançar os jogos da SEGA já vale muitos elogios para este console!!!

Franquias famosas e exclusivas como Grand Theft Auto, Final Fantasy e Metal Gear Solid alcançaram uma qualidade gráfica inimaginável com o PS2. E ainda foi nele que surgiriam outras franquias excelentes, como God of War e Kingdom Hearts. Aliás, depois que eu vi rodando jogos como God of War (I e II), Shadow Of The Colossus e Okami, a conclusão que cheguei é que não seria mais necessário um videogame mais potente do que o Playstation 2: graficamente ele já conseguiu atingir tudo o que eu desejava. Porém minha visão mudou com o avanço da tecnologia: a chegada das TVs planas em HD criaram necessidade para evoluções gráficas.



Xbox 360 (EUA, 2005, 7ª geração)


O Xbox 360 é o primeiro console da 7ª geração, revolucionando o mercado de games ao ser o primeiro console com gráficos HD (480 pixels verticais), e também, pelo enorme avanço que trouxe em sua rede Xbox Live (que já existia desde 2002): pela primeira vez na história os usuários podiam "de fato" comprar jogos e jogar contra outros jogadores pela internet com ótima qualidade. Sim... jogar pela internet via consoles caseiros começou a decolar na geração anterior, inicialmente com o Dreamcast; porém foi só nesta geração que isto virou uma febre, e não é exagero dizer que o primeiro "culpado" foi o Xbox 360. Ele foi o primeiro videogame a conseguir rodar jogos de última geração para múltiplos jogadores online a nível global, além de trazer conceitos competitivos inovadores como as Conquistas e o GamerScore. Agora os jogadores poderiam ir atrás dos mais variados desafios - ao invés de apenas vencer os jogos - e se comparar com adversários do mundo inteiro.

Outro ponto que merece destaque é que a 7ª geração deu um salto de processamento de pelo menos 10x mais em relação à geração anterior. E o mais impressionante sobre todas as qualidades que disse sobre o Xbox 360 até aqui, é que ele fez tudo isso 1 ano antes de seu concorrente PlayStation 3 ser lançado! E, outra novidade: o Xbox 360 foi o primeiro console a vender controles sem fio junto com a versão padrão do videogame, embora também houvesse para venda a versão com controles de fios USB.

E mesmo já sendo um baita console por si só, ele também entrou na minha lista de melhores devido sua importância mercadológica: ele foi o primeiro (e até hoje único) videogame a se equiparar em vendas com o da rival Sony. Se o Xbox 360 não tivesse sido um sucesso de vendas e um real concorrente ao PlayStation 3, talvez hoje veríamos um completo monopólio da Sony no mercado, o que seria muito ruim para todo mundo.

O Xbox 360 também entra na minha lista por ter trazido o Kinect, o melhor controlador de movimentos  de sua época. Mesmo que longe de ter respostas de movimentos perfeitas, ele foi superior aos seus concorrentes diretos de mesma geração - Wii Remote (Nintendo Wii) e PlayStation Move (PlayStation 3) - por dispensar o uso de qualquer controle físico, sendo necessário apenas o próprio corpo do usuário. Ironicamente o grande ponto positivo do Kinect é também seu principal ponto negativo, já que qualquer jogo mais avançado necessita pelo menos de um "botão" para funcionar melhor. Na prática, o Kinect foi o melhor aparelho porém com os jogos mais simplórios. Ainda assim, foi um marco tecnológico muito impressionante.

Este incrível console poderia ter sido ainda mais bem vendido, e estar mais presente na lista dos "melhores consoles de todos os tempos" dos especialistas se não fosse o lamentável problema do Red Ring of Death, onde o aparelho "travava" e 3/4 do anel de Led que envolve o botão de liga/desliga do console ficavam permanentemente acesos em vermelho, indicando um erro de hardware (em geral devido a superaquecimento), deixando como única opção desligá-lo. Oficialmente a Microsoft fez de tudo para "minimizar" o problema, mas nunca dizendo a porcentagem real de consoles com defeito, limitando a dizer que era próximo da taxa de falha aceita pela indústria. De qualquer forma, eles estenderam a garantia do produto e trocavam os consoles com problemas. Pela falta de dados oficiais, até hoje é difícil mensurar as falhas de hardware do Xbox 360. Porém as revistas especializadas citam números que entre 30 a 60% dos consoles fabricados nos dois primeiros anos apresentaram algum defeito de hardware... um valor assustador! A Microsoft chegaria a resolver o problema lançando posteriormente outros 2 novos modelos corrigidos/melhorados do próprio Xbox 360, mas sua reputação ficou irremediavelmente manchada.



Playstation 4 (EUA, 2013, 8
ª geração)

Embora os antecessores Xbox 360 e Playstation 3 tivessem entregado em seus últimos anos alguns jogos que possuíam trechos com imagens em Full HD (1080 pixels, também conhecido com 2K), foi apenas nesta geração que os consoles rodaram 100% nesta qualidade gráfica.

Com os consoles da Sony e Microsoft cada vez mais parecidos entre eles (tanto em capacidade quanto em jogos), eu optei pelo Playstation 4 ao invés do Xbox One pois o PS4 é considerado levemente superior em hardware. Outro fato que me faz escolher esse console são seus jogos exclusivos; não apenas os jogos "novos" (nos quais me chamam a atenção principalmente as franquias The Last of UsGod of War), mas principalmente pelos remakes de clássicos do passado, como por exemplo Final Fantasy VII (PS1) e Shadow of the Colossus (PS2): para mim uma ideia excelente, esta, de adaptar estes grandes jogos para os gráficos excepcionais atuais.

Alguns anos depois, tanto a Sony quanto a Microsoft lançaram novas versões ainda mais potentes de seus consoles, dentro da própria geração (algo inédito na indústria de videogames): surgiram então o PlayStation 4 Pro e Xbox One X para rodar jogos na resolução 4k. Sinceramente? Para mim, este velho que escreve estas linhas, é algo desnecessário. Assim como eu já considerava o Playstation 2 como o "videogame definitivo", que não precisava de mais evoluções e só mudei de ideia após o lançamento das TVs HD, o mesmo acontece aqui: o mercado não precisava ter evoluído os consoles iniciais da 8ª geração e sequer ter criado a 9ª geração. E só vou mudar de ideia quando novamente surgir uma tecnologia totalmente diferente, que talvez sejam máquinas de Realidade Virtual (VR).




PS: no começo do artigo eu "fugi" da responsabilidade de ranquear o Top 8 dos videogames. Mas se você chegou até aqui, agora saberá qual é o meu Top 5 dos melhores consoles de todos os tempos: em quinto lugar eu coloco o SNES, pra mim ainda o melhor console "de mesa" da história da Nintendo; em quarto vêm o Neo Geo, por ser realizado o sonho de todo gamer da época, que era ter um fliperama de verdade em casa; o terceiro lugar vai para o Master System (ainda que este seja o console que está em primeiro lugar no meu coração); a "prata" fica com o Playstation 2 pelo seu inigualável sucesso de vendas, quantidade e evolução de jogos, e a primeira posição fica com o Mega Drive / Genesis, espetacular console da SEGA que continuo jogando seus jogos com prazer até hoje!

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