domingo, 24 de maio de 2015

Assisti o começo de Wayward Pines - Confira aqui minhas impressões sobre este novo seriado


Todo ano a TV estadunidense lança dezenas de novas séries tentando emplacar novo sucesso. E as maiores apostas da temporada atual já estrearam, a maioria ainda no final do ano passado.

Por volta de Maio os principais seriados estão em seu final, e até uma nova temporada começar, resta às TVs reprisarem episódios ou... lançar novas séries, mais curtas e/ou que não tiveram força o suficiente para ganhar uma temporada inicial completa. Este período é chamado de Mid-season (metade da temporada), e é onde vários novos seriados ou minisséries estréiam tentando também ganhar seu lugar ao Sol.

Desta leva de estréias da mid-season 2015, Wayward Pines chamou muito a minha atenção. Já disponível no Brasil pela Fox Play, ela foi anunciada como sendo uma mistura de Arquivo X com Twin Peaks, e conta com um nome de peso em sua produção: o diretor M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido, Sinais), que também dirige o primeiro dos dez episódios previstos para a série.

O seriado também traz um número considerável de atores e atrizes famosos. Nenhuma estrela de primeira linha, é verdade. Mas certamente rostos conhecidos do público: Matt Dillon, Carla Gugino, Toby Jones, Juliette Lewis e Terrence Howard.

A sinopse é a seguinte: Ethan Burke (Matt Dillon), agente do serviço secreto dos Estados Unidos, chega a pequena cidadezinha de nome Wayward Pines em busca de dois agentes desaparecidos. As pessoas daquele vilarejo não são nada receptivas. Misteriosas e ameaçadoras, as chances de Ethan descobrir algo não são grandes.

Notem que o parágrafo acima não contradiz a alardeada "mistura de Arquivo X com Twin Peaks". E será isto mesmo que Wayward Pines entrega? Após assistir seus dois primeiros episódios, a resposta, infelizmente, é um não.

Na verdade, vemos que Ethan sofre um acidente de carro e acorda em Wayward Pines, o que já muda um pouco o que foi vendido. Não demora muito para que o protagonista tente entrar em contato com pessoas fora da cidade: sua família, sua agência... e as constantes desculpas para que ele não consiga completar seu objetivo ficam progressivamente mais absurdas e exageradas.

Felizmente, antes de ofender de vez a inteligência do espectador, praticamente tudo o que é estranho e misterioso é gradativamente explicado. E eis então que surge a pergunta: se todos os mistérios já estão respondidos no primeiro episódio, o que sobra para os outros 9 episódios restantes?

O segundo episódio responde: nada... pelo menos em termos de mistério. A história deixa de tentar responder perguntas e vira um thriller de ação. Claro, ainda há algumas coisas estranhas que não foram explicadas... mas são secundárias. E pior: aprendemos já no episódio inicial que Ethan sofre com alucinações - isto mesmo antes de adentrar em Wayward Pines. Ou seja, qualquer ponta solta que ficar sem explicação poderá ser explicada por este fato.

A conclusão é Wayward Pines tem um primeiro episódio bom porém irregular. E que após revelar quase tudo do seriado de uma vez só, vai sofrer para manter o interesse do público por mais 9 capítulos. O meu interesse eles não tem mais. Curiosamente, se ao invés de ser uma mini-série de 10 episódios Wayward Pines fosse um filme com cerca de 2 a 3 horas, teria grandes chances de ser um bom produto. A história é boa, os atores também: seu grande problema é que a trama vendida não durou nem uma hora. Nota dos dois primeiros episódios somados: 5,0.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Crítica - O Sal da Terra (2014)

Título: O Sal da Terra ("The Salt of the Earth", Brasil / França / Itália, 2014)
Diretores: Wim Wenders, Juliano Ribeiro Salgado
Atores principais: Sebastião Salgado, Wim Wenders, Juliano Ribeiro Salgado
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=djTFzYLiAw0
Nota: 7,0

Conteúdo e mensagem são os pontos fortes desta biografia sobre Sebastião Salgado que precisa ser conhecida por todos

Dentre todos os indicados ao Oscar 2015, havia entre eles um pouco de Brasil: O Sal da Terra, produção franco-brasileira indicada ao prêmio de Melhor Documentário, conta a trajetória do grande fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado. Dirigido pelo consagrado diretor alemão Win Wenders e também por Juliano Salgado, filho de Sebastião, o documentário não levou a estatueta, mas mesmo assim não deixa de ser uma obra obrigatória para quem se interessa por história e fotografia.

O Sal da Terra pode ser dividido em três temas. O primeiro, é a própria biografia de Sebastião. Sua infância, como virou fotógrafo, etc. Este trecho conta com vídeos caseiros de Sebastião e são narrados ora por Win Wenders, ora por Juliano.

O segundo tema é o magnífico exemplo dado por Sebastião e sua esposa, Lélia, ao reflorestar nada menos de 600 hectares na já árida e abandonada fazenda da família em MG. Quinze anos atrás, o que era praticamente um cerrado onde não se chovia, hoje temos uma mata exuberante repleta de animais, pássaros, e principalmente... nascentes de água. Em plena seca que vivemos atualmente no Sudeste, este exemplo da família Salgado PRECISA ser conhecido e imitado por todos.

Finalmente, o terceiro e principal tema são os ensaios fotográficos de Sebastião Salgado. Suas fotos são apresentadas lentamente na tela enquanto o brasileiro conta os "causos" de como as mesmas foram tiradas, o que elas retratam, o que elas representam. É isto que vemos na grande maioria do documentário: fotos sendo exibidas, uma a uma, e Sebastião comentando.

Famoso por fotografar apenas em preto e branco, o trabalho de Sebastião Salgado é de uma beleza e sensibilidade quase inacreditáveis. Ao longo de décadas, o brasileiro fotografou o melhor e o pior do planeta... desde povos "isolados" como índios e aborígenes, como também fome, doença e guerras na África; os piores desastres ecológicos, mas também, as mais belas fotos da natureza. É uma verdadeira aula sobre a humanidade. Sobre a Terra. Aula triste, aliás, na maioria do tempo. É quase impossível não se emocionar diversas vezes ao longo da projeção com as fotos apresentadas.

Como conteúdo, como História, como mensagem para a humanidade, O Sal da Terra é praticamente irretocável e deveria ser assistido por todos. Entretanto, em termos cinematográficos, O Sal da Terra está longe de ser bem executado.

Há vários problemas em o O Sal da Terra como documentário. O principal deles é que o mesmo é exageradamente "careta", diria até monótono. Estruturalmente, a história é apresentada de maneira cronológica, sem nenhum dinamismo, em uma tom até "frio". O contraste chega a impressionar: ao mesmo tempo que as fotos "jorram" sentimentos, a forma com que elas são apresentadas carecem de emoção.

Contribui para este efeito a maneira com que Sebastião conta suas histórias: de maneira lenta, calma, uniforme. Ele não se comove enquanto fala. Ou o fotógrafo já contou suas histórias tantas vezes e por isto não se abala mais com elas, ou então, sua voz foi obtida de maneira "artificial", com ele simplesmente lendo um texto já pronto. Eu vi uma entrevista recente de Salgado no programa do Jô e, baseado nela, entendo que é bem mais provável que o que aconteceu foi a segunda opção.

Também atrapalha o fato de Win Wenders exagerar no foco à pessoa de Sebastião Salgado. Além de repetitivos elogios parciais "de fã", o diretor opta por exibir o rosto do fotógrafo (em tamanho gigante, via close) muitas e muitas vezes ao longo do filme. Isto trás impactos ruins: torna o filme mais cansativo, e de maneira errada, acaba "louvando" nestes momentos mais a pessoa do que seu trabalho, sua mensagem, seu legado.

A trilha sonora, muito bonita, é bem homogênea ao longo da projeção. Mas se esta característica agrada no começo, com o passar do tempo é mais um fator que contribui para a monotonia com que o documentário foi formatado.

Contando com uma incomum combinação de conteúdo com enorme qualidade e direção ruim, os problemas com O Sal da Terra não comprometem, no final das contas, com o objetivo do documentário: nos apresentar Sebastião Salgado e seu maravilhoso trabalho. Trabalho este que deveria ser conhecido por qualquer pessoa deste planeta. E assistir O Sal da Terra deveria ser só o começo. O filme mostra apenas uma pequena fração de tudo o que este grande artista fotografou. Nota: 7,0

sábado, 16 de maio de 2015

Crítica - Mad Max: Estrada da Fúria (2015)

Título: Mad Max: Estrada da Fúria ("Mad Max: Fury Road", Austrália / EUA, 2015)
Diretor: George Miller
Atores principais: Tom Hardy, Charlize Theron, Nicholas Hoult, Hugh Keays-Byrne
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=IVmf82obaaA
Nota: 9,0

George Miller transforma a ação sobre rodas em obra de arte

Quem não viveu os anos oitenta dificilmente já ouviu falar de Mad Max. A trilogia pós-apocalítica que foi dirigida e escrita pelo diretor australiano George Miller não apenas revelou o também australiano Mel Gibson para o mundo, mas principalmente, foi grande inspiração para diversos filmes de ação e de "futuro distópico" produzidos em Hollywood nos anos a seguir.

Resolvi assistir Mad Max 2 (1981) semana passada, e apesar do filme continuar bem interessante, me decepcionei ao constatar que hoje ele é um filme "datado". Sendo assim, aplaudo em pé os esforços de George Miller para revitalizar a franquia exatos 30 anos depois de seu início. É necessário conhecer a antiga trilogia para assistir Mad Max 4? A resposta é: "em geral, não". Para mais detalhes sobre isto, leiam minha "FAQ" ao final do texto.

Em Mad Max: Estrada da Fúria temos o personagem-título Max Rockatansky (Tom Hardy) sendo capturado por uma gangue liderada pelo "Immortan Joe" (Hugh Keays-Byrne), enquanto que ao mesmo tempo uma das melhores soldados da trupe, a Imperatriz Furiosa (Charlize Theron) resolve libertar um grupo de mulheres presas e abusadas por Joe. Os caminhos de Max e Furiosa acabam se cruzando e eles se tornam aliados para fugir dos domínios do Immortan.

Com a descrição acima, não dá para se esperar muito do roteiro. E de fato, ele é raso, simples. Na prática, Mad Max: Estrada da Fúria é quase 100% de cenas de ação sobre rodas. São duas horas quase ininterruptas de brigas, batidas, explosões, tudo com os carros em movimento. Insano. Alucinante. E tudo isto sob uma trilha sonora bem "barulhenta". Querem saber como é o filme? Peguem som e imagem do trailer (link acima), do 01m16seg a 01m28seg e estendam isto por duas horas. Pronto. Isto é Mad Max 4.

É ruim um filme ser composto apenas por cenas de ação? Em especial para este filme, a resposta é um sonoro NÃO! Isto porque as cenas filmadas por George Miller são simplesmente extraordinárias. Não apenas pela diversão que proporcionam, mas principalmente, pela sua qualidade cinematográfica. O visual é belíssimo, a coreografia dos atores e veículos é irretocável, isto sem falar no desafio que é filmar tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo em velocidade sobre rodas. Uma verdadeira obra de arte!

Tudo funciona magistralmente bem na ação de Mad Max: Estrada da Fúria. Os cenários, bem variados, foram planejados para permitir em cada um deles situações e coreografias diferentes. O design dos carros utilizados são um show a parte: ao mesmo tempo criativos, malucos, mortais, funcionais e críveis.

O mais incrível é que mais de 80% das cenas filmadas em Mad Max: Estrada da Fúria não possuem efeitos produzidos por computador. É tudo real: veículos e explosões de verdade, grande uso de dublês... Curiosamente, o maior uso de CGI no filme nem foi para as cenas de ação, e sim, para fazer o braço mecânico da Furiosa.

Com seus 70 anos, George Miller dá um banho em grande parte dos "diretores de ação" da atualidade. Diferentemente de incompetentes como Michael Bay e James Wan, em Mad Max não temos bilhões de cortes de cena para simular velocidade. E você consegue entender exatamente o que está acontecendo na tela: não apenas entende cada movimento executado pelos veículos e atores, como também, sempre tem a visão espacial do todo, sabendo onde cada objeto da cena está posicionado em relação aos demais.

George Miller entrega cenas de ação tão boas, tão difíceis de se realizar, que para exemplificar isto conto a seguinte história: dois meses atrás, no SXSW film festival, o diretor exibiu algumas cenas de Mad Max 4 para o público. Após o término da segunda cena, um espectador se levanta e pergunta, impressionado: "como você conseguiu filmar isto?!!". Quem era este homem? O também diretor Robert Rodriguez (Sin City, Era Uma Vez no MéxicoUm Drink no Inferno).

Sobre atuações: Charlize Theron está muito bem, porém ao mesmo tempo que seu personagem é um soldado letal, seu rosto mostra uma mescla de dor, medo e preocupação; o que entendo ser contraditório. Já Tom Hardy está mal. Fisicamente ele até convence como ator de ação, mas é só. Seu rosto inexpressivo lembra o do Cigano Igor (mas dá para dar um desconto a ele, já que o verdadeiro protagonista do filme não é Max, e sim, a Furiosa). Curiosamente, quem rouba a cena é Nicholas Hoult. Ele, que foi tão sem graça como o Fera do novo reboot dos X-Men, aqui faz um trabalho marcante como o "garoto perdido" Nux.

Mad Max: Estrada da Fúria é tão incessantemente agitado e barulhento que também chega a cansar um pouco o espectador. Somando com tudo que citei anteriormente, entendo que o filme não deverá agradar parte do público feminino. Ironicamente, o filme traz várias mulheres corajosas e independentes, e não é em nada machista.

Ah, para fechar o assunto "roteiro", insisto que ele é "pequeno" mas não "ruim". Uma mostra disto é que os atos de heroísmo dos personagens ao longo da trama me comoveram mais do que geralmente fazem os outros filmes de ação que surgem por aí. E se considerarmos que toda a mitologia e ambientação do universo do mundo de Mad Max conta como roteiro, isso também o fortalece, pois eles são criativos e bem demonstrados.

Contando com duas horas de ação e "mais nada" além disto, Mad Max: Estrada da Fúria possui naturalmente os lados negativo e positivo desta escolha. E acontece que os "prós" são muito, muito maiores. Dentro de seu gênero de filme, Mad Max 4 é praticamente irretocável: as cenas de ação vistas aqui estão entre as melhores e mais difíceis de realizar que já vi na minha vida. George Miller é o cara! Nota: 9,0



FAQ: mais perguntas e respostas sobre Mad Max 4 (sem spoilers)

P: O filme é um reboot ou uma continuação?
R: Mais para o segundo do que o primeiro, porém, na prática, nenhum dos dois. Trata-se de uma história totalmente nova que ao mesmo tempo apenas referencia cenas dos episódios anteriores através de breves flashes. Isto tem duas funções: ao mesmo tempo que sugere que os três filmes anteriores de fato aconteceram e não foram "apagados", também indicam que o passado não é muito relevante. Só que o mundo que vemos agora está décadas a frente da trilogia original, e seu protagonista não. Para tudo ser temporalmente coeso (e consequentemente uma verdadeira continuação), Max deveria ser no filme um senhor de pelo menos 60 anos. O que definitivamente não acontece, já que Tom Hardy está na casa dos trinta. Notem que este efeito teria sido alcançado se Mel Gibson (o protagonista da trilogia inicial) tivesse aceitado continuar com o personagem.

P: Preciso ter assistido a trilogia original antes de ver este filme?
R: Precisar não precisa, já que a história é independente. Porém, como Mad Max: Estrada da Fúria gasta apenas um mísero minuto de projeção para explicar o que está acontecendo, conseguir entender "de verdade" o universo pós-apocalíptico em que Max está inserido necessitaria sim que o espectador tivesse assistido pelo menos o segundo ou terceiro filme da franquia.

P: Devo assistir em 2D ou 3D? E no iMax?
R: Mad Max: Estrada da Fúria não foi filmado em 3D, ele foi apenas adaptado para esta mídia. Por outro lado, sei que o diretor se "divertiu" nesta conversão, fazendo questão de que tivéssemos cenas em que objetos fossem arremessados de maneira "crível" para fora da tela, na direção do expectador.
Eu assisti o filme apenas em 2D, mas assisti o trailer de Mad Max 4 em 3D, no dia que assisti Vingadores 2. E... não gostei. Era tanta coisa pulando e explodindo na tela ao mesmo tempo que o 3D tornou as cenas difíceis de assistir. Por isto, não tive coragem de assistir em 3D não.
Já em termos de iMax, o filme é tão belo visualmente que você precisa sim buscar a maior tela e o maior som possível, ou seja, ir no iMax. Mas ao mesmo tempo, fica minha "desconfiança" de não arriscar o 3D, até que me falem o contrário. Eu escolheria um "iMax 2D" para este filme... se é que este formato chegou ao Brasil. 

terça-feira, 5 de maio de 2015

Notícias: Indiana Jones 5, Star Wars 7, Velozes & Furiosos 7 e Esquadrão Suicida


Uma rápida passada por novidades sobre as franquias do título acima:

1) Na grande novidade do dia. Kathleen Kennedy, presidente da LucasFilm, confirmou hoje que Indiana Jones 5 será mesmo feito. Mais detalhes? Ela não tem, já que toda a atenção da companhia hoje está focada em Star Wars. Ainda não existe um roteiro, embora as conversas sobre o filme já tenham sido inciadas. Não sabemos se Harrison Ford vai voltar (é o que eu mais gostaria), porém, se especula que teremos mesmo um reboot a chegar nos cinemas em 2018 ou 2019, sendo Chris Pratt o favorito para ser a nova versão do arqueólogo. Pratt (Guardiões da Galáxia e Jurassic World) seria a opção número 1 de Steven Spielberg caso o mesmo fosse o diretor.


2) E lembram da minha crítica sobre o péssimo Velozes & Furiosos 7, onde eu lamentava o fato de um filme tão ruim como este ser a 5ª maior bilheteria de todos os tempos? Pois não é mais. Com arrecadação de US$ 1,43 bilhões, a trupe de Vin Diesel ultrapassou neste fim de semana Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (US$ 1,34 bi) e agora já é a 4ª maior bilheteria de todas. E ainda existe chance - pequena - deles assumirem a 3ª posição, ultrapassando Vingadores 1 (US$ 1,52 bi). Já a 2ª posição é inalcançável: Titanic (1997), com US$ 2,19 bi.


3) Em minha análise sobre o segundo teaser trailer de Star Wars 7, eu comentei que haviam rumores de que aquele stormtrooper cromado (ver foto acima), chamado Captain Phasma (no original), fosse interpretado por Gwendoline Christie, a Brienne de Tarth da série Game Of Thrones. Eu não botava fé, mas o boato foi confirmado oficialmente nesta segunda-feira. Será ela mesmo.


4) Também nesta segunda-feira foi divulgada a primeira foto do elenco "já categorizado" de Esquadrão Suicida, filme de heróis da DC Comics com estréia prevista para 4 de agosto de 2016.

Na verdade, a foto está "incompleta", pois nele falta ainda o Coringa (Jared Leto). Mas Jared já teve uma foto solo divulgada anteriormente, que segue abaixo:


E a foto com toda a equipe pode ser vista abaixo, ou em uma versão maior aqui.

Da esquerda para a direita: Amarra (Adam Beach), Capitão Bumerangue (Jai Courtney), Magia (em pé)
(Cara Delevingne), Katana (agachada)(Karen Fukuhara), Rick Flag (Joel Kinnaman), Arlequina (Margot Robbie),
 Pistoleiro (Will Smith), Crocodilo (Adewale Akinnuoye-Agbaje) e El Diablo (Jay Hernandez)

Da foto, comento dois personagens: Arlequina e Rick Flag. De Arlequina, o destaque é visual: primeiro, a beleza de Margot Robbie; e segundo, o fato dela ter um figurino branco e com tatuagens, o que a torna similar ao visual do Coringa, seu ídolo e namorado. Bastante pertinente.

Já quanto a Rick Flag, notem que ele se encontra no centro da imagem, em uma clara sugestão que ele seria o líder do grupo. Caso isto se confirme, esta é uma grande surpresa, já que Will Smith tem a fama de exigir ser sempre "o" protagonista de seus filmes. Será que Will está mais modesto agora?



Feliz ou triste com alguma das notícias? Comente! Abraços!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Crítica - Vingadores: Era de Ultron (2015)

Título: Vingadores: Era de Ultron ("Avengers: Age of Ultron", EUA, 2015)
Diretor: Joss Whedon
Atores principaisRobert Downey Jr., Chris Hemsworth, Mark Ruffalo, Chris Evans, Scarlett Johansson, Jeremy Renner, James Spader, Aaron Taylor-Johnson, Elizabeth Olsen, Paul Bettany, Cobie Smulders
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=lGO6FcnZ0ek
Nota: 7,0

Continua bom e divertido, mas agora requer conhecimentos prévios do espectador

Começarei esta crítica explicando o sub-texto da mesma. Vingadores: Era de Ultron não é um filme "independente", é o capítulo do meio de uma Grande História contada pelos filmes da Marvel nos cinemas. O vilão Ultron (James Spader) pode até ter o seu nome no título, mas na verdade, ele representa apenas uma subtrama do filme, é quase um MacGuffin.

O que realmente temos em Vingadores: Era de Ultron é uma consolidação/resumo de todo o Universo Marvel Cinematográfico (UCG) até agora. Mais do que contar uma história nova, ele aproveita para desenvolver mais os personagens do primeiro Vingadores, em especial o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Viúva Negra (Scarlett Johansson) e Hulk (Mark Ruffalo) - os dois primeiros nunca tiveram filme solo. O filme também serve para montar o terreno da "Fase 3" do UCG, citando várias vezes que "uma ameaça maior que ainda está por vir" e as Jóias do Infinito. E não para aí: Vingadores 2 traz dezenas de referências e personagens dos filmes anteriores da Marvel.

Ou seja, se antes de assistir Vingadores: Era de Ultron o espectador não tiver assistido no mínimo Vingadores 1, um dos filmes do Homem de Ferro, um dos filmes de Thor e Capitão América: O Soldado Invernal, arrisco a dizer que ele não entenderá pelo menos 30% do que está acontecendo. Isto sem falar que apesar de serem citadas em quase todo filme da Marvel, as tais Jóias do Infinito nunca foram explicadas de maneira decente nos cinemas, o que significa que até mesmo quem assistiu todos os filmes precisaria buscar informações nos quadrinhos para não ficar perdido neste pormenor. Mas você pode ler sobre elas aqui. Em suma, você precisa ter uma certa bagagem de informação para poder desfrutar de todo Vingadores: Era de Ultron.

Falando agora sobre o filme em si, assim como em Os Vingadores, o ponto forte de Vingadores: Era de Ultron não são as cenas de ação, e sim, os diálogos e as interações entre os personagens. Mas ambos possuem um balanceamento diferente nestes quesitos: em comparação ao Vingadores anterior, Vingadores: Era de Ultron possui mais cenas de ação, porém são de qualidade levemente inferior; por outro lado, os diálogos são levemente superiores. Não dá para negar que os diálogos são o ponto forte de Vingadores 2. Inspiradíssimos, graças a eles este foi o filme da Marvel que mais ri e me diverti (esqueça esta bobagem de que o filme é sombrio). E as falas não são apenas sobre humor. O roteiro debate rapidamente assuntos como criador vs criatura, vida biológica vs vida artificial, e corrida armamentista.

Mesmo sendo divertidíssimo e contando com efeitos especiais, som e imagem de primeiro nível, Vingadores: Era de Ultron também possui seus problemas. Neste ponto, o filme é bem mais irregular que seu anterior.

Para começar, a edição é problemática. Tantas subtramas e coisas acontecendo em paralelo não é uma tarefa fácil de conciliar, e o diretor / roteirista Joss Whedon comete, portanto, seus deslizes. Algumas cenas breves acontecem sem vermos suas consequências depois (certamente sumiram na edição: originalmente, a primeira tentativa do diretor foi entregar um filme com 1 hora a mais, o que foi barrado pelos executivos). Algumas destas cenas que "sumiram" poderiam ter permanecido se outras cenas menos inspiradas saíssem. Exemplo: em um determinado momento, temos 3 robôs voadores ultra-fortes transportando um caixão. Mas ao invés de simplesmente pegar a caixa e saírem voando, o que eles fazem? Fogem dentro de um caminhão(??)!! Tudo isto apenas para que exista uma perseguição de veículos no trânsito, uma cena de qualidade apenas razoável que não precisava ter entrado.

Problemas similares acontecem com o excesso de personagens. Com exceção dos Vingadores originais, nenhum outro personagem possui um desenvolvimento decente. A dupla Pietro (Aaron Taylor-Johnson) e Wanda (Elizabeth Olsen) são tão "jogados" na história que sequer tem o nome de seus alter-egos citados (Mercúrio e Feiticeira Escarlate, respectivamente).

Mas o pior desenvolvimento vai para Ultron, que embora seja bem amedrontador em suas primeiras cenas, com o passar do tempo nem convence como ameaça. Este é o principal ponto negativo do filme. A batalha final contra ele simplesmente não empolga. Não deixa ser curioso que em contrapartida, em Vingadores 1, feito pelo mesmíssimo diretor, a derradeira batalha é espetacular. Sobre este final, comentarei mais em meu "PS".

Ok, mas se a batalha final é bem ruim, a batalha do Homem de Ferro contra o Hulk é simplesmente épica! Sensacional! Bastante empolgante! Esta sequencia de ação, somada às piadas envolvendo o Martelo do Thor, só estas duas coisas já valem o ingresso. Ah, por falar em ingresso, o 3D de Vingadores: Era de Ultron é dispensável. Se ao mesmo tempo não compromete, faz pouca diferença positiva.

Devido sua irregularidade, e principalmente devido ao fato de Vingadores: Era de Ultron não ser um filme auto-suficiente (ele depende de que assistamos alguns dos filmes anteriores), encerrarei a crítica com duas notas. Como um filme isolado, para quem não assistiu nada da Marvel antes, eu dou uma nota 6. Já considerando o filme como sendo "o segundo capítulo de uma grande história", ele leva nota 7, já que o considero levemente inferior ao primeiro Vingadores, que levou 8. E como Vingadores 2 foi concebido justamente para ser visto como "continuação", a nota "final" para este divertido filme é mesmo o 7,0.



(ATENÇÃO: só leiam os PS's DEPOIS de assistir o filme, o texto contém spoilers)

PS1: Ultron supostamente quer matar toda a humanidade mas não demora muitas cenas para ver que ele não tem coragem de machucar os Vingadores. São várias as cenas que ele simplesmente poderia matar os heróis; mas não o faz... fica apenas se gabando de seus "planos malignos". Decepcionante, para não falar ridículo.
Isto sem contar que na batalha final suas centenas de cópias não apresentam nenhuma ameaça. Os robôs são frágeis ao extremo: todos caem com um mísero golpe. Pior ainda uma cena em que - não me lembro se foi o Gavião ou a Viúva Negra - leva diretamente no peito uma rajada de energia de um dos robôs e... nem se machuca.
Saibam que, curiosamente, o planejado original para aquele momento em que Thor provoca Ultron com um "isso é tudo que você tem?" era que ao invés das centenas de cópias tivéssemos um Ultron gigante, o que não foi feito por uma soma de falta de tempo e dinheiro. Uma pena. Este tal "robozão" poderia ter salvado o final do filme.

PS2: não deixa de ser bacana o esmero da Marvel nos pequenos detalhes. Me deixou particularmente satisfeito terem utilizado o ator Paul Bettany - quem fez a voz de Jarvis em todos os filmes do Homem de Ferro - para enfim aparecer fisicamente pela primeira vez como o personagem Visão. Nada mais justo e coerente.
Outra coisa que gostei bastante foi a escolha de Mercúrio e Feiticeira Escarlate para serem os novos Vingadores. A revista dos Vingadores surgiu em 1963, e a formação inicial contava com Thor, Hulk, Homem-Formiga, Vespa e o Homem de Ferro. Logo depois veio o Capitão América. E dois anos depois, em 1965, surgiu a primeira "nova formação" com o Capitão América liderando e introduzindo os três novatos... Gavião Arqueiro, Feiticeira Escarlate e Mercúrio! Muito bacana a Marvel respeitar sua própria história.

domingo, 26 de abril de 2015

Crítica - Velozes & Furiosos 7 (2015)

Título: Velozes & Furiosos 7 ("Furious Seven", EUA / Japão, 2015)
Diretor: James Wan
Atores principais: Vin Diesel, Paul Walker, Jason Statham, Michelle Rodriguez, Dwayne Johnson, Kurt Russell
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=hujU0dw6Erk
Nota: 4,0

Pessimamente filmado, de onde só se salva a homenagem a Paul Walker

A franquia de Velozes e Furiosos começou em 2001, e eu fui ao cinema assistir seu primeiro filme. Corridas de carro, mulheres em trajes curtos, e uma trama policial local. Até achei o filme legal, mas principalmente por ser um filme de ação "comum", um verdadeiro "mais do mesmo", não me interessei em assistir nenhuma de suas numerosas continuações. Isto mudou com a estréia de Velozes & Furiosos 7, dito por alguns como "talvez o melhor filme da franquia", e com arrecadação mundial atualmente já acima dos 1,3 bilhões de dólares (sim, é isto mesmo: bilhões - já é a 5ª maior bilheteria de todos os tempos), resolvi conferir.

Péssima escolha: Velozes & Furiosos 7 é fraquíssimo, certamente pior que o filme inicial de 14 anos atrás. De lá pra cá os carros continuam, mas as mulheres e as corridas são apenas "homenagens ao passado" de poucos minutos. A trama ficou muito mais ambiciosa: de carros ilegais e ladrões de caminhões em Los Angeles, os "bandidos" agora são terroristas mundiais. Mas a principal mudança vem na direção, com o malaio James Wan fazendo em Velozes & Furiosos 7 sua estréia na franquia.

James Wan, atualmente com apenas 38 anos de idade, é tido como um pequeno prodígio dos filmes de Terror. Foi ele quem dirigiu o primeiro Jogos Mortais (2004), os dois filmes da franquia Sobrenatural (2010 e 2013), e mais recentemente, o sucesso Invocação do Mal (2013): todos filmes bem bacanas e bem dirigidos. Wan não deveria ter mudado de gênero: ao migrar para os filmes de ação, novamente fez terror... mas desta vez em termos de baixa qualidade. Me causa espanto constatar que Velozes & Furiosos 7 e Invocação do Mal foram feitas pela mesma pessoa.

As diversas lutas em Velozes & Furiosos 7 são simplesmente incompreensíveis visualmente. Você até vê os personagens se batendo, mas não sabe exatamente o que está acontecendo. Cenas ultra-curtas, com milhares de cortes, uma câmera nervosa em constante movimento, girando para todo lado e inclusive fazendo alguns giros de 360º, graves erros de continuidade (parece que alguns personagens se "teleportam" de um canto para outro da tela), câmeras lentas seguidas de câmeras aceleradas, uma verdadeira confusão. Péssima direção, péssima edição.

E o pior é que para transmitir sensação de velocidade, todos estes cortes rápidos e problemas descritos acima vão além das lutas, acontecem por todo o filme! Mas em menor escala, felizmente.

A trama de Velozes & Furiosos 7 - fraquíssima por sinal - é basicamente uma história de vingança. Dom Toretto (Vin Diesel) e sua trupe deixou o irmão mais novo de Deckard Shaw (Jason Statham) em coma no filme anterior, e agora ele quer dar o troco. Mas Shaw tem como amigo o terrorista Jakande (Djimon Hounsou), que por sua vez tem em seu encalço o agente do governo "Mr. Nobody" (Kurt Russell). Estas quatro "entidades" acabam então se enfrentando. E é só isto. Nada mais.

Claro que um roteiro ruim tem diálogos ruins. Todos os diálogos do filme ou são frases de efeito ou lições de moral. Mas as piores conversas surgem quando Dom interage com sua namorada desmemoriada Letty (Michelle Rodriguez): toda vez é aquele papo "te amo mas como perdi a memória não posso ficar com você, preciso me encontrar"... irritante ao extremo!

Para completar o pacote de atrocidades, saibam que as pessoas do filme são invulneráveis. Você pode capotar seu carro caindo de um penhasco de 50m sem sofrer um arranhão. Ou bater de frente contra um carro estando ambos a 100 Km/h e apenas sentir uma leve dor no pescoço. Juro que vi em Velozes & Furiosos 7 mais exageros do que em todos os filmes da franquia Missão Impossível somados!

Apesar de tudo, ainda há algumas coisas bacanas no filme. Uma delas é a ótima sequencia de perseguição de carros no resgate da hacker Ramsey (a bela Nathalie Emmanuel): de carros saltando de aviões à batalhas envolvendo mais de 10 veículos simultaneamente, mesmo os acontecimentos absurdos e os erros de continuidade não são suficientes para estragar esta longa e divertidíssima cena.

Outro ponto positivo é o carisma dos atores, em especial Dwayne Johnson e Jason Statham. Este último faz um vilão bastante convincente; o espectador acredita piamente que ele é realmente maníaco, perigoso, e um desafio fortíssimo para todos os "mocinhos".

Finalmente, a última coisa boa de Velozes & Furiosos 7 é o falecido Paul Walker. Não pela sua atuação - que aqui é irrelevante - mas sim por tudo que representa suas aparições em tela. Walker, que infelizmente faleceu em novembro de 2013 (ironicamente em um acidente de carro), estava em plena filmagem deste filme quando a tragédia ocorreu. Muitas de suas cenas não foram filmadas. E aí entra o ótimo trabalho de efeitos especiais realizado pela Weta Digital. Os irmãos de Paul, Caleb and Cody Walker (bastante parecidos com ele) foram chamados para fazer algumas cenas, onde através do computador seus rostos eram retocados para parecerem mais com o de Paul. Outras cenas foram feitas através de simples inserções de imagens do falecido ator em filmes anteriores.

O trabalho foi incrivelmente bem feito. Com exceção de uma cena, em todas as outras parece que o verdadeiro Paul Walker está lá, sendo filmado junto. E taaaaaalvez todos estes "cortes rápidos em que você não consegue ver nada" que citei no quarto parágrafo deste texto tenham sido feitos, em parte, para justamente evitar que o espectador tivesse tempo de "desconfiar" se o Paul filmado era o real ou não. Por este aspecto, consigo perdoar levemente (bem pouco mesmo) o diretor James Wan. A cena final do filme é bonita e emocionante. Certamente irá comover bastante qualquer fã da franquia.

Apesar do enorme sucesso de bilheteria, Velozes & Furiosos 7 é um filme bem ruim, difícil para se assistir de tão incompreensível. O que prova pela segunda vez em 2015 que bilheteria e qualidade não andam juntas (o outro exemplo é o "nota 5" Cinquenta Tons de Cinza). Depois de muito tempo, voltei à franquia e me arrependi. Mas tudo bem, não sou preconceituoso. Quando tivermos Velozes e Furiosos 14, quem sabe eu não faço outra tentativa? Nota: 4,0.

Cody. Paul e Caleb Walker: parecidos, não?

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Asterix 36 vem aí!


Se você nunca leu Asterix, não sabe o que está perdendo. Divertidíssimo, inteligente, além de ser uma verdadeira aula de História. Prometo que um dia dedicarei um post apresentando o pequeno Gaulês a vocês... mas não será desta vez. Hoje, vou partir direto para a notícia.

Ela já possui algumas semanas, mas infelizmente foi ignorada pelas principais mídias brasileiras. Exatamente dois anos após o lançamento de sua última edição, Asterix voltará com o que será seu 36º volume.

No dia 31 de março o título do novo álbum foi enfim revelado: Asterix e o Papiro de César. Pela segunda vez ele será escrito por Jean-Yves Ferri e desenhado por Didier Conrad.

Durante o anúncio, apenas poucas dicas sobre a nova história foram reveladas. Segundo os editores, a trama "será complexa e emocionante, sobre um tema característico da sociedade moderna, mas que ao mesmo tempo, faz bastante parte do universo de Asterix". Além disto foi prometida a aparição de pelo menos dois novos personagens - sendo um deles "muito malvado" - e que desta vez toda a história se passará dentro da Gália.

O lançamento mundial de Asterix e o Papiro de César será no dia 22 de outubro de 2015, e a princípio o Brasil estará incluído entre os países que receberão o novo Asterix nesta data.

sábado, 18 de abril de 2015

As novidades sobre Star Wars 7 e Batman vs Superman

Esta foi uma semana extraordinariamente agitada no mundo pop, com o lançamento de novos Teaser Trailers de dois aguardadíssimos blockbusters: o segundo teaser de Star Wars - O Despertar da Força, lançado quinta-feira dia 16, e o primeiro teaser de Batman vs Superman: A Origem da Justiça, lançado um dia depois, na sexta dia 17.

Neste artigo, o Cinema Vírgula comentará estes dois trailers, além de especular sobre o que nos aguarda estes dois futuros filmes. Vamos a eles!


O segundo teaser trailer de Star Wars 7


Estamos em pleno andamento da Star Wars Celebration 2015, evento anual em homenagem a saga de George Lucas, que está sendo realizada na cidade de Anaheim, na Califórnia, entre 16 a 19 de abril. E foi logo em seu primeiro dia que tivemos uma grande quantidade de informações sobre Star Wars 7, com a divulgação do segundo teaser trailer (veja-o aqui) e com um painel de entrevistas que veio a seguir, no qual o diretor J.J.Abrams e os atores principais do filme participaram. Só Harrison Ford, que ainda se recupera de seu recente acidente de avião, não esteve presente.

Primeiro, sobre o trailer. Mais uma vez, belíssimo, empolgante, reforçando as esperanças de que o novo filme terá o tom correto. Porém, ao contrário da maioria das pessoas, confesso que gostei mais do primeiro trailer do que este, me emocionei mais com o anterior. Mesmo assim, nada foi mais emocionante que a breve cena que nos mostra Han Solo pela primeira vez (ver foto acima). Ele parece genuinamente feliz ao dizer que "estão em casa" novamente. De arrepiar.

O novo trailer propositalmente não nos dá mais uma vez nenhuma dica sobre qual será a trama da nova história. A maiorias das informações sobre o episódio 7 vieram do painel com as entrevistas. Nela, J.J.Abrams começou contando que as cenas desérticas apresentadas até agora não são em Tatooine, como se esperava, e sim em um novo planeta: Jakku (ao que parece, o universo de Star Wars adora mesmo nomes com a sílaba "cu", para desespero dos praticantes da língua portuguesa).

Ele também confirmou o trio protagonista, composto pelos atores Oscar Isaac, Daisy Ridley e John Boyega. Cada um dos atores falou brevemente de seus personagens: Rey (Ridley) é uma "coletora" de Jakku; Finn (Boyega) disse estar em grande perigo, e não explicou porque aparece vestido de stormtrooper; e Poe Dameron (Isaac) disse ser o melhor piloto da galáxia, e que "está em uma missão a pedido de uma princesa".

Isto tudo nos mostra que teremos um filme protagonizados por uma mulher e um ator negro, coisa rara em Hollywood e inédita nos filmes da franquia. Acho excelente! Ao mesmo tempo, com a divulgação do trio protagonista, me veio uma grande surpresa: aonde estão os filhos de Han Solo e Princesa Leia?

Explico meu espanto: toda a história de Star Wars até hoje mostrou claramente que, afinal, ela se trata da história da família Skywalker. Portanto, para continuar esta premissa, todos esperavam que pelo menos um dos protagonistas fossem um dos filhos de Leia. Mas nem Rey, nem Finn e nem Poe aparentam ter qualquer ligação com os Skywalker. Espero que, de alguma forma, a nova trilogia continue sendo sobre a família de Luke, Anakin e Leia. O contrário disso seria uma pequena decepção. De qualquer forma, Daisy Ridley é razoavelmente parecida com Natalie Portman (a Princesa Amidala da primeira trilogia). Seria ela então, de alguma maneira bizarra, uma Skywalker?

Por falar em Luke, é bem interessante quando vemos sua mão direita na cena do segundo 0:43 do novo trailer. Sua mão artificial é "rústica", apenas metal, e não aquela prótese que imita perfeitamente a mão humana, a qual ele usa nos episódios 5 e 6. Por que isto é interessante? Porque um dos primeiros boatos sobre o enredo de Star Wars 7, surgido em julho do ano passado, é que o filme começaria com uma mão decepada, portando um sabre de luz, vagando pelo espaço. E que esta mão seria de Luke. Estou bem mais inclinado agora a acreditar neste boato. E vocês?

Uma boa notícia foi a afirmação de J.J.Abrams de que eles tentaram usar ao máximo sets e objetos reais, para dar uma maior sensação de realismo, Se for verdade, ótimo. J.J. parece ter aprendido a lição que George Lucas nunca aprendeu.

Também foram citados os nomes de alguns dos vilões: o encapuzado com o sabre vermelho de 3 pontas do primeiro trailer se chama Kylo Ren, e agora vemos seu "rosto" no minuto 1:06 do novo teaser. E o sombrio stormtrooper de cor cinza cromado que aparece no minuto 1:14 tem o nome de Capitão Phasma. Há quem aposte que este é o personagem que será interpretado pela atriz Gwendoline Christie. Tenho minhas dúvidas.

Finalmente, ainda sobre nomes, algo que não gostei. Tanto o Império quanto a Aliança Rebelde mudaram de nome, para respectivamente, "A Primeira Ordem" e "Resistência". Já que o imperador morreu, e até aceitável que o Império mude de nome... agora, não ser mais Aliança Rebelde eu não vejo nenhum motivo para isto mesmo, a não ser interesses comerciais.

A conclusão para o novo trailer de Star Wars? A mesma do trailer anterior: empolgante. E eles estão no bom caminho. Que continuem assim.


O primeiro teaser trailer de Batman vs Superman


Foi uma longa espera para obter qualquer informação decente sobre Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Seu primeiro teaser trailer estava programado para dia 20 de abril. Estava. Algum brasileiro vazou o tão esperado vídeo no dia 17 (ele tinha legendas em português), e ao fracassar em tirá-lo do ar, a Warner antecipou o trailer oficialmente no dia seguinte, dia 18. Para quem não o viu, basta clicar aqui.

Ao contrário do trailer de Star Wars, o trailer dos heróis da DC já nos dá boas pistas do enredo. Após ter colocado o planeta Terra em perigo no filme anterior, O Homem de Aço (2013), Superman divide as opiniões do planeta. Seria ele um protetor ou uma ameaça? A primeira metade do trailer nos mostra lentamente uma estátua feita em homenagem ao kryptoniano enquanto ouvimos dezenas de opiniões sobre o Superman. Algumas a favor, muitas contra. Destaque para uma breve frase dita por Lex Luthor, no segundo 0:43, que será vivido por Jesse Eisenberg: "Agora sabemos, não? Os Demônios não vem do inferno sob nós. Não, eles vem do céu.".

A partir da segunda metade, vemos o universo de Batman. E quem começa a narrar os eventos é o mordomo Alfred, que será interpretado por Jeremy Irons. A partir do minuto 1:04 ele diz que a raiva e a sensação de impotência leva bons homens a ser cruéis: uma explicação do porque Batman estará contra Superman.

Não tenho dúvidas de que Lex Luthor manipulará Batman para enfrentar Superman, e o que vemos a partir do minuto 1:38 é provavelmente o início deste confronto.

Minha opinião sobre este trailer é mista. Gostei de algumas coisas, mas não gostei de várias. De bom, é a confirmação definitiva que teremos um filme de tom sério, realista, e visual incrível, assim como foi O Homem de Aço, não a toa feito pelo mesmo diretor, Zack Snyder. Fica também confirmado que o universo do Cavaleiro da Trevas - aquela que é provavelmente a melhor história em quadrinhos de Batman em todos os tempos - foi usado como referência para Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Em teoria, de uma ótima fonte vêm ótimas idéias.

Mas apesar do visual belíssimo, achei o trailer sombrio demais. A ponto de incomodar. Seria um indício de que Batman seja de fato o protagonista, e Superman um pouco mais... coadjuvante? Talvez. E mais Batman significa mais Ben Affleck na tela, isto sim realmente preocupante. Juro, não é simples preconceito. Basta olhar no trailer, quando o ator aparece pela primeira vez como Bruce Wayne, no minuto 1:04. É uma cena onde ele precisa demonstrar raiva... mas não consegue. Mais parece que vai começar a chorar.

Também me preocupa eventuais descaracterizações dos personagens. No segundo 0:40 vemos soldados - cujo uniformes possuem o logotipo do Superman no ombro - se ajoelhando perante o kryptoniano. Difícil acreditar que o verdadeiro Superman aceitasse ser tratado como se fosse um superior.

Batman também se descaracteriza, no minuto 1:35, ao segurar um rifle - ele que supostamente deveria abominar armas de fogo. Mas o pior acontece na cena anterior, aos 1:24, onde o que aparenta ser a Bat-Wing metralhando inimigos... para matar. E o que dizer de Batman afirmar que vai fazer Superman sangrar? Mesmo em sua versão envelhecida e violenta de Cavaleiro da Trevas, Batman não desejava machucar ninguém.

Minha conclusão para o primeiro teaser trailer de Batman vs Superman: A Origem da Justiça é que ele ficou abaixo das expectativas. Com 2 minutos de duração, metade dele é composto de imagens genéricas que não acrescentam nada. Já do minuto que acrescenta, há as preocupações que descrevi acima.

Apesar de tudo, duvido que o filme seja ruim. Tenho certeza que ele será pelo menos "aceitável". Mas a Warner que se cuide... que o roteiro do filme trate Superman como um herói verdadeiro, e não como um vilão. E que ela não faça besteira também na distribuição. O filme já se encontra com as filmagens praticamente prontas, porém sua estréia será apenas em 24 de março de 2016. Tanto tempo assim me preocupa quanto a eventuais vazamentos antes da hora. Espero que a Warner saiba o que esteja fazendo. O sucesso da DC nos cinemas, ao invés de um "monopólio" da Marvel, é o melhor cenário para os fãs, já que a concorrência faria que ambas empresas se forçassem a superar a outra, trazendo filmes melhores sempre.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Crítica - O Ano Mais Violento (2014)

TítuloO Ano Mais Violento ("A Most Violent Year", Emirados Árabes / EUA, 2014)
Diretor: J.C. Chandor
Atores principais: Oscar Isaac, Jessica Chastain, David Oyelowo, Albert Brooks, Elyes Gabel
Trailerhttps://www.youtube.com/watch?v=YXoq-5a6MT4 
Nota: 7,0

Bom suspense policial com bom desenvolvimento dos personagens

Estamos em 1981. E conforme o título do filme diz, este foi de fato o ano mais violento da história de Nova York. Para míseros 365 dias foram reportados mais de 120 mil casos de roubo... tudo isto em uma única cidade!

E o protagonista de O Ano Mais Violento também padece desta violência: Abel Morales (Oscar Isaac) é um empresário em franca ascensão do ramo de distribuição de petróleo. Porém seus caminhões sofrem assaltos frequentemente, a ponto de colocar em risco o funcionamento da empresa. Ele pede ajuda a polícia, que não o auxilia... muito pelo contrário: através do promotor Lawrence (David Oyelowo), a empresa de Morales passa a ser investigada por fraudes e sonegação de impostos. Para piorar, Abel tem poucos dias para pagar uma enorme dívida e precisa desesperadamente buscar investidores no meio deste caos.

Esta portanto é a história de O Ano Mais Violento: uma contagem regressiva para constatarmos se Abel resolve ou não todos seus problemas antes do deadline do pagamento de seus débitos, que se não cumpridos, praticamente significa sua falência.

E em meio a esta jornada, somos expostos a toda criminalidade, corrupção e decadência da então Nova York. Por exemplo, aprendemos que o negócio do petróleo é comandado por verdadeiros mafiosos. O Ano Mais Violento acaba sendo, portanto, uma mistura de suspense policial e filme de máfia. E é uma história consideravelmente interessante. Seu ponto forte, entretanto, fica para o desenvolvimento de seus personagens.

Vamos conhecendo Abel e sua esposa Anna Morales (Jessica Chastain) bem lentamente. E ambos proporcionam algumas situações surpreendentes na tela. Ou melhor, não é bem isso... depois que as "surpresas" acontecem, ao parar para se pensar nos pequenos e sutis detalhes exibidos anteriormente, você consegue entender que a surpresa não deveria ser tão surpresa assim... e que tudo fica crível e compatível dentro da história. E isto é bastante gratificante.

Há outras qualidades em O Ano Mais Violento: as atuações, principalmente de Oscar Issac e Jessica Chastain, estão muito boas. E não custa lembrar que infelizmente ambos foram ignorados pelo Oscar...

Além disto, Fotografia e Direção de Arte também são dignas de elogios, sendo ambas bem sucedidas em emular a Nova York de 81. Aliás, a baixa iluminação somada a alta saturação das cores, abuso de tons vermelhos... tudo isto faz com que o filme se pareça muito visualmente com as produções de mesmo gênero dos anos 70 e 80 (O Poderoso Chefão é um destes exemplos).

Embora seja um thriller policial o filme não tem tanta ação, principalmente devido a Abel, que abomina a violência e sempre busca diálogos. Desta forma, O Ano Mais Violento infelizmente perde bastante em dinamicidade. Paradoxalmente, entretanto, o filme apresenta duas grandes sequencias de ação. Ambas excelentes, muito bem executadas, repletas de tensão e adrenalina.

Com uma história boa porém lenta, cujo destaque fica para o casal protagonista, O Ano Mais Violento é uma boa pedida para quem sente saudades dos grandes clássicos de drama policial / máfia dos anos 70 / 80. Nota: 7,0.

Gosta de suspense e terror? Você deveria conhecer Locke & Key

Locke & Key é uma série de HQs de terror/suspense que já de cara deveria chamar a atenção devido ao nome de seu escritor: Joe Hill...