Bem vindo ao Cinema Vírgula! Com foco principal em notícias e críticas de Cinema e Filmes, este blog também traz informações de Séries de TV, Quadrinhos, Livros, Jogos de Tabuleiro e Videogames. Em resumo, o melhor da Cultura Pop.
O Festival de Cinema de Gramado, é um dos 4 festivais de cinema mais importantes do Brasil (juntamente com os de Brasília, Rio de Janeiro, e São Paulo). É também o maior em termos de público, e certamente o que hoje tem maior repercussão na mídia, e consequentemente, maior apelo popular. Em 2022 ele completou 50 anos de existência, e eu tive o privilégio de, neste mesmo ano (porém em Outubro - o evento aconteceu meses antes, em Agosto), conhecer Gramado-RS e o local do Festival.
Demorou quase um ano rs, mas enfim tive tempo para me organizar e agora compartilho com vocês algumas fotos e histórias que tive por lá. Bora viajar juntos? ;)
O Palácio dos Festivais
O festival tem como sua sede o Palácio dos Festivais, que é o prédio da imagem acima, do título deste artigo. Dentro dele, temos a sala de cinema "Cine Embaixador", com capacidade para cerca de 1000 lugares, e também o Museu do Festival de Cinema, que fica no andar superior. Para acessar o museu, se paga R$ 20,00 (ou R$ 10,00 se tiver alguma promoção no dia, que foi meu caso). Dentro do museu há uma exposição de objetos e painéis informativos, tanto a respeito do Festival de Gramado, como do Cinema Brasileiro em geral.
De dentro do Cine Embaixador, onde são exibidos os filmes do Festival
Ao redor do Palácio dos Festivais temos algo similar a "Calçada da Fama" de Hollywood, trata-se do "Caminho das Estrelas", onde vários nomes do cinema nacional deixaram suas mãos gravadas na calçada. Não são tantas placas assim (diria que estamos por volta de umas 20 atualmente), e abaixo vocês terão uma idéia do que se trata.
O Caminho das Estrelas, e ao lado a placa de 3 dos "homenageados"
Voltando a parte do Museu, embora não muito grande, ele é interessante e inclusive traz alguns itens para interagir. Por exemplo, há em uma parede um painel com várias perguntas sobre o cinema nacional. Abaixo, para dar um gostinho, coloco um vídeo. Quero ver se vocês acertam a resposta. Dica: se você leu este artigo aqui antes e acha que a resposta seria "Os Estranguladores", não é... porque aquele filme não se encontra preservado.
E o Kikito vai para...
O Festival de Gramado também possui sua estátua icônica... o Kikito! Prêmio máximo concedido no Festival, e consequentemente, em premiações nacionais, esta pequena e muito simpática estatueta de 33cm possui uma história bem curiosa.
Primeiro que a estátua foi criada em 1966, originalmente para premiar obras de artesanato, e também acabou virando um símbolo da cidade de Gramado. Por isso mesmo, quando a primeira edição do Festival de Cinema ocorreu em 1973, o Kikito já assumiu oficialmente seu lugar como o prêmio símbolo desta celebração.
Outra curiosidade é que nos anos 80 a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, dona do Oscar, processou o Festival de Gramado, alegando que o Kikito seria um plágio de sua estatueta. Porém, a reclamação foi negada e nós brasileiros continuamos a exibir o Kikito para quem quisermos ;)
Foi só o Cinema Vírgula passar em Gramado que eles fizeram questão de me homenagear com um Kikito! :P
Falta muito pouco!!! Apenas 5 dias para a estréia no Brasil do 5º e último filme de Indiana Jones nos cinemas, Indiana Jones e a Relíquia do Destino, que estreará em 29 de Junho.
E para que todos entrem ainda mais no clima, vamos com um novo artigo sobre o mais famoso arqueólogo de todos!
Os livros de Indiana Jones
Com o enorme sucesso mundial feito pelos filmes de Indiana Jones nos anos 80, obviamente que George Lucas - ainda mais ele - iria querer explorar a franquia em outras mídias. Desde então já vimos nosso aventureiro em todos os lugares: Brinquedos, Videogames, RPGs, Quadrinhos (pela Marvel Comics nos anos 80, e pela Dark Horse dos anos 90 em diante), Série de TV (de nome O Jovem Indiana Jones, de 1992, e que durou apenas duas temporadas)...
Mas o mais próximo que se pode chegar das histórias dos filmes de Indy - tanto em sensação quanto em qualidade - estão nos livros. Não me refiro aos livros-jogos, nem a alguns livros infanto-juvenil publicados, e sim aos cerca de 20 "romances" (ou seja, livros normais para adultos, que não são infantis), que foram lançados até hoje. Por enquanto (até que eu saiba) apenas UM deles foi traduzido para a língua portuguesa.
Os livros da Bantam Books
Após ter escrito e publicado a adaptação em livro do filme Indiana Jones e a Última Cruzada (1989), o escritor estadunidense Rob MacGregor recebeu o convite de George Lucas para escrever histórias inéditas do herói. Então, através da editora Bantam Books, ele escreveu 6 títulos:
Indiana Jones and the Peril at Delphi (1991)
Indiana Jones and the Dance of the Giants (1991)
Indiana Jones and the Seven Veils (1991)
Indiana Jones and the Genesis Deluge (1992)
Indiana Jones and the Unicorn's Legacy (1992)
Indiana Jones and the Interior World (1992)
MacGregor foi trocado por Martin Caidin, que depois de escrever os dois livros seguintes, teve que ser substituído por motivo de doença; entrou Max McCoy, que escreveu os quatro últimos livros da série:
Indiana Jones and the Sky Pirates (1993)
Indiana Jones and the White Witch (1994)
Indiana Jones and the Philosopher's Stone (1995)
Indiana Jones and the Dinosaur Eggs (1996)
Indiana Jones and the Hollow Earth (1997)
Indiana Jones and the Secret of the Sphinx (1999)
Os 12 livros da série publicada pela Bantam Books possuem algumas características: eles são todos prequelas dos filmes, ou seja, se passam cronologicamente antes de 1935. Outro detalhe é que os livros passavam por certas proibições de George Lucas... por exemplo, os livros não podiam ter cenas de sexo ou palavrões porque deveriam ser para "todas as idades". Dentre outras restrições, Lucas não permitiu viagens no tempo e nem o uso de alguns personagens dos filmes, especialmente de Marion Ravenwood, para a qual ele tinha "planos futuros". Marcus Brody e Sallah, entretanto, aparecem em algumas histórias.
A série de livros da Bantam Books em geral tem boa aceitação pelos fãs de Indiana Jones. Eu já li dois deles: Indiana Jones and the Genesis Deluge e Indiana Jones and the Unicorn's Legacy, e é por isso que ambos aparecem no início deste artigo. Não são tão bons quanto os filmes, mas são legais, bom entretenimento. E o terceiro livro que escolhi para mostrar na imagem principal, trata-se de Indiana Jones and the Seven Veils, que costuma ser apontado entre um dos melhores da série, além de se passar boa parte no Brasil. E provavelmente por isso, é justamente ele que foi traduzido para cá, trazido em 1993 como Indiana Jones e os Sete Véus pela editora Salamandra. Repararam que a capa deste livro na imagem está em português?
E tem mais livros!
Além dos livros da Bantam Books, há uma série cuja publicação é bem mais obscura: trata de um conjunto de 8 livros do escritor alemão Wolfgang Hohlbein, publicados pela editora Goldmann Verlag. A série existe apenas em alemão e em holandês (exatamente, sequer foi traduzida para o inglês), e ao contrário dos livros da Bantam, suas histórias se passam todas cronologicamente DEPOIS dos filmes clássicos, ou seja, acontecem a partir da década de 1940. São eles (e entre aspas, ao lado, segue a tradução livre em português, do título original em alemão):
Indiana Jones und das Schiff der Götter (1990) – "Indiana Jones e o Navio dos Deuses"
Indiana Jones und die Gefiederte Schlange (1990) – "Indiana Jones e a Serpente Emplumada"
Indiana Jones und das Gold von El Dorado (1991) – "Indiana Jones e o Ouro de El Dorado"
Indiana Jones und das verschwundene Volk (1991) – "Indiana Jones e os Desaparecidos"
Indiana Jones und das Schwert des Dschingis Khan (1991) – "Indiana Jones e a Espada de Genghis Khan"
Indiana Jones und das Geheimnis der Osterinseln (1992) – "Indiana Jones e o Segredo da Ilha de Páscoa"
Indiana Jones und das Labyrinth des Horus (1993) – "Indiana Jones e o Labirinto de Hórus"
Indiana Jones und das Erbe von Avalon (1994) – "Indiana Jones e o Legado de Avalon"
E... em 2009, tivemos o surgimento de uma nova série(?) de livros, pela editora Del Rey Books. Tentando surfar na onda do então novo filme Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (2008) depois de quase 3 décadas tivemos um novo livro de Indy em inglês lançado, que foi: "Indiana Jones and the Army of the Dead" (2009), escrito pelo estadunidense Steve Perry, conhecido por livros das franquias de Tom Clancy, Star Wars e Aliens dentre outros.
Mas como o livro não foi muito bem de vendas, a obra foi um lançamento isolado.
Já conheciam os livros de Indiana Jones? Já leu algum deles? Se animou a ler algum deles a partir de agora? Escreva nos comentários!
Vocês sabiam que hoje, dia 19 de Junho, é o Dia do Cinema Brasileiro?
Mas, apesar da oficialização da data, ela é um pouco controversa, assim como os registros dos primeiros anos relacionados ao cinema no Brasil. Vamos à cronologia.
A exibição de cinema no Brasil aconteceu em 8 de Julho de 1896, no Rio de Janeiro, foi realizada pelo belga Henri Paillie e foi restrita para membros da elite carioca, onde ele apresentou oito pequenos filmes sobre cidades europeias.
Em 19 de Junho de 1898 o ítalo-brasileiro Afonso Segreto – primeiro cinegrafista e diretor do país – registrou as primeiras imagens em movimento em território brasileiro. O filme, intitulado "Vista da baia da Guanabara" foi por muito tempo considerado como o primeiro filme gravado no Brasil, e por isso mesmo, a data se tornou o Dia do Cinema.
Entretanto, o tal vídeo nunca teve exibição pública, e hoje se questiona se ele realmente existiu. O vídeo acima "pode" ser o vídeo em questão, mas provavelmente nunca teremos a resposta definitiva. Atualmente se considera que o primeiro vídeo feito no Brasil foi na verdade o "Chegada do Trem em Petrópolis", do também italiano Vittorio Di Maio, filmada no dia 1o de Maio de 1897. Porém há dúvidas se o filme foi de fato filmado no Brasil, embora a maior parte dos especialistas aceitem o fato.
E, para deixar tudo mais confuso, ainda há uma segunda data onde o Dia do Cinema Brasileiro é comemorado, o 5 de Novembro, já que neste dia em 1896 tivemos a primeira exibição pública de cinema do Brasil. Esta data, entretanto, é menos lembrada que o 19 de Junho.
Afonso Segreto
E, para encerrar esta viagem ao passado do Cinema nacional, nosso primeiro filme de ficção, ou seja, que não era um simples documentário gravando cenas do cotidiano, foi “Os Estranguladores”, de 1908, dirigido pelo cineasta luso-brasileiro António Leal. O filme - que não possui mais cópias sobreviventes para assistirmos - continha duração de 40 minutos e também é considerado o primeiro sucesso do cinema nacional.
PS: Já viu as outras curiosidades do Cinema Vírgula? É só clicar aqui!
Título: Guardiões da Galáxia Vol. 3 ("Guardians of the Galaxy Vol. 3", Canadá / França / EUA / Nova Zelândia, 2023)
Diretor: James Gunn
Atores principais: Chris Pratt, Chukwudi Iwuji, Bradley Cooper (vozes), Pom Klementieff, Dave Bautista, Karen Gillan, Vin Diesel (vozes), Zoe Saldaña, Will Poulter, Elizabeth Debicki, Jennifer Holland, Maria Bakalova (vozes), Sean Gunn, Sylvester Stallone
Após longos 5 anos - com direito de ter sido meio que "expulso" da Marvel neste meio tempo - o atual líder criativo dos filmes da DC resolveu aceitar voltar para sua antiga casa para finalizar sua trilogia. E não somente James Gunn o fez trazendo um filme com o mesmo carinho e qualidade com que fez as duas produções anteriores, como para minha surpresa, desta vez ao invés de "salvar o universo", os Guardiões estão em uma história mais contida, que mais do que tudo, é sobre Rocket Racoon (vozes de Bradley Cooper).
A história começa com os Guardiões da Galáxia sendo atacados por Adam Warlock (Will Poulter) a mando dO Alto Evolucionário, o vilão da vez, interpretado por Chukwudi Iwuji. Rocket fica gravemente ferido, e enquanto seus amigos tentam buscar uma cura pela galáxia, vemos vários flashbacks sobre as origens do Guaxinim.
Outra surpresa (pelo menos para quem não viu os trailers), é a volta de Gamora (Zoe Saldaña), que seguindo a história já finalizada dos filmes dos Vingadores, é uma Gamora de um universo alternativo, e nada a ver com a que vimos nos dois primeiros filmes. Ok, entendo perfeitamente que a personagem deveria estar aqui, para homenageá-la no filme despedida do grupo; mas ainda assim, Gamora não acrescenta à história, e o mesmo pode se dizer de Adam Warlock. O filme (de exatas 2h 30min), ficaria melhor e mais enxuto sem eles. Detalhe: o próprio James Gunn admitiu depois que Warlock ficou meio "deslocado" na trama (porém, quem mandou ele mesmo insinuar no Vol. 2 que Adam seria o vilão do Vol. 3?).
Em termos técnicos, Guardiões da Galáxia Vol. 3 é bastante competente assim como os seus antecessores. Desta vez a trilha sonora enfim perde espaço, mas ainda assim somos várias vezes relembrados que elas são as músicas que Peter Quill (Chris Pratt) está ouvindo dentro do filme. Os efeitos especiais não mostram evolução, mas nem por isso deixam de ser ótimos. Ah, e nem por isso também não deixam de trazer algo novo: ao nos apresentar um mundo com vários tipos distintos de animais antropomorfizados, e uma base estrelar feita de material orgânico, o filme acabou tendo que ser bastante criativo no seu Design de Produção.
E James Gunn novamente acerta com o roteiro. É impressionante como ele consegue, com bastante humor, ainda assim emocionar nos mostrando coisas como amizade, família e inclusão. Fazendo Rocket Racoon o tema do filme, temos também uma louvável crítica aos maus tratos aos animais. Porém tenho minhas dúvidas sobre o alcance que este gesto terá.
Guardiões da Galáxia Vol. 3 encerra a trilogia da franquia com a mesma qualidade que começou e mostra que o desgastado gênero de filmes de super-heróis ainda pode agradar bastante, desde que seja feito com roteiros de qualidade, e não sigam simplesmente a mesma fórmula de sempre. Nota: 8,0
PS: o filme possui duas cenas pós-créditos, a primeira é bem importante como "conclusão" da história.