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sexta-feira, 26 de junho de 2020

SEIS quadrinhos Franco Belga além de Asterix e Tintim para você conhecer


Como muitos devem saber, uma das maiores e mais importantes escolas de quadrinhos do mundo é a Franco-Belga, com suas revistas em formato bem característico: álbuns com papel de alta qualidade, tamanho próximo ao A4 (22x29 cm), e em volumes trazendo entre 40 e 60 páginas.

As mais famosas Bande Dessinée ("tiras desenhadas"), ou "BD"s Franco-Belgas no mundo certamente são Asterix (dos franceses René Goscinny e Albert Uderzo) e Tintim (do belga Hergé). Asterix aliás, para mim é uma das melhores franquias de quadrinhos de todos os tempos.

Meu objetivo neste artigo é apresentar para eleitores brasileiros 6 títulos de quadrinhos Franco-Belgas além de Asteríx e Tintim, e que portanto não são muito conhecidos por aqui. Alerto que esta minha lista segue algumas restrições: primeiro que serão apenas títulos infanto-juvenis... o que significa que quadrinhos "adultos" como Blueberry e XIII não entram; além disto, só vou apresentar títulos que continuam disponíveis nas lojas brasileiras para que você possa comprar e ler. Portanto, outros títulos geniais da dupla autora de Asterix, como Umpa-Pá e Iznogud não entram, já que a última vez que elas foram publicadas no Brasil foram respectivamente nos anos 1987 e 1978 (que VERGONHA, hein editoras nacionais?).

Sem mais delongas, vamos à lista dos títulos em ordem alfabética:


Boule & Bill


Boule & Bill
(Boule et Bill no original) é um quadrinho belga criado em 1959 pelo escritor e desenhista belga Jean Roba. Após 28 edições, Roba passou o bastão da publicação em 2003 para seu aluno francês Laurent Verron, que assumiu 100% das ilustrações junto com um grupo de roteiristas. Após 8 novos títulos, Verron saiu do título e passou a publicação para a dupla francesa Christophe Cazenove (roteiros) e Jean Bastide (desenhos).

Boule & Bill foi publicado no Brasil na década de 80 pela editora Martins Fontes. E décadas depois, durante os anos de 2012 e 2013, a editora Nemo trouxe o título novamente para cá, com 5 edições da fase produzida por Laurent Verron. São estas edições que ainda existem para comprar.

Boule & Bill são tirinhas curtas de humor protagonizadas pelo garoto Boule e de seu cachorrinho Bill, de raça Cocker Spaniel. Como principais coadjuvantes, também fazem parte da revista os pais de Boule, e Caroline, sua tartaruga de estimação. Fazendo uma comparação bem grosseira, é como se fosse uma mistura de Calvin e Haroldo com Peanuts (Charlie Brown e Snoopy), porém sendo menos genial que o primeiro e muito menos depressivo que o segundo, até porque Boule é bastante alegre e travesso.

Após começar na revista semanal de quadrinhos belga Spirou em aventuras com 4 páginas, rapidamente Jean Roba passou a fazer histórias de humor com começo e fim em apenas 1 página, formato que popularizou Boule & Bill e se mantém até hoje.

Com tirinhas engraçadas e fofinhas, o título foca nas aventuras e no cotidiano de Boule e sua família. Uma curiosidade de Boule & Bill é que neles os animais conversam normalmente como se fossem humanos; e embora os humanos não entendam o que os animais "falam", o contrário não é verdadeiro, e os animais entendem tudo o que as pessoas falam.


January Jones


A presença de January Jones na minha lista é uma pequena "trapaça", afinal ela não foi criada por franceses ou belgas, e sim pelos holandeses Martin Lodewijk (roteiro) e Eric Heuvel (arte). Ainda assim sua citação na lista é muito justa, primeiro porque o título é bem conhecido no mercado Franco-Belga, mas principalmente porque se trata da obra mais mais próxima de Tintim que já vi: January Jones é um ótimo exemplo das revistas da escola "Linha Clara", desenvolvida pelo próprio Hergé. 

As aventuras de January Jones estão situadas entre as Primeira e Segunda Guerras Mundiais. A protagonista é uma jovem aviadora e espiã, uma mistura das pessoas reais Amelia Earhart e Mata Hari com os fictícios Indiana Jones e Tintim; inclusive, misturar fantasia com fatos e personagens reais é uma das importantes características de January Jones. Voltando a comparar ela com as histórias da maior criação de Hergé, nas HQs de January Jones os confrontos com os alemães (que dependendo da história são anteriores ao partido nazista) estão bem mais presentes, mas ao mesmo tempo a revista é mais bem humorada, repleta de piadinhas. As semelhanças com Tintim são tão grandes que as histórias também possuem o (polêmico) tom colonialista e machista daquele período histórico.

January Jones continua sendo publicada pelos seus criadores: até agora já foram 10 álbuns, com o 11º já programado para ser lançado ainda em 2020 na Europa. Aqui no Brasil o título chegou pela primeira vez em 2016 via AVEC Editora, que até hoje lançou apenas os 2 primeiros volumes da série. Seria muito importante que no mínimo o 3º volume, que se chama O Tesouro do Rei Salomão também saísse por aqui, pois ele continua e encerra a história do volume anterior, O Crânio de Mkwawa.

Outro volume que seria muito interessante que viesse para cá é o 10º, intitulado Flying Down to Rio II, que foi publicado em 2018 e se passa todo no nosso Rio de Janeiro. O nome original deste álbum é o único em inglês (e não holandês), pois se trata de uma homenagem ao clássico filme estadunidense Flying Down to Rio, de 1933. Na história, January é contratada para fazer as imagens aéreas da (fictícia) continuação deste filme. Curiosamente os planos da AVEC eram justamente lançar o volume 3 em 2020 e depois, saltar direto para o número 10, por motivos óbvios. Entretanto os planos foram interrompidos pela pandemia e alta do Euro. Espero que um dia estes planos sejam retomados e aplicados.

É bem fácil encontrar e comprar January Jones pela internet, inclusive pelo próprio site da editora, que para quem não sabe mas se interessa pelo assunto, publica vários outros títulos interessantes de quadrinhos aqui no Brasil.


Lucky Luke


Lucky Luke pode não ser tão conhecido aqui no Brasil, porém em termos de vendas mundiais ele se encontra no Top 3 das revistas Franco-Belgas, ficando atrás de Asterix, mas na frente de Tintim.

Criada em 1946 pelo belga Morris, suas histórias se passam no Velho Oeste americano, onde o cowboy Lucky Luke luta contra todo tipo de crimes e injustiças. Sempre em companhia de seu cavalo Jolly Jumper, ele tem como principais inimigos os atrapalhados e estúpidos Irmãos Dalton. Além de vários coadjuvantes fictícios, Luke também interage com personalidades reais, como por exemplo Jesse James, Billy the Kid e Calamity Jane.

Morris foi outro que começou publicando seu maior sucesso na revista semanal de quadrinhos belga Spirou. No começo de Lucky Luke, Morris trabalhava sozinho fazendo tanto os roteiros quanto os desenhos. Depois de ter publicado o material que se tornaria seus primeiros 8 álbuns, ele deixou os roteiros na mão do genial francês René Goscinny (o roteirista e co-criador de Asterix). Goscinny roteirizou pouco mais de 40 volumes, se tornando o maior e mais importante escritor de Lucky Luke

Com a morte de Goscinny em 1977, Morris começou a trabalhar com vários outros roteiristas, mas se mantendo firme nos desenhos até seu falecimento, em 2001. A partir daí os desenhos ficaram sob responsabilidade do francês Achdé. Lucky Luke continua sendo publicado até hoje, geralmente com um novo volume por ano, e já bateu a marca de 95 edições.

Os quadrinhos de Lucky Luke são bem engraçados, e principalmente na fase de Goscinny, possui tiradas geniais ironizando o comportamento humano. Curiosidade: até 1983 Luke aparecia o tempo todo fumando um cigarro, até que Morris optou por trocar o objeto por uma palha de capim a partir de então. Seu gesto lhe valeu uma medalha de reconhecimento da OMS (Organização Mundial de Saúde), porém descaracterizou um pouquinho o personagem.

Os álbuns de Lucky Luke foram publicados no Brasil com boa frequência, por diversas editoras, nas décadas de 60 a 80 e alcançando dezenas de números. Porém depois de sua última aparição de um álbum seu nas bancas nacionais, em 1986, Lucky Luke só voltaria em 2014, via editora Zarabatana Books.

O formato escolhido pela Zarabatana foi curioso: revistas mais grossas, compilando 3 álbuns originais em um único volume. E não começaram pelo "volume 1", começaram pelo "volume 4", para que a coleção se iniciasse pela fase de Goscinny. Após a publicação do "volume 5" em 2017, os planos eram publicar finalmente o "volume 1" como 3º lançamento. Porém até agora ele não saiu. De qualquer forma, os vols. 4 e 5, que somados dão 6 divertidos álbuns, continuam disponíveis para compra em livrarias nacionais.


Quick e Flupke


Nos primeiros anos em que o autor belga Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, publicava semanalmente na revista infantil Le Petit Vingtième as aventuras iniciais de Tintim, ele ainda estava aprendendo e experimentando dentro do mundo das HQs. Portanto, após Tintim começar em 1929, durante os anos de 1930 a 1940 Hergé publicou paralelamente na mesma revista as tirinhas de Quick et Flupke (Quim e Filipe em Portugal): uma dupla de garotos de Bruxelas que viviam aprontando, sempre inventando novas maneiras de se divertir.

Quick e Flupke traz histórias cotidianas de humor, principalmente de humor físico, onde um dos dois garotos acaba se acidentando de alguma maneira, ou fazendo alguma "pegadinha" em terceiros. São histórias curtas, sempre apresentadas em 2 páginas completas.

A coleção completa de Quick e Flupke foi publicada no Brasil alguns anos atrás sob nome de As Diabruras de Quick e Flupke. São apenas 2 volumes em capa dura e papel de luxo, cerca de 160 páginas cada, e ainda estão disponíveis nas lojas.


Os Smurfs


Quem viveu os anos 80 conhece bem estas criaturinhas azuis, pelo sucesso de seu desenho animado da TV, ou pela sua linha de brinquedos e/ou de jogos de videogames. Porém o que poucos sabem é que Os Smurfs começaram nos quadrinhos décadas antes, criados pelo belga Pierre Culiford, mais conhecido pelo seu nome artístico Peyo.

Os Smurfs foram publicados pela primeira vez em 1958, como coadjuvantes em uma história em quadrinhos de Johan et Pirlouit, título também produzido por Peyo, que se tratava das aventuras de um jovem cavaleiro e seu escudeiro/músico em um ambiente medieval que também contava com feitiçaria. Com o sucesso dos simpáticos seres azuis, eles ganharam seu título próprio em 1963, com o álbum Os Smurfs pretos, que no caso era uma coletânea de 3 histórias publicadas anteriormente na revista semanal de quadrinhos Spirou.

Os Smurfs são minúsculos seres humanoides azuis, que vivem em sua própria comunidade dentro de uma floresta, e têm como principal inimigo o humano e mago Gargamel, que quer capturá-los para transformá-los em ouro. Contando histórias que misturam bastante aventura e humor, uma característica incomum do título é que os Smurfs possuem seu dialeto próprio, que basicamente é o uso da palavra "smurf" em substituição a alguns substantivos ou verbos. Por exemplo: "Nós vamos smurfar ao Rio Smurf hoje".

Peyo lançou 16 álbuns de Os Smurfs, sendo o último deles no ano de seu falecimento, em 1992. Os primeiros álbuns eram todos de quadrinhos publicados originalmente em revistas mensais e compilados posteriormente; porém os últimos já eram publicações inéditas, lançadas diretamente como álbum próprio.

Com a morte de Peyo, seu filho Thierry Culliford assumiu os roteiros de Os Smurfs e continua publicando novas histórias até hoje. Somando os álbuns de Peyo e de seu filho, a franquia atingiu neste ano de 2020 o número de 38 volumes, com a publicação de Les schtroumpfs et le vol des Cigognes.

A primeira vez que Os Smurfs foram publicados no Brasil foi nos anos 1975-76 pela Editora Vecchi, com 7 edições em formatinho, e 3 revistas no formato original de álbum europeu, em 21 x 27,5 cm. Depois em 1983, agora pela Editora Abril, novas publicações: 6 revistas também em formatinho.

E finalmente, há alguns anos atrás, a publicação ganhou uma terceira tentativa via Editora L&PM. Em 2011 eles trouxeram 2 álbuns (tanto no formato original de álbum europeu quanto no formato pocket  branco e preto), e em 2013 lançaram mais 2 títulos (agora apenas no formato original). São estes 4 álbuns da L&PM que você ainda consegue comprar em algumas livrarias brasileiras.


Spirou e Fantásio


Spirou e Fantásio têm uma das origens mais curiosas. Spirou foi criado pelo quadrinista francês Rob-Vel, em 1938, para estrelar a revista semanal belga de HQs de mesmo nome. Já Fantásio foi criado pelo quadrinista belga Jijé em 1944, para que o mesmo formasse uma dupla de amigos com Spirou. Sob as mãos de seus criadores, Spirou e Fantásio era apresentado apenas em aventuras curtas, de algumas poucas tiras ou páginas. É então que em 1946 o belga André Franquin assume as publicações dos dois personagens, e rapidamente altera o formato para histórias mais longas, publicáveis em álbuns próprios. Foi sob o comando de Franquin que Spirou e Fantásio se tornou internacionalmente famoso, e ele é considerado o "autor definitivo" da dupla.

Foi dentro da revista Spirou e Fantásio que Franquin também criou Marsupilami, o animalzinho de rabo absurdamente comprido que anos depois ganharia seu título próprio e viraria desenho animado da Disney na década de 1990. Após a publicação de 24 álbuns, André deixou o título em 1969, e a partir de então Spirou e Fantásio passou por vários autores diferentes, e continua sendo publicado até hoje. A última edição, a 55ª, teve o nome de La Colère du Marsupilami e foi lançada em 2016 pela dupla francesa Fabien Vehlmann (roteiros) e Yoann Chivard. Foi o 5º álbum criado por eles.

Spirou começou suas histórias como um camareiro em um importante hotel de sua cidade, enquanto Fantásio é um jornalista. Depois de muitos álbuns Spirou também vira jornalista, trabalhando junto com seu grande amigo. Junto com a dupla temos o esquilo de estimação Spip, e o Marsupilami. Spip conversa normalmente com os humanos das histórias, embora somente nós, leitores, efetivamente entendemos o que ele diz.

De certa forma Spirou e Fantásio se parece um bocado com Tintim, ainda assim em comparação, aqui as aventuras são bem mais cômicas, mais variadas e menos realistas. Spirou e Fantásio teve 3 títulos publicados no Brasil pela Editora Vecchi em 1975-76, sob o bizarro nome de As Aventuras do Xará, e uma publicação pela Editora Manole em 1996.

Mas foi a editora SESI-SP que efetivamente tornou o título disponível para todo brasileiro: de 2016 pra cá a editora paulista já publicou vários álbuns de Spirou: 11 álbuns da série regular, e mais 4 álbuns especiais, da série O Spirou De..., onde outros quadrinistas convidados fazem suas histórias independentes, desconsiderando a série "oficial".

Atualmente dá para comprar facilmente uma edição de Spirou e Fantásio, entretanto como a última publicação da SESI-SP foi em Janeiro de 2019, tenho o receio de que eles tenham abandonado a coleção.



Gostou? Quais destes títulos você já conhecia? Ou não conhecia e agora quer conhecer? Escreva nos comentários! Passe numa livraria e inicie sua experiência nestes diferentes títulos de quadrinhos!

terça-feira, 7 de abril de 2020

Dupla Crítica animações - Sonic: O Filme (2020) e Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020)


Mais duas animações para apresentar. E desta vez são novíssimas! Ambas estavam em cartaz nos cinemas antes deles serem fechados pela quarentena. Portanto, dá pra conhecê-los com calma por aqui, e se interessar, assim que eles voltarem a serem apresentados, correr pros cinemas (ou comprá-los via streaming)! Seguem as críticas!


Sonic: O Filme (2020)
Diretor: Jeff Fowler
Atores principais: Ben Schwartz (vozes), Jim Carrey, James Marsden, Tika Sumpter, Natasha Rothwell, Adam Pally, Neal McDonough

Para um filme que tinha tudo pra dar errado, Sonic é surpreendentemente divertido e bom! No começo de 2019, quando as primeiras imagens do filme foram reveladas, uma enxurrada de (justas) críticas vieram do mundo inteiro: estávamos diante de algo muito mais próximo de um "homem-Sonic" do que o Sonic propriamente dito. Então, o desenho do personagem foi totalmente refeito e o filme adiado em alguns meses. O Sonic final ganhou olhos maiores, pêlos mais lisos e coloridos: o resultado ficou aceitável.

Talvez os fãs se decepcionem com o fato de que Sonic é o único personagem animado deste live-action, que se passa no planeta Terra. O filme conta com uma história bem clichê, mas ainda assim que prende a atenção do espectador. E, principalmente: tem vários bons momentos de humor ao longo de todo o filme. Acabei rindo muito mais do que imaginava.

Outra boa notícia em Sonic é a presença de Jim Carrey como o vilão Ivo Robotnik: com um personagem totalmente surtado, o ator pôde se soltar e ser bastante insano, sendo então bastante divertido. Sonic é um filme apenas legal, que mostra pouco do universo da sua franquia, mas ainda assim me divertiu e é muito acima de qualquer expectativa após sua terrível produção inicial. E a melhor notícia talvez seja o "gancho" no pós-créditos: se tivermos um Sonic 2, ele estará certamente acompanhado da raposa Tails. Nota: 6,0.


Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica (2020)
Diretor: Dan Scanlon
Atores principais (vozes): Tom Holland, Chris Pratt, Julia Louis-Dreyfus, and Octavia Spencer, Mel Rodriguez, Kyle Bornheimer

Depois de 3 anos sem um filme "original", apenas continuações, a Pixar voltou com um título novo. Em Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica temos um mundo cheio de seres de fantasia, como elfos, centauros, fadas, ciclopes... mas que abandonaram a mágica séculos atrás e passaram a confiar apenas na tecnologia - como nós - tendo luz elétrica, carros, aviões, etc.

Já a história é sobre dois irmãos adolescentes, os elfos Ian e Barley, que perderam o pai quando eram muito crianças e mal se lembram dele. Até que através de um artefato mágico eles têm a chance de "ressuscitar" o pai por um dia. O problema é que para o artefato funcionar eles precisam correr contra o tempo para encontrar uma pedra que sirva como "combustível", e temos então um road movie.

A trama é bastante emocionante em termos de amor em família e amor entre irmãos: confesso que não consegui segurar algumas lágrimas enquanto assistia. Porém, tirando este "alto" do filme, o restante da história não empolga. A aventura não é forte nem original em cenas de ação, tenta fazer piadas mas pouco faz rir, e o mais decepcionante... não consegue usufruir do universo criado para o filme.

Ainda assim, é um filme bom o suficiente para passar o tempo e tirar os lenços da gaveta. Um dos filmes mais fracos da Pixar, mas que ainda diverte. Nota: 5,0

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Dupla Crítica animações - Klaus (2019) e Frozen 2 (2019)

Hoje vamos de animações. A primeira estreou na Netflix em Dezembro de 2019 e a segunda estreou nos cinemas brasileiros em Janeiro deste ano. Ou seja, não são mais tããão recentes assim, mas estava devendo mais criticas pra vocês. Seguem meus comentários!


Klaus (2019)
Diretores: Sergio Pablos, Carlos Martínez López
Atores principais (vozes): Jason Schwartzman, J.K. Simmons, Rashida Jones, Will Sasso, Norm MacDonald, Joan Cusack

Uma produção espanhola, original Netflix, mas com inglês no idioma original. Pelo nome do filme imaginei que fosse mais uma história de sempre de origem do Papai Noel; porém para minha surpresa, Klaus traz várias novidades.

Excluindo algumas poucas "licenças narrativas" presentes em qualquer desenho animado, Klaus surpreende ao inventar uma origem "real" para o Papai Noel, sem magias ou milagres: a lenda do Papai Noel é nada menos que a junção do trabalho de um carteiro e de um lenhador/marceneiro.

O resultado é uma história nova, bonita, engraçada e até "fofa"... recomendado para a família toda assistir, dos mais velhos aos pequerruchos, principalmente em época de Natal. Nota: 7,0.

Frozen 2 (2019)
Diretores: Chris Buck, Jennifer Lee
Atores principais (vozes): Kristen Bell, Idina Menzel, Josh Gad, Jonathan Groff, Sterling K. Brown, Evan Rachel Wood, Alfred Molina

Para um filme que teve um enorme sucesso, até demorou mais que o normal para sair sua continuação. Somente após 6 anos, Frozen voltou aos cinemas. E não voltou bem.

Para começar, provavelmente inspirados na música Let it Go do primeiro filme, que virou um hit mundial, Frozen 2 tem ainda mais músicas que o filme original, dá quase para dizer que esta animação é um musical. Porém, se aqui as músicas são em maior número, elas são piores e algumas sem qualquer propósito narrativo; é como se estivéssemos vendo uma sequencia clipes musicais sem uma história por trás. Outra possível explicação para o excesso de músicas é o roteiro... ou melhor, a falta de qualidade do mesmo. Com uma história sem pé nem cabeça sobre os quatro elementais, somado a uma "lenda" importantíssima de que nunca ouvimos falar no filme anterior, talvez a solução foi lotar o filme de músicas para preencher espaços que o roteiro não conseguiu.

Felizmente nem tudo falha em Frozen 2: visualmente a animação continua belíssima, com paisagens deslumbrantes, Olaf continua engraçado, e, "o" ponto alto do filme anterior foi pelo menos mantido: a bela relação entre as irmãs Elsa e Anna. A dupla continua a emocionar, e isto já vale o filme. Outra qualidade de Frozen 2 foi dar um desfecho melhor à Elsa, já que no primeiro filme o destino da personagem ainda não era totalmente satisfatório. Nota: 5,0.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Dupla Crítica animações: Os Incríveis 2 (2018) e Ilha dos Cachorros (2018)

Depois de várias semanas ausente, voltei! E esta é a primeira de várias críticas que publicarei nos próximos dias.

Ambas as animações desta dupla-crítica são bem recentes - estrearam em terras brasileiras há cerca de 3 meses - e possuem grandes nomes da indústria cinematográfica envolvidos. Será que os nomes famosos garantiram ótimos filmes? Confiram!


Os Incríveis 2 (2018)
Diretor: Brad Bird
Atores principais (vozes): Craig T. Nelson, Holly Hunter, Sarah Vowell, Huck Milner, Catherine Keener, Bob Odenkirk

Quando a Pixar trouxe em 2004 o ótimo Os Incríveis, não tive que pensar muito para afirmar que estava diante de um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos. Precisava de continuação? Não. Opinião compartilhada por seu diretor, Brad Bird, que dizia que só faria um Incríveis 2 se tivesse uma história tão boa quanto a primeira.

Então, somente agora em 2018 um Incríveis 2 é enfim lançado. E, admito, Brad Bird não mentiu: a história é realmente tão boa quanto a primeira... pois é a mesma.

Em Incríveis 2 a trama volta literalmente de onde parou no filme anterior, com a família inteira lutando contra o Escavador, um espécie de toupeira humana. Depois disto, parece que o primeiro filme é esquecido e voltamos ao status quo do inicio da franquia: os super heróis continuam não sendo aceitos pelos governos e os pais da família "Incrível" continuam não confiando nos filhos para atuarem como super-heróis.

Depois, temos a repetição de toda a trama, com única diferença que o papel dos pais se inverte: agora é o Sr. Incrível quem fica em casa cuidando dos filhos e é a Mulher Elástica quem sai combatendo vilões.

Portanto, por ser uma "cópia", assim como o primeiro filme Incríveis 2 é muito bom e muito divertido. Entretanto, infelizmente, seu impacto não chega aos pés do filme original. Primeiro, por que a história não é mais original (!!), e segundo, porque nestes 14 anos de hiato os filmes de super-heróis de qualidade começaram a aparecer aos montes. Nota: 7,0


Ilha dos Cachorros (2018)
Diretor: Wes Anderson
Atores principais (vozes): Bryan Cranston, Edward Norton, Bill Murray, Jeff Goldblum, Bob Balaban, Kunichi Nomura, Koyu Rankin, Frances McDormand, Scarlett Johansson

Pela segunda vez o diretor Wes Anderson se aventura para a animação - a primeira vez foi com o bom O Fantástico Sr. Raposo, de 2009 - e agora com um resultado ainda melhor.

Na história, após um surto de “gripe canina” uma cidade do Japão resolve banir todos seus os cães para uma ilha remota, usada até então como depósito de lixo.

O que a primeira vista parece ser um simples conto sobre cachorros versus gatos, na verdade é uma bela história sobre amizade, lealdade, com críticas a regimes totalitários, a facilidade da manipulação das massas, e aos maus tratos do homem aos animais e a natureza.

Repetindo o mesmo estilo gráfico da animação do filme de 2009, os 9 anos entre eles fizeram diferença. As animações de Ilha dos Cachorros possuem melhor resolução, exploram mais o espaço ambiente e impressionam bem mais visualmente.

E, como sempre, também temos em Ilha dos Cachorros as bem conhecidas "manias" de Wes Anderson: o principal personagem da cena centralizado na tela, quadros simétricos, múltiplos personagens esquisitos e inocentes (e múltiplos atores famosos), boa música e bom humor.

Mais um ótimo filme de Wes Anderson, e que injustamente passou praticamente despercebido pelos cinemas brasileiros. Nota: 8,0

domingo, 21 de janeiro de 2018

Crítica - Viva - A Vida é Uma Festa (2017)

Título: Viva: A Vida é uma Festa ("Coco", EUA, 2017)
Diretores: Lee Unkrich, Adrian Molina
Atores principais (vozes): Anthony Gonzalez, Gael García Bernal, Benjamin Bratt, Alanna Ubach, Renée Victor, Edward James Olmos
Pegue seus lenços e se encante com a cultura mexicana

Viva: A Vida é uma Festa é a mais nova animação da Pixar, sucesso de crítica e público no exterior. Na história, que tem como base a celebração mexicana do Dia dos Mortos, conhecemos Miguel Rivera, um garoto de 12 anos cujo maior sonho é ser um grande cantor, como seu grande ídolo Ernesto de la Cruz. Mas sua vida não é fácil já que esta idéia é fortemente proibida por sua família, que odeia música. Transportado acidentalmente ao mundo dos mortos, Miguel procura uma maneira de voltar para o mundo dos vivos ao mesmo tempo realizando o seu sonho de ser músico.

Antes de prosseguir com a crítica, apenas passarei a me referir a este filme como Coco, seu nome original. Isto pois a tradução dada para o título deste filme no Brasil chega a ser inadequada e estúpida em vários níveis.

Coco é uma obra muito bem feita, que com certeza agradará qualquer tipo de público, e que só não leva nota maior pois não trazer nada realmente acima da média. É como aquele arroz com feijão muito bem feito.

A história é simples, um pouco clichê, e com algumas reviravoltas que não me surpreenderam. Ainda assim, é bastante interessante, dinâmica, universal, e principalmente... emocionante. Preparem seus lenços: a última vez que me emocionei tanto com um filme da Pixar foi com Toy Story 3, do longínquo ano de 2010.

A animação não traz nenhuma grande surpresa ou evolução técnica, porém, por si só, o design incomum e multi-colorido do Dia dos Mortos mexicano é uma atração a parte. Belíssimo! Sempre adorei a maneira com que os esqueletos são retratados nesta festa do México: são bastante expressivos, diversificados, e mais encantam do que assustam. A trilha sonora também não traz nenhum futuro hit de sucesso, mas são músicas bastante agradáveis, dançantes, e respeitam a cultura latina.

Aliás, respeito é uma palavra chave em Coco. Se Hollywood está acostumada a "converter, distorcer e estragar" a representação de culturas estrangeiras em seus filmes, aqui isto não acontece. A produção de Coco fez várias viagens ao México para garantir a fidelidade visual e conceitual do filme. Mais ainda, Coco é o primeiro filme da história com orçamento acima de US$ 100 milhões a contar com um elenco 100% latino.

Coco é um filme para agradar olhos, ouvidos e mente de espectadores de todas as idades. Continuando com seus altos e baixos, depois do fraco Carros 3, a Pixar volta a trazer uma animação muito bacana. Nota: 7,0.


PS 1: a tradição diz que todo filme da Pixar é precedido de um pequeno curta antes da atração principal. E Coco não foi diferente... ou quase. Nos primeiros países em que foi exibido (como EUA e México), o filme contava com o curta Olaf: Em Uma Nova Aventura Congelante de Frozen. Porém, como este desenho tinha 21 minutos de duração, causou reclamações generalizadas devido sua longa duração. Desta maneira, a nova aventura de Olaf parou de ser exibidas nos cinemas do mundo todo.

PS 2: e por falar em curtas, neste link aqui você pode assistir um curta do cachorro Dante, de Coco. Ainda que boa parte do curta esteja presente no trailer que saiu no Brasil, é bacana assistir.

PS 3: se alguém quiser conhecer mais as referências culturais que Coco traz, recomendo este artigo da minha amiga Melissa, que mora no México e adorou o filme. E tem este link também, com ainda mais curiosidades e muitas fotografias!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Crítica - Moana: Um Mar de Aventuras (2016)

Título: Moana: Um Mar de Aventuras ("Moana", EUA, 2016)
Diretores: Ron Clements, Don Hall, John Musker, Chris Williams
Atores principais (vozes): Auli'i Cravalho, Dwayne Johnson, Rachel House
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=80q_uNi1Ip0
Nota: 7,0
Disney continua a boa fase em filmes de princesas

Continuando com a tendência de fazer filmes de princesas "atuais" que são independentes, destemidas, e nem de longe precisam de um príncipe, em Moana a Disney acrescenta à esta característica um pouco de diversidade ao trazer uma heroína de traços não-Europeus e uma história livremente baseada na mitologia de povos da Polinésia.

Na história, Moana é a filha do chefe da ilha de Motunui. Um belo dia a vida feliz e a autossuficiente de seus habitantes é ameaçada por uma estranha escuridão que acaba com todos os alimentos disponíveis. Cabe então a Moana, a escolhida do Oceano, resolver este problema que, segundo lendas, se trata de devolver o coração da deusa Te Kā (que foi roubado pelo semi-deus Maui) para sua dona.

Mais do que qualquer outra coisa, Moana é um filme de ação baseado em uma dupla "jornada do herói": tanto Moana quanto Maui possuem sua própria saga de aprendizado, heroísmo e redenção. Há pouco desenvolvimento dos personagens, o foco da história é mesmo a aventura. Quase não há cenas "emocionantes" ou de "ensinamentos".

Mesmo com um roteiro simples, o filme é bastante divertido e belíssimo visualmente. O design dos personagens é muito bem feito, desta maneira, personagens "perigosos" e "fofinhos" dividem o mesmo universo de maneira harmoniosa. As tatuagens de Maui são outra ótima sacada de roteiro e direção de Arte.

Moana é a animação com maior número de cenas musicais que vejo em um bom tempo. As músicas são legais - principalmente as mais "tribais", que usam tambores e coros de vozes - mas ainda assim, não são boas o suficiente para "grudar" na cabeça, como aconteceu na animação Frozen (2013).

Em termos de "nota final", Moana é levemente superior a Valente (2012) e levemente inferior a Frozen. E por falar em Valente, a evolução técnica das animações Disney e Pixar nunca param de me surpreender. Se em 2012 eu babava pela perfeição dos cabelos de Merida, aqui em Moana quase todos os personagens tem estes mesmos cabelos "reais". Fora as muitas cenas no mar, perfeitas (sendo que fazer água e ondas realistas era "missão impossível" na animação há cerca de 10 anos atrás).

Bem humorado e agitado, Moana é diversão para todas as idades, mas ainda assim não é um filme espetacular. Por isto leva Nota 7,0.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Crítica - Pets: A Vida Secreta dos Bichos (2016)

Título: Pets: A Vida Secreta dos Bichos ("The Secret Life of Pets", EUA / Japão, 2016)
Diretores: Yarrow Cheney, Chris Renaud
Atores principais (vozes): Louis C.K., Eric Stonestreet, Kevin Hart, Steve Coogan, Ellie Kemper, Bobby Moynihan, Lake Bell
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=_696GtEk5Mw
Nota: 7,0
Fofura e nonsense tornam o filme bom, apesar da propaganda enganosa

Quando o primeiro trailer de Pets: A Vida Secreta dos Bichos chegou ao Brasil (veja ele aqui), ainda no ano passado, fez bastante sucesso. Como o próprio nome do filme diz, ele prometia mostrar o que os animais de estimação aprontam quando seus donos estão fora de casa. E em propagandas em diversas mídias sua produtora reforçou esta imagem. Porém, Pets não é bem sobre isto, ele é na verdade uma história de ação(!), que é revelada (até demais) no segundo trailer (ver no link da ficha técnica acima).

Na história, o cãozinho Max (Louis C.K.) vivia feliz com sua dona, até que a mesma resolve adotar um novo cachorro, o egoísta Duke (Eric Stonestreet). Em uma de suas várias brigas, a dupla acaba se afastando de casa e recolhida pela carrocinha. É então que o coelho Bola de Neve (Kevin Hart) - líder de uma gangue de animais abandonados que quer se vingar dos humanos - os salva em troca deles entrarem para o bando. Conseguir sair da trupe dos "vilões" e achar o caminho de volta para casa é efetivamente a verdadeira história do filme.

O enredo de Pets: A Vida Secreta dos Bichos, portanto, está bem longe de ser algo original, trazendo uma trama já feita em diversos filmes de animação. Aliás, seu roteiro é raso, possui vários exageros e erros de lógica; não traz nenhum grande aprendizado ou lição, ou algum sentimento mais complexo. É pura ação, humor e nonsense.

Por isto tudo, certamente Pets vai agradar mais as crianças que os adultos. Ainda assim, os bichos são todos bem carismáticos, bem fofinhos (fazendo muitas caretas engraçadas) e produzem várias piadas (a maioria física) que divertem bastante. Ou seja, independente de sua idade ou gênero, sua fórmula deve agradar a todos.

Bastante dinâmico, como bônus o filme traz uma ótima e famosa equipe de dubladores (no idioma original, claro); há cerca de 10 nomes que o pessoal fanático por séries de TV estadunidense provavelmente vão reconhecer. O comediante Kevin Hart traz com seu coelhinho Bola de Neve a melhor e mais engraçada das atuações.

Fofo e engraçado, Pets: A Vida Secreta dos Bichos diverte mesmo sendo bem diferente do que foi vendido inicialmente. Além de tudo, é uma bonitinha ode aos envolvidos com o mundo dos animais de estimação, sejam eles os donos ou os animaizinhos. Nota: 7,0

PS: aproveitando que parte dos diretores e escritores são os mesmos dos filmes Meu Malvado Favorito, antes de Pets temos um curta inédito dos Minions...

PS2: ... e durante a primeira metade dos créditos finais há uma cena extra, que também cita os simpáticos bichinhos amarelos.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Crítica - Procurando Dory (2016)

TítuloProcurando Dory ("Finding Dory", EUA, 2016)
Diretores: Andrew Stanton, Angus MacLane
Atores principais: Ellen DeGeneres, Albert Brooks, Hayden Rolence, Ed O'Neill, Diane Keaton, Eugene Levy
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=BGNvbWeASbA
Nota: 6,0
Divertido, embora agrade mais pelo saudosismo do que pela qualidade

Continuação do excelente Procurando Nemo de 2003, como se pode perceber pelo título em Procurando Dory a protagonista passa a ser a simpática peixinha com "memória de peixe". Na história, Dory se lembra dos seus pais - os quais não vê desde a infância - e passa a buscar por eles, tentando voltar para casa. Incapaz de procurar sozinha devido seus constantes esquecimentos, ela conta então com a ajuda de seus antigos amigos Marlin e Nemo, e de um novo amigo, um polvo mal humorado de 7 pernas chamado Hank.

Quem gostou do filme anterior certamente vai gostar desta continuação. Mas não necessariamente pela qualidade - Procurando Dory é bem inferior a Procurando Nemo - e sim pelas similaridades. Afinal, trata-se basicamente da mesma história, com as mesmas piadas, mesmos personagens, e mesma estrutura de roteiro: novamente temos personagens em busca de alguém que precisa ser encontrado: agora ao invés de Nemo temos os pais de Dory.

Colocar o foco em Dory traz vantagens e desvantagens. A vantagem principal é que ela é bastante carismática devido principalmente a sua inocência e energia. Por outro lado, as piadinhas envolvendo seus esquecimentos são bem mais frequentes, e chegam a irritar.

Não há nada de significativamente novo em Procurando Dory, infelizmente. Comparando com seu antecessor aqui você ri menos e principalmente se emociona menos, já que no quesito sentimento o filme peca pelo exagero e é bastante piegas.

De qualquer forma, uma cópia bem feita de algo excepcional mantém-se como algo interessante para assistir. E não deixa de ser bacana também conhecer os poucos novos coadjuvantes, completamente pirados.

Talvez o ponto alto de Procurando Dory seja a coragem na utilização de alguns temas bem sérios. Novamente os "heróis" do filme são pessoas com limitações físicas: Nemo (barbatana), Dory (memória) e agora, a tubarão Destiny (visão). Mas principalmente, a maior surpresa é a forte crítica implícita a todos estes "aquários" (e até institutos de vida marinha) espalhados pelo mundo. A história bate várias vezes na tecla de que os peixes querem liberdade, não uma "prisão". Consciente ou não, isto é também uma resposta a enorme procura que os Peixe Palhaço (a espécie de Nemo e Marlin) tiveram para agradar as crianças que quiseram ter um "Nemo" em casa após assistirem o primeiro filme.

Longe de ser criativo, mas ainda sim divertido e como sempre um deslumbre visual, Procurando Dory é bom e interessante o suficiente para quem estava com saudades de Nemo e sua turma. Nota: 6,0


PS 1: assim com no primeiro filme, Procurando Dory tem cena pós-créditos. Alías, é uma espécie de continuação da cena do filme anterior.

PS 2: para quem assistir a versão dublada, a lamentar a participação de Antonio Tabet (Porta dos Fundos) como dublador do polvo Hank. Sua voz destoa bastante dos demais personagens, seja pelo seu timbre ou pela qualidade da interpretação. Fica cada vez mais difícil defender as versões dubladas nacionais.

PS 3: Procurando Dory arrecadou por aqui R$ 23,7 milhões em seu primeiro fim de semana e com isto bateu o recorde de melhor estréia de uma animação no Brasil (o recorde anterior era de Minions, com R$ 22,6 mi).

PS 4: como todo filme da Pixar, este também é precedido por um curta-metragem. O da vez é Piper: Descobrindo o Mundo, que mostra um filhotinho de pássaro em sua primeira tentativa de buscar o próprio alimento. Não é uma grande história, mas é fofíssimo. E mais: que espetáculo técnico! Muitas vezes não sabemos se estamos diante de pássaros e oceano reais ou de animação.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Crítica - Mogli - O Menino Lobo (2016)

TítuloMogli - O Menino Lobo ("The Jungle Book", EUA, 2016)
Diretor: Jon Favreau
Atores principais (vozes): Neel Sethi, Bill Murray, Ben Kingsley, Idris Elba, Lupita Nyong'o, Scarlett Johansson, Giancarlo Esposito, Christopher Walken
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=sxeRCEthd9o
Nota: 8,0
Com um espetáculo visual, Mogli concorre como um dos melhores filmes do ano

Mogli é um personagem que aparece em alguns contos do livro The Jungle Book (1894) de Rudyard Kipling. Talvez não muito conhecido pelas gerações mais novas, ele fez parte da infância das pessoas entre 30 a 50 anos graças à animação da Disney Mogli - O Menino Lobo, de 1967.

A Disney já fez algumas adaptações live-action desta mesma história. Uma em 1994 e outra em 1998. Mas desta vez ela resolveu jogar pesado. Gastando 175 milhões de dólares, temos um filme onde apenas um personagem - o menino Mogli (Neel Sethi) - é de carne e osso: todos os outros personagens (animais falantes) e a grande maioria das paisagens são feitas por animação de computador. Ah: e com um realismo de assustar qualquer um!

Na famosa história, Mogli é um menino que foi abandonado na selva e criado por lobos. Ele viva em paz e harmonia por lá até que um dia o malvado tigre Shere Khan (Idris Elba) descobre a existência da criança. Por medo e raiva dos humanos, Khan quer matar Mogli de qualquer jeito, o que leva nosso herói a uma jornada para voltar a civilização, evitando desta maneira o confronto.

Há várias cenas neste Mogli - O Menino Lobo que são quase idênticas ao do desenho de 1967. Entretanto, há várias cenas novas também, em geral, estas servem para deixar o filme mais assustador. Aliás, Mogli é um filme para "quase" toda a família. Passa pelo roteiro completo de emoções: do humor ao drama. Não é um filme sombrio, muito longe disto. Entretanto, há várias passagens tensas (aquelas em que Mogli é atacado) e portanto não recomendo o filme para menores de 8 anos. Mais do que qualquer coisa, Mogli é um filme de ação.

Como eu disse no passado, para Mogli - O Menino Lobo o diretor Jon Favreau havia prometido que seu filme seria um deslumbre visual. Ele não mentiu. Mogli é talvez o filme sobre natureza de imagens mais belas desde Avatar (2009). Antes que eu seja acusado de exagerado, explico melhor: vejam, Avatar continua sendo muito melhor visualmente e tecnicamente. Entretanto, Mogli possivelmente fica com um distante "segundo lugar", e assim como o filme de James Cameron, merece ser visto no cinema e em 3D.

Continuando com minhas recomendações, é óbvio que qualquer filme é muito melhor em seu idioma original. Mas especialmente para este Mogli - O Menino Lobo, procure pelas versões legendadas. Principalmente as vozes de Bill Murray, Idris Elba e Christopher Walken fazem muita diferença!

Mogli - O Menino Lobo possui bom roteiro, embora peque pelo raso desenvolvimento dos personagens, principalmente Mogli. Só há um detalhe no filme que realmente me incomodou: toda a sequência do macaco Rei Louie. Nesta parte temos o único momento em que os animais computadorizados não convencem, devido ao exagero. Nenhuma proporção está correta. Nem a de Louie, nem a de seus asseclas. Uma pena. Esta sequência transforma as cenas em uma dispensável cópia de King Kong.

Interessante do começo ao fim Mogli - O Menino Lobo já nasce como um dos melhores filmes do ano e felizmente sua qualidade tem sido refletida nas bilheterias. A Disney tem transformado suas animações em live-action com certa freqüência nos últimos anos. E Mogli é a melhor destas adaptações até agora. Nota: 8,0


PS: neste ótimo vídeo (em inglês) vemos como o filme foi feito. É muito bacana ver o menino sendo filmado nas telas azuis e você ver que o pessoal da produção já consegue visualizar o resultado com os efeitos especiais em tempo real. Confira!

quinta-feira, 24 de março de 2016

Crítica - Zootopia: Essa Cidade é o Bicho (2016)

Título: Zootopia: Essa Cidade é o Bicho ("Zootopia", EUA, 2016)
Diretores: Byron Howard, Rich Moore e Jared Bush
Atores principais (vozes): Ginnifer Goodwin, Jason Bateman, Idris Elba, Shakira
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=prct6AB5tR8
Nota: 7,0

Filme mistura animais fofinhos com trama policial

A mais nova animação da Walt Disney Animation Studios se passa em... Zootopia, uma cidade fictícia onde todos os personagens são animais antropomorfizados. Na trama, conhecemos a coelhinha Judy Hopps (Ginnifer Goodwin), que acaba de se formar policial, seu sonho desde criança. Apesar de todo o preconceito gerado por seu diminuto tamanho, ele se envolve na investigação mais importante da cidade - o sumiço de dezenas de cidadãos - e para isto conta com a ajuda do trambiqueiro raposo Nick Wilde (Jason Bateman).

Como se pode ver pelos trailers e pela imagem acima, os desenhos em Zootopia são bem bonitinhos, infantis. Mas o visual pode enganar um pouco: mesmo sendo um filme para todas as idades, a história é uma trama policial, e portanto, melhor compreendida por adultos. Além de tratar de uma investigação criminal, o roteiro trata pontos como discriminação e racismo.

Vou dizer mais uma vez: Zootopia é para todas as idades. Mas ainda assim é um desenho que não faz tanta força para fazer rir. A maior parte da graça no filme vem das adaptações do mundo humano para o mundo animal da cidade. Portanto, em Zootopia, a maior qualidade humorística vem de seu universo, não de piadas. A única piada realmente muito boa do roteiro é dada em uma longa cena que aparece INTEGRALMENTE no primeiro trailer do longa (ver o link acima). Uma pena entregar o melhor já na divulgação.

Se Zootopia carece de piadas (mas não de humor), também faltam sentimentos. Apesar de algumas tentativas para trazer drama ao enredo, nenhuma funciona adequadamente. Mas isto tudo não faz o roteiro ser ruim. Pelo contrário, ele está repleto de ação, aventura, reviravoltas... Definitivamente, estamos diante de um bom roteiro, que foge um bocado do comum e é uma das duas principais qualidades do filme. A história é quase irretocável... a meu ver só comete um erro: que é dar pistas fortes demais, perto do final do filme, de quem é o vilão da vez.

A segunda qualidade é a animação propriamente dita... o cuidado de toda a produção em humanizar os animais. A cidade foi cuidadosamente criada para comportar harmonicamente todos os diferentes tipos de bichos. E foram 18 meses estudando os animais reais para emular com perfeição seus movimentos e... pelos. Cada animal tem pelos de texturas, cores e tamanhos bem distintos e ficaram bem convincentes.

Contando com uma protagonista bastante carismática, Zootopia consegue manter um bom nível por toda a sua projeção, e talvez este seja seu grande "defeito": ele é bom o tempo todo mas em nenhum momento alcança o "ótimo". Nota 7,0


PS 1: a versão dublada perde um pouco da graça devido a personagem-cantora "Gazela" ter as vozes da Shakira no original. Menos mal que as músicas da Shakira no filme não são dubladas, porém também não são legendadas, o que não foi portanto a solução ideal.

PS 2: se não fosse John Lasseter (produtor e chefe criativo da Disney Animation e da Pixar), Zootopia poderia ser bem menos interessante: foi ele quem sugeriu para que os animais do desenho respeitassem as proporções reais de tamanho. Estas diferenças são responsáveis por muita coisa bacana de design de produção no filme.

PS 3: sabiam âncora do jornal da TV de Zootopia muda de acordo com o país onde é exibido? Abaixo segue como eles são em algumas nações. No Brasil o animal escolhido não é nenhum destes quatro: é um jaguar (e não vou mostrar aqui pra vocês irem vê-lo nos cinemas).



terça-feira, 8 de março de 2016

Crítica - Kung Fu Panda 3 (2016)

TítuloKung Fu Panda 3 ("Kung Fu Panda 3", China / EUA, 2016)
Diretores: Alessandro Carloni, Jennifer Yuh
Atores principais (vozes): Jack Black, Angelina Jolie, Dustin Hoffman, J. K. Simmons, Jackie Chan, Lucy Liu, Seth Rogen, David Cross, Bryan Cranston, Kate Hudson, James Hong
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=q75bGipJzIg
Nota: 6,0
Franquia volta a melhorar e encerra a trilogia com dignidade

Após um bom filme inicial e um segundo filme burocrático e apenas mediano, o simpático urso Po volta as telas com Kung Fu Panda 3. Na história, acontecem duas coisas relevantes: Po finalmente conhece seu pai biológico, o panda Li; e também conhece um vilão muito malvado - o búfalo de nome Kai - que volta do mundo dos mortos para dominar o universo. Claro que está nas mãos do "escolhido" Po salvar a pátria mais uma vez.

A trama, portanto, é bem simples e clichê, e lhe falta lógica em alguns momentos (por exemplo nas lutas, a relação de poder entre os adversários não faz o menor sentido). Mas o que não falta de jeito nenhum são piadas e bom humor. Sem nenhum exagero, quase o filme todo é feito de piadas. E apesar do enorme número de gracinhas, elas não cansam e entretém; o que é um enorme ponto positivo para o filme.

Desenhos e músicas praticamente não evoluíram ao longo da franquia - o que mostra certo comodismo - mas isto não é tão ruim já que a série Kung Fu Panda já tinha bons gráficos e som originalmente. A única novidade áudio-visual aqui são as cenas no "mundo espiritual", com belas cores vivas, e ambientação bem oriental.

O mais importante, entretanto, é que o filme encerra a história de Po com dignidade. Tanto em termos de humor quanto emoção Kung Fu Panda 3 se despede de maneira apropriada. Algo que me deixa feliz é que a Dreamworks teve o bom senso de realmente terminar a franquia por aqui. Algo corajoso e raro neste mundo onde "dinheiro vale tudo" e são feitas infinitas continuações e reboots. Enquanto não surgir algum produtor muito ganancioso e idiota, o panda Po terá aqui a sua despedida derradeira, que merece ser conhecida por todos que tem simpatia pela franquia. Nota: 6,0

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Crítica - O Bom Dinossauro (2015)

TítuloO Bom Dinossauro ("The Good Dinosaur", EUA, 2015)
Diretor: Peter Sohn
Atores principais (vozes): Raymond Ochoa, Jack Bright, Jeffrey Wright, Frances McDormand
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=A6z79w5fdDU
Nota: 6,0
Primor gráfico com uma história apenas legal

Normalmente, quando um filme tem problemas na produção isto é um grande indício de filme ruim. E O Bom Dinossauro teve uma criação pra lá de conturbada. O filme foi adiado duas vezes, sendo que após um dos adiamentos cerca de 80 pessoas foram demitidas e a Pixar Canadá - onde O Bom Dinossauro estava sendo feito - fechou as portas.

Acontece que estamos falando da Pixar. E confesso que minha fé nesse estúdio é tão grande que eu via estes adiamentos como algo positivo... do tipo: "eles só vão lançar o filme quando ele estiver realmente muito bom". Me enganei. Claro, O Bom Dinossauro está longe de ser uma catástrofe. É um filme bom e divertido. Entretanto, não possui o "selo Pixar de qualidade", está bem abaixo da média do estúdio.

Na história, estamos nos dias atuais de uma Terra hipotética onde nenhum asteroide se chocou com nosso planeta exterminando os dinossauros. Eles continuam, portanto, sendo a raça dominante do planeta, mas "humanos das cavernas" também existem e convivem com os "lagartões". Após 65 milhões de anos os dinossauros aprenderam algumas coisas... Tem dino agricultor, dino boiadeiro, e assim vai...

O protagonista é Arlo (Raymond Ochoa - vozes), um jovem e medroso saurópode que nasceu com um tamanho bem menor que o normal. Após uma trágica tempestade, Arlo se perde de sua família e tenta então voltar para casa. Na sua jornada, ele encontra a criança humana Spot (Jack Bright - vozes), a quem o adota como "cachorro de estimação".

Um dos problemas de O Bom Dinossauro é que ele não é muito engraçado. O principal motivo disto é que o protagonista é um personagem muito frágil, e não há muita graça rir de alguém assim. Notem que no excelente Procurando Nemo (2003) o protagonista (e alvo das piadas) não é o frágil Nemo, e sim, seu pai. Também pesa contra o humor a ausência de bons coadjuvantes. Com exceção de Spot e um certo trio gigante que não vou dar mais detalhes para não estragar, nenhum outro personagem encanta.

A história como um todo possui seus altos e baixos. Há ótimas cenas; outras, burocráticas. Como todo filme da Pixar, há cenas bastante emocionantes de Arlo com sua família ou com Spot. Mesmo assim, pelo fato da relação afetiva entre todos estes personagens não terem sido bem demonstradas, falta aquele algo a mais que nos leve a tirar o lenço do bolso para enxugar lágrimas.

Com uma história legal, divertida, mas sem grandes virtudes, o grande destaque de O Bom Dinossauro é mesmo seu visual, ou melhor, mais outra evolução técnica da Pixar. Árvores, rios, pedras... a paisagem em geral: a animação destas coisas está ficando tão perfeita, mas tão perfeita, que muito em breve não saberemos distinguir animação de cenas reais. Há alguns momentos do filme que temos a impressão que só os personagens são "falsos", o resto é do mundo real. Muito impressionante!

Legal, divertido - mas sem querer fazer muito humor - O Bom Dinossauro está entre os piores filmes da Pixar, só sendo melhor que Carros 2 e do mesmo nível que Universidade Monstros. Parece mesmo que o mundo com que teremos que conviver a partir de agora é uma Pixar que só faz obras primas de vez em quando. Nota: 6,0


PS: o estreante diretor Peter Sohn serviu de inspiração para a criação do menino Russell do filme Up: Altas Aventuras (2009). Curiosamente, no filme em questão seu único envolvimento foi ajudar a desenhar os storyboards. Vejam abaixo a comparação. São iguaizinhos!


sábado, 15 de agosto de 2015

Enxurrada de novidades das animações Disney e Pixar


De 14 a 16 de agosto (vulgo hoje) tivemos em Anaheim-EUA a 4ª D23 Expo - espécie de Comic Con realizada a cada 2 anos pela Disney. O evento mistura tudo: filmes, animações, games, novidades sobre parques temáticos. E o mais importante: além da turma do Mickey, a exposição também conta com a presença de nomes como Pixar, Star Wars e Marvel (sim, agora todas estas marcas também são da companhia do tio Walt).

Neste post, entretanto, o foco é apenas nas principais novidades das animações que vem por aí! Títulos como O Bom Dinossauro, Procurando Dory, Toy Story 4Zootopia, Moana, Gigantic, Coco, os reboots de Meu Amigo o Dragão e Mogli, e por fim, o curta Riley’s First Date, derivado de Divertida Mente. Frozen 2, cuja produção foi anunciada em março deste ano, continua sem novidades e data de estréia, já que não foi comentado durante o evento. O mesmo se aplica aos também vindouros Os Incríveis 2 e Carros 3.


Os próximos filmes da Pixar

Cenas de O Bom Dinossauro - que estréia em novembro deste ano nos EUA (e que infelizmente só chega ao Brasil em Janeiro de 2016) - foram apresentadas ao público, que foi às lágrimas. Em termos de notícias, sem muitas novidades. O filme, tido como "uma espécie de faroeste", teve pelo menos a divulgação de novas imagens. A foto-título deste post é uma delas. Nela vemos à direita o protagonista apatossauro Arlo e seu pequeno amigo humano, a criança-das-cavernas de nome Spot. À esquerda, um trio de tiranossauros cowboys que agora sabemos que serão dublados por AJ Buckley, Anna Paquin e Sam Elliott. Já viu o trailer? Só clicar aqui. Está em inglês.

Procurando Dory teve nova imagem oficial divulgada (ver abaixo) e mais detalhes de sua trama. A história, que acontecerá 6 meses após os eventos de Procurando Nemo, mostra Dory se lembrando de seus pais; e então, com a ajuda de Nemo e seu pai Marlin, saem em nova viagem através dos oceanos para tentar reunir a família da esquecida protagonista. O filme tem estréia prevista para Junho de 2016.


Finalmente, sobre Toy Story 4. O chefe criativo da Disney e Pixar, John Lasseter, declarou que “Na Pixar e na Disney, nós só fazemos continuações se conseguimos criar uma história tão boa ou melhor que a original. Essa é a nossa regra. Não fazemos coisas apenas para ganhar dinheiro”.

Quanta bobagem! A Disney já fez várias continuações de qualidade inferior. E nem mesmo a Pixar se salva: Carros 2 e Universidade Monstros não são sombra de seus antecessores. Porém, mentirinhas a parte, Lasseter sempre foi o grande nome por trás da Pixar, é extremamente competente e tem um grande amor pela franquia de Toy Story. Então, apesar de tudo, o filme promete ser muito bom.

Também foi revelado que Toy Story 4 será... um romance! Cronologicamente depois da trilogia original, a história entretanto não terá muita ligação com os filmes anteriores. Seu foco será no relacionamento de Woody e Bo Peep (que foi chamada de Betty no Brasil - ela já apareceu nos dois primeiros filmes da franquia).

John Lasseter retorna a sua criação como co-diretor e co-roteirista. Randy Newman - compositor musical dos filmes anteriores - também foi confirmado na produção. Toy Story 4 está previsto para Junho de 2017.


Novidades nas animações Disney

Duas das animações Disney programadas para 2016 - Zootopia e Moana - tiveram mais detalhes revelados.

No universo de Zootopia não há humanos, apenas animais antropomorfizados. Na trama, o raposo Nick (Jason Bateman) é acusado de um crime que não cometeu e é perseguido pela coelha policial Judy Hopps (Ginnifer Goodwin). Quando ambos percebem serem alvos de uma conspiração, eles são forçados a se unir para resolverem seus problemas.

Pelo jeito a música será destaque em Zootopia. Isto porque a cantora Shakira acaba de ser anunciada como um personagens do filme (ainda que ela não seja a protagonista). A colombiana será uma gazela (ver imagem ao lado) e também cantará a música-tema do filme “Try Everything“. A animação chega aos cinemas em Março de 2016.

Moana é um conto original baseado no universo mitológico das ilhas do Pacífico. Nele seguiremos a jornada de Moana, uma adolescente que navegará pelo Oceano numa busca pelos seus antepassados. Ela será acompanhada pelo semi-deus Maui (o grandalhão da foto abaixo), cuja voz será feita por Dwayne Johnson (também conhecido como The Rock). Moana está previsto para Dezembro de 2016.



Novos títulos Disney e Pixar anunciados

E dois filmes foram exclusivamente revelados na D23! Um da Disney e um da Pixar.

A Disney anunciou Gigantic, que promete ser "a versão definitiva de João e o Pé de Feijão". Mas como se pode ver pela sua primeira imagem, onde vemos uma menina gigante de 11 anos chamada Inma, a história não será tão fiel ao conto original. Outro atrativo de Gigantic é o fato de que a dupla Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez - responsáveis pelas músicas de Frozen - assumirão as músicas do filme. Gigantic só deverá ser lançado em 2018.


E a Pixar, que havia anunciado anos atrás seu interesse em fazer um filme baseado nos Dia dos Mortos mexicano, aproveitou para enfim divulgar o nome deste projeto: Coco. Sobre a história, foi dito apenas que Miguel - um garoto de 12 anos - será o protagonista. Coco está previsto para 2017.


Refilmagens de Meu Amigo o Dragão Mogli

Não se tratam exatamente de novas animações, já que ambos os filmes irão misturar desenhos com atores reais. Mesmo assim, fazem parte do assunto deste artigo. Ambas as produções já estavam confirmadas para 2016, mas agora temos mais detalhes revelados.


Com o nome original de "The Jungle Book" e nome nacional provisório de O Livro da Selva, a história de Mogli será recontada em um filme com previsão de estréia para Abril de 2016. A animação promete ser um verdadeiro "deslumbre visual". Jon Favreau (trilogia Homem de Ferro) acaba de ser anunciado como diretor; e Neel Sethi, um garoto de 10 anos com descendência indiana será Mogli. Ele será o único ator "real" do filme. Já os animais feitos por computação terão vozes de um elenco pra lá de estrelado: Idris Elba, Scarlett Johansson, Lupita Nyong'o, Ben Kingsley, Christopher Walken e Bill Murray são alguns dos nomes.

Já "Pete's Dragon", que teve seu trailer (ainda inédito) exibido pela primeira vez na D23 Expo, é uma refilmagem do filme Meu Amigo o Dragão de 1977, este que originalmente também já era uma mistura de animação com atores reais. Com data prevista para Agosto de 2016, a produção também conta com alguns nomes famosos, como Bryce Dallas Howard, Karl Urban e Robert Redford. A foto da imagem acima, obviamente, é da versão de 77.


Um pouquinho mais de Divertida Mente

E para finalizar a lista de novidades, voltemos a Pixar. Previsto para chegar ao público nas versões DVD e Blu-Ray de Divertida Mente, o curta Riley’s First Date (o primeiro encontro de Riley, em tradução livre), foi exibido na íntegra para quem compareceu na D23 Expo. Para quem quiser ver um pedacinho da animação antes que ele chegue às lojas, é só clicar aqui.



Extra: o Calendário das Produções Disney 2015-2017

Perdido com tantos nomes e datas? O Cinema Vírgula resolve seu problema. Na foto abaixo, já compatível com as datas apresentadas na D23 Expo, vemos os filmes de Pixar, Marvel e Disney em ordem cronológica.


Os dois nomes mais apagados, da parte de baixo, são respectivamente Capitão América 3: A Guerra Civil (2016) e Doutor Estranho (2016). E vocês repararam que logo após A Bela e a Fera (2017), refilmagem live-action protagonizado pela Emma Watson como a Bela, temos o também live-action Ghost in the Shell, que será protagonizado pela Scarlett Johansson? Se trata de um filme da DreamWorks, que embora não seja da Disney, tem seus trabalhos distribuídos pela mesma.

Crítica Netflix - I Am Mother (2019)

Título :  I Am Mother (idem, Austrália, 2019) Diretor : Grant Sputore Atores principais :  Clara Rugaard, Hilary Swank, Luke Hawker, R...