Diretor: Taika Waititi
Atores principais: Chris Hemsworth, Tom Hiddleston, Cate Blanchett, Idris Elba, Jeff Goldblum, Tessa Thompson, Karl Urban, Mark Ruffalo, Anthony Hopkins, Taika Waititi
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=UvNnqWLruXA
Nota: 8,0
Nota: 8,0
Disparado o melhor filme de Thor, ainda que em modo "Os Trapalhões"
Os indícios estavam lá: trailers repletos de piadinhas, um diretor especializado em comédias (o neozelandês Taika Waititi). Após dois filmes apenas medianos, com história sombria e paleta de cores que praticamente só tinha cinzas, Thor: Ragnarok é mais do que qualquer outra coisa uma comédia de ação. E a boa notícia: a mudança de estilo funcionou!
Na história, a deusa da morte Hela (Cate Blanchett) desperta e decide conquistar Asgard, casa de nosso herói. Após ser "jogado" no planeta "lixo" Sakaar após o primeiro embate com a vilã, Thor é obrigado a virar um gladiador, onde encontra seu amigo Hulk (Mark Ruffalo). A missão de Thor passa a ser escapar do planeta e convencer Hulk a ajudá-lo a salvar seu povo.
O primeiro ato do filme, onde são apresentados todos os personagens da trama, chega a ser um bocado sério e sombrio. Por isto mesmo, as piadas que aparecem nesta etapa de Thor: Ragnarok mais incomodam do que agradam, pois estragam o clima de ameaça que o herói precisa enfrentar.
Porém no segundo ato, quando Thor cai no planeta Sakaar, aí o filme descamba de vez para o humor. Thor e Hulk se comportam como verdadeiros trapalhões: infantis, idiotas e desastrados. E a dupla está bem acompanhada nas palhaçadas: o vilão Grão-Mestre (Jeff Goldblum), o gladiador estúpido Korg (Taika Waititi)... todos os personagens do planeta Sakaar não se levam a sério.
Por mais que o parágrafo anterior parece que eu esteja criticando Thor: Ragnarok, não estou. Ao se assumir de vez como comédia o filme é divertidíssimo, e o humor acontece de forma orgânica e eficiente. Thor: Ragnarok é sério concorrente ao filme mais engraçado da Marvel até agora, disputando cabeça a cabeça com os dois filmes dos Guardiões da Galáxia.
Thor: Ragnarok também é bem mais "leve" que os filmes anteriores em seu som e imagem. Cenários e vestimentas bastante coloridos, além de uma trilha sonora muito boa, que mistura música clássica, música eletrônica, e ainda, utiliza a canção The Immigrant Song do Led Zeppelin DUAS vezes, com cenas em câmera lenta que remetem a um clipe musical.
E o filme não é só competente na comédia. Thor: Ragnarok também é muito bem feito em termos de cenas de ação. Há sim alguns trechos do filme em que o excesso de efeitos especiais simultâneos na tela atrapalham; mas em geral a ação funciona muito bem. A luta de Thor contra Hulk é ótima; e as lutas com Hela são muito boas também.
Certamente outro ponto a se destacar em Thor: Ragnarok é a qualidade dos atores. A extraordinariamente talentosa e premiada Cate Blanchett é outra ótima aquisição para o Universo Cinematográfico Marvel. E não bastando a constelação de atores e atrizes com destaque no filme (ver a grande lista no "atores principais" no começo da página), desta vez a Marvel / Disney realmente esbanjou, trazendo também para pequenas pontas atores como Benedict Cumberbatch, Sam Neill e Matt Damon.
Até mesmo o roteiro de Thor: Ragnarok merece elogios. Além das boas piadas, a interpretação dos roteiristas para o Ragnarok (o fim do mundo da Mitologia Nórdica, que inclui uma grande batalha que destruiria Asgard e resultaria na morte de diversos deuses) foi uma grata surpresa.
O filme, entretanto, também tem suas falhas. Fora os deslizes do primeiro ato, o seu maior defeito é a longa - e desnecessária - duração da história dentro do planeta Sakaar. Várias cenas e coadjuvantes poderiam ser cortados, evitando algumas repetições dentro do filme, e principalmente, as exageradas 2h e 10min de duração no total.
Para quem gosta de ação e comédia, é realmente difícil não gostar de Thor: Ragnarok. Entre os possíveis desgostosos do filme, entretanto, listo as pessoas que não conhece previamente os personagens (e acertadamente a história não gasta tempo (re)apresentando-os), e os puristas que não aceitam ver os ultra-sérios Hulk e Thor dos quadrinhos virarem "comediantes". Bem... eu até sinto um pouco de pena do Hulk e Thor dado tanta transformação... Mas, azar deles. O que importa é que me diverti muito! Nota: 8,0
Na história, a deusa da morte Hela (Cate Blanchett) desperta e decide conquistar Asgard, casa de nosso herói. Após ser "jogado" no planeta "lixo" Sakaar após o primeiro embate com a vilã, Thor é obrigado a virar um gladiador, onde encontra seu amigo Hulk (Mark Ruffalo). A missão de Thor passa a ser escapar do planeta e convencer Hulk a ajudá-lo a salvar seu povo.
O primeiro ato do filme, onde são apresentados todos os personagens da trama, chega a ser um bocado sério e sombrio. Por isto mesmo, as piadas que aparecem nesta etapa de Thor: Ragnarok mais incomodam do que agradam, pois estragam o clima de ameaça que o herói precisa enfrentar.
Porém no segundo ato, quando Thor cai no planeta Sakaar, aí o filme descamba de vez para o humor. Thor e Hulk se comportam como verdadeiros trapalhões: infantis, idiotas e desastrados. E a dupla está bem acompanhada nas palhaçadas: o vilão Grão-Mestre (Jeff Goldblum), o gladiador estúpido Korg (Taika Waititi)... todos os personagens do planeta Sakaar não se levam a sério.
Por mais que o parágrafo anterior parece que eu esteja criticando Thor: Ragnarok, não estou. Ao se assumir de vez como comédia o filme é divertidíssimo, e o humor acontece de forma orgânica e eficiente. Thor: Ragnarok é sério concorrente ao filme mais engraçado da Marvel até agora, disputando cabeça a cabeça com os dois filmes dos Guardiões da Galáxia.
Thor: Ragnarok também é bem mais "leve" que os filmes anteriores em seu som e imagem. Cenários e vestimentas bastante coloridos, além de uma trilha sonora muito boa, que mistura música clássica, música eletrônica, e ainda, utiliza a canção The Immigrant Song do Led Zeppelin DUAS vezes, com cenas em câmera lenta que remetem a um clipe musical.
E o filme não é só competente na comédia. Thor: Ragnarok também é muito bem feito em termos de cenas de ação. Há sim alguns trechos do filme em que o excesso de efeitos especiais simultâneos na tela atrapalham; mas em geral a ação funciona muito bem. A luta de Thor contra Hulk é ótima; e as lutas com Hela são muito boas também.
Certamente outro ponto a se destacar em Thor: Ragnarok é a qualidade dos atores. A extraordinariamente talentosa e premiada Cate Blanchett é outra ótima aquisição para o Universo Cinematográfico Marvel. E não bastando a constelação de atores e atrizes com destaque no filme (ver a grande lista no "atores principais" no começo da página), desta vez a Marvel / Disney realmente esbanjou, trazendo também para pequenas pontas atores como Benedict Cumberbatch, Sam Neill e Matt Damon.
Até mesmo o roteiro de Thor: Ragnarok merece elogios. Além das boas piadas, a interpretação dos roteiristas para o Ragnarok (o fim do mundo da Mitologia Nórdica, que inclui uma grande batalha que destruiria Asgard e resultaria na morte de diversos deuses) foi uma grata surpresa.
O filme, entretanto, também tem suas falhas. Fora os deslizes do primeiro ato, o seu maior defeito é a longa - e desnecessária - duração da história dentro do planeta Sakaar. Várias cenas e coadjuvantes poderiam ser cortados, evitando algumas repetições dentro do filme, e principalmente, as exageradas 2h e 10min de duração no total.
Para quem gosta de ação e comédia, é realmente difícil não gostar de Thor: Ragnarok. Entre os possíveis desgostosos do filme, entretanto, listo as pessoas que não conhece previamente os personagens (e acertadamente a história não gasta tempo (re)apresentando-os), e os puristas que não aceitam ver os ultra-sérios Hulk e Thor dos quadrinhos virarem "comediantes". Bem... eu até sinto um pouco de pena do Hulk e Thor dado tanta transformação... Mas, azar deles. O que importa é que me diverti muito! Nota: 8,0
PS: mantendo a tradição dos filmes Marvel, Thor: Ragnarok também traz suas cenas pós-créditos. São duas: a primeira altera um pouco o desfecho do filme e já promove o futuro Vingadores: Guerra Infinita (2018). Já a segunda cena é um dos piores e mais inúteis pós-créditos dos filmes da editora até agora.
PS2: dentre suas comédias, o diretor/escritor/ator/comediante Taika Waititi tem como a mais famosa até agora o filme O que Fazemos nas Sombras (2014), o qual recomendo. Se trata de uma comédia que apresenta um falso documentário sobre vampiros no mundo atual. Diferente e divertido. O filme esteve nos cinemas brasileiros em 2015 e se encontra disponível para assistir na Netflix. Aliás, semana passada Taika anunciou estar planejando estender O que Fazemos nas Sombras em uma franquia: será desenvolvido um spin-off baseado nas aventuras sobrenaturais dos dois policiais do filme; e também, um seriado de TV.
PS2: dentre suas comédias, o diretor/escritor/ator/comediante Taika Waititi tem como a mais famosa até agora o filme O que Fazemos nas Sombras (2014), o qual recomendo. Se trata de uma comédia que apresenta um falso documentário sobre vampiros no mundo atual. Diferente e divertido. O filme esteve nos cinemas brasileiros em 2015 e se encontra disponível para assistir na Netflix. Aliás, semana passada Taika anunciou estar planejando estender O que Fazemos nas Sombras em uma franquia: será desenvolvido um spin-off baseado nas aventuras sobrenaturais dos dois policiais do filme; e também, um seriado de TV.