sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Crítica - 007 - Sem Tempo Para Morrer (2021)

Título: 007 - Sem Tempo Para Morrer ("No Time to Die", EUA / Reino Unido, 2021)
Diretor: Cary Joji Fukunaga
Atores principais: Daniel Craig, Rami Malek, Léa Seydoux, Christoph Waltz, Ralph Fiennes, Naomie Harris, Rory Kinnear, Ben Whishaw, Jeffrey Wright, Ana de Armas, Lashana Lynch, David Dencik, Dali Benssalah, Billy Magnussen
Nota: 6,0

Daniel Craig encerra seu ciclo com algumas surpresas

Depois de longa espera (o filme estava pronto para ser lançado no começo de 2020 porém foi adiado diversas vezes devido ao surto de Covid-19), 007 - Sem Tempo para Morrer foi enfim lançado no final de Setembro de 2021. Trata-se do 25º filme oficial do espião James Bond, e a 5ª e última vez onde o mesmo é interpretado pelo ator britânico Daniel Craig.

A história é uma continuação direta do filme anterior, 007 Contra Spectre (2015), com o casal Bond (Daniel Craig) e Madeleine (Léa Seydoux) aposentado e ainda juntos. Porém, em uma viagem para encontrar o túmulo de sua primeira paixão, a espiã Vesper Lynd (do filme de 2006, Casino Royale),  James volta a enfrentar Blofeld (Christoph Waltz) e a SPECTRE, assim com um novo e misterioso vilão com um plano para matar não apenas os dois rivais, como de quebra boa parte do mundo.

Ou seja, mais uma vez o novo filme de James Bond relembra seus filmes passados, e em tudo ele é muito parecido com 007 Contra Spectre: um filme longo, repleto de cenas de ação em ambientes externos e internos variados, perseguições de carro gratuitas, roteiro clichê, personagens caricatos, etc, etc.. Também aqui temos uma sequência de ação cinematograficamente bem acima de média: se no filme anterior ela acontecia dentro de um trem, aqui ela acontece no subterrâneo alagado de uma fábrica, onde temos um plano-sequência muito impressionante.

Porém 007 - Sem Tempo para Morrer é melhor que o filme anterior em alguns pontos. A começar pelos atores, Daniel Craig e Léa Seydoux, que estão melhores em cena. Outro ponto positivo são pequenas surpresas, como uma incomum mistura de gêneros de roteiro dentro da própria trama - algumas vezes ele abandona completamente o tema de espionagem, ora parecendo um filme de ação estilo Rambo, e ora parecendo um filme de romance - ou ainda vermos que a agência britânica MI6 já tem seu novo 007 em operação, uma jovem negra e competente chamada Nomi.

E, claro, a maior dentre todas as surpresas, o polêmico desfecho que dividiu opiniões. Eu vou dizer o que acontece no final, mas não aqui, e sim em um "PS" após o texto para quem não se importa com spoilers.

Daniel Craig encerra seu ciclo como James Bond de modo um pouco decepcionante, mas ainda assim, satisfatória. Ele iniciou sua participação na franquia da melhor maneira possível: afinal, para mim seu Casino Royale é o melhor filme do 007 de todos os tempos. Depois vieram o fraco Quantum of Solace, o bom Operação Skyfall, o fraco Contra Spectre, e agora este aceitável Sem Tempo para Morrer. Meu maior lamento é que os três últimos filmes mais referenciam o passado da franquia do que inovações, que vimos aos montes em Casino Royale. Mas pelo menos, essas "homenagens" ao passado foram feitas de modo respeitoso e digno. Nota: 6,0



PS: sobre o final de 007 - Sem Tempo para Morrer - spoiler gigantesco a partir daqui, fica o alerta. Pela primeira vez na história da franquia James Bond morre. E embora não o vemos "morrendo", todos os envolvidos pela produção (inclusive diretor) afirmam categoricamente que Bond morreu. E para mim tudo bem, pois ele morreu de uma forma bacana e heróica. Fica a dúvida de como será o futuro da franquia a partir de agora... embora eu imagino que seja um reboot com um James Bond começando sua carreira (novamente) do zero. Sim, não há dúvidas que James Bond vai voltar (no final dos créditos é dito que James Bond Will Return), até porque se trata de uma franquia muito lucrativa; por exemplo, este filme foi nada menos que o segundo de maior bilheteria nos Cinemas em 2021, com cerca de US$ 800 milhões de arrecadação, só perdendo para Homem-Aranha: Sem Volta para Casa.

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