Diretor: Martin Scorsese
Atores principais: Robert De Niro, Al Pacino, Joe Pesci, Harvey Keitel, Ray Romano, Bobby Cannavale, Anna Paquin, Stephen Graham
Baseado no livro I Heard You Paint Houses (2004) de Charles Brandt, a realização de O Irlandês é um enorme feito. Scorsese tentou fazer este filme por mais de 10 anos, e felizmente encontrou na Netflix sua casa. Aliás, se este filme saísse por um estúdio de cinema, dificilmente seria aceita a sua duração de 3h e 39 min. Portanto, mesmo que seja um "desperdício" ter um filme com fotografia e design de produção (cenários, objetos decorativos, etc) tão bons sendo exibidos apenas em "telinhas", pra mim é justamente porquê O Irlandês foi feito para um streaming que ele consegue ser tão único e tão incrível cinematograficamente.
Reunindo pela primeira vez em um mesmo filme Martin Scorsese, Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, a turma mostra mais uma vez que sabe fazer (e muito bem) filmes de Máfia. A história de O Irlandês é basicamente toda a história adulta de Frank "O Irlandês" Sheeran (De Niro), que se tornou um "faz-tudo" da máfia estadunidense - mais especificamente prestando serviço para Russell Bufalino (Joe Pesci) - a partir dos anos 50.
A grande diferença deste filme para os demais filmes do gênero feitos por Scorsese é que aqui os personagens são reais; a história é real. É muito interessante ver o quanto a máfia estadunidense realmente mandava no país, e a relação dos mesmos com a família Kennedy e com o sindicalista Jimmy Hoffa (Al Pacino), um dos homens mais poderosos dos EUA em sua época. Quer saber como John F. Kennedy e Jimmy Hoffa morreram? Bem, Frank Sheeran lhe dará a sua versão dos fatos.
Talvez por ser um filme histórico, mas principalmente porque hoje temos um Martin Scorsese bem mais velho e experiente, comparando com Os Bons Companheiros (1990) ou Cassino (1995), O Irlandês é um filme bem mais contemplativo, com bem menos ação, pouca violência explícita. Outra enorme diferença é que aqui os mafiosos não são tratados com glamour: vemos o pesado e cansativo dia-a-dia dos homens do crime. Tudo está muito longe de ser diversão e alegria.
O Irlandês é uma aula de cinema. Direção, atuações, produção... tudo muito impressionante. E o roteiro também é ótimo. Mas, mesmo com o pedido de Scorsese para que o filme seja visto "em tela grande e de uma vez só", é muito difícil assistí-lo assim; tanto pela sua longa duração como também pelo seu ritmo lento. O Irlandês, portanto, não deverá agradar a todos. Mas para quem consegue admirar um cinema bem feito, filmes históricos, filmes de máfia, a nova produção de Scorcese é um deleite. Nota: 8,5
Reunindo pela primeira vez em um mesmo filme Martin Scorsese, Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, a turma mostra mais uma vez que sabe fazer (e muito bem) filmes de Máfia. A história de O Irlandês é basicamente toda a história adulta de Frank "O Irlandês" Sheeran (De Niro), que se tornou um "faz-tudo" da máfia estadunidense - mais especificamente prestando serviço para Russell Bufalino (Joe Pesci) - a partir dos anos 50.
A grande diferença deste filme para os demais filmes do gênero feitos por Scorsese é que aqui os personagens são reais; a história é real. É muito interessante ver o quanto a máfia estadunidense realmente mandava no país, e a relação dos mesmos com a família Kennedy e com o sindicalista Jimmy Hoffa (Al Pacino), um dos homens mais poderosos dos EUA em sua época. Quer saber como John F. Kennedy e Jimmy Hoffa morreram? Bem, Frank Sheeran lhe dará a sua versão dos fatos.
Talvez por ser um filme histórico, mas principalmente porque hoje temos um Martin Scorsese bem mais velho e experiente, comparando com Os Bons Companheiros (1990) ou Cassino (1995), O Irlandês é um filme bem mais contemplativo, com bem menos ação, pouca violência explícita. Outra enorme diferença é que aqui os mafiosos não são tratados com glamour: vemos o pesado e cansativo dia-a-dia dos homens do crime. Tudo está muito longe de ser diversão e alegria.
O Irlandês é uma aula de cinema. Direção, atuações, produção... tudo muito impressionante. E o roteiro também é ótimo. Mas, mesmo com o pedido de Scorsese para que o filme seja visto "em tela grande e de uma vez só", é muito difícil assistí-lo assim; tanto pela sua longa duração como também pelo seu ritmo lento. O Irlandês, portanto, não deverá agradar a todos. Mas para quem consegue admirar um cinema bem feito, filmes históricos, filmes de máfia, a nova produção de Scorcese é um deleite. Nota: 8,5
Diretor: Noah Baumbach
Atores principais: Adam Driver, Scarlett Johansson, Laura Dern, Alan Alda, Ray Liotta, Azhy Robertson
Quem não acompanha muito as notícias sobre o mundo do cinema vai se surpreender com o fato a seguir: História de Um Casamento está sendo tão elogiado (e até mais) que O Irlandês. A nova produção de Noah Baumbach segue as mesmas características de seus outros filmes: muitos diálogos, cenas cotidianas, personagens marcantes e a relação entre eles.
História de Um Casamento conta o "começo do fim" do casamento entre os artistas Charlie (Adam Driver) e Nicole (Scarlett Johansson). O amor entre ambos acabou, e agora começam as disputas e os problemas de uma separação.
Como seu grande mérito, História de Um Casamento conta sua história de uma maneira absurdamente real e sem tomar partido. Tanto Charlie quanto Nicole tem seus momentos de leves "vilões" e leves "vítimas"... mas nenhum dos dois é julgado pelo roteiro. No final, ambos perdem bastante. Somente ganham - e muito - os insensíveis advogados. Como disse, bem real.
Contando com boas atuações (dos protagonistas) e ótimas atuações (de alguns dos coadjuvantes), o bom roteiro História de Um Casamento de não me encantou tanto quanto encantou a crítica especializada. E sinceramente, a explicação que vejo é que somente se você passou por um processo de de divórcio o filme vai realmente te tocar. Como não é o meu caso, fico com os votos de que História de Um Casamento é sim um bom filme, mas não vai tão além disto. Nota: 7,0